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01/11/2018
Esse post é assinado por Eliel Goulart
“Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.” – Lucas 15.7
Jesus é o Bom Pastor que deu a vida para resgatar suas ovelhas, as quais estavam desgarradas e distantes de Deus.
Lucas 15.3-10
3 – E ele lhes propôs esta parábola, dizendo:
4 – Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e não vai após a perdida até que venha a achá-la?
5 – E, achando-a, a põe sobre seus ombros, cheio de júbilo;
6 – e, chegando à sua casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.
7 – Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.
8 – Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar?
9 – E, achando-a, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida.
10 – Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.
A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
Lucas capítulo 15 é uma trina narrativa que, em resumo, ensina que Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores.
Neste precioso capítulo há três parábolas com três figuras, e a primeira está interligada às outras duas.
Leiamos Lucas 15.1 e 2 – “E chegavam-se a ele todos os publicanos e pecadores para o ouvir.
E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles.”
Com esta frase, os fariseus e escribas intencionaram caluniar a Jesus. Mas, desta má intenção o Senhor Jesus elevou a resposta ao nível celestial de Sua missão.
Primeiro, porque há aqui um ensinamento celestial: Cristo recebe os pecadores. Recebe os quebrantados de espírito, aos de coração contrito, aos que confessam suas transgressões deliberadas contra Deus e Sua Palavra.
Já antes o Senhor Jesus declarara em Lucas 5.32 – “Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores, ao arrependimento.”
Portanto, os pecadores achegam-se a Ele! É o maior milagre que podemos contemplar: um pecador condenado vindo a Cristo, atraído pela graça e misericórdia!
E reconhecemos como doutrina que ninguém pode vir a Cristo sem ver-se como pecador. O fingido não pode vir a Cristo. O hipócrita não pode vir a Cristo. O dissimulado não pode vir a Cristo. Por quê? Porque pode vir a Cristo somente o arrependido.
Vem a Cristo aquele que confia na graça e na misericórdia Dele e desacredita na autoconfiança. Porque a autojustiça é como pesados grilhões aos pés do pecador, que o impedem de dar um passo em direção ao Senhor Jesus!
Segundo, há nestas parábolas um encorajamento celestial.
Se o Senhor Jesus recebe os pecadores, como esta mensagem tem doçura e esperança para mim!
Eu me sinto encorajado, porque significa que Ele não me rejeitará.
Vindo a Ele recebo três bênçãos ao menos:
1 – o perdão dos pecados;
2 – a redenção;
3 – a posição de justo.
Por que temos certeza de que o Senhor Jesus, através destas parábolas, “recebe pecadores”?
Porque Ele recebeu muitos antes de mim e de você, ilustre professor e vocacionado!
Os escribas e fariseus eram praticantes da murmuração.
Lucas 15.2 – “E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores, e come com eles.”
Murmurar – do verbo grego diagogguzó. A origem desta palavra é uma onomatopeia (a formação de uma palavra reproduzindo sons naturais associados a ela). Exemplo: O relógio faz tique taque. Havia um zum zum zum por ali…. No grego, a origem é de uma reprodução aproximada do som de pombas e abelhas. Um múrmurio, uma reclamação negativa.
Números capítulo 16 narra a rebelião de Coré, Datã e Abirão e ensina-nos que a murmuração é contaminadora.
Em Lucas 5.30 os escribas e fariseus murmuravam contra os discípulos de Jesus.
Em Lucas 19.7 a multidão, já contaminada pelos líderes murmuradores, murmurou também contra Jesus, acusando-o de entrar na casa de Zaqueu.
Em João 6.41 murmuraram contra Jesus por Ele ter dito que era o pão que desceu do céu.
Em Iª Coríntios 10.10, Paulo alertou aos crentes de Corinto a não murmurarem imitando os israelitas no deserto e pereceram pelo destruidor.
Em Filipenses 2.14 outra vez Paulo exorta aos crentes do Primeiro Século: “Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas.”
Pedro exorta a termos ardente amor uns para com os outros e sem murmurações – I Pedro 4.8 e 9.
Jesus Cristo percebeu a murmuração dos escribas e fariseus em meio à multidão. E de um mal, tirou um bem: propôs-lhes a parábola da ovelha perdida.
Diante de um povo acostumado à vida do campo, às cenas pastoris, uma ovelha desgarrada era de grande valor. Há detalhes que aprendemos deles:
Lucas 2.8 ensina que os pastores cuidavam das ovelhas dia e noite.
João 10.3 e 4 dá-nos a compreensão de que, apegados às suas ovelhas, o pastor as conhecia uma a uma pelo nome.
Na perspectiva mercantilista, o preço de 99 ovelhas é maior do que o de uma. Mas o pastor, afeito ao seu rebanho, não calculou o preço, mas o valor de uma, já suficiente para amar por ter extraviado do rebanho.
Na visão celestial, a matemática é diferente da terrena. Porque considera as superiores questões espirituais.
Nem foi necessário explicar à multidão que O ouvia, sobre o pastor ter deixado guarda das noventa e nove. Ter cem ovelhas, naquela época, já era informar que o proprietário tinha posses.
As noventa e nove não ficaram abandonadas. Basta lembrar-nos de I Samuel 17.20 – “Davi, então, se levantou pela manhã, bem cedo, e deixou as ovelhas a um guarda…” – e temos fundamento para assim afirmar. No antigo passado, na região do Oriente, e até aos nossos dias, os grandes rebanhos são conduzidos pelo pastor, indo à frente delas, e têm auxiliares guardando ao redor.
Lucas 15.4 – “…até que venha a achá-la.”
Não parou diante do sofrimento de caminhar por pedras e espinheiros, subindo montes e descendo aos vales. Tudo por uma ovelha!
Assim também o Senhor Jesus, o Bom Pastor, tudo sofreu por amor de nós, vindo a este mundo de tristezas, tão longe do redil celestial, para buscar-nos.
Isaías exclamou em capítulo 53 – “Não tinha parecer nem formosura… indigno entre os homens… aflito, ferido de Deus… Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.”
Observe Lucas 15.5 o júbilo do pastor ao achar a ovelha desgarrada. O pastor a levanta e a põe em seus ombros. Cheio de alegria que transborda e flui para os amigos e vizinhos, que são convocados a participar de seu contentamento.
Conta-se que trezentos anos após os tempos dos apóstolos, houve um homem chamado Caio Mário Vitório, que se converteu de sua vida de impiedades para Jesus Cristo e Seu Evangelho. E quando a notícia chegou ao Povo de Deus, registra-se que houve uma alegria maravilhosa, e que os crentes saltavam e gritavam de alegria, e hinos foram cantados nas congregações, enquanto os irmãos anunciavam alegremente: “Caio Mário tornou-se um cristão! Caio Mário é nosso irmão em Cristo!”
Lucas 15.7 – “Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.”
Lucas 15.8 a 10 – “Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar?
E, achando-a, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida.
Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende”.
Dracma – moeda grega de prata, de valor equivalente a um denário latino, ou seja, o pagamento por um dia de trabalho, conhecido entre nós como ´uma diária´.
Considerando que ela tinha somente dez moedas, era de muita importância acha-la. Certamente tratava-se de mulher pobre, que contava com aquela economia de dez dracmas. Ela se preocupou muito com a perda, dentro de casa, daquela única moeda.
A principal lição nesta parábola da dracma perdida é idêntica a da ovelha perdida.
Há aqui o uso de uma moeda de prata como símbolo da alma humana. Ora, a moeda tem o valor que tem porque está nela a imagem e a inscrição do rei. O homem tem o valor que tem porque nele está a imagem e a inscrição do soberano Rei, quais sejam, os atributos da Razão e da Vontade.
Há ainda o fato com significado especial de que a moeda está perdida dentro de casa. A alma preciosa aos olhos de Deus está perdida dentro:
1 – Da Casa de Israel – Jeremias 3.20 – “Deveras, como a mulher se aparta aleivosamente do seu companheiro, assim aleivosamente te houveste comigo, ó casa de Israel, diz o Senhor.”
2 – Da Igreja, que é a Casa de Deus – I Timóteo 3.15 – “Mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade.”
Observamos ainda que na parábola da ovelha perdida, esta desgarra-se e afasta-se do rebanho.
Nesta, a moeda perde-se dentro de casa.
Não poderia também simbolizar o crente que se perde dentro da própria casa do Senhor? Até frequentam os cultos, cantam, tocam instrumentos musicais, participam de atividades na vida da igreja, e podem até mesmo ocupar cargos. Mas estão perdidas na comunhão com Deus.
Perdidas na sujeira do adultério e da prostituição. Empoeiradas nas raízes de amargura e no orgulho próprio. Perdidas na escuridão dos ressentimentos. Todas arriscando a perderem-se para sempre.
I João 2.9 – “Aquele que diz que está na luz e aborrece a seu irmão até agora está em trevas. Mas aquele que aborrece a seu irmão está em trevas, e anda em trevas, e não sabe para onde deva ir; porque as trevas lhe cegaram os olhos.”
A moeda fora perdida mas não esquecida. Esta é a nossa esperança em oração a favor dos perdidos nas fraquezas dentro da Casa do Senhor: estão perdidos mas não esquecidos de Deus. O Senhor desperta corações tementes que intercedam por eles.
Meu irmão, a moeda foi perdida, mas não perdida sem esperança. Da mesma forma, a alma perdida dentro da Casa de Deus caiu onde ainda a podemos encontrar. Caiu ao nosso redor, e não está no desespero da distância de nós. Perdida dentro de Casa, onde o Evangelho de salvação é pregado e perdida onde ainda é procurada!
A procura detalhada da mulher ensina-nos que são necessárias pelo menos três virtudes para libertação das almas perdidas:
1 – perseverança;
2 – diligência;
3 – visão.
Ao “acender a vela”, trazendo luz a este mundo tenebroso, a igreja expõe o poder do Evangelho da verdade e da santidade.
De dez, uma moeda está perdida. Deus sente falta de cada alma perdida, e deseja sua restauração. Fomos criados para Deus, e nada menos do que Deus pode preencher o vazio da alma que se afastou de Seu Criador.
Três coisas fez a mulher:
1 – acendeu a lâmpada;
2 – varreu a casa;
3 – buscou com zelo até achar a dracma.
Na vida da igreja, semelhantemente:
1 – A luz deva sempre brilhar. Iluminando as almas perdidas nas escuridões de seus pecados ocultos.
Salmo 119.105 – “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho.”
2 – A casa deve estar limpa. A imundície do mundanismo – que é tudo o que nos afasta da comunhão com o Senhor – deva ser varrida pela busca e submissão à direção soberana do Espírito Santo.
Tito 3.5 – “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo.”
3 – Devemos buscar os perdidos dentro da Casa de Deus.
E com zelo e diligência, levantar os caídos – Atos 20.7 a 12.
Endireitar os tortos – Lucas 13.11.
Trazer de volta os desviados que estão na Casa de Deus, mas o Deus da Casa não está neles.
O Senhor Jesus torna a declarar o grande resultado:
Lucas 15.10 – “Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.”
Pastor Eliel Goulart
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