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17/02/2021
Este post é assinado por Eliel Goulart
“[…] Bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam”. – Lucas 11.28
A autoridade divina da Bíblia deriva de sua origem em Deus, e isso por si só encerra a suprema autoridade das Escrituras como plena e total garantia de infalibilidade.
2 Timóteo 2.14-19; 2 Pedro 1.20,21
2 Timóteo 2
14 – Traze estas coisas à memória, ordenando-lhes diante do Senhor que não tenham contendas de palavras, que para nada aproveitam e são para perversão dos ouvintes.
15 – Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.
16 – Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade.
17 – E a palavra desses roerá como gangrena; entre os quais são Himeneu e Fileto;
18 – os quais se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já feita, e perverteram a fé de alguns.
19 – Todavia, o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.
2 Pedro 1
20 – sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação;
21 – porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.
A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
Duas palavras ajudam a explicar como tratamos as Escrituras Sagradas: compromisso e segurança. Compromissados e seguros. O compromisso nos faz submissos e a segurança nos dá descanso.
Dependemos, professamos e temos prazer na Palavra de Deus!
Dependemos da Palavra de Deus para:
1 – Ter discernimento;
2 – Ter liberdade;
3 – Ter direção.
Professamos a Palavra de Deus porque:
1 – Ela nos ensina como falar;
2 – Ela nos dá conteúdo no nosso falar;
3 – Ela nos dá coragem para falar.
Temos prazer na Palavra de Deus.
1 – Em nível pessoal – Salmo 119.174 – “A tua lei é todo o meu prazer.”
2 – Em nível da comunidade da Igreja – Atos 20.32 – “Agora, eu os entrego a Deus e à palavra da sua graça, que pode edificá-los e dar-lhes herança entre todos os que são santificados” – Nova Versão Internacional.
3 – Em nível social – Iª Pedro 3.15b – “E, se alguém lhes perguntar a respeito de sua esperança, estejam sempre preparados para explicá-la” – Nova Versão Transformadora.
As principais doutrinas resgatadas pela Reforma Protestante foram sintetizadas em 5 pontos centrais, chamados de Cinco Solas. A palavra ´sola´ é do latim e significa ´somente´ em português: Sola Scriptura (Somente a Escritura), Solus Christus (Somente Cristo), Sola Gratia (Somente a Graça), Sola Fide (Somente a Fé), Soli Deo Gloria (Glória somente a Deus).
Sola Scriptura é o primeiro dos Cinco Solas da Reforma Protestante e doutrina essencial da fé cristã, pois afirma que somente a Bíblia é a Palavra de Deus e a única regra de fé e prática.
Em outras palavras, significa dizer que as Escrituras Sagradas estão acima das tradições da Igreja, das experiências pessoais e de quaisquer afirmações contrárias à Palavra de Deus, por mais erudito e famoso que seja quem a pronunciar.
É uma doutrina tão importante contra os erros doutrinários, as heresias e os obreiros fraudulentos. O catolicismo romano dá importância à Bíblia, mas põe no mesmo nível dela a Tradição e aos escritos e falas do Papa, portanto, dando mais relevância à palavra de homens do que de Deus.
As falsas testemunhas de Jeová, chamados também de russelistas, usam a Tradução do Novo Mundo, que eles mesmos elaboraram, manobrando a tradução para enquadrar suas aberrações doutrinárias, inclusive até abandonando os originais quando estes não confirmam suas perversões teológicas. E também põem a revista publicada pela sua instituição, A Sentinela, com o mesmo valor da Bíblia.
Outras seitas também agem assim: os mórmons põem a Bíblia no mesmo nível do Livro dos Mórmons, e os Adventistas do Sétimo Dia tem os escritos de Ellen G. White, considerada por eles como mensageira especial de Deus, como do mesmo nível de inspiração da Bíblia, como fonte de autoridade espiritual.
Portanto, apresentamos estes breves exemplos, para corroborar a importância essencial do Sola Scriptura – “Somente as Escrituras”.
Observem esta frase de Rui Barbosa (1849-1923), que legou aos seus uma das mais vastas bibliotecas de seu tempo, sobre a importância da Bíblia Sagrada:
“Se eu a coloco abaixo de todos os livros, ela é a que mantém dos eles. Se eu a coloco no meio dos outros livros, ela é o coração desses livros. Se eu a coloco em cima dos outros livros, ela é a cabeça e autoridade de todos os livros de minha biblioteca”.
A Bíblia por baixo é o alicerce, no meio é o coração e, por cima, é a coroa de todos os livros.
A palavra cânon origina-se do grego, significando ´vara de medir´ ou ´régua´. Refere-se aos livros inspirados por Deus para inclusão nas Escrituras Sagradas.
A canonicidade de um livro que está listado na Bíblia não é determinada pela antiguidade, pela autenticidade ou por alguma comunidade religiosa, mas sempre determinada por Deus.
A Bíblia é a única regra de fé e prática, ou seja, de conduta para nós. E sua canonicidade já está encerrada. Nada mais se acrescenta.
Como bem escreveu Norman Geisler (1932-2019), filósofo e teólogo apologista cristão, falando sobre a canonicidade das Escrituras, disse: “Um livro (da Bíblia) é valioso porque é canônico (tem autoridade e inspiração divinas), e não é canônico porque é ou foi considerado valioso.”
Ninguém está acima do cânon das Escrituras. Estamos sob o cânon. Ninguém determina o cânon, mas descobrimos o cânon. Deus regulou o cânon e nós tão somente reconhecemos a autoridade divina dada por Deus ao cânon. Neste caso da canonicidade das Escrituras, o homem dá testemunho dela, e nunca sentencia; discerne, mas nunca cria o cânon.
Por quer isto é importante considerar?
Por que tratar aqui que nada mais se acrescenta ou se tira das Escrituras?
Porque vivemos tempos difíceis de ser crente, e observamos tantos a avaliar os mandamentos imperativos da Bíblia como sugestões ou como opções que possam acatar ou não, sem consequências. Há tantos que vivem como se a Bíblia apresentasse suposições, mas ela apresenta convicções. A Bíblia não é achismo, é a resposta de Deus a todas as questões do homem. E mesmo acima até de qualquer convicção de fé, a Bíblia é a revelação eterna do plano de Deus para salvação da humanidade.
O mesmo Norman Geisler, citado antes, diz que o deísmo é ´um teísmo sem milagres´.
Mas, o que é deísmo?
Segundo a comparação clássica entre Deus e o fabricante de um relógio, Deus, no princípio, deu corda ao relógio do mundo de uma vez para sempre, de modo que ele agora continua por si mesmo como história mundial, sem a necessidade do envolvimento da parte de Deus.
O deísmo diz-nos que Deus criou e Se afastou de Sua Criação. Que não interfere na Sua Criação. Que não interrompe as operações da Criação.
Nós não somos deístas. Não cremos no deísmo. O Ser que cria todas as coisas certamente tem o poder de interferir nas suas leis naturais. E estas interferências, nós as chamamos de ´milagres´. O Deus que criou a água tem o poder de parti-la ou de permitir que uma pessoa ande sobre ela.
Nós não somos deístas. Cremos que Deus continua a comunicar-se com os Seus servos, com o Seu povo, não no sentido de alterar ou mudar a revelação das Escrituras, não no sentido de acrescentar ou tirar algo da Bíblia. Mas, cremos que o Senhor fala conosco quando estamos lendo a Bíblia, pela manifestação dos dons espirituais, declarando-nos Sua vontade sobre algo específico de nosso dia a dia, que o Senhor fala conosco por sonhos, por visões espirituais.
Atos 2.17 e 18 – “E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos; e também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e minhas servas, naqueles dias, e profetizarão”.
Pastor Eliel Goulart
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