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Central Gospel Jovens e Adultos – 3º Trimestre de 2018 – 30-09-2018 – Lição 13: Josias, o Último Monarca Benevolente de Judá

24/09/2018

Esse post é assinado por Wilson Pacheco Sarmento

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

2 Crônicas 35.20-27

20 – Depois de tudo isso, havendo Josias já preparado a casa, subiu Neco, rei do Egito, para guerrear contra Carquemis, junto ao Eufrates; e Josias lhe saiu ao encontro.

21 – Então, ele lhe mandou mensageiros, dizendo: Que tenho eu que fazer contigo, rei de Judá? Quanto a ti, contra ti não venho hoje, senão contra a casa que me faz guerra; e disse Deus que me apressasse; guarda-te de te opores a Deus, que é comigo, para que não te destrua.

22 – Porém Josias não virou dele o rosto; antes, se disfarçou, para pelejar com ele; e não deu ouvidos às palavras de Neco, que saíram da boca de Deus; antes, veio pelejar no vale de Megido.

23 – E os flecheiros atiraram no rei Josias; então, o rei disse a seus servos: Tirai-me daqui, porque estou gravemente ferido.

24 – E seus servos o tiraram do carro, e o levaram no segundo carro que tinha, e o trouxeram a Jerusalém; e morreu, e o sepultaram nos sepulcros de seus pais; e todo o Judá e Jerusalém tomaram luto por Josias.

25 – E Jeremias fez uma lamentação sobre Josias; e todos os cantores e cantoras falaram de Josias nas suas lamentações, até ao dia de hoje; porque as deram por estatuto em Israel; e eis que estão escritas na coleção de lamentações.

26 – Quanto ao mais dos atos de Josias, e às suas benefi cências, conforme está escrito na Lei do SENHOR,

27 – e aos seus atos, tanto os primeiros como os últimos, eis que estão escritos no livro da história dos reis de Israel e de Judá.

TEXTO ÁUREO

Porque nunca se celebrou tal Páscoa como esta desde os dias dos juízes que julgaram a Israel, nem em todos os dias dos reis de Israel, nem tampouco dos reis de Judá. 2 Reis 23.22

OBJETIVOS

Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:

  • Conhecer as principais características do reinado de Josias;
  • Entender como a colaboração de Hilquias foi fundamental para o crescimento pessoal e espiritual de Josias;
  • Saber que Deus pode falar de várias maneiras e, pela percepção espiritual, podemos entendê-las.

Palavra introdutória

Nesta lição, estudaremos a vida do rei Josias (640—609 a.C.), regente de Judá, sucessor de Ezequias, Manassés e Amom (Mt 1.10; 2 Cr 33.1,20; 34.1).

Josias assumiu o poder, com a idade de oito anos apenas, na crista de uma revolta. Sua mãe se chamava Jedida e era filha de Adaías, de Bozcate. Seria ela a causa de o moço tão cedo mostrar essa inclinação pelos assuntos divinos? O texto sagrado nos informa que no oitavo ano do seu reinado, portanto, com apenas 16 anos, começou a buscar o Deus de seu pai Davi, e no décimo segundo ano, com 20 anos de idade, começou a purificar Judá e Jerusalém dos altos e dos postes ídolos.

Então, no décimo oitavo ano, conforme 2 Reis 22.3, começou a grande reforma, que se prolongou pelo resto de sua vida. Devemos levar em consideração o fato de ele conhecer o que tinha havido com seu pai Manassés e seu bisavô Acaz. Tais acontecimentos deveriam ter calado profundamente em seu espírito, além de ser um menino inclinado para as coisas de Deus. De qualquer modo, Josias se nos apresenta como um menino original.

Curiosidade política da época: será bom passarmos uma vista pela situação política internacional, que tantos reflexos tiveram em Judá.

Em 623 morreu o grande Assurbanipal, e, com a sua morte, foram quebradas as queixadas dos conquistadores assírios. Isso deve ajudar-nos a compreender por que, aos 16 anos de idade, Josias começou o estudo de suas reformas. Temos de ver a influência que o Estado assírio exercia em todo o mundo, e a um rapaz de 20 anos não seria admissível uma tomada de posição contrária ao antigo dominante.

Acredita-se, ainda, que o golpe contra Nínive já estivesse armado, e disso tomou conhecimento Josias, pois em 619 a velha Assíria recebeu este golpe. Isso daria, então, a Josias força para entrar a fundo na reforma que teria planejado.

Resumindo todos estes fatos, concluiríamos desta forma:

  • No oitavo ano do seu reinado começou a buscar a Deus;
  • Aos doze anos iniciou a purificação de Judá e Jerusalém;
  • Aos 18 estava em plena revolução religiosa.

Teriam sido então, três etapas: oito, doze e dezoito anos. Assim os dois textos concordam.

Portanto as condições políticas internacionais seriam de tal forma favorável que Josias não teve receio de destruir todos os vestígios do culto assírio, implantado por seu avô e cultivado por seu pai. O mundo estava entrando numa nova etapa política, e todas as mudanças se refletiam em Judá.  

1 – A PALAVRA DE DEUS FOI ENCONTRADA NO TEMPLO

Sem qualquer sombra de dúvida, o Livro da Lei ou era o Pentateuco todo ou pelo menos o Deuteronômio, que, por quaisquer motivos, teria sido colocado numa dependência do Templo e ali guardado, mas sem uso, contrário ao dever.

Querem os críticos racionalistas, os que negam a autenticidade mosaica do Pentateuco, que este livro teria sido forjado por algum escriba atual e ali colocado, para ser descoberto e dado como de Moisés. Ora, se o livro não era o de Moisés, como algum escriba teria tido a ideia de escrever o livro e atribuí-lo a um homem de quem jamais se ouvira falar como escritor de livros da coleção hebraica? O argumento peca pela base.

Os racionalistas passaram deste achado para outras suposições totalmente destituídas de valor histórico, ao ponto de negar a autoria mosaica dos livros que lhe são atribuídos. A verdade é que, se este livro não estava sendo obedecido, como deveria, também é certo que não era ignorado, pois em Crônicas mesmo é mencionado por mais de uma vez também é certo que não era ignorado, pois em Crônicas mesmo é mencionado por mais de uma vez 2 Cr. 31.3.4; 30.12.

A lei do Senhor, O Livro do Senhor são frases comuns na literatura deste período. Ezequias mesmo baseou a sua reforma religiosa neste livro, fosse ele o Deuteronômio, como pensam alguns, fosse todo o Pentateuco. Não haveria sentido histórico para as narrativas dos livros de Reis e Crônicas, se o Pentateuco fosse ignorado.

Em que consistia, então, a transgressão da Lei? Em que sentido o povo transgredia os testemunhos? Se não havia a Lei de Moisés, tudo quanto elmos nos conhecidos livros históricos fica sem sentido, Deus mesmo puniu os infratores de Sua lei, que, segundo os críticos, não existia. Não se pode admitir infração de lei inexistente.

1.1 – Eventos sucedentes à descoberta do Livro da Lei 

Em face do achado de um livro cuja existência todos ignoravam, embora das suas doutrinas tivessem conhecimento gerais, pois que nem se entende reforma da religião e do Templo sem a base deste conhecimento, Josias, moco ignorante de muitas coisas da Lei, quando ouviu a leitura do livro rasgou os seus vestidos, segundo a norma ao suceder algo calamitoso, e mandou Hilquias, Aicão, filho de Safã, Abdom, filho de Mica, e o mesmo Safã, escrivão e o secretário particular do rei, a Hulda para saber o que fazer, pois era profetisa e deveria conhecer o caminho a seguir. Isto nos dá a medida do alvoroço causado pelo achado. Josias reconheceu que o furor divino deveria ser muito grande.

Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Dizei ao homem que vos enviou a mim: Assim diz o Senhor: Eis que trarei o mal sobre este lugar, e sobre os seus habitantes, a saber, todas as maldições que estão escritas no livro que se leu perante o rei de Judá.

Ora, se o livro não existia, e foi forjado nesta oportunidade, para causar um trauma em Josias e em Judá, como é que Deus se queixa de o povo haver abandonado uma lei de Deus que não existia? Parece a qualquer leitor medianamente instruído que tal procedimento é de todo impossível. Deus é justo, e não pode pedir contas de coisas que se transgridem por se ignorá-las. Para os ateus, Deus não existe, é certo, mas também nós não podemos entender fato algum da Bíblia, se Deus não existe.

O raciocínio pede uma solução para tal problema. Meamos, pois, com a verdade de que a Lei de Moisés existiu desde os seus dias; mas como não havia meios de vulgarizá-la e torná-la conhecida do povo, este facilmente se desviava. Um conhecimento geral sempre existiu mais ou menos diluído pelo tempo.

A Josias foi dada mensagem de esperança: nos seus dias não haveria o mal que estava de há muito destinado à nação por causa da falta cometida contra a Lei de Deus. Ele seria reunido aos seus pais sem ver as desgraças que se abateriam pouco depois sobre o povo, nos dias de Nabucodonosor.

1.2 – Josias, o reformador

Por Wilson Pacheco Sarmento

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