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23/08/2019
Esse post é assinado por Ezequiel Soares
Mateus 19. 1-11
E aconteceu que, concluindo Jesus esses discursos, saiu da Galileia e dirigiu-se aos confins da Judeia, além do Jordão.
E seguiram-no muitas gentes e curou-as ali. Então, chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o e dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?
Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que, no princípio, o Criador os fez macho e fêmea e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne?
Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem. Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la? Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa mulher; mas, ao princípio, não foi assim. Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.
Ele, porém, lhes disse: Nem todos podem receber esta palavra, mas só aqueles a quem foi concedido.
Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos por causa do Reino dos céus. Quem pode receber isso, que o receba.
Mateus 19.6
Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem.
Paz seja convosco!
O divórcio se tornou algo comum em nossa sociedade; nos casamentos atuais essa alternativa é cada vez mais utilizada. O número daqueles que não desejam se casar também se torna cada vez maior. Mas o que a bíblia nos fala sobre essa alternativa cada vez mais comum nos nossos tempos? Existem exceções, ou mandamentos para o divórcio? Ou então a Bíblia se diverge com o decorrer do tempo e da história sobre as diretrizes do casamento e do divórcio? Essas e outras perguntas serão respondidas pelo nosso estudo das escrituras nessa lição.
Que Deus fale conosco.
Proibida a cópia parcial ou total deste material – Sujeito a penas legais https://ebdcomentada.com
Se um homem casar-se com uma mulher e depois não a quiser mais por encontrar nela algo que ele reprova, dará certidão de divórcio à mulher e a mandará embora. (Deuteronômio 24.1)
A prática do divórcio e novo casamento foi comum no antigo Oriente Médio, incluindo em Israel. Jesus também afirmou que a causa dessa liberação por meio das palavras de Moises, ocorreu por conta da dureza dos corações; tinha-se perdido o propósito original e a santidade do casamento (Mateus 19.8).
Pela palavras usadas no texto; “por encontrar nela algo que ele reprova”, foram interpretadas de todas as formais possiveis pelos rabinos, pelo sentido vago das palavras. Por essa razão os motivos para o divórcio se tornaram os mais diversos, dando liberdade para prática sem muitas restrições, indo muito além do adultério; visto que o adultério requeria a pena de morte (Deuteronômio 22.22), a parte “algo que ele reprova” deste versículo não poderia referir-se a isso. Também não pode estar em pauta o homem descobrir que a mulher tinha tido sexo pré-marital, visto que isso também requeria execução (Deuteronômio 22.20,21). Por isso pode-se entender que o motivo seria algo menos grave, e assim tiraram proveito para darem legalidade a seus motivos.
E essa regulamentação era: um homem só podia divorciar-se se tivesse uma boa causa (embora essa causa tivesse sido deixada indefinida). Era necessário apresentar seu caso diante de um oficial público; um documento legal tinha de acompanhar o processo determinando as razões, as condições e etc. Talvez essas formalidades envolvessem algum tempo e dinheiro, o que atuaria como um fraco aviso contra divórcios precipitados.
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Alguns fariseus aproximaram-se dele para pô-lo à prova. E perguntaram-lhe: “É permitido ao homem divorciar-se de sua mulher por qualquer motivo? ” (Mateus 19.3)
Como vimos por meio do tópico anterior, as palavras de Moisés deram certa liberdade aos judeus no tocante aos motivos para os quais deveriam ser considerados para a carta de divórcio. Por essa razão os fariseus chegam com essa questão a respeito do motivo para se ter permissão.
Ele respondeu: “Vocês não leram que, no princípio, o Criador ‘os fez homem e mulher’ e disse: ‘Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne’? Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém o separe”. (Mateus 19.4-6)
1 – Jesus inicia esclarecendo e relembrando a criação do homem e da mulher, e que nem o homem nem a mulher devem viver independentes um do outro. Ambos foram criados para se completarem. Princípio esse que requer uma união permanente, porque esse foi o propósito original da criação dos seres humanos.
2 – A aliança matrimonial deve se entender e tem em mente a ideia de que foram criados um para o outro. E ao relembrar a criação traz também os motivos para os quais a mulher foi criado, mostrando que o casamento vai muito além das necessidades biológicas.
3 – A natureza do matrimônio indica que marido e mulher se tornam uma só carne, e que a dissolução desse vínculo só pode ocorrer pela morte. Vê-se, portanto, que só a morte libera o indivíduo para um novo casamento – se seguirmos esse argumento à sua conclusão lógica. Por conseguinte, Jesus queria ensinar a indissolubilidade do matrimônio, devido à sua própria natureza. A vida física de qualquer indivíduo impede a dissolução de seu organismo. Por semelhante modo, a continuação da vida física do esposo e de sua esposa impede a dissolução de seu casamento. Somente a dissolução da “carne”, por meio da morte, pode causar a dissolução do casamento.
Perguntaram eles: “Então, por que Moisés mandou dar uma certidão de divórcio à mulher e mandá-la embora? “Jesus respondeu: “Moisés lhes permitiu divorciar-se de suas mulheres por causa da dureza de coração de vocês. Mas não foi assim desde o princípio. Eu lhes digo que todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade sexual, e se casar com outra mulher, estará cometendo adultério”. (Mateus 19.7-9)
Dado as explicações sobre o sentido e o princípio para o casamento, os fariseus questionaram também do porquê a carta de divórcio foi permitida por Moisés, e o início da explicação de Jesus se inicia justamente na correção das palavras “Mandou” (7) para “Permitiu” (8).
Tal permissão como Jesus explicou, foi por causa da dureza dos corações. Pela perda do sentido real do casamento, podemos imaginar que havia muitos casamentos que ocorreram tais como ocorrem hoje por motivos errados e a carta de divórcio veio a ser permitida até mesmo para evitar a crueldade dos homens para com as mulheres. Visto que a sociedade da época tinha como padrão, a mulher ser posse do homem e tida como um ser inferior.
A respeito da exceção para o divórcio por conta do adultério causa algumas discórdias de interpretação. Por não existir essa exceção nos paralelos de Marcos 10.11 e Lucas 16.18, alguns estudiosos acreditam não existir de fato essa exceção e que essa não fez parte das palavras originais de Jesus. Outros acreditam que essa exceção é real, e entre estes que acreditam, ainda se divergem se um segundo casamento seria proibido, se seria permitido apenas para o cônjuge inocente ou até mesmo para ambos. O fato é que de acordo com os princípios reais ensinados por jesus de acordo com os primeiros capítulos de Gênesis, o divórcio de fato não teria espaço, mas podemos pensar assim como Cristo disse sobre o dizeres de Moisés: “permitiu por causa da dureza de coração de vocês”, pois o perfil que Deus nos mostra através de seu exemplo para com a humanidade foi sempre o perdão, e de igual forma foi ensinada a Oséias.
O Senhor me disse: “Vá, trate novamente com amor sua mulher, apesar de ela ser amada por outro e ser adúltera. Ame-a como o Senhor ama os israelitas, apesar de eles se voltarem para outros deuses e de amarem os bolos sagrados de uvas passas”. (Oséias 3.1)
Por Ezequiel Soares
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