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07/09/2021
Este post é assinado por Eliel Goulart
“No SENHOR, Deus de Israel, confiou, de maneira que, depois dele, não houve seu semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele”. – II Reis 18.5
Deus sempre ouve e guarda os sinceros de coração, que o obedecem e procuram agradá-lo.
2 Reis18.1-3,13,28,29; 19.1,5-7, 15,16, 20,21
2 Reis 18
1 – E sucedeu que, no terceiro ano de Oseias, filho de Elá, rei de Israel, começou a reinar Ezequias, filho de Acaz, rei de Judá.
2 – Tinha vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar e vinte e nove anos reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Abi, filha de Zacarias.
3 – E fez o que era reto aos olhos do SENHOR, conforme tudo o que fizera Davi, seu pai.
13 – Porém, no ano décimo quarto do rei Ezequias subiu Senaqueribe, rei da Assíria, contra todas as cidades fortes de Judá e as tomou.
28 – Rabsaqué, pois, se pôs em pé, e clamou em alta voz em judaico, e falou, e disse: Ouvi a palavra do grande rei, do rei da Assíria.
29 – Assim diz o rei: Não vos engane Ezequias; porque não vos poderá livrar da sua mão;
2 Reis 19
1 – E aconteceu que Ezequias, tendo-o ouvido, rasgou as suas vestes, e se cobriu de pano de saco, e entrou na Casa do SENHOR.
5 – E os servos do rei Ezequias vieram a Isaías.
6 – E Isaías lhes disse: Assim direis a vosso senhor: Assim diz o SENHOR: Não temas as palavras que ouviste, com as quais os servos do rei da Assíria me blasfemaram.
7 – Eis que meterei nele um espírito e ele ouvirá um ruído e voltará para a sua terra; à espada o farei cair na sua terra.
15 – E orou Ezequias perante o SENHOR e disse: Ó SENHOR, Deus de Israel, que habitas entre os querubins, tu mesmo, só tu és Deus de todos os reinos da terra; tu fizeste os céus e a terra.
16 – Inclina, SENHOR, o teu ouvido e ouve; abre, SENHOR, os teus olhos e olha; e ouve as palavras de Senaqueribe, que ele enviou para afrontar o Deus vivo.
20 – Então, Isaías, filho de Amoz, mandou dizer a Ezequias: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: O que me pediste acerca de Senaqueribe, rei da Assíria, eu o ouvi.
21 – Esta é a palavra que o SENHOR falou dele: A virgem, a filha de Sião, te despreza, de ti zomba; a filha de Jerusalém meneia a cabeça por detrás de ti.
A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
Na sequência de nossos estudos nos livros de I e de II Reis, hoje aprenderemos juntos sobre o fiel reinado de Ezequias.
O texto áureo da vida do rei Ezequias poderia ser II Reis 18.3: “E fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo o que fizera Davi, seu pai”.
Ezequias, cujo nome significa ´Deus fortaleceu´, reinou por 29 anos. Foi um bom rei, que liderou uma renovação espiritual no reino de Judá. Depois de Salomão, Ezequias também foi o mais rico de todos os reis tanto do reino do Norte quanto do Sul. Organizou a maior celebração da Páscoa, jamais vista desde os dias de Salomão. Testemunhou o livramento que Deus deu a Judá, quando o Anjo do Senhor feriu a cento e oitenta e cinco mil soldados da Assíria, que cercavam a Jerusalém. E recebeu o milagre da cura divina, sendo-lhe acrescentado mais quinze anos de vida. O rei Ezequias foi o primeiro rei de Judá cuja fidelidade foi comparada à de Davi.
II Crônicas 29.3: “Ele, no primeiro ano de seu reinado, no mês primeiro, abriu as portas da Casa do Senhor e as reparou”.
No primeiro mês, ou seja, no mês de Nissan, do ano religioso, que corresponde em nosso calendário, da metade de março até a metade de abril. Abriu as portas da Casa do Senhor, que seu pai Acaz fechou, conforme II Crônicas 28.24, e as reparou cobrindo-as de cobre e de ouro.
Quando começamos com Deus, Ele começa conosco! Não é uma questão de certo ou errado, apenas. É uma questão de vida! Começar ao lado de Deus, é começar ao lado da vida, e tudo prosperará e frutificará.
Três coisas fez o rei Ezequias no início de seu reinado:
1 – Removeu do meio de Judá tudo que desagradava ao Senhor;
2 – Confiou no Senhor;
3 – Apegou-se ao Senhor;
4 – Obedeceu aos mandamentos do Senhor.
II Reis 18.6, na Almeida Revista e Atualizada, está escrito que Ezequias ´se apegou ao Senhor e não deixou de segui-lo´. Apegar-se é a tradução da palavra hebraica dabaq: agarrar-se, seguir de perto, estar junto e unido. É a mesma palavra usada em Gênesis 2.24: “Portanto, deixará o homem o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher…”. Confiança e entrega. Confiar é um ato de fé extraordinário. Porém, parece-me que além de confiar, apegar-se a Deus é algo a mais e diferente do comum. Ao crente que se apega a Deus, o Senhor revela segredos, tornar-se Seu confidente, tem aliança com ele – Salmo 25.14: “O Senhor confia os seus segredos aos que o temem, e os leva a conhecer a sua aliança” – Nova Versão Internacional.
Tanto em II Reis 18.2 quanto em II Crônicas 29.1, registra-se o nome da mãe de Ezequias: Abia, filha de Zacarias. Ora, o entorno de Ezequias em sua mocidade parece, à primeira análise, desfavorável ao extremo. O pai foi perverso, incrédulo e idólatra. Cresceu em um ambiente de corrupção espiritual. Porém, Deus o abençoou por ter a influência graciosa de sua mãe Abia, filha do profeta Zacarias, fiel servo do Senhor nos dias do rei Uzias. Abia era uma mãe temente a Deus. E, ao lado desta mãe piedosa que ensinou a Ezequias a muita confiança na Palavra de Deus, também havia homens, verdadeiros gigantes da fé, que viveram naquela época. Micaías profetizava, Naum começava seu ministério e durante toda a vida do rei Ezequias, Isaías cumpria o seu ministério profético. A tradição judaica diz que o profeta Isaías foi tutor do rei Ezequias. Portanto, Ezequias agiu publicamente a mesma fé com que fora criado privativamente.
A primeira atitude inicial de seu governo foi a de ´abrir as portas da Casa do Senhor´. Foi um reformista espiritual que não permitiu que nem mesmo um germe de idolatria permanecesse na terra de Judá. Nesta reforma espiritual há atitudes que demonstram que ele se apegou mesmo a Deus:
1 – Agiu prontamente na reforma;
2 – Agiu pessoalmente na reforma;
3 – Agiu com sabedoria na reforma. Pois, apesar de poder compelir e obrigar, ele preferiu persuadir, falando ao coração do povo, a favor de servirem somente a Deus.
II Crônicas 29.4 e 5: “E trouxe os sacerdotes e os levitas, e os ajuntou na praça oriental, e lhes disse: Ouvi-me, ó levitas! Santificai-vos, agora, e santificai a Casa do Senhor, Deus de vossos pais, e tirai do santuário a imundícia”.
O primeiro pensamento de Ezequias foi a favor da comunhão com Deus. No primeiro ano de seu reinado, o rei se mostrou piedoso. Mateus 6.33: “Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas lhe serão acrescentadas”. Ezequias reuniu os sacerdotes e levitas no pátio interno do templo, um lugar amplo, convidando-os na purificação do santuário que seu pai Acaz havia fechado e restabelecer a adoração ao único Deus verdadeiro, que seu pai Acaz havia abolido. Pôs diante deles três coisas:
1 – O trabalho que precisava ser feito. Primeiro houve uma preparação pessoal. Santificaram a si mesmos. O reavivamento começou nos corações dos levitas. Antes da limpeza do templo físico, houve a purificação do templo do coração. Hoje, se queremos o reavivamento pentecostal de volta aos nossos cultos, devemos começar a consagrar-nos desde o nosso santuário interior. Lançando fora toda imundícia de nossas vidas, tiraremos com autoridade toda sujeira mundana que quiser manchar a santidade da Casa do Senhor.
2 – As razões pelas quais a purificação precisava ser feita. II Crônicas 29.6 lista cinco causas pelas quais a purificação precisava ser feita: (1) nossos pais transgrediram; (2) fizeram o que era mal aos olhos do Senhor; (3) deixaram ao Senhor; (4) desviaram-se e (5) deram as costas ao Senhor. Por três vezes está escrito nas Escrituras, uma expressão muito triste de que a Palavra de Deus foi lançada para trás das costas. Neemias 9.26: “…e lançaram a tua lei para trás das suas costas…’; Salmo 50.17: “…e lanças as minhas palavras para detrás de ti?”; Ezequiel 23.35: “…e me lançaste para trás das tuas costas…”. Como se dá as costas a Deus ou como se lança Suas Palavras para detrás das nossas costas? II Crônicas 29.7 responde: fechando as portas da Casa do Senhor, apagando as lâmpadas, não queimando incenso e deixando o altar sem oferenda.
O crente fecha a porta da Casa do Senhor ao não pregar o Evangelho. Emudecendo sobre a esperança do Evangelho. É um crente mudo, que não fala nem o mínimo ao miserável pecador: “Deus tem um plano na sua vida”.
O crente apaga a lâmpada, não mostrando a Luz da vida ao perdido pecador, a Pessoa bendita do Senhor Jesus; não lhe falando a Palavra de Deus, lâmpada para os pés e luz para o caminho, e não sendo luz do mundo, não sendo “irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo” – Filipenses 2. 15.
O crente não faz oferenda ao altar, quando retém a mão e fecha o coração: não entrega o dízimo e nem oferta.
“Quando nos voltamos para Deus, as mudanças de comportamento e atitude são inevitáveis, pois sua Santidade nos constrange”.
II Crônicas 29.28 e 29: “E toda a congregação se prostrou quando cantavam o canto, e as trombetas tocavam; tudo isso, até o holocausto se acabar. E, acabando de o oferecer, o rei e todos quantos com ele se acharam se prostraram e adoraram”.
Quando se terminou a reforma do templo e a sua purificação, tendo tirado toda a imundícia de dentro dele, então Ezequias deu ordens para que o sacrifício queimado, ou seja, o holocausto, fosse oferecido sobre o altar, quando então começou o sacrifício, os cantores cantavam e os músicos tocavam seus instrumentos de cordas e de metais. Todos adoravam ao Senhor, inclusive o rei e seus principais ajudantes se curvaram perante o Senhor. Assim todo o Judá adorou ao Senhor.
Toda esta adoração nacional aponta para Cristo! Não se é possível aproximar-se de Deus sem passar pelo altar, ou seja, pela cruz do sacrifício de Cristo! O altar de holocausto, naquele dia de celebração do término da reforma e purificação do templo, enfatizava a necessidade de expiação e de consagração, porém, estes sacrifícios deveriam continuar repetidamente. Mas, veio Cristo, e consumou o sacrifício perfeito, e Sua morte sacrificial deu-nos acesso a Deus de uma vez para sempre! Na cruz, Jesus Cristo resgata, purifica, santifica e salva perfeitamente aqueles que confiam Nele pela fé. Somente os que passam pela cruz, e são santificados por Cristo, podem aproximar-se de Deus sem medo e com confiança.
O rei Ezequias de imediato propôs expiação pelos pecados do último reinado de seu pai Acaz. Não bastava lamentar. O chorar, sozinho e por si só, não salva. Eles trouxeram oferta pelo pecado, conforme mandamento das Escrituras. Cristo é a oferta pelo pecado para nós. Ele se fez pecado por nós. II Coríntios 5.21: “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus”.
A tristeza segundo Deus, aquela que nos leva ao arrependimento – II Coríntios 7.9 – leva-nos também à adoração. Enquanto a oferta do holocausto estava sendo queimada no altar, os cantores cantavam e os músicos tocavam seus instrumentos. Os versículos enfatizam que ´todos´ adoraram ao Senhor. Não é suficiente estar no lugar da adoração, se nós não estivermos ali como adoradores em espírito e em verdade. Pense nisto!
Pastor Eliel Goulart
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