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14/06/2020
Este post é assinado por Eliel Goulart
“Por isso, deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá a sua mulher; e serão dois numa carne.” – Efésios 5.31.
Deus estabeleceu o casamento monogâmico, heterossexual e indissolúvel, isto é, a instituição da família para glória do nome dEle.
Efésios 5.21-33; 6.1-4
Efésios 5
21 sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus.
22 Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor;
23 porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo.
24 De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido.
25 Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela,
26 para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,
27 para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.
28 Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo.
29 Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes, a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja;
30 porque somos membros do seu corpo.
31 Por isso, deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e serão dois numa carne.
32 Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja.
33 Assim também vós, cada um em particular ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido.
Efésios 6
1 Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.
2 Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa,
3 para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.
4 E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.
A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
Nesta seção pratica da Carta aos Efésios, que incluem os capítulos 4, 5 e 6, o apóstolo Paulo exorta sobre a conduta da Igreja e a conduta da família crente.
À igreja, no capítulo 4, Paulo ensina a Igreja à conduta de:
1 – União que advém das qualidades da humildade, mansidão e longanimidade;
2 – Nova vida que advém por abandonar o ´velho homem´, não praticando a conduta dos descrentes mundanos, antes submetendo ao plano de Deus.
Nos capítulos finais, 5 e 6, Paulo exorta a família no convívio social: esposo e esposa, filhos e empregados e patrões. Três conselhos sintetizados aqui:
1 – Autoridade e liderança;
2 – Autoridade e submissão;
3 – Autoridade e obediência.
Efésios 5.23 – “Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo”.
A autoridade e liderança de Cristo sobre a Igreja de maneira geral, traduzem a Sua autoridade e liderança sobre o crente individualmente. E isto deriva da união espiritual, já antes exposta por Paulo doutrinariamente, de que a unidade em Cristo é unidade com Deus. Portanto, observem que há diversos níveis de liderança na vida da igreja, mas apenas um nível de autoridade: a cabeça é Cristo!
Neste sentido tão elevado, o homem é a cabeça da mulher, a cabeça de todo o homem é Cristo e, finalmente, a cabeça de Cristo, como Filho do homem, considerado em Sua natureza humana, é Deus.
Há, geralmente, uma incompreensão entre autoridade e liderança. Sobretudo, de maneira mais acentuada, na convivência no lar.
Autoridade e liderança não são sinônimas.
Em primeiro, toda a autoridade é delegada. Não é originária de si mesmo. Toda autoridade é derivada de autoridade superior. A única autoridade originária é Deus. A autoridade posiciona-se acima das posições de lideranças. Porém, a autoridade é uma: a cabeça. A cabeça como autoridade deveria supervisionar, delegar aos liderados, criar um ambiente que agrega. Em termos humanos, por ser delegada, a autoridade é limitada.
Ora, percebam que autoridade pode ser exercida por homem ou mulher, exceto no casamento!
Por quê? Biblicamente, “o marido é a cabeça da mulher.”
Há casamentos em que tanto o homem quanto a mulher têm liderança, porém, a autoridade é sempre do marido. Há casamentos em que a mulher tem habilidade própria de liderança, e o homem não tem. E isto gera conflito. Ele tem autoridade bíblica e não tem liderança natural. Donde vem o conflito então? Quando a mulher tenta usar o terceiro elemento estranho: a força. Tenta forçar o marido a agir naquilo que não é natural para ele. Simplesmente, os dias de convivência no casamento demonstram se o marido tem o dom natural de liderança ou não.
E, por outro lado, quando se é claro que ele não tem o atributo natural de liderança, mas entende errado a autoridade delegada por Deus a ele como cabeça e, também quer usar o terceiro elemento estranho: a força.
Ora, autoridade está na vida. E não na posição. Autoridade é companheira da responsabilidade. A autoridade libera a liderança para esta servir a favor da família.
A força pisa. Controla. Sufoca.
A liderança influencia. Respeita. Serve e honra a autoridade.
A questão de ler este versículo – Efésios 5.23 – “Porque o marido é a cabeça da mulher…” – num espírito pacífico e com graça de Deus no coração, é lê-lo entendendo o que são autoridade e liderança.
A autoridade, biblicamente e por mandamento divino, é do homem. A liderança pode ser dos dois.
Efésios 5.25 – “Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela.”
O amor atrai. O amor conquista. O amor não se impõe por força e violência. O amor exerce autoridade, mas não é autoritário. O autoritarismo é surdo. A autoridade ouve e dialoga.
O amor como fundamento do exercício da autoridade e da liderança no lar, aceita a diversidade. Porque Deus uniu duas pessoas completamente diferentes: macho e fêmea.
Paulo relembra que o amor é primordial (principal, mais importante, essencial) no casamento, e chama o marido a amar a sua esposa como Cristo amou a igreja e Se entregou por ela.
Como Cristo amou a Igreja?
1 – Amor por escolha;
2 – Amor altruísta (o contrário de egoísta) – Cristo deu a Sua vida por nós!
3 – Amor incondicional;
4 – Amor com unidade;
5 – Amor com comunhão;
6 – Amor com perseverança;
7 – Amor com entrega.
Por interpretação extensiva, diríamos que Paulo está a exortar aos maridos a amarem a sua esposa, assim como Cristo amou a Igreja, e como então o marido deve avaliar este mandamento?
Com gratidão, pela elevada natureza da comparação; Cristo / Igreja.
Com reverência no coração, pois a comparação é com amor tão perfeito, celestial e eterno.
Com santidade, pois esta comparação produz temor de Deus.
Com submissão, rendendo na vida a Cristo.
Com obediente imitação, amar com entrega sacrificial, se preciso for.
Pastor Eliel Goulart
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