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08/02/2018
Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Apocalipse 7.2-4
2 – E vi outro anjo subir da banda do sol nascente, e que tinha o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar,
3 – dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos assinalado na testa os servos do nosso Deus.
4 – E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel.
Apocalipse 14.1-5
1 – E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em sua testa tinham escrito o nome dele e o de seu Pai.
2 – E ouvi uma voz do céu como a voz de muitas águas e como a voz de um grande trovão; e uma voz de harpistas, que tocavam com a sua harpa.
3 – E cantavam um como cântico novo diante do trono e diante dos quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra.
4 – Estes são os que não estão contaminados com mulheres, porque são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai. Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro.
5 – E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus.
TEXTO ÁUREO
E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em sua testa tinham escrito o nome dele e o de seu Pai. (Ap 14.1).
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
PALAVRA INTRODUTÓRIA
Olá irmãos (ãs), Paz seja convosco.
Abordaremos nesta lição mais um assunto complexo, pois temos várias linhas de interpretação.
O assunto desta lição “Os 144 mil” são descritos no livro do Apocalipse, tanto no capítulo 7, como no capítulo 14.
Como temos feito deste o início deste trimestre, deixaremos claro o posicionamento que adotamos e trabalharemos com referências para esta linha de raciocínio.
Existem várias formas de interpretação do Apocalipse e temos adotado o critério futurista.
Leiamos o que Norman Champlin explica sobre este modelo interpretativo:
O ponto de vista futurista. Há os «futuristas extremos», que pensam que o livro inteiro é preditivo, incluindo os capítulos dois e três ias cartas às sete igrejas), que representariam sucessivos estágios da história eclesiástica, até à vinda de Cristo. Mas há os «futuristas moderados», que admitem que os capítulos dois e três referem-se ao passado (ou ao presente); mas que a começar no quarto capítulo temos o futuro, o que deverá ocorrer imediatamente antes do segundo advento de Cristo. Isso faz este livro ser, essencialmente, uma profecia, levando em conta, a sério, as declarações de Apo. 1:19 e 4:1. A principal objeção contra esse ponto de vista é que remove do livro qualquer contexto histórico. Mas isso é respondido pela observação que apesar de refletir o tempo e os acontecimentos contemporâneos, em um sentido secundário, a verdade é que, em sentido «primário », o livro reflete os «últimos dias». Portanto, este livro tanto é orientado historicamente como é escatologicamente importante; mas a ênfase recai sobre este último fator. Os futuristas que falam desse modo tomam-se um tanto «ecléticos» em seus pontos de vista, mas sua ênfase recai sobre o futuro, e não sobre o passado. Os liberais, a quem falta a fé na possibilidade de um livro como o de Apocalipse ser uma profecia genuína, ou que duvidam que tal profecia possa abarcar tão grande expansão de tempo, fazem objeção ao ponto de vista futurista. (Grifo nosso).
Acreditamos que a Igreja não estará na terra durante os sete anos da tribulação e conforme mencionado nas lições anteriores, aqui estarão os judeus que não aceitaram a Jesus como o Messias (Jo 1.11), os chamados cristãos nominais (aqueles que não viveram uma vida plena em Jesus e não foram arrebatados) e os ímpios.
De acordo com uma grande parte dos “grandes” teólogos no mundo, o capítulo o capítulo 7 apresenta o que conhecemos como “período parentético”, que mostra uma pausa entre o sexto e o sétimo selo.
O Pr. Antônio Gilberto, no livro “Daniel e Apocalipse – Como entender o plano de Deus para os últimos dias”, nos mostra o seguinte:
“Na cena parentética do capítulo 7, vemos dois grupos de redimidos: um de judeus, outro de gentios. O primeiro acha-se na terra; o segundo, no Céu.
1 – Versículo 1. “quatro cantos da terra”. São os quatro pontos cardeais da rosa-dos-ventos, indicando as quatro direções da terra: Norte, Sul, Leste, Oeste. Esta maneira de indicar é muito antiga, pois em Isaías 11.12 está escrito: “Levantará um estandarte para as nações, ajuntará os desterrados de Israel, e os dispersos de Judá recolherá desde os quatro confins da terra”. Isso nada tem a ver com a noção popular que, partindo desta expressão, pensa que a terra é quadrada.
Anjos controlando os ventos. “Vi quatro anjos,., conservando seguros os quatro ventos da terra” (v. 1). Temos aqui um vislumbre de que os anjos são, entre outras coisas, os engenheiros controladores das forças vivas do Universo. Em 14.18 temos um outro anjo com poder sobre o fogo. Em 16.5 temos ainda outro: este com poder sobre as águas, e assim por diante.
2 – O selo de Deus e os selados (7.2-8). Nestes versículos está o primeiro grupo de redimidos deste capítulo parentético.
“o selo do Deus vivo” (v. 2). “até selarmos em suas frontes os servos do nosso Deus” (v. 3). Este selo é de proteção, como vemos em 9.4, “e foi-lhes dito que não causassem dano à erva da terra nem a qualquer coisa verde, nem a árvore alguma, e tão-somente aos homens que não têm o selo de Deus sobre as suas frontes.” O selo deve ser a inscrição dos nomes de Cristo e do Pai nas frontes desses redimidos. “Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil tendo nas frontes escrito o seu nome e o nome de seu Pai” (Ap 14.1). (Grifo nosso).
A Bíblia é CLARÍSSIMA sobre os chamados “144 mil”, pois o versículo 4 do capítulo 7 do Apocalipse nos mostra que estes são provenientes das tribos de Israel.
Leiamos algumas traduções:
“E ouvi o número dos selados, e eram cento e quarenta e quatro mil selados, de todas as tribos dos filhos de Israel” (Ap 7.4 – ACRF)
“Então ouvi o número dos que foram selados: cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos de Israel” (Ap 7.4 – NVI).
“Ouvi então o número dos assinalados: cento e quarenta e quatro mil assinalados, de toda tribo dos filhos de Israel” (Ap 7.4 – Versão Católica Online).
Não há NENHUMA possibilidade de interpretar estes 144 mil como sendo a igreja os gentios que estarão vivos.
Como mencionado acima, os 144 mil serão judeus de todas as 12 tribos de Israel, sendo 12 mil pessoas de cada tribo.
Os versículos um, dois e três, deixam claro que estas pessoas estarão na terra durante todos os acontecimentos e provavelmente testemunharão de Cristo durante o último período da tribulação.
Leiamos o que o profeta Isaías escreve no capítulo 66 e versículos 19 a 22 de seu livro:
“Estabelecerei um sinal entre elas, e enviarei alguns dos sobreviventes às nações: a Társis, aos líbios e aos lídios, famosos flecheiros, a Tubal e à Grécia, e às ilhas distantes, que não ouviram falar de mim e não viram a minha glória. Eles proclamarão a minha glória entre as nações.
Também dentre todas as nações trarão os irmãos de vocês ao meu santo monte, em Jerusalém, como oferta ao Senhor. Virão a cavalo, em carros e carroças, e montados em mulas e camelos”, diz o Senhor. “Farão como fazem os israelitas quando apresentam as suas ofertas de cereal, trazendo-as em vasos cerimonialmente puros; e também escolherei alguns deles para serem sacerdotes e levitas”, diz o Senhor.
Assim como os novos céus e a nova terra que vou criar serão duradouros diante de mim”, declara o Senhor, “assim serão duradouros os descendentes de vocês e o seu nome” (Is 66.19-22 – NVI).
É muito importante mostrarmos um fato importante, que é a ausência das tribos de Dã e Efraim do texto de Apocalipse 7.
Leiamos:
“Da tribo de Judá foram selados doze mil, da tribo de Rúben, doze mil, da tribo de Gade, doze mil, da tribo de Aser, doze mil, da tribo de Naftali, doze mil, da tribo de Manassés, doze mil, da tribo de Simeão, doze mil, da tribo de Levi, doze mil, da tribo de Issacar, doze mil, da tribo de Zebulom, doze mil, da tribo de José, doze mil, da tribo de Benjamim, doze mil” (Ap 7.5-8).
Elas foram substituídas por José e Levi e o Pr. Antônio Gilberto nos dá a seguinte explicação:
“A omissão das tribos de Dã e Efraim. Entre as doze tribos arroladas em 7.5-8 não aparecem Dã e Efraim. Seus nomes aparecem substituídos pelos de José e Levi. E só comparar esta lista com outras congêneres, como Gênesis 29; 30; 49; Deuteronômio 33, etc. Certamente Dã e Efraim são omitidos por causa de sua idolatria e imoralidade registradas na Bíblia. Dã, por exemplo, foi a primeira tribo a cair fundo nesses pecados, arrastando multidões na sua esteira. (Ler Juízes 18.14-20,30,31 e 1 Reis 12.28-30.) O caso de Juízes 18 é por demais sério. Os danitas, cujas proezas são aí relatadas, agem como autênticos ladrões. Sem quaisquer motivos roubam o ídolo de Mica e ainda subornam o seu moço sacerdote, fazendo assim com que a idolatria, que estava restrita à família de Mica, fosse a religião de sua tribo inteira. Este foi um procedimento iníquo. O procedimento de Efraim não foi nada melhor. (Ler Os 4.17; 7.8; 11.12; 13.2,12.)
Dã e Efraim não sendo selados aqui, passarão pela Grande Tribulação sem a proteção do selo de Deus. No entanto, na lista das tribos em evidência, durante o Milênio de Cristo na terra, Dã vem em primeiro lugar e logo mais também Efraim (Ez 48.2,6). Como se explica isso? Certamente na conversão de judeus durante a Grande Tribulação, Dã e Efraim não creram a princípio, mas crerão depois, deve ser isso”. (Grifo nosso).
1.1 – Começou com os judeus, terminará com eles
Toda a história da Bíblia está intimamente ligada com o povo judeu que começou com a chamada de Abrão em Ur dos Caldeus. De Gênesis a Apocalipse os judeus são chamados de povo de Deus de formas diferentes.
Leiamos o texto descrito em Gênesis que aponta esta chamada:
“Então o Senhor disse a Abrão: “Saia da sua terra, do meio dos seus parentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei.
Farei de você um grande povo, e o abençoarei. Tornarei famoso o seu nome, e você será uma bênção.
Abençoarei os que o abençoarem, e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem; e por meio de você todos os povos da terra serão abençoados” (Gn 12.1-3 – NVI – grifo nosso).
Este chamado provavelmente aconteceu a aproximadamente 3 mil anos antes de Cristo.
O Senhor apareceu a Abrão e lhe disse que faria de sua descendência uma grande nação.
O início do povo começou com Abrão, considerado o pai dos judeus (Jo 8.39).
Nos dias atuais, existem aproximadamente 13,2 milhões de judeus espalhados pelo mundo, sendo que em Israel e nos EUA estão aproximadamente 80% deles.
Israel | 5 433 842 | |
Estados Unidos | 5 165 019 | |
A palavra “judeu” originalmente era usada para designar aos filhos de Judá, filho de Jacó, posteriormente foi designado aos nascidos na Judeia. Depois da libertação do cativeiro da Babilônia, os hebreus começaram a ser chamados de judeus. A palavra portuguesa “judeu” se origina do latim judaeu e do grego ioudaîos. Ambas palavras vêm do aramaico, יהודי, pronuncia-se “iahude”. O primeiro registro do vocábulo em português foi no ano de 1018.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Judeus
A Bíblia nos mostra que Jesus, o Cristo, Salvador do mundo, veio para os seus, que são exatamente os judeus.
Leiamos o que João escreve:
“Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam” (Jo 1.11 – NVI).
O “alvo” de Deus sempre foi seu povo escolhido, mas os gentios foram enxertados em Deus.
Paulo escreve um texto esclarecedor aos Romanos, leiamos o mesmo:
“Irmãos, não quero que ignorem este mistério, para que não se tornem presunçosos: Israel experimentou um endurecimento em parte, até que chegasse a plenitude dos gentios” (Rm 11.25 – NVI).
Próximo ao “final” da história terrena, os judeus serão novamente alvos da graça de Deus.
“E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: “Virá de Sião o redentor que desviará de Jacó a impiedade” (Rm 11.26 – NVI).
Por Leonardo Novais de Oliveira
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