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05/08/2020
Este post é assinado por Cláudio Roberto de Souza
Jonas 1:1-4,15,17
1 E veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai, dizendo:
2 Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim.
3 E Jonas se levantou para fugir de diante da face do SENHOR para Társis; e, descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis, de diante da face do SENHOR.
4 Mas o SENHOR mandou ao mar um grande vento, e fez-se no mar uma grande tempestade, e o navio estava para quebrar-se.
15 E levantaram Jonas e o lançaram ao mar; e cessou o mar da sua fúria.
16 Temeram, pois, estes homens ao SENHOR com grande temor; e ofereceram sacrifícios ao SENHOR e fizeram votos.
17 Deparou, pois, o SENHOR um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites nas entranhas do peixe. (ARC)
Jonas 3:10
10 E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez. (ARC)
Paz seja convosco nobres companheiros(as) do ministério do Ensino.
O quinto livro dos Profetas Menores é também o mais popular. Sua história é conhecidíssima por envolver uma trama nada comum, já que um profeta é miraculosamente engolido por um grande peixe por desobedecer a ordem divina de apregoar a um povo famoso por sua crueldade. Depois, o mesmo profeta, dentro do ventre do peixe, se arrepende e é vomitado ileso para ir e dar continuidade ao propósito inicial de anunciar a mensagem de Deus aos ninivitas!
Os estudiosos adeptos da teologia liberal, afirmam que a narrativa do livro de Jonas não é real, mas trata-se de uma obra fictícia cujo ensino é apresentar ao Senhor como sendo o soberano entre as nações, no entanto, Jesus não iria endossar um conto da carochinha. Leiamos:
Mateus 12:40
40 pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do Homem três dias e três noites no seio da terra. (ARC)
Hernandes Dias Lopes comenta que não podemos negar a historicidade de Jonas sem negar também a integridade e credibilidade dos outros registros bíblicos. E mais, não podemos negar a historicidade de Jonas sem atingir a credibilidade do Senhor Jesus.
Lembremos que as palavras de Cristo são fiéis e verdadeiras e este testificou a favor da mensagem do profeta Jonas!
Donald Stamps explica que Jonas, cujo nome significa “pombo”, é-nos apresentado como o filho de Amitai (Jn 1.1). É mencionado em 2 Rs 14.25 como: (1) um profeta de Israel, o Reino do Norte, durante o reinado de Jeroboão II (793—753 a. C.); e (2) como um cidadão de Gate-Efer, que distava uns 4 km ao norte de Nazaré, na Galileia. Os fariseus, pois, estavam enganados quando alegaram que nenhum profeta jamais surgira da Galileia (Jo 7.52). O ministério de Jonas teve lugar pouco depois do de Eliseu (2 Rs 13.14-19), coincidiu parcialmente com o de Amós (Am 1.1) e foi seguido pelo de Oséias (cf. Os 1.1). Embora o livro não declare o nome do autor, seguramente foi o próprio Jonas quem o escreveu.
O arrependimento de Nínive, diante da pregação de Jonas, ocorreu no reinado de um destes dois monarcas assírios: (1) Adade-Nirari III (810—783 a.C.), cujo governo foi marcado por uma tendência para o monoteísmo, ou (2) Assurda III (733—755 a.C.), em cuja administração houve duas grandes pragas (765 e 759 a.C.) e um eclipse do sol (763 a.C.). Estas ocorrências podem ter sido interpretadas como sinais do juízo divino, preparando a capital da Assíria à mensagem de Jonas. Nínive ficava cerca de 800 km a nordeste da Galileia.
Jonas tinha a difícil tarefa de apregoar o arrependimento aos habitantes de Nínive, capital da Assíria. Havia no profeta, um exagerado senso de patriotismo. Jonas fazia do seu zelo patriota, do seu nacionalismo extremado uma bandeira maior do que a obra de Deus para a salvação de Nínive.
Jonas cria num Deus tribal, num Deus exclusivamente de Israel; que suas misericórdias eram restritas a nação eleita. Jonas tipifica aqueles que limitam o amor de Deus, que acreditam que Senhor se compadece apenas por seu povo. Jonas coloca um cabresto nas misericórdias e amor divinos.
Jonas possuía um conceito acerca de Deus distorcido e não aceitava que o Senhor a quem ele servia era Deus soberano e misericordioso com quem Ele quer ser!
Isso ocorre ainda hoje, quando nos tornamos denominacionais, colocamos a nome da nossa igreja, nossa denominação acima dos interesses de salvação do próprio Deus.
A síndrome do “Jonanismo” infectou muitos na igreja. Aqueles a quem muitos, as vezes aborrece, Deus ama e tem misericórdia para ele; aquele a quem muitos, as vezes criticam, Deus ama e tem misericórdia para ele; aquele a quem muitos, as vezes não quer ver prosperar, Deus ama e tem misericórdia para ele.
Precisamos aprender a ver os outros com os olhos de Deus!
Norman Russell Champlin explica que o nome da capital da Assíria – Níníve é a transliteração hebraica do nome assírio “Ninus”, um dos nomes da deusa Istar. O sinal cuneiforme consistia em um peixe dentro de um cercado. O termo hebraico “nun” significa “peixe”, embora não haja conexão real entre esses dois vocábulos.
Outros estudiosos creem que o termo pode fazer referência ao Deus Dagom (famosa divindade dos filisteus), por este possuir o aspecto onde a metade era um homem e a outra, um peixe.
Champlin pontua que o termo grego “Ninos”, como designação dessa cidade, ocorreu por assimilação ao nome de um herói grego. Essa palavra era comum nos antigos registros em escrita cuneiforme, na época do reinado de Gudea (século XXI A.C.) e de Hamurabi (cerca de 1700 A.C.). Após o século XII A.C., Nínive tornou-se uma das residências reais da Assíria. O antigo título da cidade, conforme já afirmamos, era Ninus.
Os montes que assinalam o antigo local de Nínive ficam situados à margem oriental do rio Tigre, diante da moderna cidade de Mosul, no norte do Iraque (Mesopotâmia superior). A Bíblia informa-nos de que foi Ninrode quem fundou essa cidade, após ter fundado o mais antigo império babilônico sobre o qual se tem conhecimento (Gn 10.8-10).
Jonas ao receber a mensagem de Deus, em completa desobediência toma a direção contrária.
Nínive está na direção Leste, Jonas foi para o Oeste em direção a Társis. Társis ficava ao sudeste da atual Espanha, a uma distância de aproximadamente 4.000 km de Israel. Era, portanto, um dos lugares mais remotos em relação à terra santa. Jonas tomou a direção oposta a Nínive.
Normalmente ou na maioria das vezes (54% das vezes), o Sol nasce no Leste e se põe no Oeste. Deus estava mandando Jonas para o Leste, onde o Sol da justiça iria nascer para aquela nação, mas Jonas quis ocultar a luz radiante do sol para aquele povo e foi para a direção contrária, para o oeste, onde o sol desce, onde ele se põe, dando lugar a noite.
Como pode um profeta experiente como Jonas, tentar fugir da presença do Senhor?
Hernandes Dias Lopes afirma que Jonas foi o primeiro profeta a agir em desobediência a uma ordem de Deus. Jonas é o primeiro profeta que ao ouvir a voz de Deus se dispõe a fugir de Deus em vez de obedecê-Lo.
Charles Feinberg diz que este é o único caso de que se tem notícia de um profeta que se recusou a levar a cabo sua comissão.
Hernandes complemente dizendo que Jonas prefere mudar de localização geográfica a mudar de atitude. Ele tapa os ouvidos à voz de Deus, amordaça sua consciência, caminha na contramão da vontade de Deus e foge. Foge para longe, mas não tão longe a ponto de Deus não poder encontrá-lo. Na verdade, ninguém pode se esconder Daquele que é onipresente.
Para Deus, trevas e luz são a mesma coisa. Não há um centímetro sequer deste vasto universo onde o olhar perscrutador de Deus não esteja presente. E uma consumada loucura o homem tentar fugir da presença Daquele que criou os céus e a terra.
Salmos 139:7-12
7 Para onde me irei do teu Espírito ou para onde fugirei da tua face?
8 Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também;
9 se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar,
10 até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.
11 Se disser: decerto que as trevas me encobrirão; então, a noite será luz à roda de mim.
12 Nem ainda as trevas me escondem de ti; mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa. (ARC)
Hernandes afirma que Jonas pensou que podia fugir para Társis, o fim do mundo, o lugar mais distante conhecido da época. Depois pensou que podia esconder-se no porão do navio, fazendo a viagem como um passageiro incógnito. Depois pensou que podia acabar com a saga de sua fuga sendo lançado no mar revolto. Então, percebeu que as águas do mar não seriam sua sepultura, mas as testemunhas da sua fuga.
Deus trabalhou todas as circunstâncias para cercarem Jonas. Vejamos seu relato:
Jonas 2:5
5 As águas me cercaram até à alma, o abismo me rodeou, e as algas se enrolaram na minha cabeça. (ARC)
Dionísio Pape diz que as nossas circunstâncias são uma prisão para nós até que voltemos ao espírito de plena obediência. A estrada da fuga de Deus está repleta de sinais. Se não lermos essas placas, Deus nos cercará pelas águas, pelo fogo, pelo abismo, pelas algas que se enrolarão em nossa cabeça. Deus moverá o céu e a terra para nos encurralar. Não haverá porta de escape para nós. Deus nos ama tanto que nos tornará prisioneiros das circunstâncias que gritarão em nossos ouvidos acerca do Seu amor. Deus não abdica do direito que tem de nos ter para si. Podemos chegar a ponto de desistirmos de Deus, mas Ele jamais desistirá de nós.
Deus é soberano! Suas escolhas são indiscutíveis!
Soberano quer dizer: Supremo, excelso; que atinge o mais alto grau: o soberano bem acima de qualquer controle; absoluto; poder soberano.
Deus é soberano, isto é, Ele tem o direito absoluto de governar suas criaturas e delas dispor como lhe apraz.
A desobediência de Jonas fez Deus agir soberanamente para que o seu propósito fosse restabelecido.
Deus então envia uma tempestade incomum. Os marinheiros ajustaram o leme, a proa do barco para furar as ondas, tomaram os remos, ajustaram as velas na direção correta e nada permitia o barco velejar com controle.
Os marinheiros se reúnem e chegam ao consenso de que não se tratava de uma tempestade normal. Eles conheciam aquele mar. De que lado soprava o vento, o tamanho das ondas, a intensidade e o volume da tempestade eram incomuns.
O temor cai sobre cada um deles, menos de Jonas que dormia profundamente no porão do navio. O porão é lugar onde se guarda entulhos, objetos, coisas que não tem mais utilidade para o proprietário, mas Jonas ainda tinha utilidade para o seu Dono, Jonas ainda era útil ao seu Senhor.
Cada um invoca o seu deus na esperança de fazer com que aquela tempestade cessasse, porém tudo em vão.
O Deus a quem servimos tem autoridade sobre os fenômenos naturais, Ele manda, Ele dá ordens ao vento e o mar e tudo lhe obedece porque ele é Soberano (Mc 4.41)!
Stamps explica que é provável que os marinheiros tenham colocado pedrinhas, ou pequenos pedaços de madeira marcados, num vasilhame, para tirarem um deles. Deus controla a escolha, de modo que a sorte recaiu sobre Jonas, identificado como o culpado.
A disposição de Jonas em morrer para salvar os marinheiros indica quão culpado ele se sentia por ter desobedecido a Deus, e por colocar a vida da tripulação em perigo.
O profeta não pereceria sem antes cumprir o plano divino. Enquanto descia, engolido pelas águas, Deus providenciou um grande peixe para salvar a vida de Jonas; de modo milagroso, conservou-o vivo por três dias no ventre do peixe.
Ressaltamos novamente que os incrédulos e os falsos mestres rejeitam o milagre, colocando-o na categoria de obra de ficção. Stamps afirma que Jesus, no entanto, considerou-o um fato histórico, chegando a citar o incidente para ilustrar sua própria morte, sepultamento e ressurreição (Mt 12.39-41). Noutras palavras, Jesus pôs a experiência de Jonas na mesma categoria de sua morte e ressurreição. Ele aceitou-a como milagre de Deus, operado de conformidade com o seu propósito na história da redenção. Para todos os crentes genuínos, portanto, fica confirmada a autenticidade do milagre.
Acredite, Jonas está vivo dentro do peixe e se passam três dias!
Os biólogos que estudam a vida marinha, os céticos e seus admiradores tem levantando esta questão do grande peixe do livro de Jonas e afirmado que é impossível um homem passar pela garganta de um peixe por maior que o peixe seja, ou menor que o homem seja. Trata-se de uma impossibilidade científica, mas a história não muito recente já comprova que no ano de 1891, portanto no final do século dezoito, o baleeiro Star of the East (Estrela do Oriente) em uma expedição nas ilhas Falkland ou ilhas Malvinas, localizada no Atlântico Sul, portanto navegando por essas, o vigia da embarcação avistou uma grande baleia cachalote, quase 900 metros a bombordo da embarcação e uma corrida mortal se iniciou entre a baleia e a Estrela do Oriente.
A embarcação se aproximou do grande peixe e um jovem de nome James Barkley que estava posicionado no arpão principal lançou a flecha que atingiu profundamente uma das regiões vitais da baleia. Enquanto o peixe lutava para se libertar do arpão, Barkley e os outros marinheiros remavam para se livrarem da barbatana caudal. A história conta que a baleia soltou um enorme jato de água antes de desaparecer no fundo do mar atlântico e reaparecer novamente com grande fúria.
Os marinheiros se prepararam para saltar no mar a fim de salvar as suas vidas e sem aviso, Barkley foi lançado para cima. A baleia se debatia, mordia os marinheiros e quebrava a embarcação enquanto uma espuma sangrenta aflorava sobre o mar até que o animal morreu. Outros marinheiros iam socorrendo outros feridos e trazendo para dentro do que sobrou do Estrela do Oriente, mas faltava o jovem James Barkley.
Resumindo a história… Os marinheiros sem esperança de que voltaria a rever aquele jovem, começam a tratar o animal capturado e percebem que ao chegar no ventre, algo se mexe. Chamam o médico da embarcação que faz uma cisão cuidadosa no local e então o jovem James Barkley escorrega do estômago da baleia ainda vivo, porém inconsciente. Ele havia ficado lá por 15 horas!
Ele fica 30 dias na enfermaria para se recuperar até poder relatar a sua experiência… “Quando eu fui lançado para fora do barco, eu vi uma imensa boca aberta diante de mim. Eu gritei e me engasguei. Eu sentia fortes dores enquanto eu escorregava entre os dentes e para um tubo viscoso que me levou para dentro do estômago da baleia. Eu podia respirar, mas o odor quente e fétido me deixou inconsciente. E a última coisa que me lembro é que eu chutava o mais forte que podia nas paredes do estômago, até que fiquei inconsciente e só acordei agora, quase um mês depois.”
Após o incidente Barkley ficou cego e a sua pele perdeu a cor, porém saudável, vindo a viver mais 15 anos. Na lápide de sua sepultura está escrito: James Barkley – 1870 – 1909 – O Jonas Moderno!
Por que contei essa história? Primeiro porque é possível um homem ser engolido por um grande peixe e segundo porque Barkley ficou apenas 15 horas e foi suficiente para adquirir sequelas permanentes, mas Deus preservou Jonas intacto para cumprir a sua missão, apesar deste ter ficado 3 dias ou 72 horas no ventre do grande peixe!
A história narrada no livro não é para céticos, mas para os que creem. Deus é Deus das impossibilidades (Mt 19.26; Lc 1.37) e descrer do que lemos neste livro é colocar em xeque todas as outras passagens bíblicas que também descrevem outros maravilhosos milagres.
Deus também dá demonstração que até no reino animal, Ele é soberano, Ele rege, Ele governa, Ele administra, Ele comanda!
A demonstração de sua soberania vem acompanhada também com sua misericórdia. Além da soberania de Deus, vemos também neste episódio, Deus exercendo compaixão para com Jonas. Ao invés de deixar aquele profeta turrão e desobediente perecer pela sua desobediência, Deus lhe concede uma segunda chance, uma segunda oportunidade.
Jonas está dentro do ventre do grande peixe, vivo, consciente, com todas as suas faculdades físicas e mentais em perfeito estado. Pronto para uma reconciliação!
Evangelista Cláudio Roberto de Souza
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