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24/01/2019
Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira
Marcos 1:9-13
9 E aconteceu, naqueles dias, que Jesus, tendo ido de Nazaré, da Galileia, foi batizado por João, no rio Jordão.
10 E, logo que saiu da água, viu os céus abertos e o Espírito, que, como pomba, descia sobre ele.
11 E ouviu-se uma voz dos céus, que dizia: Tu és o meu Filho amado, em quem me comprazo.
12 E logo o Espírito o impeliu para o deserto.
13 E ali esteve no deserto quarenta dias, tentado por Satanás. E vivia entre as feras, e os anjos o serviam. (ARC)
Marcos 9:30-35
30 E, tendo partido dali, caminharam pela Galileia, e não queria que alguém o soubesse,
31 porque ensinava os seus discípulos e lhes dizia: O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens e matá-lo-ão; e, morto, ele ressuscitará ao terceiro dia.
32 Mas eles não entendiam esta palavra e receavam interrogá-lo.
33 E chegou a Cafarnaum e, entrando em casa, perguntou-lhes: Que estáveis vós discutindo pelo caminho?
34 Mas eles calaram-se, porque, pelo caminho, tinham disputado entre si qual era o maior.
35 E ele, assentando-se, chamou os doze e disse-lhes: Se alguém quiser ser o primeiro, será o derradeiro de todos e o servo de todos. (ARC)
Marcos 10:45
45 Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos. (ARC)
De forma surpreendente, conforme o comentarista da lição acredita e nós também, o evangelho de Marcos, foi o primeiro a ser escrito.
Intrigantemente, Marcos não foi discípulo de Jesus e provavelmente ouviu o testemunho da fé através do Apóstolo Pedro, um dos doze. A primeira carta escrita por Pedro, no capítulo 5 e versículo 13 nos mostra que Marcos estava com Pedro quando este escrevera tal epístola.
Assim como o Evangelho segundo Mateus e Lucas, Marcos é considerado sinótico, pois aborda de forma similar aspectos da vida e ministério de Jesus, diferentemente do Evangelho segundo João.
Leiamos o que Eusébio, primeiro entre os historiadores da Igreja escreve sobre Marcos na obra intitulada “História Eclesiástica”:
“Isto o presbítero também costumava dizer: ‘Marcos, que realmente se tornou o primeiro intérprete de Pedro, escreveu com exatidão, tanto quanto podia relembrar, sobre as coisas feitas ou ditas pelo Senhor, embora não em ordem’. Pois ele nem ouvira ao Senhor nem fora seu seguidor pessoal; mas em período posterior, conforme eu disse, passara a seguir a Pedro, que costumava adaptar os ensinamentos às necessidades do momento, mas não como se estivesse traçando uma narrativa corrente dos oráculos do Senhor: de tal forma que Marcos não incorreu em equivoco ao escrever certas questões, conforme podia lembrar-se delas. Pois tinha apenas um objetivo em mira, a saber, não deixa» de fora coisa algum a das coisas que ouvira e não incluir entre elas qualquer declaração falsa”.
O Evangelho segundo Marcos foi escrito para um grupo de cristãos que precisava ler algo sobre o Jesus que havia sido morto há algumas décadas.
Pedro e Paulo também haviam sido martirizados e Marcos trata de abordar a obra que Jesus havia feito de uma forma marcante, mostrando milagres e maravilhas realizadas por Ele, utilizando duas expressões que distinguem o Evangelho que leva seu nome, a primeira é “Filho de Deus” e a segunda, “Filho do Homem”.
Estudaremos nesta lição, aspectos relevantes sobre o Evangelho segundo Marcos.
Um dos pontos que fazem o Evangelho segundo Marcos exclusivo, é o fato de não citar ou comentar sobre a genealogia de Jesus, nem tampouco contar algum tipo de história a respeito de onde Ele teria surgido, ou de onde teria vindo.
Marcos começa seus escritos contado sobre João, o Batista, que havia sido enviado por Deus para preparar o caminho do Messias.
Desta forma, o que Marcos traduz como “princípio do evangelho de Jesus Cristo, filho de Deus”, é aceito não como o princípio da história de Jesus, mas sim como Marcos, por orientação e inspiração do Espírito Santo, traz à cena, o cenário que apresentaria Jesus, o Cristo.
Assim, antes do aparecimento de Jesus, aparece o precursor, anunciado pelo profeta Isaías, no capítulo 40 e versículo 3, que dizia: “Voz do que clama no deserto, preparai o caminho do Senhor, endireitai as vossas veredas”.
Existe um contraste marcante entre o Filho de Deus e o filho do homem, pois Jesus sendo filho de Deus, como Paulo escreve aos Filipenses, se esvaziou de sua glória e foi chamado filho do homem, tornando-se semelhante aos homens.
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Existem duas questões que precisam ser abordadas neste tópico, a primeira é que João Batista “preparou o terreno” para o Messias ser apresentado ao povo. É interessante que a profecia de Isaías, conforme mencionamos no tópico anterior, nos mostra que Deus enviaria um precursor que prepararia o caminho para o surgimento do Messias e isto quer dizer que tal precursor começaria a abordar o povo de Israel sobre a importância do arrependimento, pois eles conheciam a lei de Deus, mas não conheciam o Deus da lei.
Desta forma, quando Jesus aparece a João Batista no Rio Jordão para ser batizado, o Espírito Santo deixa claro que aquele homem era o filho de Deus.
Leiamos este texto (Mc 1.7-11) na tradução NTLH:
Ele dizia ao povo: —Depois de mim vem alguém que é mais importante do que eu, e eu não mereço a honra de me abaixar e desamarrar as correias das sandálias dele. Eu batizo vocês com água, mas ele os batizará com o Espírito Santo. Nessa ocasião Jesus veio de Nazaré, uma pequena cidade da região da Galiléia, e foi batizado por João Batista no rio Jordão. No momento em que estava saindo da água, Jesus viu o céu se abrir e o Espírito de Deus descer como uma pomba sobre ele. E do céu veio uma voz, que disse: —Tu és o meu Filho querido e me dás muita alegria.
A segunda parte é que Jesus foi preparado por Deus durante 30 anos e, somente após ser batizado nas águas e cheio do Espírito Santo, começou a exercer o ministério terreno.
Precisamos abrir um parêntese e mencionar a existência de pessoas que se converteram há poucos dias e já querem ser pregadores, homens e mulheres de Deus.
Por isto, Paulo ensina na sua primeira carta a Timóteo que o líder não pode ser neófito (neo – novo; fito – planta), ou seja, plantinha, pois não estará preparado para o que lhe sucederá.
Para começar seu ministério Jesus, como homem, precisou ser revestido pelo Espírito Santo e, se Ele precisou, imaginem eu e você.
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Concluindo o assunto do tópico anterior, Jesus possuía a natureza humana e, sendo homem, viveu como tal, nascendo, crescendo e morrendo.
Não nos foi revelado quase nada a respeito da vida de Jesus em seus 30 anos, salvo seu nascimento, uma passagem da sua mocidade e seu batismo, porém, Marcos nos mostra que Jesus era carpinteiro.
Era comum o filho seguir a profissão do pai, pois o mundo naquela época não apresenta muitas opções profissionais.
Mateus nos mostra que Jesus era filho de carpinteiro, mas Marcos diz que Ele era carpinteiro.
Não existe nenhuma contradição nisto, conforme já mencionamos.
Por Leonardo Novais de Oliveira
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