CPAD Adultos – 2º Trimestre de 2018 – 06/05/2018 – Lição 6: Ética Cristã e Suicídio

Este assinado por Eliel Goulart

Texto Áureo

“O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância.” – João 10.10

Verdade Prática

O início e o término de nossa vida são prerrogativas exclusivas de Deus.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

I Samuel 31.1-6

1 Os filisteus, pois, pelejaram contra Israel; e os homens de Israel fugiram de diante dos filisteus e caíram atravessados na montanha de Gilboa. 

2 E os filisteus apertaram com Saul e seus filhos e os filisteus mataram a Jônatas, e a Abinadabe, e a Malquisua, filhos de Saul. 

3 E a peleja se agravou contra Saul, e os flecheiros o alcançaram; e muito temeu por causa dos flecheiros. 

4 Então, disse Saul ao seu pajem de armas: Arranca a tua espada e atravessa-me com ela, para que, porventura, não venham estes incircuncisos, e me atravessem, e escarneçam de mim. Porém o seu pajem de armas não quis, porque temia muito; então, Saul tomou a espada e se lançou sobre ela. 

5 Vendo, pois, o seu pajem de armas que Saul já era morto, também ele se lançou sobre a sua espada e morreu com ele. 

6 Assim, faleceu Saul, e seus três filhos, e o seu pajem de armas, e também todos os seus homens morreram juntamente naquele dia.

INTRODUÇÃO

Paz do Senhor!

Todas as citações bíblicas são da Almeida Revista e Corrigida. Quando citarmos de outras traduções, informamos a edição.

A palavra suicídio foi criada pelo botânico francês René Desfontaines (1750-1833).

Com origem no latim sui ( a si mesmo ) mais caederes (ação de matar).

Trata-se do ato intencional de matar a si mesmo. Em geral, este ato dramático está ligado a transtornos mentais e/ou psicológicos. Citamos aqui a depressão, a esquizofrenia, o transtorno bipolar, o uso abusivo de drogas, inclusive as bebidas alcoólicas e os fármacos psicotrópicos, conhecidos também com benzodiazepinas, da classe dos ansiolíticos. Mas, registram-se cada vez mais as seguintes causas: bulimento ou bullying, do verbo inglês to bully (ameaçar, tiranizar, oprimir), que são atos de violências físicas ou psicológicas, práticas estas repetidas por indivíduos ou grupo de pessoas; por dificuldades econômicas e financeiras; por causa de crises nos relacionamentos de natureza afetiva e, por extremo estresse (desgaste físico e mental).

Sobretudo, envolve a perda da esperança.

Ezequiel 37.11 – “…Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança…”

Todos estes problemas e transtornos tem tratamentos apropriados, através de ajuda de profissionais da área de saúde, tanto com o uso receitado de medicamentos quanto de terapias, cujos tratamentos devam ser procedidos por pessoas qualificadas profissionalmente.

E, sobretudo, temos os instrumentos da graça de Deus: oração, Palavra de Deus, comunhão com os irmãos em Cristo, adoração.

Lucas 22.44 – “E, estando em agonia, orava mais intensamente.” – Almeida Revista e Atualizada.

I – O SUICÍDIO NAS ESCRITURAS E NO MUNDO

1 – No Antigo Testamento

Sansão – leiamos Juízes 16.28 a 30:

“Então, Sansão clamou ao Senhor e disse: Senhor Jeová, peço-te que te lembres de mim e esforça-me agora, só esta vez, ó Deus, para que de uma vez me vingue dos filisteus, pelos meus dois olhos. Abraçou-se, pois, Sansão com as duas colunas do meio, em que se sustinha a casa, e arrimou-se sobre elas, com a sua mão direita numa e com a sua esquerda na outra. E disse Sansão: Morra eu com os filisteus! E inclinou-se com força, e a casa caiu sobre os príncipes e sobre todo o povo que nela havia; e foram mais os mortos que matou na sua morte do que os que matara na sua vida.”

É necessário relembrar e entender que os filisteus eram um povo inimigo irreconciliável de Israel. Sempre buscando o confronto e a destruição de Israel. Um povo contrário à paz.

Citamos Sansão com o intuito de dirimir dúvidas de alguns, haja vista entendermos que seu caso não se trata de suicídio. Ele nunca desejou a morte por estar desesperado no cárcere dos filisteus, se assim fosse, com certeza teve diversas oportunidades ao longo de sua prisão. Ou, se estivesse frustrado ao extremo com sua cegueira e outras dores, da mesma maneira, certamente, teve diversas ocasiões para se matar. E não o fez antes.

Não há evidência, portanto, de suicídio.

Observe nos citados versículos acima, que ele clama por renovada força para cumprir a sua missão de vida – Juízes 13.5 – “…e começará a livrar a Israel da mão dos filisteus.” – e, se então foi suicídio, como poderíamos conceber que Deus lhe daria forças sobrenaturais para isso? Contradiz toda a revelação da natureza divina.

E, por fim, nós encontramos seu nome no rol dos Heróis da Fé, na galeria dos bem-aventurados pela fé de Hebreus capítulo 11.32.

Malgrado seus desacertos em diversas ocasiões de sua vida, na sua morte entendemos que se sacrificou num esforço de guerra contra os inimigos filisteus.

Na Bíblia Sagrada há o registro de seis suicídios. O mais lembrado por todos os leitores é o de Judas Iscariotes.

1 – Abimeleque, filho bastardo de Gideão – Juízes 9.35;

2 – Saul – I Samuel 31.4;

3 – O escudeiro de Saul – I Samuel 31.4 a 6;

4 – Aitofel, conselheiro de Absalão – II Samuel 17.23;

5 – Zimri, que conspirou contra o rei Asa – I Reis 16.18;

6 – Judas Iscariotes – Mateus 27.5.

Pastor Eliel Goulart

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