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22/10/2017
Este post é assinado por: Pastor Eliel Goulart
TEXTO ÁUREO
VERDADE PRÁTICA
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
INTRODUÇÃO
Comentário do Blog
Paz do Senhor!
No título da lição está a palavra “salvífico”, que não é usual no nosso dia a dia.
O Dicionário Houaiss da língua portuguesa, ensina-nos que este adjetivo significa “que salva; que oferece salvação.” E tem sua etimologia no latim eclesiástico salvificus – que dá salvação, que salva.
Portanto, o título simplesmente se refere à obra de salvação de Jesus Cristo.
A cruz é o centro da história.
A cruz de Cristo é a centralidade da humanidade. Em Gênesis capítulo 3, narra-nos a queda dos nossos primeiros pais. Mas, já antes fora planejado por Deus que Jesus morreria na Cruz para nos redimir.
Os crentes do antigo passado, então, olhavam em perspectiva. Esperavam por fé a promessa de salvação.
Hoje, nós olhamos em retrospectiva, e cremos na obra expiatória que Jesus efetuou, de uma vez para sempre, por todos nós na Cruz de dor, e recebemos as bênçãos advindas de uma tão grande e eterna obra:
1 – Somos aceitos diante de Deus.
2 – Somos adotados como membros da família de Deus.
3 – Somos perdoados.
Ilustrando a centralidade da Cruz, John Sttot escreveu em seu livro “A Cruz de Cristo”:
“Conhece o leitor o quadro de Holman Hunt, líder da Irmandade Rafaelita, intitulado “A Sombra da Morte”? Ele representa o interior da carpintaria de Nazaré. Jesus, nu até a cintura, está em pé ao lado de um cavalete de madeira sobre o qual colocou a serra. Seus olhos estão erguidos ao céu, e seu olhar é de dor ou de êxtase, ou de ambas as coisas. Seus braços também estão estendidos acima da cabeça. O sol da tarde, entrando pela porta aberta, lança, na parede atrás dele, uma sombra negra em forma de cruz. A prateleira de ferramentas tem a aparência de uma trave horizontal sobre a qual suas mãos foram crucificadas. As próprias ferramentas lembram os fatídicos prego e martelo.
Em primeiro plano, no lado esquerdo, uma mulher está ajoelhada entre as aspas de madeira. Suas mãos descansam no baú em que estão guardadas as ricas dádivas dos magos. Não podemos ver a face da mulher, pois ela se encontra virada. Mas sabemos que é Maria. Ela parece sobressaltar-se com a sombra em forma de cruz que seu filho lança na parede.
Os pré-rafaelitas têm fama de serem sentimentais. Contudo, eram artistas sérios e sinceros, e o próprio Holman Hunt estava decidido, conforme ele mesmo disse, a “batalhar contra a arte frívola da época” – o tratamento superficial de temas banais. Ele passou os anos de 1870 a 1873 na Terra Santa, onde pintou “A Sombra da Morte” em Jerusalém, no telhado de sua casa. Embora a idéia historicamente seja fictícia, é, contudo, teologicamente verdadeira. Desde a infância de Jesus, deveras desde o seu nascimento, a cruz lança uma sombra no seu futuro. Sua morte se encontra no centro da sua missão. E a igreja sempre reconheceu essa realidade.”
Veja o quadro “sombra da morte” pintado por Homan Hunt abaixo – note que a sombra projetada na parede, lembra a crucificação.
( Se lhe interessar, o leitor pode ver o quadro também no seguinte endereço: https://www.flickr.com/photos/aronmacedo/6941692381 – em 18 de outubro de 2017, às 16 : 52 horas ).
A salvação de Cristo Jesus alcança três épocas:
1 – Passado –
2 – Presente –
3 – Futuro –
I – O SACRIFÍCIO DE JESUS
1. O sacrifício completo
Comentário do Blog
A menção aos dias é observada neste capítulo primeiro do Evangelho de João: nos versículos 29, 35 e 43: “no dia seguinte”, repete-se nesses três versículos. Conforme o versículo 37 – “Os dois discípulos ouviram-no dizer isso e seguiram a Jesus.” – podendo tratar-se de André e João, concluímos que estes dias sempre estavam marcados na memória do evangelista João.
João Batista proclama: “Eis o Cordeiro de Deus…”
“Eis”, advérbio de ordem incerta, querendo dizer: “Aqui está…”
João Batista viu a Jesus e Ele se tornou seu tema: “Eis o Cordeiro de Deus.”
Pregou para que os ouvintes contemplassem de imediato: “Eis…”
Tão curta pregação, mas com as características de mensagem ungida:
Certamente há discursos sobre cidadãos importantes para a história do país, para o mundo científico, ou sobre famosos generais vitoriosos em grandes guerras. Mas, são discursos que alegram, porém, não edificam. Não convertem a ninguém. Não transformam a ninguém.
Mas, nós pregamos a Cristo conforme I Coríntios 1.24:
E o fruto da pregação tão abreviada, logo se deu: “…e seguiram a Jesus.” A decisão da escolha deveria ser imediata. Pois o Senhor Jesus passava por ali.
Como estamos seguindo a Jesus? O que nos motiva a segui-Lo?
1 – Multidão – João 6.2 – “E grande multidão o seguia, porque via os sinais que operava sobre os enfermos.”
Estamos seguindo junto com a multidão por causa do que Ele pode fazer? Se os milagres não acontecerem, se a porta não se abrir, se o problema não for resolvido, então desistimos?
2 – Setenta – Lucas 10.1 – “E, depois disso, designou o Senhor ainda outros setenta e mandou-os adiante da sua face, de dois em dois, a todas as cidades e lugares aonde ele havia de ir.”
“E, depois disso…” – Depois do que? Do acontecido no capítulo anterior. Quando Jesus os provou dizendo:
Da multidão o Senhor Jesus chamou a setenta. Diminuindo os compromissados com o Reino de Deus. Há quem, se não tiver cargo, função ou algo para fazer na vida da igreja, no ministério, então, não segue a Jesus. Os setenta saíram a fazer algo…
3 – Doze – “E, chegada a tarde, assentou-se à mesa com os doze.” – Mateus 26.20.
Dos setenta, doze foram nomeados, para que estivessem com Ele e os mandasse a pregar e para que tivessem o poder de curar as enfermidades e expulsar os demônios.
Mais do que fazer, somos chamados a estarmos com Jesus. Esta é a nossa primeira chamada: estar com Ele. Marcos 3.13 a 15.
4 – Três – “E, seis dias depois, Jesus tomou consigo a Pedro, a Tiago e a João, e os levou sós, em particular, a um alto monte, e transfigurou-se diante deles.” – Marcos 9. 2.
Porque alcançaram tão elevado gozo de proximidade com o bendito Senhor Jesus? Talvez Mateus 17.8 explique o foco da mente e do coração desses três discípulos: “E, erguendo eles os olhos, ninguém viram, senão a Jesus.”
5 – Um – João 21.20 – “E Pedro, voltando-se, viu que o seguia aquele discípulo a quem Jesus amava, e que na ceia se recostara também sobre o seu peito, e que dissera: Senhor, quem é que te há de trair?”
Dos doze, somente um tinha a intimidade de recostar a cabeça no peito do Senhor Jesus. E este foi João. Somente quem segue a Jesus por amor desinteressado, ou seja, pelo que Ele é, tem revelações como as que João teve.
Aleluia!
O verdadeiro mensageiro do Senhor é como João Batista:
“Eis o Cordeiro de Deus…” – O Cordeiro de Deus era expressão acostumada aos ouvintes que rodeavam a João Batista. Foi o sacrifício original e universal. Os primeiros adoradores citados na Bíblia, foram instruídos a oferecerem um cordeiro. Ora, um cordeiro era o sacrifício da manhã e da tarde.
Isaías 53.7 fez referência ao Cordeiro. João Batista apontou para a realidade. Isaías, crente de dispensação anterior, aguardava. João Batista apontou para a substância, e não mais para a sombra. Que os ouvintes tivessem a mesma fé de Abel, de Abraão e dos santos do Antigo Testamento, que morreram na esperança, porque isso nunca variou: nunca uma alma foi salva, nunca uma alma será salva, senão somente pelo Cordeiro de Deus.
2. O sacrifício meritório
Comentário do Blog
A história da redenção se resume nesta expressão: “havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados”. Seu amor é incomparável!
Cristo morreu para aniquilar o pecado. Salmo 3.8 – “A salvação vem do Senhor.”
Sua obra de redenção é suficiente para todas as épocas, todos os lugares e todas as pessoas.
Quanto ao presente: “…está assentado para sempre à destra ( a direita – anotação nossa ) de Deus.”
Quanto ao futuro: Cristo tem inimigos que serão subjugados, aos quais são os anjos caídos e os ímpios impenitentes. Nós nos ajoelhamos diante Dele por causa de Seu amor e de Sua verdade. Os pecadores vão se ajoelhar diante da Sua irresistível justiça retributiva.
Meus amados, confiamos na obra expiatória do Calvário, consumada de uma vez para sempre, por nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Nós nos apropriamos de Seus méritos, e aceitamos a Sua justiça.
Pelo menos três coisas caracterizam a um crente que se apropria da justiça de Cristo:
Por que? Porque os méritos de Jesus Cristo são perfeitos:
Por isso: Ele descansa de Suas obras, está em elevada honra, e tem a autoridade universal.
Comentando estes versículos de Hebreus, assim expressou Matthew Henry:
“Sob o novo pacto ou sob a dispensação do Evangelho, têm-se o perdão pleno e definitivo. Isto significa uma enorme diferença do novo pacto em relação ao antigo. No antigo, os sacrifícios deviam ser repetidos muitas vezes e, depois de tudo, obtinha-se por eles o perdão que era válido somente neste mundo. Sob a dispensação do novo pacto, bastou um só sacrifício para adquirir o perdão espiritual de todas as nações e em todas as épocas, ou para ser livre do castigo no mundo vindouro. Este pacto é apropriadamente chamado de nova aliança.”
3. O sacrifício remidor
Comentário do Blog
Quão rico é o conceito de salvação no Novo Testamento.
O Senhor Jesus pressupunha a universalidade do pecado e da necessidade do homem, que tinha a sua origem na rebeldia.
O Senhor Jesus os compara a doentes, pois a iniquidade adoece a alma:
O pecado causa definhamento de dentro para fora. Mateus 12.35 – “O homem bom tira boas coisas do seu bom tesouro, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más.”
O pecado deixa o homem em dívida para com Deus. Mateus 6.12 – “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores.”
Diante deste triste quadro, o Senhor Jesus chama a todos ao arrependimento.
O sacrifício remidor de Jesus alcança, primeiramente, a absolvição, diante da justa condenação, porque tem por base tal sacrifício expiador realizado por Ele.
Por segundo, o sacrifício remidor de Jesus abrange a libertação mediante a presença do Espírito Santo, operando a santificação.
A fé que aceita a morte de Cristo em nosso lugar e que concorda com ela, também nos une a Ele de modo tão estreito que com Ele morremos para o pecado e ressuscitamos para a nova vida.
O sacrifício remidor de Jesus nos traz salvação:
Geziel Gomes:
“Cristo, o salvador perfeito.
I – As profecias sobre Cristo são perfeitas.
II – Seu sacrifício é perfeito.
III – Sua salvação é perfeita.
II – A NOSSA RECONCILIAÇÃO COM DEUS PAI
1. O fim da inimizade
2. A eliminação da causa da inimizade
Comentário do Blog
Reconciliação – grego katallagé, significando: restauração para favorecer. Cristo trocando Sua justiça por nossa culpa. Porque esta palavra tem também a acepção dos negócios de troca, de câmbio de dinheiro, de troca de valores equivalentes. Um ajuste de diferença ( Strong ).
Na teologia do Novo Testamento, trata-se da restauração do favor de Deus aos pecadores que se arrependem e depositam sua confiança na morte expiatória de Cristo ( Léxico Grego de Thayer ).
Ocorre 4 ( quatro ) vezes no Novo Testamento.
Neste versículo há a doutrina da reconciliação. Tudo que o crente pode desejar é encontrado aqui quando diz “tudo isso”. Mas, mesmo esta expressão isolada não é abrangente o suficiente. Todavia, o versículo contém a revelação ainda maior: “provém de Deus.” Para quem tem sede, há aqui rios que não se esgotam! Para quem se sente em pobreza espiritual, há aqui riquezas inesgotáveis.
O fato da nova criação em Cristo Jesus, do versículo anterior – II Coríntios 5.17 – “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” – Revela que todas as coisas se fizeram novas na nova criação da graça de Deus, por meio de Jesus Cristo:
1 – Novo pensamento – provém de Deus;
2 – Nova força – provém de Deus;
3 – Novos privilégios – provém de Deus.
Quais são os novos privilégios? Perdão, regeneração, adoção, justificação, santificação, comunhão.
4 – Nova maneira de agir – provém de Deus.
O mártir que foi queimado na fogueira… como pode aventurar-se até à morte? “E tudo isso provém de Deus…”
O crente bondoso, o que atende as desgraças dos outros, o poderoso na vida de oração, o diligente no serviço? “E tudo isso provém de Deus…”
Não há no homem nenhuma virtude própria, nenhum mérito próprio, nenhum merecimento próprio.
Lucas 2.14 – “Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens.” A boa vontade é de Deus para com os homens. Os homens, de nós mesmos, nunca tivemos boa vontade para com Deus.
H. Spurgeon:
“A excelência desta doutrina está em que:
Se todas as coisas são de Deus, não permita que as tempestades desta vida lhe sejam por barragem e causem terror.
A quem está nu, o manto no qual se veste, é de Deus. Ao imundo, a lavagem é de Deus. Ao indigno, o merecimento vem de Deus. Ao culpado, o perdão é de Deus. Tudo que o homem está convidado pelo Evangelho a fazer é receber! Venha com o seu vaso vazio, e o mantenha em direção à fonte que flui de Deus.”
Portanto, a reconciliação vem Dele também! Deus é o autor da reconciliação.
O que a reconciliação é?
Para respondermos, concordamos que para haver reconciliação, houve inimizade. Da parte do homem, esta inimizade tem origem no pecado. Da parte de Deus, a partir da justiça de Sua natureza santa.
Deus é o autor da reconciliação, mas ninguém está reconciliado com Deus até que esteja em conformidade com as condições oferecidas por Deus. II Coríntios 5. 19 – “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando o mundo…” Para se reconciliar com Cristo, deve-se estar em Cristo!
Sendo Deus a primeira causa de todas as coisas, Ele é a primeira causa de Sua mais incomparável obra. Nenhuma criatura poderia iniciar este trabalho.
A reconciliação tem algumas premissas gerais:
1 – Reconciliar é trazer graça e comunhão, pois alguma brecha de ofensa foi feita.
2 – A reconciliação é mútua. Deus está reconciliado conosco, e nós com Deus.
A Bíblia diz-nos que o homem era inimigo de Deus. E da parte de Deus, manifesta-se a ira contra o pecado e contra o pecador.
Eliminada, pela reconciliação, a causa da inimizade, então a paz com Deus traz:
1 – Acesso com ousadia à presença de Deus – Romanos 5.2 – “Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes.”
2 – Livre acesso ao céu – Efésios 2.18 – “Porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito.”
3 – Aceitação de nossa pessoa – Efésios 1.6 – “Para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado.”
4 – Santificação de tudo que somos em Cristo – I Coríntios 3.23 – “E vós, de Cristo, e Cristo, de Deus.”
5 – A promessa do céu – Romanos 5.10 – “Porque, se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de Seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.”
Em Cristo nós fomos reconciliados com Sua sabedoria, justiça, santificação e o Seu plano de redenção.
3. A vivificação
Comentário do Blog
Ofensas é traduzido em algumas edições da Bíblia, como transgressão. E de fato, é uma de suas acepções.
Em geral, estas duas palavras – ofensas e pecados – estão mais frequentemente usadas separadamente nas cartas paulinas. Mas, aqui são reunidas e expressam o drama da Queda. Pecados, assim mesmo no plural, denota os princípios universais do mal, enquanto ofensas, aponta o fracasso em atos exteriores até mesmo daqueles que não estão necessariamente fora do caminho reto. Tanto que ofensa, do grego paraptoma, significa ´cair de lado´, ´deslizar´. No sentido moral dos pecados deliberados e específicos.
“E vos vivificou…” está em conexão com a ressurreição do Senhor Jesus Cristo e Sua exaltação à direita de Deus Pai.
“…estando vós mortos…”, ou seja, desprovidos de vida espiritual e eterna. O estado de quem está inimigo de Deus, irreconciliado, tem analogia com a morte física.
C.H. Spurgeon – “Agora, esforce-se, até onde você pode esforçar, a ter a imaginação de um cadáver, de um morto. E quando você fizer isso, comece a entender que esta é a metáfora no texto para restabelecer a condição de sua alma por natureza. Assim como o corpo, de minha proposta de imaginação, está morto e incapaz, insensível e prestes a tornar-se corrupto e putrefato; assim também nós, se estamos fora da graça de Deus, mortos em ofensas e pecados, tendo em nós a morte espiritual, que é capaz de degradar-se em piores pecados e maldades, até que todos nós, alienados da graça de Deus, tornamo-nos repugnantes. Repugnantes pelo pecado e pela maldade, assim como o cadáver se torna através da corrupção natural.
Compreenda que, pela doutrina das Escrituras, o homem por natureza, desde a Queda, está morto. Então, ele é coisa corrupta e arruinada. Em sentido espiritual, totalmente e completamente morto. E se algum vem à vida, isto é, pelo poder vivificador do Espírito Santo, que nos é concedido soberanamente pela boa vontade de Deus, sem nenhum mérito nosso, mas inteiramente pela Sua graça abundante e transbordante.”
A vivificação se ilustra, para trazer uma réstia de luz a este sub tópico, no drama de Jacó no vale de Jaboque – Gênesis 32.22 a 32. Porque a questão é de natureza, de ser velha criatura, e esta natureza e criatura é, sem comunhão e submissão a Deus, espiritualmente morta. Em comunhão e em submissão, é vivificado!
O homem ouve a pregação do Evangelho da verdade, e luta contra a sua mais extrema necessidade. Como se pudesse se dar bem indo contra o curso da vontade de Deus…
Por primeiro, permita-me dizer ao ilustre leitor, que se quebrar, é preferível quebrar-se nas mãos do Oleiro. Jeremias 18.4 – “Como o vaso que ele fazia de barro se quebrou na mão do oleiro…”
Por segundo, observemos que o Senhor tocou na musculatura mais forte do corpo humano. E não é isto o necessário, muitas vezes, que o toque criador de Deus nos atinja onde julgamos mais fortes? A operação da autoridade de Deus em nossa vida exige submissão.
Eis as bênçãos de nova vida para Jacó:
Antes do vale de Jaboque, Jacó conversava demais. Porque o enganador depende de muito falar para conseguir seus intentos. Depois do encontro com Deus, da nova vida de comunhão com o Senhor, Jacó fala menos. O encontro de Jacó, agora Israel, com o Faraó no Egito, é ilustrativo demais de sua nova vida. Ele abençoa a Faraó!
A lição da revista termina assim enfatizando este tópico especificamente:
“…a maior consequência da vivificação espiritual é a disposição de pregar o Evangelho.”
III – A REDENÇÃO ETERNA
1. O estado perdido do pecador
2. A redenção do pecador
3. Uma redenção plena
Comentário do Blog
O pecado resultou de um ato de desobediência responsável por parte de Adão. Não foi um acidente inesperado. Foi deliberado.
Todos somos pecadores. Não há como negar esta realidade. E nosso pecado nos separa de Deus, impossibilita-nos de ter paz, aproximação e comunhão com Ele.
Sabemos que há algo, ainda que não saibamos definir adequadamente, antes de ter a revelação das Escrituras, dentro de nós que nos inclina e nos motiva e até obriga ao mal. Segundo as Escrituras, este ´algo´ é o pecado.
Este pecado interior que nos obriga e induz, resulta em atos pecaminosos individuais e específicos, que são cometidos exteriormente.
Pecado está relacionado ao nosso homem natural.
Pecados estão relacionados à nossa conduta.
Este trecho bíblico é ilustrativo do que mencionamos acima. Moisés, por ordem do Senhor, põe a mão no peito, ou seja, na altura do coração. E ao estendê-la, está leprosa. Na Bíblia, lepra é símbolo do pecado. O coração simboliza o que somos. A mão, o que fazemos. Fazemos porque somos. Primeiramente, há o pecado interior ( coração ). Exteriormente, os pecados de conduta ( mão ).
“Se quisermos fazer uma distinção clara entre pecado e pecados, há uma parte nas Escrituras que precisamos considerar. São os primeiros oito capítulos do livro de Romanos. Esses oito capítulos mostram-nos o significado pleno do pecado. Nesses oito capítulos encontramos uma característica notável:
Do capítulo 1 ao 5.11, somente a palavra pecados ( no plural ) é mencionada; e pecado ( no singular ) jamais é mencionado. Mas em 5.12 até o final do capítulo oito, o que encontramos é pecado ( no singular ), e não pecados ( no plural ).
Do capítulo 1 até 5.11, Romanos nos mostra que o homem tem cometido pecados diante de Deus.
De 5.12 em diante, Romanos nos mostra que tipo de pessoa o homem é diante de Deus.
Ele é um pecador diante de Deus. Pecado refere-se à vida adâmica que possuímos.
Antes de Romanos 5.12, nenhuma menção há dos mortos sendo vivificados, pois o problema ali não é que alguém precise ser vivificado, mas que os pecados individuais que alguém tem cometido precisam ser perdoados.
De 5.12 em diante, temos a segunda seção.
Aqui vemos algo forte e poderoso dentro de nós como uma lei em nossos membros, que é o pecado, que nos induz e obriga a cometer atos pecaminosos, isto é, os pecados. Portanto, aqui há necessidade de sermos libertados.” ( Watchman Nee )
Caminhos aqui é o que somos. Obras é o que fazemos.
Pecado é o que somos. Nossa natureza. Pecados é o que fazemos. Nossa conduta.
Pecado está na natureza caída do homem. Pecados estão nos costumes diários do homem.
“No Novo Testamento, Jesus retratou a vida humana ideal como a vida de comunhão com Deus. O pecado é a falta dessa comunhão. Jesus localiza a fonte do pecado no intento íntimo dos homens. O pensamento pecaminoso, em sua qualidade, é igual ao ato realizado. Dessa maneira, Jesus aprofundou muito o senso de culpa. O padrão elevadíssimo de Sua própria vida tornou-se a medida de obrigação do homem, e, ao mesmo tempo, o critério do julgamento contra o pecado e a culpa.” ( Edgar Young Mullins ).
Enfim:
A palavra “resgate” deriva das transações efetuadas entre os homens, como a libertação de um cativo mediante o pagamento do resgate, ou a soltura de um devedor encarcerado, ao liquidar sua dívida.
Pressupõe o livramento por meio de um substituto, de um incapacitado de efetuar seu próprio livramento. A restauração resulta do pagamento do resgate.
Cristo remiu-nos da maldição imposta por uma lei desobedecida, ao fazer-se maldição em nosso lugar. Sua morte foi o preço do resgate que foi pago. ( Emery Brancoft ).
Scofield:
“A verdade completa é revelada nas três palavras que geralmente são traduzidas por ´redenção´ –
A primeira é agorazo, isto é, ´adquirir no mercado´. Os objetos da redenção estavam vendidos ´à escravidão do pecado´ – Romanos 7.14 – “…vendido sob o pecado.” – Mas, além disso, estavam sob sentença de morte – Ezequiel 18.4 – “A alma que pecar, essa morrerá.” – João 3.18 – “Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.”
E o preço da compra foi o sangue do Redentor, que morreu em lugar deles – Mateus 20.28 – “Bem como o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida em resgate de muitos.”.
A segunda palavra é exagoraso, ou seja, ´comprar retirando do mercado´ – Gálatas 3.12 – “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós.” Os remidos nunca mais serão passíveis de venda.
A terceira palavra é lutroo – Efésios 1.7 – “Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça.” – I Pedro 1.18 – “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais.” – Romanos 3.24 – “Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.” – cujo sentido é ´libertar´, ou ainda, ´soltar mediamente pagamento´. A redenção é efetuada por sacrifício e por poder – Êxodo 14.30 – “Assim, o Senhor salvou Israel naquele dia da mão dos egípcios.”
Cristo pagou o preço, e o Espírito Santo torna real o livramento, na experiência pessoal.”
CONCLUSÃO
Comentário do Blog
“Deus não quer algo de nós, Ele simplesmente nos quer…” – C. S. Lewis.
Pastor Eliel Goulart
Postado por ebd-comentada
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