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Central Gospel Jovens e Adultos – 1º Trimestre – 18/02/2018 – Lição 7: O cordeiro de Deus

16/02/2018

Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO 

Apocalipse 5.8-10 

8 – E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos.

9 – E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação;

10 – e para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra. 

Apocalipse 7.9-14 

9 – Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos;

10 – e clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro.

11 – E todos os anjos estavam ao redor do trono, e dos anciãos, e dos quatro animais; e prostraram-se diante do trono sobre seu rosto e adoraram a Deus,

12 – dizendo: Amém! Louvor, e glória, e sabedoria, e ações de graças, e honra, e poder, e força ao nosso Deus, para todo o sempre. Amém!

13 – E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são e de onde vieram?

14 – E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. 

TEXTO ÁUREO

No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). 

OBJETIVOS

Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:

  • Extraídas da pessoa do Senhor Jesus Cristo como Cordeiro de Deus;
  • Sumariar o privilégio de ser a Igreja do Cordeiro e suas responsabilidades na perseverança da doutrina apostólica;
  • Compreender que o sangue do Cordeiro é uma arma espiritual nas batalhas da vida cristã contra o pecado, a morte e o império das trevas.

PALAVRA INTRODUTÓRIA

Olá irmãos (ãs), Paz seja convosco.

Estudaremos nesta lição um assunto deveras importante sobre o Cordeiro de Deus.

A palavra cordeiro tem grande significância para os cristãos, haja vista, estar intimamente ligada à salvação da humanidade.

O dicionário Priberan para a língua portuguesa define cordeiro como sendo:

  1. Cria da ovelha, ainda nova e tenra. = ANHO
  2. Carne desse animal, usada na alimentação. = ANHO
  3. [Figurado] Pessoa mansa e inocente.

A palavra hebraica para cordeiro é “kebes” e quase sempre está associado ao animal utilizado para o sacrifício e de acordo com o Dicionário Vine, no árabe significa caneiro novo.

No livro de Gênesis, capítulo 20 a Bíblia faz a primeira menção direta a este animal com o sentido de sacrifício.

Leiamos:

“E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim caminharam ambos juntos” (Gn 22.8 – ACRF).

Tal palavra aparece 107 vezes no A.T. O primeiro uso em Êxodo pertence à Páscoa: “O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras” (Êx 12.5). A palavra gedi, “cabrito”, é sinônimo de kebes.

O Apocalipse é sem dúvida nenhuma o livro que mais registra a palavra cordeiro, são 27 vezes.

No livro de Gênesis, capítulo 20 a Bíblia faz a primeira menção direta a este animal com o sentido de sacrifício.

O cordeiro fora estabelecido por Deus como animal que seria sacrificado em prol dos pecados de seu povo.

No N.T. a Bíblia faz uma menção direta a Jesus, o Cristo como sendo “O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Esta passagem está registrada no Evangelho segundo João, capítulo um e versículo vinte e nove:

“No dia seguinte João viu Jesus aproximando-se e disse: “Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”! (Jo 1.29 – NVI).

Conforme vimos anteriormente, a palavra “cordeiro” pode ter o sentido do animal, filhote da ovelha e também no sentido figurado como uma pessoa dócil, mansa e inocente.

Jesus, o Cristo é identificado como este tipo de pessoa e também como o cordeiro que foi sacrificado por nossos pecados.

Leiamos alguns versículos:

“O eunuco estava lendo esta passagem da Escritura: “Ele foi levado como ovelha para o matadouro, e como cordeiro mudo diante do tosquiador, ele não abriu a sua boca” (At 8.32 – NVI). 

“Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca” (Is 53.7 – NVI).

Um ponto importante a observar é que, apesar de algumas traduções colocarem a palavra “ovelha” em alguns textos, Jesus é tido como cordeiro e não ovelha, pois a associação com o cordeiro é para o sacrifício.

1 – A MORTE DO CORDEIRO

A Bíblia nos mostra no livro de Gênesis, capítulo três, versículo vinte e um que o Senhor, após o pecado de Adão e Eva, fez túnicas de pele para cobrir a nudez dos mesmos. Eles haviam “tapado” a nudez com folhas de figueira, mas o Senhor os viu…

“E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.

Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.

E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim.

E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?

E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me” (Gn 3.6-10 – ACRF).

“E fez o Senhor Deus a Adão e à sua mulher túnicas de peles, e os vestiu” (Gn 3.21 –ACRF). 

Existe um ensinamento profundo a respeito desta passagem que nos mostra que nada pode esconder nosso pecado, pois todas as coisas estão nuas e patentes diante de Deus e somente a morte do cordeiro de Deus pode fazer com que tenhamos condições de nos apresentar diante de Deus.

Este ensino é apresentado de maneira clara na carta aos Hebreus.

“Nada, em toda a criação, está oculto aos olhos de Deus. Tudo está descoberto e exposto diante dos olhos daquele a quem havemos de prestar contas” (Hb 4.13 – NVI).

1.1 – O Cordeiro morreu por todos os pecadores

Assim como um animal foi morto para que Adão e Eva recebessem túnicas com o intuito de cobrir a nudez e como o Senhor ensinou a Moisés sobre o sacrifício, os judeus permaneceram oferecendo sacrifícios até a destruição do Templo definitivamente no ano 70 d.C.

Acredita-se que quando os judeus estavam na Babilônia como escravos, os sacrifícios tenham sido temporariamente substituídos pelas três orações cotidianas, pois não havia como os judeus realizarem sacrifícios, porém quando eles voltaram para Jerusalém e reconstruíram o Templo, os sacrifícios e ofertas foram restaurados.

A Bíblia nos mostra que quando Jesus morreu na cruz do calvário, o véu do Templo rasgou-se de alto a baixo, mostrando que o que separava o homem de Deus, ou seja, o pecado, havia sido perdoado de uma vez por todas e os escritos de Paulo, bem como a carta aos Hebreus nos mostram que o sacrifício de Jesus é perpétuo.

Leiamos alguns textos bíblicos:

“Mas as suas maldades separaram vocês do seu Deus; os seus pecados esconderam de vocês o rosto dele, e por isso ele não os ouvirá” (Is 59.2 – NVI).

O que afasta o homem de Deus chama-se PECADO e existe somente um antídoto para isto, chamado sacrifício.

“Mas Jesus, com um alto brado, expirou. E o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo. Quando o centurião que estava em frente de Jesus ouviu o seu brado e viu como ele morreu, disse: “Realmente este homem era o Filho de Deus”! (Mc 15.37-39 – NVI).

O escritor Flávio Josefo mostra-nos, com base no livro do Êxodo, que o véu tinha aproximadamente 12 centímetros de grossura, e que cavalos puxando o véu dos dois lados não podiam parti-lo. A narrativa no livro de Êxodo nos ensina que esse grosso véu era feito de material azul, roxo e escarlate e de linho fino torcido.

Podemos aprender muito com esta passagem, vejamos alguns exemplos:

1) O véu não poderia ser rasgado por homens (a separação causada pelo pecado de Adão e Eva só seriam extirpados por um sacrifício perfeito).

2) O véu fora rasgado de alto a baixo (Foi Deus quem o rasgou). Acredita-se que o Templo tinha entre 30 a 40 côvados de altura, aproximadamente

“O Templo de Salomão tinha 30 côvados de altura (1 Reis 6:2), mas Herodes tinha aumentado sua altura para 40 côvados, de acordo com os escritos de Josefo, um historiador do primeiro século. Não temos certeza a que um côvado se compara em metros e centímetros, mas podemos supor que esse véu tinha mais ou menos 18 metros de altura”.

3) O caminho até o céu, o Santo dos Santos após a morte de Jesus estava aberto (Com o pecado de Adão e Eva, ambos foram expulsos do paraíso, lugar da presença de Deus e nunca mais voltaram. Em Jesus, TODOS podem entrar novamente no paraíso de Deus.

Jesus, como cordeiro imaculado (sem culpa), ofereceu-se em favor de nós, mesmo sabendo que o trairíamos e daríamos desculpas para segui-lo.

“Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores. Como agora fomos justificados por seu sangue, muito mais ainda seremos salvos da ira de Deus por meio dele! Se quando éramos inimigos de Deus fomos reconciliados com ele mediante a morte de seu Filho, quanto mais agora, tendo sido reconciliados, seremos salvos por sua vida”! (Rm 5.8-10 – NVI).

“Pois assim como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos serão vivificados” (1 Co 15.22 – SBB).

Não existiria nenhum motivo para que alguém morresse por outrem, porém o amor de Deus subjugou todos os tipos de interpretações possíveis, entregando Seu filho para nos salvar.

“Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa. O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros como eu os amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos. Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno. Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido. Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça, a fim de que o Pai lhes conceda o que pedirem em meu nome” (Jo 15.11-16 – NVI).

O conhecido “texto áureo” da Bíblia nos diz:

“Pois assim amou Deus ao mundo, que deu seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16 – SBB).

Jesus fez o que nenhum sacerdote pôde fazer em milhares de anos, ofereceu seu corpo PERFEITO, como sacrifício aceitável a Deus e nos perdoou pela eternidade.

1.2 – O Cordeiro morreu para dar vida aos que nele creem

O evangelista João nos mostra que Jesus veio para os seus, os judeus, mas estas não o receberam, ou seja, o rejeitaram, mas ele continua dizendo que TODOS os que Nele crerem, receberão o poder de serem chamados filhos de Deus (Jo 1.11,12).

Desta forma, todos os povos, línguas e nações foram comprados por Jesus e aqueles que estiverem com Ele viverão a eternidade ao Seu lado.

“Depois destas coisas olhei, e eis uma grande multidão que ninguém podia contar, de toda a nação e de todas as tribos, povos e línguas, que estavam em pé diante do trono e diante do Cordeiro, cobertos de vestiduras brancas com palmas nas mãos” (Ap 7.9 – SBB).

“Mas agora ele os reconciliou pelo corpo físico de Cristo, mediante a morte, para apresentá-los diante dele santos, inculpáveis e livres de qualquer acusação” (Cl 1.22 – SBB).

“…e da de Jesus Cristo, que é a testemunha fiel, o primogênito dos mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos ama, e nos libertou dos nossos pecados pelo seu sangue, e nos fez reino, sacerdotes para Deus e seu Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém” (Ap 1.5,6 – SBB).

Biblicamente a ação do sacrifício é dupla, ou seja, temos a propiciação e a expiação.

“Ao contrário dos outros sumos sacerdotes, ele não tem necessidade de oferecer sacrifícios dia após dia, primeiro por seus próprios pecados e, depois, pelos pecados do povo. E ele fez isso de uma vez por todas quando a si mesmo se ofereceu” (Hb 7.27 – NVI).

Vejamos o que Dicionário Vine nos mostra:

“As palavras “expiar”, “compensar”, “propiciar”, “resgatar”‘ são traduções de kapar e, em parte, são sinônimas. Em qualquer sacrifício, a ação é dirigida a Deus (propiciação) e a ofensa (expiação). Os verbos “expiar”, “reconciliar” e até “perdoar” se relacionados com o sacrifício) tem Deus como o sujeito primário, ao passo que “propiciação” trata Deus como objeto”.

Jesus ofereceu seu corpo como sacrifício e fez expiação através de seu sangue de forma perpétua. 

Por Leonardo Novais de Oliveira

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