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29/11/2017
Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
TEXTO ÁUREO
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
PALAVRA INTRODUTÓRIA
Nesta lição, estudaremos a respeito do ser coroado por Deus e traduzido com coroa da criação, a obra prima de Deus chamada Ser humano, colocado como administrador de tudo o que Deus havia criado no Jardim do Éden, com privilégios inimagináveis; mas que apesar de tudo isto, após pecar, distanciou-se de Deus de forma degradante.
CURIOSIDADE: A palavra homem no hebraico é “adam”, exatamente o nome do primeiro ser humano.
1 – A BÍBLIA DIZ QUE O HOMEM FOI CRIADO POR ATO DIRETO DE DEUS
Basicamente existem duas teorias sobre a criação do ser humano, uma centrada na Palavra de Deus, denominada “criacionista” e a outra pautada nos estudos de Charles Darwin, conhecida como “evolucionista”.
O texto bíblico básico desta lição nos mostra como o homem foi formado.
Leiamos na tradução NVI (Nova Versão Internacional):
1.1 – O Evolucionismo
Todas as vezes que nos deparamos com uma palavra nova, faz-se necessário investirmos tempo para conhecê-la, verificando sua etimologia (estudo da origem e da evolução das palavras) e as bases utilizadas em sua criação.
Desta forma, vejamos o significado da palavra “evolucionismo” e sua relação com o estudo desta lição de acordo com o Dicionário Priberam para a Língua Portuguesa:
“Doutrina filosófica ou científica, baseada na ideia da evolução e, mais particularmente, conjunto das teorias explicativas do mecanismo da evolução (lamarckismo, darwinismo, mutacionismo)”.
A palavra “teoria”, também deve ser conceituada neste momento:
Uma teoria não tem provas suficientes para transformar-se em uma tese e no caso da teoria da evolução, por várias vezes pesquisadores a colocaram “sob suspeita”, por não concordarem com a mesma.
Dentro do contexto de interpretação, existe uma proposta interessante denominada “teoria da recepção ou hermenêutica da recepção” e esta enfoca que quanto mais tempo se passar, mais condições de interpretar o texto o leitor terá, pois possuirá informações que não estavam disponíveis na época em que o leitor escreveu.
Desta forma, a teoria de Darwin, não sobrevive da forma que foi criada, pois naquela época não eram conhecidos, como hoje, assuntos como a genética.
1.2 – A Teoria Do Big Bang
Este assunto também não passou da etapa teórica proposta por Edwin Hubble (1889-1953) e Milton Humason (1891-1972), com base na teoria da relatividade de Einstein, pois os dois conceitos básicos que postulam suas convicções estão sendo testados até o presente momento e vários pesquisadores não dão crédito à mesma.
1.3 – O Criacionismo
O criacionismo é proposto pela Bíblia e para muitos não passa de outra teoria.
Uma questão interessante que precisa ser levantada é que a Bíblia diz que Deus criou o universo através da Sua Palavra.
Lembremos o que a Bíblia nos diz no livro de Gênesis, capítulo 1 e versículo 1:
Existe um ponto muito interessante nesta frase se analisarmos a língua hebraica, pois a palavra utilizada para “criar” é “bara” que demonstra uma criação feita do nada, ou seja, antes da palavra bara, não existia nada.
O escritor do livro de Gênesis nunca poderia imaginar que séculos mais tarde, existiriam pessoas que diriam que não é possível que algo seja criado do nada.
Outro ponto muito importante é a associação desta parte com o versículo 7 do capítulo 2 de Gênesis, pois quando o Senhor diz que o homem foi feito do pó da terra, ele mostra que o homem era derivado da mesma.
Leiamos o texto de Gênesis:
As leis da química nos mostram que para algo ser derivado de outra coisa, é necessário que o que deriva tenha as mesmas substâncias da origem e em hebraico a palavra pó ou terra é “adamah” da qual deriva a palavra “adam” que é homem e é PROVADO CIENTIFICAMENTE que o homem possui os elementos químicos que estão na terra, como carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio.
GLÓRIA A DEUS!
2 – A CRIAÇÃO DO HOMEM FOI UM ACONTECIMENTO ESPECIAL
Somente o homem possui características relacionadas à presença da parte espiritual, tais como: racionalidade, personalidade, espiritualidade e infinitude, e isto traduz o que o versículo 26 do Gênesis nos mostra, dizendo que o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus.
Como Deus é Espírito (Jo 4.24), não existem características físicas no homem que são derivadas de Deus, assim sendo, a semelhança está exatamente no que compõe a parte espiritual.
Obs.: Quando a Bíblia utiliza expressões relacionadas a partes físicas de Deus, ela está utilizando o que chamamos de “antropomorfismo” (atribuição de forma ou caráter humanos a objetos e/ou seres não humanos).
Os animais possuem alma (emoções), mas não espírito, pois esta parte é inerente ao homem.
Vejamos de forma separada as características citadas pelo comentarista da revista:
2.1 – Racionalidade
Um dos significados da palavra racionalidade é a capacidade de raciocinar e apesar de havermos comentado algo sobre isto, é necessário reforçar que pelo fato do homem ter esta característica, ele pode criar, utilizar ferramentas, planejar, formular teorias e também possui a capacidade de tomar decisões com base na razão e não em um instinto.
2.2 – Personalidade
A personalidade humana é formada por razão, sentimentos e volição (ou vontade). Não há na criação outro ser, além do homem, que possua tais atributos.
Cada ser humano tem uma personalidade dominante e existem vários autores, como Carl G. Jung que as separa e conceitua.
Desta forma, cada um de nós pensa, comporta-se e reage a situações de forma diferente de outros seres humanos e isto é simplesmente sensacional, pois o Senhor não criou robôs, antes, seres únicos e especiais.
2.3 – Espiritualidade
Nenhum outro ser tem a capacidade de reconhecer e desejar estar junto de seu criador. É verdade que milhões de pessoas não conhecem o Deus verdadeiro, mas possuem em seu ser o desejo de prestar culto a algo maior, um exemplo disto são as tribos indígenas não alcançadas que prestam cultos aos elementos da natureza.
Leiamos o Salmo 42, versos 1 e 2:
2.4 – Infinitude
Biblicamente, o único ser vivente que habita neste mundo, que tem um destino eterno é o ser humano.
Deus criou Adão e Eva para serem eternos, mas por causa do pecado eles perderam esta característica, comendo da árvore do conhecimento, porém, Deus os expulsou do Jardim do Éden para que eles não comecem da árvore da vida e estivessem eternamente condenados.
Após a morte, cada ser humano viverá a eternidade ou na presença de Deus ou do diabo.
Vejamos o que o livro de Daniel nos diz:
Leiamos também a carta aos Hebreus:
3 – PROPÓSITOS DE DEUS AO CRIAR O HOMEM
É importante que reforcemos que o homem foi criado a imagem e semelhança de Deus e alguns dos propósitos abaixo estão intimamente ligados às características presentes no mesmo.
4 – O PECADO NO ÉDEN
O pecado afetou o ser humano de forma catastrófica. A partir daquele momento, o que hoje conhecemos como mal foi formado, pois a natureza perfeita, criada por Deus, foi transformada em uma natureza decaída, perversa e corrupta.
O homem tornou-se alguém totalmente depravado e incapaz de praticar o bem por sua livre escolha. A partir de então, ele jamais foi o mesmo.
4.1 – Condições reinantes
Apesar de tudo estar em ordem e perfeição, o ser humano DECIDIU desobedecer a Deus e comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Primeiramente a mulher comeu e em segundo lugar, o homem também comeu. Eles poderiam ter escolhido não comer, porém, diz-nos a Bíblia que Satanás os tentou a desobedecer a Deus e eles assim o fizeram.
Leiamos o que a Bíblia, na tradução “O Livro” diz sobre este assunto:
4.2 – O resultado da desobediência
O resultado foi a morte! Morte física e espiritual.
Adão e Eva foram expulsos do paraíso e nunca mais puderam entrar, pois os anjos do Senhor ali estavam para não permitir que isto acontecesse.
Por causa da desobediência de Adão e Eva, toda a humanidade foi contaminada.
Leiamos o que Paulo escreve aos Romanos, também na tradução “O Livro”:
4.3 – Características do pecado
O pecado é aquilo que desagrada a Deus, no caso de Adão e Eva foi a desobediência.
O livro do profeta Isaías, nos mostra que os nossos pecados fazem separação entre nós e nosso Deus, ou seja, o pecado nos afasta de Deus.
Um ponto importante para comentarmos é que o pecado causa culpa pessoal.
Leiamos o que o livro de Gênesis nos diz:
5 – A SOLUÇÃO PARA O PECADO DA HUMANIDADE
Jesus Cristo é a única solução para o pecado da humanidade.
Leiamos a carta de Paulo aos Romanos:
NADA, ALÉM DO SANGUE DE CRISTO, na face da terra pode excluir o pecado que existe na vida do ser humano e os reformadores lutaram veemente para que isto ficasse claro para todo o mundo, pois os dogmas espúrios da ICAR, conforme já estudamos nas lições anteriores, estavam enganando o povo.
5.1 – A justificação unicamente pela fé
Resgatando os conceitos aprendidos nas lições passadas, a salvação em Cristo Jesus ocorre através da sua graça, por meio da fé.
Esta fé é produzida pela Palavra e através da ação do Espírito Santo o homem é convencido do pecado, da justiça e do juízo, arrepende-se e tem acesso ao perdão de seus pecados.
Leiamos alguns textos bíblicos na tradução de David Stern no Novo Testamento Judaico:
Sola Fide!
5.2 – A singularidade das Escrituras
Os reformados creem que NADA, além da Palavra de Deus é o manual para a salvação, diferentemente da ICAR, que acredita em dogmas e decisões tomadas por homens, CONTRÁRIAS À PALAVRA.
Leiamos, também na tradução de David Stern para o Novo Testamento Judaico o texto da segunda carta de Paulo a Timóteo, no capítulo 3 e versículos de 15 a 17:
Não temos nenhuma autoridade para mudar o que a Bíblia ensina e interpretarmos textos com base em nossas particularidades.
Sola Scriptura!
5.3 – A centralidade de Cristo
No tocante à salvação, aprendemos que ela é mediada por Jesus, o Cristo, ou seja, o Messias Ungido, aquele que foi anunciado pelo profeta Isaías, 700 anos antes de seu nascimento.
Leiamos o que o texto de Isaías:
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto”. (Is 9.6,7)
O livro de Atos dos Apóstolos nos traz um texto sobre este importante assunto:
E para finalizar, leiamos o que Paulo escreve a Timóteo:
Solus Christus!
5.4 – A centralidade da Graça
Outro ponto fundamental dos ensinamentos reformados está na suficiente e imensurável graça de Deus.
Leiamos o que Calvino escreve nas Institutas, volume IV:
“Com efeito, mediante a remissão dos pecados, o Senhor não só, uma vez, nos recolhe e agrega à Igreja, mas também, pela mesma remissão, nela nos conserva e guarda. Pois a que propósito serviria nos ser engendrado um perdão que não servisse a nenhum uso? Mas, vã e ilusória seria a misericórdia do Senhor, se ocorresse apenas uma vez, cada um dos piedosos é para si testemunha, porquanto ninguém que em si não seja consciente, por toda a vida, das muitas fraquezas, que necessita da misericórdia de Deus. E, obviamente, não é debalde que Deus promete esta graça peculiarmente aos de sua casa, nem debalde ordena diariamente que seja concedida a mesma proclamação de reconciliação. Assim sendo, como por toda a vida levamos em derredor os remanescentes de pecado, certamente não poderíamos permanecer na Igreja nem um momento, se não nos assistisse continuamente a graça de Deus, perdoando nossas faltas. Mas o Senhor chamou os seus à eterna salvação; portanto eles devem pensar que o perdão está sempre preparado para seus pecados. Porquanto certamente há que estatuir-se que, pela liberalidade divina, sendo interveniente o mérito de Cristo, através da santificação do Espírito, nos foi feito indulto dos pecados, e diariamente se nos faz, a nós que fomos admitidos e enxertados no corpo da Igreja”.
Sola Gratia!
CONCLUSÃO
O homem carrega consigo os resquícios do pecado original e ainda continua pecando de várias formas, seja por ação, omissão ou pensamento.
Desta forma, precisamos reconhecer que nada podemos sem Cristo e de forma contínua nos enchermos da Sua Graça.
Para concluir, leiamos mais um trecho das Institutas de Calvino, volume IV:
“O Senhor requer dos santos confissão dos pecados, e certamente contínua, por toda a vida, e lhes promete perdão. Que ousadia é ou isentá-los de pecado, ou, caso hajam tropeçado, excluí-los totalmente da graça! Ora, a quem ele quer que perdoemos setenta vezes sete? Porventura não é aos irmãos [Mt 18.21, 22]? A que propósito preceituou isto, senão para que lhe imitemos a clemência? Portanto, perdoa não uma ou duas vezes, ao contrário, quantas vezes, consternados pelo reconhecimento de suas faltas, a ele suspiram”.
Lembremos do versículo de Provérbios, capítulo 4.18:
Até o Céu…
REFERÊNCIAS
BÍBLIA. A Bíblia Sagrada. Nova Versão Internacional. Ed. Vida. São Paulo, 2001.
BÍBLIA. Bíblia de Estudo Pentecostal. Tradução de João Ferreira de Almeida Revista e Corrigida. CPAD. Rio de Janeiro, 1995.
BÍBLIA. A Bíblia Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada. CPAD. Rio de Janeiro, 1998.
CALVINO. John. Tratado de Religiões Cristãs, as Institutas. Volume 3. La Aurora. Buenos Aires, 1962.
COX, Leo G.; DEASLEY, A.R.G.; DU BOIS, Lauriston J.; FORD, Jack; KINLAW, Dennis F.; LIVINGSTON, George Herbert. Comentário Bíblico Beacon. CPAD. Rio de Janeiro, 2008.
PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard F.; REA, John. Dicionário Bíblico Wycliffe. CPAD. Rio de Janeiro, 2000.
Stern, David. Novo Testamento Judaico. Editora Vida. São Paulo, 2007.
VINE, W. E.; UNGER, Merril F.; JR, William White. Dicionário Vine. CPAD. Rio de Janeiro, 2002.
“evolucionismo”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/evolucionismo [consultado em 28-11-2017].
“teoria”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/teoria [consultado em 28-11-2017].
Por Leonardo Novais de Oliveira
Postado por ebd-comentada
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