CPAD Adultos – 3 Trimestre 2022 – 10-07-2022 – Lição 2 – A sutileza da banalização da graça

Este post é assinado por Eliel Goulart

TEXTO ÁUREO

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus”. – Efésios 2.8

VERDADE PRÁTICA

A graça de Deus não é barata. Ela requer arrependimento, novo comportamento, ou seja, nova vida em Cristo.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Efésios 2.4 a 10 

4 – Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, 

5 – estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), 

6 – e nos ressuscitou juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; 

7 – para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça, pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus. 

8 – Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. 

9 – Não vem das obras, para que ninguém se glorie. 

10 – Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus  para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.

INTRODUÇÃO

A paz do Senhor!

Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.

Prosseguindo no tema deste terceiro trimestre de 2022, hoje analisaremos a necessidade de compreensão da graça de Deus. Veremos seu conceito no contexto bíblico, no da Reforma Protestante do século XVI e no contexto contemporâneo, ou seja, dos nossos dias, quando está sendo pregada como ´graça barata´, ainda que tenha custado alto preço.

I – COMPREENDENDO A GRAÇA

1 – A graça é divina

A graça é de origem divina. A graça é divina. Por ela, Deus falou e Deus agiu.

Deus tomou a iniciativa da revelação. Deus falou. E revelou-Se a Si mesmo. Tanto por revelação geral ou natural – Salmo 19.1: “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos” – quanto por revelação especial ou sobrenatural – João 1.14: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”.

Deus agiu. Deus falou porque somos ignorantes. Deus agiu porque somos pecadores. Toda a história do Antigo Testamento é uma história de preparação para a obra de redenção consumada em Cristo Jesus. No passado, Deus livrou a Israel da escravidão do Egito. Também o livrou do exílio babilônico. Cristo veio para livrar-nos da escravidão deste mundo tenebroso. Iª Timóteo 1.15: “Esta é uma palavra fiel e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal”.

O homem não pode chegar ao conhecimento da revelação por si mesmo e nem se salvar a si mesmo. Deus falou e Deus agiu. Falou para iluminação e agiu para salvação. Isto é graça. A graça é divina.  

2 – A graça é imerecida

A frase tão antiga e tão repetida: graça é um favor imerecido, permanece tão e sempre verdadeira. Tudo que recebemos é por graça e não por merecimento ou por dignidade própria.

Romanos 3.10: “Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer”.

O pecado pesa sobre toda a humanidade como um fardo impossível de remover por si mesma. O pecado domina sobre o homem como um algoz que escraviza e faz praticar a maldade. Este é o quadro geral da condição do homem, até que a Graça se manifesta. E a Graça não resulta do trabalho de nenhum homem e nem do mérito de nenhuma obra humana. A Graça de Deus não se manifesta por causa de nossos méritos. Ela se manifesta apesar de nossos deméritos.

Isaías 64.6: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia”. Trapo de imundícia, literalmente, refere-se aos panos de tecidos menstruais, utilizados numa época sem os mesmos recursos de hoje. E é ilustrativo de que os nossos melhores atos são comparados a panos repugnantes de imundícia.

A Graça de Deus nos mostra a inutilidade da nossa própria bondade.

A Graça de Deus nos mostra a nossa fragilidade.

A Graça de Deus nos mostra a nossa posição de condenação diante do juízo de Deus.

II – A GRAÇA NO CONTEXTO BÍBLICO

Pastor Eliel Goulart

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