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18/12/2019
Esse post é assinado por Eliel Goulart
“E desta maneira fazia Absalão a todo o Israel que vinha ao rei para juízo; assim, furtava Absalão o coração dos homens de Israel.” – 2 Samuel 15.6
A rebelião revela uma natureza depravada e apóstata contra Deus, visando apenas propósitos que contrariam a perfeita vontade divina.
II Samuel 15.1 a 18
1 E aconteceu, depois disso, que Absalão fez aparelhar carros, e cavalos, e cinquenta homens que corressem adiante dele.
2 Também Absalão se levantou pela manhã e parava a uma banda do caminho da porta. E sucedia que a todo o homem que tinha alguma demanda para vir ao rei a juízo, o chamava Absalão a si e lhe dizia: De que cidade és tu? E dizendo ele: De uma das tribos de Israel é teu servo;
3 então, Absalão lhe dizia: Olha, os teus negócios são bons e retos, porém não tens quem te ouça da parte do rei.
4 Dizia mais Absalão: Ah! Quem me dera ser juiz na terra, para que viesse a mim todo o homem que tivesse demanda ou questão, para que lhe fizesse justiça!
5 Sucedia também que, quando alguém se chegava a ele para se inclinar diante dele, ele estendia a sua mão, e pegava dele, e o beijava.
6 E desta maneira fazia Absalão a todo o Israel que vinha ao rei para juízo; assim, furtava Absalão o coração dos homens de Israel.
7 E aconteceu, pois, ao cabo de quarenta anos, que Absalão disse ao rei: Deixa-me ir pagar em Hebrom o meu voto que votei ao Senhor.
8 Porque morando eu em Gesur, na Síria, votou o teu servo um voto, dizendo: Se o Senhor outra vez me fizer tornar a Jerusalém, servirei ao Senhor.
9 Então, lhe disse o rei: Vai em paz. Levantou-se, pois, e foi para Hebrom.
10 E enviou Absalão espias por todas as tribos de Israel, dizendo: Quando ouvirdes o som das trombetas, direis: Absalão reina em Hebrom.
11 E de Jerusalém foram com Absalão duzentos homens convidados, porém iam na sua simplicidade, porque nada sabiam daquele negócio.
12 Também Absalão mandou vir Aitofel, o gilonita, do conselho de Davi, à sua cidade de Gilo, estando ele sacrificando os seus sacrifícios; e a conjuração se fortificava, e vinha o povo e se aumentava com Absalão.
13 Então, veio um mensageiro a Davi, dizendo: O coração de cada um em Israel segue a Absalão.
14 Disse, pois, Davi a todos os seus servos que estavam com ele em Jerusalém: Levantai-vos, e fujamos, porque não poderíamos escapar diante de Absalão. Dai-vos pressa a caminhar, para que porventura não se apresse ele, e nos alcance, e lance sobre nós algum mal, e fira a cidade a fio de espada.
15 Então, os servos do rei disseram ao rei: Eis aqui os teus servos, para tudo quanto determinar o rei, nosso senhor.
16 E saiu o rei, com toda a sua casa, a pé; deixou, porém, o rei dez mulheres concubinas, para guardarem a casa.
17 Tendo, pois, saído o rei com todo o povo a pé, pararam num lugar distante.
18 E todos os seus servos iam a seu lado, como também todos os quereteus e todos os peleteus; e todos os geteus, seiscentos homens que vieram de Gate a pé, caminhavam diante do rei.
A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
Nesta Lição 12 estamos diante da crise mais aguda do reinado de Davi.
Para compreender as marcas profundas nas emoções de Davi, durante estes dias da rebelião de Absalão, observe os Salmos escritos nesse período: 39, 41, 55, 61 e 63.
Doze anos se passaram desde a queda de Davi no pecado de adultério e da maldade da morte de Urias.
Uma das consequências foi a rebelião de Absalão.
Esta crise dramática foi o tempo mais crítico e serviu para revelar as intenções dos corações, e cumprir a palavra profética de II Samuel 12.10 – “Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa…”.
Aprendemos que o perdão do pecado não anula seus efeitos naturais. Se já antes Davi experimentou as consequências na família, agora amplia-se experimentando em seu reino.
Ainda que inflingidas pelas mãos dos homens, certo é que procediam das mãos de Deus.
O significado do nome Absalão – ´meu pai é paz´ – esclarece-nos as ótimas intenções do coração de Davi para com o seu filho predileto.
O resumo da biografia de Absalão está bem feita no subtópico da revista CPAD em pauta.
Descrevo aqui algumas características gerais de Absalão:
1 – liderança;
2 – personalidade marcante;
3 – carismático (despertava a admiração e simpatia das pessoas);
4 – impulsivo (agia de maneira irrefletida);
5 – ambicioso;
6 – manipulador;
7 – imoralidade (deitou-se com as concubinas de seu pai);
Descrito como um homem belo, a descrição geral final de sua história nada tem de beleza.
A causa essencial da revolta de Absalão tem origem no tratamento de Davi como pai para com os filhos.
Era tratamento de distância.
Amnon, seu primogênito, forçou sua meia irmã Tamar. E Davi não o confrontou e nem o disciplinou, sendo omisso no seu dever. I Samuel 13.
Observo aqui que o melhor amigo de Amnon era o seu primo Jonadabe, com mais influência sobre ele do que o seu pai Davi.
O amado irmão e irmã sabem quem são os amigos de seus filhos?
Absalão recolheu sua irmã à sua casa. Davi não a acolheu.
Davi não tratou do conflito que se instalou na família, e após dois anos passados, Absalão matou a Amnon. Fugiu para Gesur, para casa de seu avô Talmai, morando lá por três anos. E Davi foi indiferente a isto, não o mandando buscar. A Bíblia diz-nos que Davi sentiu dó de Absalão todos os dias – II Samuel 13.37 e 38.
Com este sentimento de dó, na verdade, Davi manteve-se fechado em si mesmo. Não expôs tal sentimento.
Qual a última vez que o irmão e a irmã abraçou seu filho ou filha, externando seu sentimento de amor por eles?
Seu comandante Joabe agiu para trazer o jovem Absalão de volta a Jerusalém, pois percebia os sentimentos ocultados por Davi quanto ao filho.
O irmão e a irmã tem terceirizado os atos de afeto, de tratamento, de confrontar os seus filhos?
Absalão voltou a Jerusalém, indo morar no entorno do palácio, e por dois anos Davi não viu a sua face. Acumulavam-se cinco anos sem o pai ver o filho, e morando perto, nunca o visitou e nem o convidou a vir ao palácio.
Há algum filho, filha, pai ou mãe, irmão ou irmã, a quem o ilustre aluno da EBD não visita a muito tempo? Não se falam mais, apesar de tantos meios de comunicações disponíveis neste dias em que vivemos?
E quando Davi finalmente encontra-se com Absalão, mais uma vez com a mediação de Joabe, então o trata com frieza. Com tal formalidade que não se demonstra nunca jamais a um filho.
A ciência moderna anota que o pai que abraça o filho repetidas vezes proporciona os seguintes benefícios:
1 – aumenta-lhe a confiança;
2 – reforça-lhe o sentimento de proteção;
3 – reduz-lhe a apatia;
4 – produz serotonina, que lhe melhora o humor;
5 – ativa o sistema imunológico, ajudando a prevenção de doenças e melhorando as defesas do organismo;
6 – equilibra o sistema nervoso reduzindo os riscos de demência;
7 – o abraço libera o oxitocina, excelente redutor da pressão arterial.
O carinho, o envolvimento no calor afetuoso de um abraço, as demonstrações e declarações de amor ao filho, segundo estudos, são essenciais para o completo desenvolvimento da criança.
Davi criou muralhas entre si e seus filhos. Quando o encontrou após cinco anos, não derramou nenhuma lágrima, e o tratamento gélido foi a gota que entornou a rebelião de Absalão.
Pastor Eliel Goulart
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Equipe EBD Comentada
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