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26/11/2018
Esse post é assinado por Wilson Pacheco Sarmento
Gênesis 2.18-25
18 – E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.
19 – Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todo animal do campo e toda ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome. 20 – E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo animal do campo; mas para o homem não se achava adjutora que estivesse como diante dele.
21 – Então, o SENHOR Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar.
22 – E da costela que o SENHOR Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.
23 – E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.
24 – Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.
25 – E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam.
E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou. Gênesis 1.27
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
A paz do Senhor!
A tutela da diversidade das culturas em nossa contemporaneidade confere aos processos de convivência social uma atitude reflexiva do que entendemos ou interpretamos, necessariamente, à guisa da diversidade, qual seja: social, cultural, política, sexual, econômica, jurídica, estrutural, ambiental, biológica, de gênero, de gostos, de raças, etnias, credos e assim sucessivamente.
O âmbito da discussão engloba variados aspectos da vida social de sociabilidades que, a priori, fazem parte de uma construção social que lida com todas as formas de comportamento em sociedade: gestos, práticas culturais, estilos de vida, religiosidades, ética, ritos, crenças, valores morais e etc. Além de discursos sobre sexualidade, educação, saúde individual e coletiva, gênero e cultura em geral.
A compreensão da sexualidade que é diversa e suas relações sociais da atualidade requerem a discussão de par em par de abordagens educativas com o intuito de contextualizar simbologias, técnicas, experiências e representações sociais que envolvam a Escola, a Família, o Estado, as Políticas Públicas, os campos Jurídico e da Saúde, assim como as articulações e organizações da Sociedade Civil no que tange aos Direitos Humanos, Direitos Sexuais, Preconceitos e Discriminações muitas vezes veladas, como também regulamentações através de Leis, Normas e padrões de comportamento que impõem regras sociais e relações de poder que, por vezes, contribuem para a reprodução de violências e deturpação da realidade social, especialmente nos casos de agressões físicas e emocionais a alguns grupos como de mulheres, homossexuais, afrodescendentes, indígenas, entre outros.
As relações de gênero moldam os sujeitos sociais que compõem o cenário da diversidade sexual e são categorias de análise que devem ser levados aos diversos espaços públicos a fim de fomentar discussões e debates a respeito dos mesmos, no qual a Escola é o lugar sui generis de estabelecimento de uma retórica que seja pensada a partir da própria diversidade, repleta de nuances e classificações que devem acompanhar fatos, cotidianos, escalas econômicas, aspectos socioculturais e a vivência de alunos e alunas das redes públicas e privadas.
As anunciadas diferenças em sentido literal entre meninos e meninas na sociedade são evidenciadas desde o nascimento: meninas usam roupas “rosas”; meninos, “azuis”… Durante o desenvolvimento cognitivo, ambos são educados a brincar de “boneca” ou de “carrinho”; de “panelinha” ou de “futebol”, demarcando a “delimitação do espaço” de cada um, ou seja, a “boneca” (personificação de um bebê de colo, do ato da maternidade) e a “panelinha” (a “cozinha”) assim como o “carrinho” (“homem” ao volante) e o “futebol” (esporte “de homem”) influenciam e reforçam a ideologia que reproduz a “submissão” feminina e a sobreposição masculina no status quo que designa a decodificação dos “papéis sociais” e as atitudes “inconscientes”, finalizando na inculcação do “modo de vida” das relações de gênero dispostas tradicionalmente, apenas para exemplificarmos as situações que ocorrem ao longo do processo de formação da criança, como provavelmente muitos de nós nos deparamos na infância.
No tocante ao espaço educacional, os “papéis” continuam a se reproduzir, principalmente nos acontecimentos “lúdicos” de dança, teatro, esportes e outras manifestações que ocorrem na Instituição Escola. As “territorialidades” são exemplificadas através de atividades para “meninos” e “meninas” como regras sociais, com códigos e significados que indicam “feminilidade” e “masculinidade” no sentido estrito, de “normalidade” de funções sociais previamente determinadas e categoricamente indiscutíveis, logo, culturalmente impostas. Se uma menina se inscreve no time de futebol ou um menino no grupo de dança a “normalidade” é vista de forma pejorativa, “instintivamente” preconceituosa, ferindo de maneira ampla a “feminilidade” e a “masculinidade” indicada como regra e a partir desse juízo de valor e de outros, criam-se estigmas, fofocas, rótulos, dúvidas, depreciações e julgamentos sem precedentes.
O preconceito sexual – que se estimula – através de “piadinhas”, “brincadeiras” e várias maneiras de bullying surge como que automatizado e, muitas vezes, encontra-se estereotipado à luz do comportamento conservador que ainda está presente em diversos “Aparelhos Ideológicos do Estado” como nas Escolas, nas Igrejas, na própria Família, etc. Sobre o preconceito, a segregação e o estigma é fato que precisamos “descongelar” as atitudes que causam violências e inferiorizações na sociedade e congelar, combater, impedir a intolerância de tal forma que possamos orientar a capacidade cognitiva e formativa do ser humano para que, finalmente, seja um indivíduo eminentemente humano. Reitero dizendo que o ser humano precisa se “humanizar”, conhecer direitos, desenvolver aspectos sociais da vida cidadã, manifestar suas inquietudes e conquistar referências de respeito mútuo, especialmente entre as chamadas minorias sociais.
É inconcebível que no Sistema Educacional não façamos tamanha discussão. A própria Escola enquanto Instituição precisa aprimorar conhecimentos e compreender que a sociedade é dinâmica, que caminha em constante transformação histórica e que os aclamados processos educacionais baseados na Teoria da Educação necessitam de práxis social sem “pragmatismos” forçados para que ações concretas, eficazes, de diálogos e reconhecimentos de que podemos e devemos transmutar o desnivelamento social, cultural e simbólico que ainda “habita” o ensino brasileiro (assim como o todo social) sejam de fato, fatos.
Nesse contexto, o processo que deve ser iniciado começa por mudanças de valores sociais que se mostrem conservadores, com a “quebra” de paradigmas que reproduzam preconceitos e que devem ser conquistados através de modificações profundas das estruturas estruturantes, englobando a sociedade em longo prazo, sendo inegável o sintoma das relações de poder que perpetuam violências e regras sociais específicas, como os padrões culturais “heterossexuais”, a saber: o Casamento, a Família Tradicional, o sexo “apenas” entre pessoas de gêneros opostos e demais formas de padronização de comportamentos sexuais e sociais.
Ressignificar valores como a ética, o respeito mútuo e atitudes práticas de combate às delimitações e estereótipos de “masculinidade” e “feminilidade”, são possibilidades educacionais necessárias para que os comportamentos citados sejam revistos e reavaliados na vida social e cultural, e, finalmente, as rotulações e as imposições ideológicas e simbólicas entrem em debate.
O aprendizado da liberdade humana “está dentro da cabeça”, como diria o poeta. Não vamos longe: não é à toa que Marta, no “país do futebol” masculino leia-se Brasil é a melhor jogadora de futebol do Planeta, pelo quinto ano consecutivo, quebrando um “paradigma”, confundindo a regra da coerção dos fatos sociais de “normalidade” apenas com o seu “talento natural” e, a partir de fatos como esse, como num “ponta pé”, é urgente que a abertura de discussões seja analisada em torno das relações de gênero e dos preconceitos velados e anunciados na Sociedade Brasileira.
Ideologia de gênero: pois é, nos dias de hoje temos ouvido isso mais comumente. Isso é um movimento considerado anticristão, que diz o seguinte: a criança nasce sem um sexo definido. Quando a criança nasce não deve ser considerada do sexo masculino ou sexo feminino; depois ela fará esta escolha. Essa é a chamada Identidade de gênero ou Ideologia de gênero. Inclusive, já existem escolas para crianças na Suécia e na Holanda, onde não se pode chamar o aluno de menino ou menina, chama-os apenas de crianças, porque eles devem decidir quando crescerem se será homens ou mulheres, o que é antinatural.
O patriarcado é um sistema social no qual o homem (no papel de marido ou de pai) é o ator fundamental da organização social, e exerce a autoridade sobre as mulheres, os filhos e os bens materiais e culturais. Historicamente, o patriarcado pode ser encontrado, com algumas diferenças de estilo, nas civilizações hebraica, grega, romana, indiana, chinesa, etc. Mesmo vindo de longe, o patriarco teve uma profunda influência sobre a maioria dos aspectos da civilização moderna.
O patriarcado puro, isto é, em todas as suas dimensões de segregação, nunca existiu em sua totalidade em uma mesma sociedade. Algumas dimensões do patriarcado predominam sobre as outras, conforme o tipo de organização social e cultural, estabelecidas historicamente. Mas em geral, o patriarcado se caracteriza por ser um sistema onde há o predomínio dos pais e dos maridos sobre as mulheres e os filhos, no âmbito da família e da sociedade.
Na antiguidade, segundo a Lei das Doze Tábuas, o patriarca tinha o “poder da vida e da morte” sobre o cônjuge, os descendentes e os escravos. Vem desta época o poder, pela linhagem masculina do: Pai, Patrão, Pastor, Padre, Padrinho, Patrono unidos em um espaço chamado Pátria (terra dos pais) e não Mátria (terra das mães).
No patriarcado tradicional existe uma rígida divisão sexual do trabalho e uma grande segregação social, em geral, com as mulheres ficando confinadas ao mundo doméstico e os homens monopolizando o mundo público. O patriarcado, em termos materiais, possibilita ao homem o controle da propriedade e da renda da família, o controle do trabalho e da mobilidade da mulher e o destino dos filhos.
A ausência de autonomia feminina e o desempoderamento da mulher são maiores no sistema que, além de patriarcal, é também patrilocal e patrilenar.
No sistema patrilocal a mulher recém-casada segue o marido, passando a morar no local onde ele mora, tendo a obrigação adicional de cuidar dos sogros. Ao casar, geralmente o marido exige um dote e busca romper os laços da esposa com sua família e comunidade de origem. Quanto mais segregada for à mulher casada, maior será o controle masculino sobre a vida e os frutos do trabalho da esposa e dos filhos.
No sistema patrilenar, a sucessão geracional é definida pela linha paterna e, geralmente, só os filhos (masculinos) possuem direito à herança. O sobrenome do pai é que define a linhagem familiar, sendo que o sobrenome da família pode desaparecer se hão houver descendente do sexo masculino. A prática patrilenar é um dos motivos pela preferência por filhos homens e uma base para a prática do “femicídio” ou “gendercídio”.
Nos países patriarcais, patrilocais e patrilenares a forte preferência pelo filho homem aumenta a razão de sexo (relação entre homens e mulheres em cada grupo etário), favorecendo a criação de um superávit de homens na sociedade. Neste e em outros aspectos, a dominação masculina é um fato que permeia toda a vida social.
Por exemplo, no Afeganistão, até hoje, mas principalmente no período do governo Talibã, as mulheres não podiam dirigir carros, entrar na universidade e sair desacompanhada na rua. A segregação da mulher ao espaço doméstico é completado pelo uso da burca (que é uma vestimenta que cobre todo o corpo, até o rosto e os olhos) nos espaços públicos. O patriarcado controla o corpo da mulher e determina os modos de vestimenta e de comportamento feminino em público.
Neste sistema, as concubinas e os filhos “ilegítimos” não possuem os mesmos direitos das esposas e dos filhos “legítimos”, constituindo-se uma das parcelas mais pobres e discriminadas da sociedade. Alguns países patriarcais ou permitem ou toleram a poligamia, mas condenam e punem a poliandra. Alguns países criminalizam a infidelidade feminina, no casamento. Recentemente, o mundo todo se mobilizou contra as autoridades do Irã que condenaram à morte por apedrejamento, a viúva Sakhine Ashtiani, por um suposto crime ter mantido relações sexuais fora do casamento.
O controle da sexualidade feminina é uma forte característica da sociedade patriarcal. Além da obrigação da mulher casar virgem, existe um rigoroso esquema de controle da sexualidade das esposas e filhas. Em alguns países da África e da Ásia, o costume da Mutilação Genital Feminina (MGF), ou excisão feminina é uma prática que consiste na amputação do clitóris da mulher de modo a que esta não possa sentir prazer durante o ato sexual. Há ainda a mutilação genital chamada de infibulação, que consiste na costura dos lábios vaginais ou do clitóris.
As organizações de direitos humanos denunciam este costume sócio-cultural que causa danos físicos e psicológicos irreversíveis e, além de ser considerado um ato de tortura e abuso sexual, é responsável por inúmeras mortes de meninas e mulheres.
O patriarcado também considera a sexualidade apenas do ponto de vista das relações heterossexuais. O modelo do homem macho e viril é ensinado como tipo ideal para garantir a continuidade da dominação masculina sobre as mulheres, preservar as relações sexuais generativas e a continuidade da sucessão das gerações. Neste sentido, a homossexualidade é condenada e a homofobia é incentivada. Muitos países ainda hoje condenam à prisão ou a morte as pessoas que aderem à homossexualidade. Outros países, mais tolerantes, simplesmente proíbem a união sexual do mesmo sexo e a homoparentalidade.
Em seus aspectos mais dogmáticos, o patriarcado é um sistema que vem perdendo espaço no mundo e tende a ser superado pelas novas dinâmicas familiares e sociais e por uma sociedade com maior igualdade de direitos entre homens e mulheres, assim como pela difusão de novas formas de família e de relacionamentos sexuais entre as pessoas.
O patriarco está em declínio, pois ao longo do século XX, diversos acontecimentos históricos permitiram o avanço de um processo de despatriarcalização no mundo. Mas, assim mesmo, não é difícil encontrar, em maior ou menor grau, as suas marcas no dia a dia das pessoas e nas condições materiais e nas manifestações culturais dos diversos países da comunidade internacional. O desafio para o século XX é construir uma sociedade pós-patriarcal, com equidade de gênero, com liberdade de opção sexual e com igualdade de oportunidade entre homens e mulheres.
Matriarcado seria um sistema social no qual a mãe ou a mulher exerce autoridade absoluta sobre a família ou um grupo; por extensão, matriarcado, também pode ocorrer quando uma ou mais mulheres (como num conselho) exercem poder sobre uma comunidade. Não é o mesmo que matrilearidade, onde as crianças são identificadas em função das mães em vez dos pais, e famílias estendidas e alianças tribais formam linhas consanguíneas femininas conjuntas.
Por exemplo, na tradição judaica Halakha, somente uma pessoa nascida de mãe judia é automaticamente considerada judia. Portanto, a herança judaica é passada de mãe para filho.
É também diferente de matrifocalidade, que alguns antropólogos usam para descrever sociedades onde a autoridade materna é proeminente nas relações domésticas, devendo o marido juntar-se à família da esposa, em vez de a esposa mudar-se para a vila ou tribo do marido.
Assim, matriarcado seria uma combinação de múltiplos fatores. Inclui matrilearidade e matrifocalidade, porém o mais importante é que as mulheres seriam encarregadas da distribuição de bens do clã e, especialmente, das fontes de sustento dos campos e dos alimentos, o que tornaria dependente cada membro do clã e garantiria às mulheres uma posição tão forte nestas sociedades, que elas seriam consideradas matriarcas.
Por Wilson Pacheco Sarmento
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