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05/11/2021
Este post é assinado por Eliel Goulart
“E impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam”. – Atos 19.6
Uma vez movidos no poder do Espírito, podemos ser bem-sucedidos na missão de pregar o Evangelho a toda a criatura.
Atos 19.1-7
1 – E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso e, achando ali alguns discípulos,
2 – disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo.
3 – Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados, então? E eles disseram: No batismo de João.
4 – Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo.
5 – E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus.
6 – E impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam.
7 – Estes eram, ao todo, uns doze varões.
A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
Na lição anterior, conclui o comentário com uma pergunta: o que move o seu viver? Hoje, na continuidade dos estudos sobre a vida do apóstolo Paulo, aprenderemos juntos que a vida de Paulo foi sempre movida pelo Espírito Santo. O ministério de Paulo foi do início ao derradeiro dia, movido pela plenitude do Espírito Santo.
Atos 9.20: “E logo, nas sinagogas, pregava a Jesus, que este era o Filho de Deus”.
Desde logo após sua conversão, a pregação de Paulo foi cristocêntrica. Cristo, desde o princípio, foi a centralidade da pregação e do ensino de Paulo.
Esta prontidão e este imediatismo se deram por operação direta do Espírito Santo, que sempre nos conduz a glorificar o Senhor Jesus – João 16.14: “Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar”. Desde sua conversão, portanto, Paulo era guiado pelo Espírito Santo.
Há duas características essenciais na vida do crente movido pelo Espírito Santo:
1 – Ele prega a Cristo Crucificado e Ressuscitado – I Coríntios 2.2: “Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado”;
2 – A sua pregação é acompanhada de demonstração do Espírito e de poder – I Coríntios 2.4: “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder”.
Escrevendo aos Gálatas, capítulo 1º, versículos 17 e 18, Paulo explica que, em seguida à sua conversão que se deu próximo a Damasco, ele foi para a Arábia, onde permaneceu por três anos, num período de preparação para o exercício do ministério de pregador e ensinador do Evangelho. Voltou outra vez a Damasco e, depois, foi a Jerusalém, onde esteve com o apóstolo Pedro, não tendo visto a nenhum dos outros apóstolos.
Quando Paulo diz que não subiu a Jerusalém, logo após a sua conversão a Cristo, para consultar a algum dos apóstolos, não significa menosprezo a estes. O objetivo desta declaração é mostrar que, em nenhum sentido, sua chamada ministerial derivou da comissão de homem algum. Eis mais uma etapa do caminho deste pregador movido no poder do Espírito Santo.
Há um propósito de Deus para cada chamada à existência, para cada chamada à conversão. Não escolhemos as circunstâncias em que nascemos na vida natural, mas podemos escolher crer em Jesus Cristo, e este Crucificado e Ressurreto. E podemos escolher submeter-nos à direção do Espírito Santo. Podemos estar até inconscientes do plano de Deus para nós por algum tempo. Certamente Paulo nunca imaginou isso enquanto estava assentado aos pés de Gamaliel. Menos ainda enquanto perseguia os cristãos. Mas, parafraseando, o Espírito Santo já Se movia sobre a face deste abismo, e o plano de Deus se revelava gradualmente. A obediência de Paulo à vontade revelada de Deus, definiu o caminho da pregação de Paulo. Atos 26.19 e 20: “…não fui desobediente à visão celestial. Antes, anunciei primeiramente aos que estão em Damasco e em Jerusalém, e por toda a terra da Judeia, e aos gentios, que se emendassem e se convertessem a Deus, fazendo obras dignas de arrependimento”.
Em Atos capítulo 13, o escritor Lucas apresenta-nos a primeira viagem missionária de Paulo, e esta narrativa ocupa os capítulos 13 e 14 de Atos. Inclusive, a partir deste capítulo 13, o foco dos escritos históricos de Lucas passa a ser o mover do Espírito Santo, os Atos do Espírito Santo, na e através da vida de Paulo, em sua missão como pregador do Evangelho.
Da igreja de Antioquia Paulo e Barnabé saem como missionários para o mundo de então. E isto no mover do Espírito Santo: “E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado” – Atos 13.2. Tiveram experiências em Salamina, onde o procônsul Sérgio Paulo, de alta posição na sociedade, creu na doutrina do Senhor. Em Antioquia da Pisídia, Paulo pregou sua primeira pregação transcrita na Bíblia, sempre tendo como centralidade a Cristo e no poder do Espírito, quando os ouvintes se alegraram e glorificaram a Palavra do Senhor, e creram. Porém, foram expulsos dessa cidade por incentivo dos judeus. Observem como o último versículo do capítulo 13 de Atos explica e confirma o resultado de pregar no mover do Espírito:
“E os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo” – Atos 13.52.
Na segunda viagem missionária, narrada em Atos capítulos 16 a 18, Paulo encontra-se com o jovem Timóteo, na comunidade judaica de Listra. Considerando que quinze anos mais tarde, em I Timóteo 4.12, Paulo se dirige a ele como a um jovem, então nesta ocasião em que o conheceu, ele ainda devia ser um adolescente. Lucas se ajunta à equipe missionária, pois se antes ele usa o pronome ´eles´, passa agora a usar o pronome ´nós´, indicando ter-se unido ao grupo de obreiros, na região de Trôade. Foi nesta segunda viagem missionária que Paulo prega às margens do rio da cidade de Filipos, e uma comerciante de tecidos, chamada Lídia, abriu o coração à pregação do Evangelho. Mas, nesta mesma cidade há a conversão do carcereiro, após um terremoto sob o controle de Deus, que soltou a Paulo e Silas da prisão. Há pessoas que ouvem a pregação do Evangelho e o coração delas se abrem. Há outros, que o chão precisa abalar-se debaixo de seus pés, para que caiam em si.
Nesta segunda viagem missionária, passam por Tessalônica, cidade com 200 mil habitantes e capital da província de Macedônia. O nome atual é Salônica. Paulo prega em Atenas, e o título da pregação foi ´Ao Deus Desconhecido”. Usou um ponto de contato para começar a expor o Evangelho de Jesus Cristo. E na plenitude do Espírito Santo, Paulo pregou que o chamado de Deus ao arrependimento e à fé, não é uma opção do ouvinte, é uma ordem divina. De Tessalônica a Corinto e, ao final, Éfeso. Leia com vagar estes capítulos 13 e 14, 16 a 18 de Atos, e observe o Espírito Santo movendo a Paulo no caminho da pregação.
Repito a pergunta da Introdução: o que move ou quem move o seu viver como crente?
Pastor Eliel Goulart
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