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14/03/2025
“Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo.” (Tt 3.5)
A salvação é um ato da graça soberana de Deus pelo mérito de Jesus Cristo e não vem das obras humanas.
1 – E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados,
2- em que, noutro tempo, andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência;
3 – entre os quais todos nós também, antes, andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.
4 – Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,
5 – estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),
6 – e nos ressuscitou juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;
7 para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça, pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus.
8 – Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus.
9 – Não vem das obras, para que ninguém se glorie.
10- Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.
A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma será mencionada.
Vamos analisar juntos que somente pela graça é possível chegar-se a Deus. Veremos que a Bíblia ensina que a salvação é para todos.
Efésios 2.1: “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados”.
“Estando vós mortos” – Esta frase destaca o estado espiritual da humanidade antes da salvação. Em termos bíblicos, “morto” se refere a uma separação de Deus, a fonte da vida. Este conceito está enraizado em Gênesis 2.17: “Mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”.
Deus avisa a Adão que comer da árvore do conhecimento do bem e do mal resultaria em morte. A morte aqui não é a morte física imediata, mas a morte espiritual, uma separação de Deus. Esta morte espiritual é uma condição universal, como visto em Romanos 3.23: “Porque todos pecaram e destituídos (carecem da – anotação nossa) estão da glória de Deus”. A ideia de estar “morto” ressalta a incapacidade dos homens de se salvarem, enfatizando a necessidade de intervenção divina.
“Em ofensas”. Ou “transgressões” pois refere-se a atos específicos ou desvios do caminho certo. Que foi além do limite posto por Deus, de modo consciente. No contexto cultural da época, leis e limites eram bem compreendidos, e cruzá-los tinha consequências sérias. O uso de de “vos” no início do versículo e de “vós” na continuação, personaliza a mensagem, indicando que esses são atos individuais pelos quais cada pessoa é responsável. Cada um dará conta de si mesmo a Deus, a responsabilidade é pessoal, a necessidade de arrependimento e perdão é individual.
“E pecados” – “Pecados” é um termo mais amplo que abrange tanto atos de comissão (fazer0 quanto de omissão (deixar de fazer). A palavra grega para pecado, “hamartia”, significa errar o alvo, semelhante a um arqueiro errando o alvo. A dupla menção de “ofensas e pecados” enfatiza a natureza abrangente do erro humano, cobrindo tanto ações específicas quanto o estado geral de pecaminosidade.
A expressão “E vos vivificou” no versículo 1º e a “nos vivificou” no versículo 5, enfatizam o poder transformador do novo nascimento. No contexto de Efésios, Paulo está se dirigindo aos crentes em Éfeso, uma cidade conhecida por sua adoração pagã e pelo Templo de Ártemis. O conceito de ser “vivificado” significa uma ressurreição espiritual, paralela à ressurreição física de Cristo. Isso se alinha com Romanos 6.4: “De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida”, observe que dos crentes são ditos andar em “novidade de vida”. Teologicamente, isso reflete a doutrina da regeneração, onde o Espírito Santo concede nova vida ao crente, como visto em João 3.3 a 8.
Estes versículos enfatizam o favor imerecido de Deus como base para a salvação. Graça, no contexto bíblico, refere-se à bondade e ao amor de Deus estendidos à humanidade, apesar de sua pecaminosidade. O Novo Testamento revela esta graça por meio de Jesus Cristo, que personifica a graça de Deus – João 1.14: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”. A salvação pela graça ressalta que os esforços ou obras humanas não podem alcançar a redenção; é apenas um ato divino.
“Por meio da fé” – A fé é o meio pelo qual os indivíduos recebem a graça de Deus. Envolve confiança e dependência em Jesus Cristo e Sua obra redentora na cruz. “E isso não vem de vós, é dom de Deus”.
Estas expressões do versículo destacam que a salvação não é resultado de esforço ou mérito próprio. Ela contraria qualquer noção de autoconfiança ou autojustiça. No contexto cultural de Éfeso, onde várias práticas e filosofias religiosas promoviam o autoaperfeiçoamento e a justiça baseada em obras, esta declaração teria sido contra toda a cultura dos ouvintes do Evangelho.
Antes, a salvação é descrita como um dom, uma dádiva, um presente de Deus, enfatizando sua natureza gratuita. Um dom, por definição, é algo dado livremente, não ganho ou merecido.
II – SOTERIOLOGIAS INADEQUADAS NA ANTIGUIDADE
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Equipe EBD Comentada
Postado por ebd-comentada
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