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Betel Adultos – 3 Trimestre 2021 – 29-08-2021 – Lição 9 – A suficiência de Cristo em meio às dificuldades

27/08/2021

Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira

TEXTO ÁUREO

“Posso todas as coisas naquele que me fortalece.” Filipenses 4.13

TEXTOS DE REFERÊNCIA

FILIPENSES 4.10-13 

10 Ora, muito me regozijei no Senhor por finalmente reviver a vossa lembrança de mim; pois já vos tínheis lembrado, mas não tínheis tido oportunidade. 

11 Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. 

12 Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome; tanto a ter abundância como a padecer necessidade. 

13 Posso todas as coisas naquele que me fortalece.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Ensinar a realidade dos momentos difíceis. 
  • Destacar a percepção de Paulo ante as adversidades. 
  • Mostrar que Cristo é suficiente em nossas vidas.

NOTA

Reforçamos que a EBD Comentada abriu um grupo no WhatsApp para que todos(as) os(as) professores(as) possam trocar informações sobre os diversos temas que envolvem a aula da semana ou dúvidas a respeito. Neste canal postaremos vídeos, texto de reflexão, dicas de leitura ou mesmo algum material que visa orientá-los em suas aulas.

Como política do grupo, pedimos a todos(as) que se reservem em apenas escrever neste grupo temas pertinentes as aulas. Parece ser áspero, mas pedimos que evitem envio de mensagens e figurinhas de bom dia, boa tarde, boa noite, salvo quando iniciará algum comentário, textos, vídeos ou áudios que nada a ver tenham com os temas das aulas. A ideia é que o grupo se restrinja apenas ao seu propósito inicial.

Segue abaixo o link para que faça parte e participe e seja muito bem-vindo(a). Te esperamos lá!

https://chat.whatsapp.com/BQgs04aUvYy9jDq22AxGXe

INTRODUÇÃO

Olá, irmãos e irmãs, Paz do Senhor.

Existem divergências em todas as áreas ligadas ao estudo de Deus. Desta forma, precisamos compreender que o cristão tem a Bíblia como regra absoluta.

Eu acredito que não temos problemas em relação a isto, porém, o que mais existe no meio cristão, são divergências de opinião e interpretação.

De opiniões o mundo está lotado!

Em se tratando do estudo sistemático da Palavra de Deus, não existem espaços para as opiniões, ainda que elas sejam aceitas pelas pessoas educadas e empáticas.

Vale a pena lembrar que existem regras para a interpretação de textos bíblicos da mesma forma que existem para interpretar qualquer outro tipo de texto e, a primeira delas é que o texto se auto interpreta.

Parece estranho, mas, esta regra é descartada por muitas pessoas, principalmente por aquelas que gostam de conjecturas.

De acordo com o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, a palavra conjectura tem o seguinte significado:

Opinião, com fundamento incerto ou não verificado. = HIPÓTESE, PRESUNÇÃO, SUPOSIÇÃO.

Se o que acharmos não estiver em consonância com o que o texto está mostrando, é CONJECTURA e precisamos exclui-la.

Vocês já prestaram atenção ao fato de as pessoas não conseguirem interpretar um simples texto? Isto é um problema social conhecido como ANALFABETISMO FUNCIONAL. A pessoa consegue ler e escrever, mas, não consegue interpretar um simples texto.

Em meus anos de ensino eu presenciei uma das coisas mais incríveis sobre a capacidade de interpretação das pessoas, ELAS NÃO LEEM O QUE ESTÁ ESCRITO.

Escrevi tudo isto para mostrar-lhes que não podemos tomar algo como verdade pelo simples fato de ter sido dito ou escrito por alguém “importante”.

Vamos ler os textos!

Existe um teoria conhecida como “Teologia da Prosperidade”, que de teologia não tem nada, que trouxe inúmeros prejuízos ao cristianismo, que ensina que um verdadeiro cristão não sofre, não enfrenta dificuldades e, no caso disto acontecer, só existem duas explicações, ou a pessoa está sem fé ou não é um cristão.

Tal “ensino” é uma heresia e uma baboseira, pois, não encontra respaldo nas Escrituras.

Jesus, o Cristo, disse:

“Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”. (Jo 16.33 – ARC)

Este texto é autoexplicativo e nos mostra três coisas importantes:

  • Jesus disse para termos paz Nele, ou seja, a paz que Ele nos dá é diferente da paz que as pessoas estão buscando, que pode ser traduzida como ausência de guerras. Ele disse: Deixo-vos a minha paz… (Jo 14.27).
  • Jesus disse que no mundo, lugar de habitação dos seres humanos, teríamos aflições e isto se cumpre na vida de TODOS os seres humanos e os cristãos não têm privilégios pelo fato de serem filhos de Deus.
  • Jesus disse que deveríamos ter bom ânimo, pois, Ele havia vencido o mundo.

Todas as pessoas que se tornaram filhos de Deus (1 Jo 3.1) possuem em si o Espírito Santo de Deus que nos consola (Jo 14.6) e nos acalenta nos momentos de dificuldades e sofrimentos e esta é a grande diferença entre o que crê e o que não crê.

Se Jesus sofreu e disse que também sofreríamos, NENHUM “ensino” que fale o contrário deve ser aceito como verdadeiro.

A Bíblia é clara sobre o sofrimento em diversas passagens, vamos ver algumas.

“E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor e a tua conceição; com dor terás filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará. E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos e cardos também te produzirá; e comerás a erva do campo. No suor do teu rosto, comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado, porquanto és pó e em pó te tornarás”. (Gn 3.16-19 – ARC)

“Tudo sucede igualmente a todos: o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento”. (Ec 9.6-2 – ARC) 

“…para que sejais filhos do Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos”. (Mt 5.45 – ARC)

Tanto no A.T. como no N.T. a Bíblia nos mostra que não existem privilégios àqueles que creem pelo fato de crerem, porém, existem outros privilégios como mencionamos acima.

Leiam outras traduções para auxiliá-los no processo de interpretação.

O site https://www.bibliatodo.com/ lhes auxiliará.

Já que esclarecemos que as tribulações fazem parte da vida de TODOS os seres humanos, vamos compreender quais são as causas e os propósitos destas.

1 – A REALIDADE DOS MOMENTOS DIFÍCEIS

Existem pessoas que estão sofrendo neste momento por não compreenderem porque o sofrimento as atinge e, infelizmente, muitas estão perto de desistir, pois foram “ensinadas” que isto não acontece com cristãos.

Como professores (as) de EBD, é nosso dever esclarecer TODAS as dúvidas que existirem, ainda que tenhamos que pesquisar para; em outro momento; providenciar a resposta.

Vocês já presenciaram o câncer comer a carne de uma dirigente de círculo de oração? Já presenciaram uma criança filha de um pastor morrer de câncer? Estes e outros tipos de doenças são terrivelmente maldosos e, infelizmente, podem acometer qualquer pessoa.

Estas são situações que fazem parte da vida de muitos cristãos pelo mundo e NADA pode mudar o que aconteceu.

Em primeiro lugar, precisamos compreender que existem motivos para sermos atingidos pelo mal e devemos ter CERTEZA de que o Senhor continua no controle de TODAS as coisas.

Os principais motivos são:

  • Pecado original (Rm 3.23; 6.23);
  • Ação de satanás (1 Pe 5.8);
  • Estilo de vida (Gl 6.7).

Em segundo lugar, precisamos compreender que a morte dos santos é preciosa para o Senhor (Sl 116.15).

O teólogo americano Norman Champlim lista alguns motivos pelos quais a morte de um santo é preciosa.

“1.   O Eterno zela  para  que  seus  santos  não  sejam  entregues  à  morte  quando seus inimigos atacam.  Isto é, eles não sofrerão morte violenta ou prematura. “Eles  não  serão  entregues  à  morte”  (Fausset, in  loc.).  Compare-se  este versículo com Sal.  77.14. A morte deles deve ser valiosa aos olhos do Eterno,  não  uma coisa trivial,  forçada  por inimigos ou  por uma doença absurda que remove a pessoa antes de sua missão ser completada.2.   A morte é valiosa quando coroa uma vida de propósito e espiritualidade, como triunfo final. “Ele fez o que devia ter feito, sem exceção, e agora descansa de seus labores.” Este tipo de morte é preciosa, e nela não há remorso algum.3.   Uma morte é valiosa quando completa uma vida valiosa. Uma morte pode ser vazia quando termina uma vida vazia e sem propósitos. Claro, Deus é o Deus da oportunidade, que continua depois do sepulcro; portanto, uma vida vazia aqui poderá ser, afinal, anulada com uma vida de valor além do sepulcro (ver1 Ped. 4.6).4.   Quando  a  morte  for a porta   da  vida  eterna,  então,  obviamente,  é preciosa porque introduz a alma às riquezas da salvação da vida imortal. Note-se aqui que  é  a  morte  dos “santos”  que  é  preciosa,  e  isto  implica  que  a santidade triunfa na vida além  da  morte  biológica,  transformando a  pessoa à imagem divina. Nesta transformação, há participação na vida e na imagem de Deus (o Pai), através do Filho (Rom. 8.29;  II Cor. 3.18;  II  Ped.  1.4)”.

Em terceiro lugar, precisamos compreender que o sofrimento é pedagógico, ou seja, ele serve de instrumento para que o Senhor nos ensine algo.

O apóstolo Paulo escreve de uma forma maravilhosa sobre este assunto.

“E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado”. (Rm 5.3-5 – ARC)

Em outra tradução:

“Podemos nos alegrar, igualmente, quando nos encontrarmos diante de problemas e lutas pois sabemos que tudo isto é bom para nós – ajuda-nos a aprender a ser pacientes. E a paciência desenvolve em nós a força de caráter, e nos ajuda a confiar mais em Deus cada vez que a utilizamos, até que finalmente a nossa esperança e a nossa fé fiquem fortes e sólidas. Então, quando isso acontecer, poderemos sempre erguer a cabeça, seja lá o que for que aconteça, e saber que tudo vai bem, pois conheceremos quanto Deus nos ama; sentiremos também este seu amor afetuoso em todo o nosso ser, pois Deus nos deu o Espírito Santo para encher nossos corações com o seu amor”. (BV)

Para o bispo Samuel Ferreira, também existem particularidades no sofrimento que precisam ser esclarecidas.

1.1 – Resultado da realidade do pecado

Proibida a cópia parcial ou total deste material – Sujeito a penas legais https://ebdcomentada.com

Como mencionamos, o pecado abriu portas para o sofrimento, pois, a sentença do Senhor afetou a tudo e a todos (mundo espiritual e mundo físico).

Por causa do pecado a morte e o pecado reinaram dentre os seres humanos e só foi vencida por Cristo (Rm 8).

O pecado afastou Adão e Eva de Deus e de toda perfeição que Ele havia criado.  Eles foram expulsos do Jardim do Éden, que traduzido é “lugar de delícias”, onde a paz reinava sobre tudo e todos e precisaram viver uma vida com várias privações.

O destino do ser humano sem Deus pode ser explicado pelo texto de Gênesis sobre a expulsão do casal.

“…o SENHOR Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra, de que fora tomado. E, havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida”. (Gn 3.23,24 – ARC)

Champlim nos presenteia com um rico comentário sobre este texto.

“Foi  executada  assim  a  severa sentença  contra  a  desobediência.  O  homem  perdeu  seu  belo  local  de  residência. Agora  o  homem  estava  reduzido  a  dedicar-se  a  um  trabalho  árduo  “em  algum lugar  lá  fora”.  A terra foi  amaldiçoada;  e  agora  o  homem  era  um  ser  mortal.  Adão faz-me  lembrar  de  certo  homem  que  foi  condenado  a  servir  por  vários  anos  em uma  detenção,  e  que  comentou  então:  “Não  sei  se  poderei  suportar  isso!”.  Uma terrível  expectação,  realmente.  A prisão.  Foi  assim que Adão  chegou  ao seu  novo meio  ambiente:  trabalho  árduo  e  suor,  preso  em  um  corpo  que  haveria  de  debili­tar-se  no  decorrer  dos  anos.  Ele  saiu  do  paraíso  em  alienação,  e  essa  é  uma verdade  universalmente  ilustrada.  Não  é  fácil  fracassar.  O  homem  havia  falhado na tarefa simples que  Deus lhe dera para fazer. John  Gill [in loc.) consolava-se no fato  de  que  Deus  não  enviou  o  homem  diretamente  para  o  inferno!  Antes,  Adão estaria cultivando  um solo  relutante,  infestado  de  cardos  e  abrolhos”.

Desta forma, todo o mal que vemos hoje é consequência do pecado original e só deixará de nos afetar quando partirmos deste mundo.

Existem muitas pessoas que dizem que o Senhor criou o ser humano para ser eterno, porém, não temos certeza sobre isto, mas, temos certeza de que o Senhor já havia traçado um plano para resgatá-los.

Um dos pontos marcantes a respeito do sacrifício de Cristo é que nos livrou da condenação do pecado.

“Portanto, agora não há nenhuma condenação para os que estão em Cristo Jesus”. (Rm 8.1 – KJA)

É importante mencionarmos que não existe NENHUM ser humano que não cometa pecado, porém, os cristãos NÃO VIVEM NA PRÁTICA DO PECADO.

Infelizmente, existem líderes religiosos que ensinam que o salvo não comete pecado, porém, isto é uma mentira.

“Se dissermos que temos comunhão com ele e andarmos em trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado. Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós”. (1 Jo 1.6-10 – ARC) 

Use estes textos e seja um instrumento de Deus para acalentar a vida das pessoas que sofrem por alguma fraqueza da carne e vivem com acusações mentais.

1.2 – Há dias de calamidade e aflições

Proibida a cópia parcial ou total deste material – Sujeito a penas legais https://ebdcomentada.com 

Para todos os seres humanos estes dias chegam e isto pode acontecer através de uma doença, a perda do emprego, a falência, ou através de calúnias, enganos, mentiras e outros.

Muitos destas situações são causadas pelo próprio diabo, como o bispo Samuel Ferreira comenta na revista.

A Bíblia nos conta a história de Jó, um patriarca que tinha uma vida exemplar, sendo mencionado pelo próprio Deus.

“E disse o SENHOR a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero, e reto, e temente a Deus, e desviando-se do mal”. (Jó 1.8 – ARC)

Jó era um homem fiel a Deus e lutava para permanecer desta forma.

A Bíblia nos mostra que satanás encontrou uma forma de acusá-lo perante o Senhor afirmando que ele servia em vão ou com interesses escusos (debalde), pois, se Deus tirasse o que tinha, certamente não permaneceria fiel.

Sendo assim, o Senhor permitiu que satanás destruísse tudo o que Jó possuía, incluindo família e saúde e, mesmo assim, aquele homem não negou sua fé.

É de suma importância mencionarmos que a provação daquele homem tinha um propósito e não foi um tipo de “guerrinha” entre o Senhor e satanás.

O Senhor queria mostrar a Jó que TODAS as coisas estavam em seu controle e que, ainda que ele não compreendesse, o Senhor sabia o motivo pelo qual havia permitido tudo aquilo.

Ao fim da provação, o patriarca experimenta algo sublime e o descreve de uma forma brilhante.

“Então, respondeu Jó ao SENHOR e disse: Bem sei eu que tudo podes, e nenhum dos teus pensamentos pode ser impedido. Quem é aquele, dizes tu, que sem conhecimento encobre o conselho? Por isso, falei do que não entendia; coisas que para mim eram maravilhosíssimas, e que eu não compreendia. Escuta-me, pois, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu ensina-me. Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza”. (Jó 42.1-6 – ARC)

A provação serviu de instrumento de ensino para que Jó tivesse uma experiência sublime com o Senhor e crescesse no relacionamento com Ele.

Da mesma forma, isto acontece com todos os cristãos que vivenciam experiências marcantes e não abandonam sua fé, ainda que pensem nisto.

Não podemos ser hipócritas a ponto de dizer que Jó não pensou em desistir, pois, a Bíblia nos mostra que ele amaldiçoou o dia de seu nascimento (Jó 3.1)

Assim como o sofrimento surgiu na vida de Jó, também surge na nossa e precisamos agir da mesma forma, crendo que TODAS as coisas contribuem para nosso bem (Rm 8.28).

1.3 – Momentos difíceis são leves e momentâneos

Tendo comprovado biblicamente que na vida do cristão também acontecem situações difíceis e que elas podem ter uma função pedagógica, precisamos compreender que tais situações, ainda que possam ser terrivelmente difíceis, são descritas pelo apóstolo Paulo como leves e momentâneas.

Não podemos ser insensíveis a ponto de achar que as pessoas são fracas por sofrerem, pois, isto demonstraria falta de amor e empatia.

A palavra empatia é muito citada nos dias atuais, mas, pouco compreendida.

Definitivamente empatia não significa se colocar no lugar do outro, pois, isto é impossível, haja vista, não termos condições de conhecer o que o outro está vivenciando.

De forma prática, empatia é reconhecer que cada pessoa tem um tipo de pensamento, posição; percebe o sofrimento de forma diferente; e respeitá-la por isto.

Quando o apóstolo Paulo escreve sobre a leve e momentânea tribulação, ele faz uma comparação para tal afirmação e o segredo da interpretação; como já mencionamos; é compreender o contexto.

“Por isso, não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas”. (2 Co 4.16-18 – ARC)

O capítulo 4, da segunda carta de Paulo aos corintos, aborda o motivo da pregação de Paulo e o sofrimento que ele havia experimentado, e nos mostra que ainda que estivesse sofrendo, ele tinha como exemplo o sofrimento de Jesus nesta terra, para que o Evangelho fosse manifesto ao mundo.

Desta forma, ele compara suas tribulações com as tribulações de Cristo e traz à memória que o Senhor havia sido morto, mas, ressuscitado e afirma que, em comparação àquilo que nos espera na glória, nossas tribulações são leves e momentâneas.

Observemos que o apóstolo não está ensinando que o cristão que sofre e tem uma percepção de dor diferente dos demais é fraco, mas, que apesar desta fraqueza, precisamos mudar o foco do sofrimento, deixando de observá-lo e passando a contemplar a glória que nos está reservada.

Champlim nos traz um rico comentário sobre este assunto.

“Uma  vez  mais  a  aflição  é vista transmutada  em  glória  eterna,  tal  como  no  versículo  anterior.  A  aflição pode ser grande e pesada, de conformidade com os padrões terrenos;  mas, na realidade, é leve, quando comparada com o seu verdadeiro e eterno peso de glória. Quando as duas coisas são postas na balança (método de Paulo de fazer a comparação aqui),  então a glória pesa muitíssimo,  ao passo que  a aflição se transforma em quase nada.  As  aflições  têm  a sua própria utilidade, e isso é comentado de modo completo em Atos 14:22, sob o título de  «resultados  benéficos  da  perseguição  e  do  sofrimento».  De  fato,  de acordo com as implicações do décimo sexto versículo, as próprias aflições do corpo em decadência produzem ou provocam  a renovação  do espírito.  As aflições, quando espiritualmente consideradas, e do ponto de vista do crente maduro, são leves e momentâneas, ao passo que a glória que se seguirá será maciça  e  imorredoura.  Desastres  e  calamidades,  considerados  fora  do contexto espiritual,  podem  ser  expandidos  para  nós  quanto  à  impressão causada,  de modo a ocultarem da consideração a tudo o mais,  tal como a fotografia de um  objeto à pequena  distância pode ocupar todo o tamanho do quadro. Todavia, uma perspectiva melhor pode reduzir as dimensões do objeto fotografado.  Quando os acontecimentos são encarados do ponto de vista da eternidade,  até mesmo os desastres mais aflitivos serão vistos como as linhas e pequenos golpes deixados pelo cinzel na estátua,  que em  nada diminuem  de  sua  beleza.  As  perdas,  sentidas  tão  incisivamente  por  nós, serão vistas somente como fragmentos de rocha desnecessários, cuja própria ausência dará à obra de arte a sua beleza”. 

2 – PAULO E A IGREJA EM FILIPOS

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

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Postado por ebd-comentada


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