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28/03/2018
Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Apocalipse 4.1,2
1 – Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz, que como de trombeta ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer.
2 – E logo fui arrebatado em espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado sobre o trono.
Mateus 6.19-21
19 – Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam.
20 – Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam.
21 – Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.
Salmo 9.17
17 – Os ímpios serão lançados no inferno e todas as nações que se esquecem de Deus.
Oseias 13.14
14 – Eu os remirei da violência do inferno e os resgatarei da morte; onde estão, ó morte, as tuas pragas? Onde está, ó inferno, a tua perdição? O arrependimento será escondido de meus olhos.
TEXTO ÁUREO
Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus (2 Co 5.1).
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
PALAVRA INTRODUTÓRIA
Chegamos ao final de mais um trimestre, bem como ao final de mais uma revista “Lições da Palavra de Deus”.
Nesta lição, finalizaremos o tema “Grandes temas do Apocalipse”, proposto pela Editora Central Gospel e abordaremos o assunto: “Dois destinos finais”.
Após o pecado original, envolvendo Adão e Eva, a humanidade experimentou a morte física e espiritual. Física, pois a partir daquele momento, o homem, que havia sido criado para ser eterno, começava a ser afetado pela decadência física, o que traria o fim da vida e espiritual, pois foram afastados da comunhão que tinham com o Criador.
Desta forma, através do pecado, passamos a conhecer o bem e o mal, as coisas boas e ruins, o amor e o ódio e consequentemente o céu e o inferno.
Este dualismo[1] (Qualquer sistema, doutrina ou teoria que admite a existência de dois princípios necessários, mas opostos), desde então, passou a fazer parte da história da humanidade. O Senhor Deus, Todo Poderoso, essência de todo bem e satanás, essência de todo mal.
O comentarista da lição, traz algumas referências interessantes a respeito da numerologia bíblica. Não sabemos se estas referências realmente tem algo de grande importância, porém, elas estão presentes de forma sistemática.
Os números que mais aparecem na Bíblia são o “7” e o “40” e alguns autores acreditam que significam a perfeição e a paciência, respectivamente.
Leiamos o posicionamento do escritor do Dicionário Wycliffe:
“Os escritores da Bíblia usam os números simbolicamente? Se a resposta for sim, até que ponto? Está bem claro que alguns números são usados simbolicamente na Bíblia; e, nitidamente o número sete. Alguns estudiosos têm argumentado que todos os números são usados simbolicamente, e têm valores teológicos associados a si mesmos. Por exemplo, o número um deve representar a “unidade”; dois, a “divisão” ou “separação” etc. No entanto, esta opinião depara-se com um sério problema neste ponto, pois com cada escritor há grandes diferenças de opinião quanto às intenções teológicas dos números. E por esta razão que a Bíblia não atribui, em nenhuma passagem, valores teológicos a qualquer número. A Bíblia usa os números simbolicamente para representar ideias, tais como “totalidade”, “alguns” etc., o que é um fenômeno comum em toda a literatura do antigo Oriente Próximo, O sistema que atribui valores teológicos aos números, portanto, parece ser um desenvolvimento das práticas pitagoreanas e gnósticas. E certamente estranho que nenhum escritor do NT tenha mencionado o significado teológico de um número simbólico ocorrido no AT. Muitos outros símbolos são citados pelos escritores do NT e são interpretados. Parece, portanto, que embora a Bíblia use números esquematicamente e simbolicamente para transmitir ideias gerais, como “totalidade”, “poucos”, “muitos” etc., ela nunca atribui conceitos místicos ou teológicos aos números”.
Sendo assim, teremos cuidado ao afirmar o que a Bíblia não afirma, mas citaremos, assim como o comentarista, algumas curiosidades.
Tomando como base a existência de um céu e de um inferno, precisamos ter absoluta certeza da existência de dois únicos caminhos para o homem, possuidor de uma parte imaterial que não tem fim. Ou iremos para o céu e viveremos a plenitude com o Senhor ou iremos para o inferno, sofrer eternamente.
Estudaremos estes dois lugares nesta lição.
1 – O CÉU É UM LUGAR REAL
A Bíblia utiliza algumas palavras para céu, conforme estudamos em outras lições.
Paulo descreve a existência de três céus, leiamos o texto bíblico:
“Conheço um homem em Cristo que há catorze anos foi arrebatado ao terceiro céu. Se foi no corpo ou fora do corpo, não sei; Deus o sabe” (2 Co 12.2 – NVI).
Como é de conhecimento do leitor, o N.T. foi escrito em grego e Paulo utiliza a palavra “eporanos” para fazer menção ao terceiro céu.
No grego existem as seguintes palavras: Auronos, mesoranios, esporanios e cada uma delas reflete um local específico.
Alguns autores acreditam na existência de 3 (três) céus, assim como a Bíblia nos mostra, mas outros acreditam na existência de 5 (cinco) céus e os judeus acreditavam na existência de 7 (sete) céus, conforme veremos abaixo.
Leiamos o conceito de céu e suas ramificações de acordo com o Dicionário Vine:
Primeiro, shãmayim é a palavra hebraica habitual para se referir ao “céu” e à “esfera do céu”. É nesta esfera onde os pássaros voam. Deus proíbe Israel de fazer qualquer “figura de alguma ave alígera que voa pelos céus” (Dt 4.17). Quando o cabelo de Absalão ficou preso nos galhos de uma árvore, ele ficou dependurado entre o “céu” e a terra (2 Sm 1 S.9). É nesta área bem alta do chão, mas abaixo das estrelas e corpos celestes, que está o loco da visão: “E. levantando Davi os seus olhos, viu o anjo do SENHOR, que estava entre a terra e o céu com a espada desembainhada na sua mão estendida contra Jerusalém” 1 Cr 21.16). Segundo, esta palavra descreve uma área mais distante da superfície da terra. Desta região vem coisas como geada Jó 38.29». Neve (Is 55.10), enxofre e fogo (Gn 19.24), pó e poeira (Dt 28.24), granizo e chuva: “Cerraram-se também as fontes do abismo e as janelas dos céus, e a chuva dos céus deteve-se” (Gn 8.2). Esta esfera é o depósito de Deus: Deus é o despenseiro dos armazéns e Senhor da esfera (Dt 28.12). Este significado de shãmayin aparece em Gn 1.7.8: “E fez Deus a expansão e fez separação entre as águas que estavam debaixo da expansão e as águas que estavam sobre a expansão. E assim foi. E chamou Deus à expansão Céus: e foi a tarde e a manhã: o dia segundo”. Terceiro, shãmayim também descreve o âmbito no qual estão localizados o Sol. a Lua e as estrelas: “E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus para haver separação entre o dia e a noite” (Gn 1.14). Esta imagem é repetida muitas vezes no relato da Criação e nas passagens poéticas. Assim os “céus” podem ser estendidos como uma cortina (SI 104.2) ou enrolados como um livro (Is 34.4). Quarto, a expressão “céu e terra” denota a criação toda. Este uso da palavra aparece em Gn 1.1: “No princípio, criou Deus os céus e a terra”. Quinto, o “céu” é o lugar da habitação de Deus: “Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles” (SI 2.4; cf. Dt 4.39). Observe Dt 26.15: “Olha desde a tua santa habitação, desde o céu, e abençoa o teu povo, a Israel”. Outra expressão que representa o lugar da habitação de Deus é, literalmente, “os céus dos céus”. Isto não indica altura, mas um absoluto, ou seja, o domicílio de Deus é um âmbito singular não identificado com a criação física: “Eis que os céus e os céus dos céus são do SENHOR, teu Deus, a terra e tudo o que nela há” (Dt 10.14)”. (GRIFO NOSSO).
Vejamos o que o teólogo Russel N. Champlim nos mostra sobre este assunto:
“Intensa discussão se centraliza em torno dessa questão, principalmente porque, no cristianismo moderno, na maior parte das secções da igreja, a «multiplicidade» de céus foi eliminada pela teologia dogmática, bem como pela versão popular dos lugares celestiais. Por conseguinte, na opinião do cristianismo moderno, em sua quase totalidade, não pode haver qualquer «terceiro céu», como se o céu fosse realmente «céus», isto é, uma série de gradações de esferas ou mansões espirituais. Para um judeu, entretanto, não existia esse problema, porquanto os judeus, tradicionalmente, falavam em «sete» céus, conforme se pode atestar em muitos trechos da literatura rabínica, num conceito igualmente aceito pelo islamismo (ver o Alcorão, Sura). Entre os intérpretes cristãos, Grotius sugeria que os três céus aqui subentendidos seriam a atmosfera terrestre, as estrelas e a habitação de Deus, na porção mais elevada. Depois dele, sem investigarem se assim realmente diziam as ideias judaicas, vários outros estudiosos têm aceito tal pensamento. Na realidade, porém, nos escritos judaicos não há qualquer evidência em favor disso. John Gill (in loc.) menciona duas referências que poderiam ser assim interpretadas (Targum sobre II Cr. 6:18); mas essas referências são bastante obscuras, ao passo que aquelas que se referem a «sete» céus são tanto claras quanto numerosas. Isso é admitido e demonstrado por virtualmente todos os intérpretes, sobre a presente passagem. Assim é que Bernard (in loc.) comenta: «…tem sido motivo de disputas se as escolas rabínicas reconheciam sete céus ou apenas três. Entretanto, é questão atualmente bem resolvida que, em comum com outros povos antigos (como, por exemplo, os persas, e, talvez, os babilônicos), os judeus reconheciam a existência de sete céus. Esse ponto de vista não somente aparece na literatura pseudoepígrafe, mas igualmente nos escritos de alguns dos pais da igreja, como, por exemplo, Clemente de Alexandria. Sua exposição mais detalhada se encontra no Livro dos Segredos de Enoque, um apocalipse judaico escrito em grego, no primeiro século de nossa era (e que atualmente só resta na versão eslavônica). No oitavo capítulo dessa citada obra, descobrimos que o paraíso é explicitamente situado no ‘terceiro céu’, que é o ponto de vista aqui reconhecido pelo apóstolo Paulo o «terceiro céu», apesar de aparecer como lugar elevadíssimo, não é visto neste texto como o lugar do trono de Deus, embora muitos cristãos modernos gostariam de pensar que o presente texto diz exatamente isso, simplesmente por causa da noção que céus múltiplos não é familiar a seus ouvidos. Na realidade, porém, aqueles mais familiarizados com os conceitos do N.T. não deveriam estranhar isso, porquanto o próprio Senhor Jesus falou sobre habitações, subentendendo muitas esferas da existência espiritual. (Ver João 14:2). Também se pode notar que Paulo não fala de um «céu», no singular, em seus escritos ordinários, e, sim, sobre os «céus», quando descreve a habitação dos crentes. A expressão usualmente empregada por ele é «lugares celestiais». (Ver as notas expositivas a esse respeito, em Efé. 1:3). E quando Paulo usava a palavra «céu», no singular, se referia ao reino celestial, como uma unidade. Por semelhante modo, nas páginas do A.T., encontramos o termo tanto no singular como no plural”.
Concluindo, independente de quantos céus existam, temos a certeza de que um lugar especial foi preparado para TODOS que amarem ao Senhor.
“Há muitas moradas onde vive meu Pai, e vou aprontá-las para a vossa chegada. Quando tudo estiver pronto, então virei para vos levar, para que possam estar sempre comigo onde eu estiver. Se assim não fosse, eu próprio vos teria dito claramente” (Jo 14.2 – O LIVRO).
1.1 – Habitantes do céu
O céu é lugar da habitação de Deus e juntamente com Ele estão Jesus, o Cristo, o Espírito Santo e os anjos.
Leiamos alguns textos na Bíblia:
“Há muitas moradas onde vive meu Pai, e vou aprontá-las para a vossa chegada. Quando tudo estiver pronto, então virei para vos levar, para que possam estar sempre comigo onde eu estiver. Se assim não fosse, eu próprio vos teria dito claramente” (Jo 14.2 – O LIVRO).
Ao morrer, Jesus voltou ao céu e hoje está à direita de Deus e vive SEMPRE a interceder por nós.
“Mas quando este sacerdote acabou de oferecer, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à direita de Deus” (Hb 10.12 – NVI).
O Espírito Santo, sendo Deus, também está nos céus e, como o autor descreve, algumas pessoas tem dificuldades em aceitar esta ideia, devido ao antropomorfismo[2] (sistema que atribui a Deus a forma humana), mas o Espírito Santo tem as mesmas atribuições de Deus e uma delas é a onisciência, ou seja, está em todos os lugares ao mesmo tempo.
O Espírito Santo habita em nós (2 Tm 1.14), TODOS os crentes do mundo, está “de fora”, convencendo o pecado (Jo 16.8) e trabalhando a favor da humanidade (1 Ts 1.5).
A Bíblia nos mostra em Isaías, capítulo 6, que os anjos também estão nos céus, leiamos:
“No ano em que o rei Uzias morreu, eu vi o Senhor assentado num trono alto e exaltado, e a aba de sua veste enchia o templo. Acima dele estavam serafins; cada um deles tinha seis asas: com duas cobriam o rosto, com duas cobriam os pés, e com duas voavam. E proclamavam uns aos outros: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos, a terra inteira está cheia da sua glória”. Ao som das suas vozes os batentes das portas tremeram, e o templo ficou cheio de fumaça” (Is 6.1-4 – NVI).
Os serafins estão entre as classes de anjos existentes e, como a Bíblia nos mostra, são seres dotados de 6 asas que vivem em adoração ao Senhor.
Por Leonardo Novais de Oliveira
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