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CPAD Adultos – 3 Trimestre 2021 – 26-09-2021 – Lição 13 – O cativeiro de Judá

30/09/2021

Este post é assinado por Eliel Goulart

TEXTO ÁUREO

“Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel”. – Atos 9.15

VERDADE PRÁTICA

Segundo a Sua soberana vontade, Deus usa as circunstâncias para fazer uma grande obra.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Atos 26.1-7 

1 – Depois, Agripa disse a Paulo: Permite-se-te que te defendas. Então, Paulo, estendendo a mão em sua defesa, respondeu: 

2 – Tenho-me por venturoso, ó rei Agripa, de que perante ti me haja, hoje, de defender de todas as coisas de que sou acusado pelos judeus. 

3 – mormente sabendo eu que tens conhecimento de todos os costumes e questões que há entre os judeus; pelo que te rogo que me ouças com paciência. 

4 – A minha vida, pois, desde a mocidade, qual haja sido, desde o princípio, em Jerusalém, entre os da minha nação, todos os judeus a sabem. 

5 – Sabendo de mim, desde o princípio (se o quiserem testificar), que, conforme a mais severa seita da nossa religião, vivi fariseu. 

6 – E, agora, pela esperança da promessa que por Deus foi feita a nossos pais, estou aqui e sou julgado, 

7 – à qual as nossas doze tribos esperam chegar, servindo a Deus continuamente, noite e dia. Por esta esperança, ó rei Agripa, eu sou acusado pelos judeus.

INTRODUÇÃO

A paz do Senhor!

Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.

Neste novo trimestre que se inicia para nós, de outubro a dezembro de 2021, estudaremos juntos, querendo o Senhor, a biografia do apóstolo Paulo.

O comentarista das Lições Bíblicas deste quarto trimestre é o pastor Elienai Cabral (1945-Mafra-SC), 75 anos. Entre 1964 e 1965, estudo no Instituto Bíblico das Assembleias de Deus – IBAD, em Pindamonhagaba-SP. Foi consagrado a evangelista aos 21 anos de idade, servindo como obreiro auxiliar na Assembleia de Deus da cidade de Rio do Sul, onde ficou por um ano, e em fevereiro de 1967 foi convidado pelo missionário Bernhard Johnson a integrar a Equipe Boas Novas, trabalhando no evangelismo por todo o Brasil e exterior, realizando cruzadas evangelísticas. Em 1968 foi apresentado para ser levado ao ministério da Palavra, como pastor, pelo pastor Bernhard Johnson, pela Convenção Mineira, sendo consagrado aqui no Triângulo Mineiro.

Além de cantor – foi regente de coral – pastoreou diversas Assembleias de Deus pelo Brasil. Pastor Elienai Cabral é teólogo, conferencista, comentarista de revistas de Escola Dominical da CPAD – Casa Publicadora das Assembleias de Deus e membro do Conselho de Administração da CPAD.

I – O MUNDO DE PAULO NO IMPÉRIO ROMANO

1 – Entendendo a origem de Paulo

Ao expor a sequência cronológica da vida de Paulo, numa tentativa de organizar e distinguir a ordem de ocorrência dos principais fatos de sua história, temos como probabilidade de ele ter nascido no ano 5 a. C., na cidade de Tarso, capital da Cilícia, onde hoje está o território da moderna Turquia. E faleceu em Roma, Itália, no ano de 67 d.C.

Nasceu e cresceu em Tarso, originário da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus como ele mesmo escreveu em Filipenses 3.5. Seu pai era da seita dos fariseus e, certamente, com posses suficientes para enviá-lo a Jerusalém, onde estudo aos pés de Gamaliel.

Os professores daquela época ensinavam assentados. E os alunos ficavam de pé. Os mais destacados e dedicados alunos tinham a oportunidade de postarem-se próximos ao mestre, e também assentavam defronte a ele. Portanto, este é o significado de ´aos pés de Gamaliel´ de Atos 22.3. Gamaliel era membro do Sinédrio, importante doutor da Lei, filho de Simão e neto do renomado Hilel, mestre de uma das duas escolas doutrinárias do judaísmo naquela época. A outra era a escola de Samai, muito radical na interpretação das Escrituras. A escola de Hilel era caracterizada pela moderação e Gamaliel era um mestre caracterizado pelo equilíbrio doutrinário.

Assim, Paulo informou que foi ensinado por Gamaliel e era fariseu e o filho de um fariseu. Muito zeloso em guardar a Lei e obstinado em destruir a Igreja – Filipenses 3.6: “Segundo o zelo, perseguidor da igreja; segundo a justiça que há na lei, irrepreensível”.

Perseguiu e oprimiu a igreja com grande intensidade. Ele mesmo disse que assolou, aprisionou, espancou, perseguiu até a morte, votou pela morte de cristãos. Torturou os crentes forçando-os a blasfemar. E teve parte na morte do primeiro mártir da Igreja, o diácono Estevão.

No caminho a Damasco, onde perseguiria cristãos, teve visão celestial do próprio Senhor Jesus, quando foi cercado por uma luz divina, ficando cego. Ouviu a Cristo e O aceitou como Senhor e Salvador. Foi conduzido a Damasco onde esteve por três dias, sendo assistido pelo ministério do crente Ananias, quando lhe foi restabelecida a visão e recebeu o batismo no Espírito Santo, sendo batizado nas águas.

Neste trimestre vamos aprender juntos lições sobre o ministério tão frutífero de Paulo, dos seus sofrimentos, de suas viagens missionárias, de sua viagem e testemunho em Roma e, finalmente, a gloriosa esperança do apóstolo Paulo diante da morte.

2 – A geografia do mundo de Paulo

No cenário geral do mundo em que viveu o apóstolo Paulo, por primeiro, destaca-se o aspecto político. Ele viveu no esplendor do poderio político-militar de Roma.

Os romanos dominavam o mundo de então, e tinham por política o distanciamento das questões religiosas dos povos dominados. Desde que estes também respeitassem os deuses dos cultos romanos. Até absorviam os deuses das nações ocupadas, e eram respeitosos com a prática religiosas dos vencidos.

Roma controlava de maneira absoluta a arrecadação de impostos e a submissão de todos à política militar-territorial dos romanos. E eles deixavam sob a administração local, quaisquer outros temas. Isto explica, inclusive, a liberdade da expansão do Evangelho naquela época, nos primeiros anos.

Além disso, é digno de nota a qualidade das estradas romanas, facilitando as comunicações. Eram desde estradas locais até vias amplas e de longas distâncias, conectando cidades de diversos portes e as guarnições militares. As estradas eram pavimentadas com pedras e encurvadas para a drenagem das águas. Eles construíram 372 grandes estradas, totalizando 400 mil quilômetros, dos quais 80 mil eram pavimentadas. Ainda hoje há as marcas dessas estradas e algumas foram cobertas por rodovias modernas.

A Ásia Menor foi a esfera das múltiplas atividades evangelísticas e missionárias da Igreja dos tempos do apóstolo Paulo. O clima era de grande variedade climática. A grande região do mundo geográfico por onde andou o apóstolo Paulo era dividida em quatro províncias: a do Mediterrâneo – Lícia, Panfília e Cilícia; a do Mar Egeu, Lídia e Cária, onde estavam as cidades bíblicas de Mileto e Cnido – Atos 20.15 e 27.7; a terceira província era a do litoral do Mar Negro – Ponto, a Paflagônia e a Bítinia; e, finalmente, a quarta província era a do Interior – Galácia, Capadócia, Licaônia, Pisídia e Frígia.

Paulo transitou por todas estas regiões provinciais. Certamente, utilizou todos os meios de transporte e viajou tanto por mares quanto pelas estradas romanas, utilizando todas as vias de comunicações na pregação do Evangelho de Cristo Jesus.

Por estas regiões Paulo muito sofreu e nunca desistiu de perseverar em seguir ao Senhor. II Coríntios capítulo 11, a partir do versículo 24, ele lista as tribulações: por três vezes sofreu naufrágio, perigos de rios e de salteadores (são os assaltantes nas estradas), perigos nos desertos, no mar e nas cidades. Fome, sede, frio e falta de vestuário.

Contrapondo-se à falsa Teologia da Prosperidade, no exagero de afirmar que doenças e sofrimentos são por falta de fé e de compromisso, Paulo, que se identificava como ´imitador de Cristo´ – I Coríntios 11.1 – listou que tudo sofria por amor dos escolhidos, para que eles alcançassem a salvação por Cristo Jesus – 2ª Timóteo 2.10.

Em Deuteronômio 8.7 está escrito: “Porque o Senhor, teu Deus, te faz entrar numa boa terra, terra de ribeiros de águas, de fontes, de mananciais profundos, que saem dos vales e das montanhas” – Almeida Revista e Atualizada. A boa terra é Cristo, onde estamos arraigados Nele – Colossenses 6 e 7: “Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele, arraigados (enraizados, que lança as raízes nesta ´boa terra´) e edificados nele e confirmados na fé…”. Terra de ribeiros de água (o Espírito Santo), de fontes (o Senhor Jesus) e de mananciais profundos ou subterrâneos (Deus Pai).  A comunhão com a Santíssima Trindade. E estas águas saem dos ´vales e das montanhas´. Há dias que estamos no vale e outros dias nas montanhas. Dias de bonanças e farturas e dias de agitações e privações. O apóstolo Paulo bem ilustrou isso quando escreveu em II Coríntios 6.4 a 10: “Antes, como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo: na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido, na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, à direita e à esquerda, por honra (montanha) e por desonra (vale), por infâmia (vale) e por boa fama (montanha), como enganadores (vale) e sendo verdadeiros (montanha); como desconhecidos (vale), mas sendo bem-conhecidos (montanha); como morrendo (vale) e eis que vivemos (montanha); como castigados (vale) e não mortos (montanha); como contristados (vale), mas sempre alegres (montanha); como pobres (vale), mas enriquecendo a muitos (montanha); como nada tendo (vale) e possuindo tudo (montanha).

3 – Paulo, chamado para os gentios

Atos 9.15: “Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel”.

Atos capítulo 9 é a primeira das três vezes que Paulo faz a narrativa de sua conversão no Livro de Atos. O inesquecível pastor Russell Shedd escreveu que a conversão de Paulo, narrada por três vezes, é o mais importante acontecimento da história, desde o Pentecostes, até o dia de hoje.

O Senhor Jesus o chamou de ´vaso escolhido´, um instrumento nas mãos de Deus para cumprir os Seus propósitos eternos, entre os gentios, ou seja, entre as nações. O que antes fora perseguidor é, agora, o escolhido pelo Senhor como o instrumento com o qual Ele realizaria Sua vontade, pela Sua graça, para ele e para os gentios.

Posteriormente, Paulo descreveu quatro tipos de vasos em suas Cartas:

1 – Vaso de honra em Romanos 9.21;

2 – Vaso de misericórdia em Romanos 9.23;

3 – Vaso de barro em 2ª Coríntios 4.7;

4 – Vaso santificado e útil em 2ª Timóteo 2.21.

E o próprio Paulo foi feito pelo Senhor Jesus como ´vaso escolhido´. A palavra escolhido ocorre por sete vezes no Novo Testamento, e a primeira vez está no versículo citado de Atos 9.15. E em Romanos 9.21 Paulo expressa que não foi tão somente um vaso escolhido, mas moldado para o propósito divino de enviá-lo a pregar o Evangelho aos gentios.

“Este é para mim um vaso escolhido”, ou seja, selecionado, eleito. E esta palavra – eleição – se torna destacada na doutrina ensinada pelo apóstolo Paulo.

Chamado especialmente, por escolha direta do Senhor Jesus, para “levar o meu nome diante dos gentios”.

Ainda hoje o Senhor Jesus continua a chamar homens e mulheres para missões escolhidas. Marcos 3.13 e 14 está escrito: “E subiu ao monte e chamou para si os que ele quis; e vieram a ele. E nomeou doze para que estivessem com ele e os mandasse a pregar”. No Antigo Testamento por 19 vezes subir o monte equivale a aproximar-se de Deus e a Deus chamar, escolher ou encontrar-se com os seus servos. Não como negar tal paralelo. “E chamou para si os que ele quis”. Em oito ocasiões entre nove chamadas no Evangelho de Marcos, é Jesus quem chama. Porque a soberania da chamada é Dele. Em cada vez que Ele chama, Ele é totalmente Senhor e os que Ele chama estão como ´vaso escolhido´ em Suas mãos. São instrumentos úteis, estão a Seu serviço. A vontade soberana está sublinhada: Paulo é o vaso escolhido. Marcos 3.13, “chamou para si os que ele quis”. Nós nos lembramos de João 15.16: “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeeis para que vades e deis fruto…”.

“E nomeou doze para que estivessem com ele e os mandasse a pregar”. A primeira chamada é para estar com o Senhor Jesus. Vamos ilustrar isto assim: o Senhor Jesus provou três líquidos, conforme lemos nos Evangelhos. Ele provou a água, o vinho (suco da videira) e o vinagre. A água simboliza a fase comum do chamado. É, sem dúvida, o líquido mais comum. ´Quem pregará na festividade? – Não sei… parece que é o Fulano. – Ah… então não vou noutro lugar´. É a fase do anonimato, pouquíssimos o conhecem. Ele é comum. O segundo líquido, o vinho, simboliza os tempos festivos, de reconhecimento, de primeiros lugares, de notoriedade e prestígio. ´- Quem pregará nesse evento? – O Fulano! – Que bênção, não faltarei de nenhuma maneira´. O terceiro, é o vinagre. Os tempos secos, esquecido, tempos difíceis. Qual o segredo para não desanimarmos na fase comum, para não nos exaltarmos nos dias famosos, e para sucumbirmos nos dias amargos? Relembrar que fomos chamados para, primeiramente, estar com Ele. “Para que estivessem com ele”, é a primeira chamada da Obra Santa. Estar com Jesus é a garantia de não nos definharmos no desprezo do comum, não nos ensoberbecermos nos elogios e nem nos embriagarmos com tantos convites e não nos vergarmos sob o peso da amargura do esquecimento. Primeiro, estar com Jesus. Ser vaso para utilidade Dele. Depois, enviado a pregar, levar o nome do Senhor Jesus a toda criatura.

II – O MUNDO CULTURAL DE PAULO

Pastor Eliel Goulart

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Postado por ebd-comentada


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