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29/07/2020
Este post é assinado por Cláudio Roberto de Souza
Obadias 1:1,3,7,10,12-15
1 Visão de Obadias: Assim diz o Senhor JEOVÁ a respeito de Edom: Temos ouvido a pregação do SENHOR, e foi enviado às nações um embaixador, dizendo: Levantai-vos, e levantemo-nos contra ela para a guerra.
3 A soberba do teu coração te enganou, como o que habita nas fendas das rochas, na sua alta morada, que diz no seu coração: Quem me derribará em terra?
7 Todos os teus confederados te levaram para fora dos teus limites; os que gozam da tua paz te enganaram, prevaleceram contra ti; os que comem o teu pão puseram debaixo de ti uma armadilha; não há em Edom entendimento.
10 Por causa da violência feita a teu irmão Jacó, cobrir-te-á a confusão, e serás exterminado para sempre.
12 Mas tu não devias olhar para o dia de teu irmão, no dia do seu desterro; nem alegrar-te sobre os filhos de Judá, no dia da sua ruína; nem alargar a tua boca, no dia da angústia;
13 nem entrar pela porta do meu povo, no dia da sua calamidade; sim, tu não devias olhar, satisfeito, para o seu mal, no dia da sua calamidade; nem estender as tuas mãos contra o seu exército, no dia da sua calamidade;
14 nem parar nas encruzilhadas, para exterminares os que escapassem, nem entregar os que lhe restassem, no dia da angústia.
15 Porque o dia do SENHOR está perto, sobre todas as nações; como tu fizeste, assim se fará contigo; a tua maldade cairá sobre a tua cabeça. (ARC)
Obadias 1:21
21 E levantar-se-ão salvadores no monte Sião, para julgarem a montanha de Esaú; e o reino será do SENHOR. (ARC)
Paz seja convosco nobres companheiros(as) do ministério do Ensino.
O quarto livro da divisão dos Profetas Menores é o de Obadias. Trata-se de um escrito cujo destinatário é exclusivamente estrangeiro. O profeta dedicou a sua mensagem a um povo chamado edomitas, aparentados com Israel por intermédio de Esaú.
Norman Russell Champlin explica que Obadias é o mais curto livro do A. T., pois consiste em apenas vinte e um versículos. Nada se sabe sobre o profeta Obadias, e as poucas tradições que falam sobre ele não são dignas de confiança. Mas, embora o seu livro seja tão minúsculo, muitos eruditos creem que não foi um único autor que o produziu por inteiro, e que partes do livro vieram de diferentes épocas.
O nome Obadias era extremamente comum na sociedade hebreia. Ainda assim, não há razão para duvidarmos de que houve um profeta com esse nome, e de que a essência do livro foi escrita por ele, embora ele possa ter incorporado declarações que não fossem de sua composição original. A data do livro é um ponto disputado, e as sugestões variam muito umas das outras.
O nome Obadias significa “adorador de Yahweh”; as poucas indicações que temos acerca dele apontam para um homem piedoso, que seguia a ortodoxia judaica e era impelido por fervoroso nacionalismo.
O pano de fundo de sua profecia retrata a história de Jerusalém que foi conquistada pelos babilônios no ano 586 a.C. Os edomitas, povo que morava no país de Edom, ao sul de Judá, não somente se alegraram com a derrota dos israelitas, mas também ajudaram o inimigo e aproveitaram a oportunidade para roubar e levar consigo os bens dos moradores de Jerusalém.
O profeta Obadias denunciou o pecado dos edomitas e anunciou que seriam castigados e derrotados, junto com os outros povos que eram inimigos do povo de Deus. E Israel voltaria a ser próspero e poderoso novamente.
Os receptores da mensagem de Obadias era um povo conhecido de Israel – os edomitas.
Champlin esclarece que Jacó e Esaú seguiram seus respectivos caminhos, embora fossem irmãos gêmeos. O povo de Israel descende de Jacó, e os edomitas ou idumeus descendem de Esaú.
De acordo com as tradições judaicas posteriores, mencionadas então no N. T., como no nono capítulo da epístola aos Romanos, Esaú não era favorecido por Deus (Rm 9.13). Porém, isso não é indicado pelo próprio relato veterotestamentário. De fato, ali Esaú aparece como homem de caráter mais nobre que Jacó, haja vista que Jacó se destaca pela índole de enganador, enquanto Esaú, por uma disciplina mais séria, no entanto, Esaú pareceu displicente quanto as coisas espirituais, isto é, não dava o devido valor as realidades celestiais, pois vendeu o nobre direito da sua primogenitura ao seu irmão Jacó, por um simples prato de lentilhas (Gn 25.34).
Champlin explica que no hebraico, “edome”, é “vermelho”, uma alusão ao cozido vermelho (ou marrom amarelado de lentilhas, o adashim, cuja preparação culinária aparece em gravuras egípcias), em troca desse cozido Esaú vendeu o seu direito de primogenitura. Essa palavra veio a tornar-se um sobrenome de Esaú.
Essa alcunha foi dada a Esaú, filho de Isaque, exatamente depois do episódio em que ele se desfez do seu direito de primogenitura pelo prato desta iguaria (Gn 25.30). Passou a ser um nome alternativo para indicar a Iduméia, ou seja, o monte Seir. Também designa a terra de seus descendentes (Gn 32.3; 25.20,21,30), ou então, coletivamente, todos os idumeus (Nn 20.18,20,21; Am 1.6,11; Ml 1.4).
A atitude de Esaú demonstrou total desinteresse pelas coisas relacionadas a Deus; ele priorizou as coisas da terra em detrimento as coisas do céu; ele optou por saciar a sua fome momentânea e passageira ao invés de suportá-la por um instante e herdar as bênçãos espirituais e eternas. Esaú, nesta ocasião, simboliza os que tem seus pés plantados nesta terra (carnais e materiais).
Os edomitas habitavam em uma região fortificada naturalmente, pois as rochas formavam verdadeiros escudos de proteção contra os inimigos.
Champlin afirma que esse país se estendia desde o mar Morto, na direção sul, até o golfo de Acaba e desde o vale da Arabá, na direção leste, até o deserto da Arábia, isto é, tinha cerca de duzentos quilômetros de comprimento por quarenta e oito quilômetros de largura.
Era uma região montanhosa, composta de rochas avermelhadas como uma de suas características principais. Acima dessas rochas havia pedras calcárias que assumiam formas fantásticas, a ponto de ser elencada como uma das sete maravilhas do mundo moderno, ao mesmo tempo que de ambos os lados dessas formações havia colinas de pedra calcária. Para o lado oeste, ao longo do vale da Arabá, as colinas são mais baixas. Para o lado oriental, as montanhas atingem sua maior expressão.
Grande parte do terreno era inóspito, embora houvesse áreas que podiam ser cultivadas (Nm 20.17-19). O território compreende uma espécie de retângulo malformado. O ponto mais elevado tem cerca de 1740 metros de altura, acima do nível do mar.
Mesmo vivendo entre as rochas, os idumeus ainda fortificaram a região em vários lugares, especialmente na sua fronteira leste, mais exposta.
O Caminho do Rei passava ao longo do planalto leste dessa área, perto de Tofel, Bozra e Dana, mais ao sul, e então descendo ao vale de Hismé. A capital, Selá, estava situada a oeste desse caminho no maciço platô chamado Umm el-Biyara, que se eleva a 300 metros acima de Petra. Petra é o nome grego da mesma cidade de Selá.
O trecho de Deuteronômio 2.12 mostra-nos que os habitantes originais da região eram os horeus, os quais foram dali expulsos pelos descendentes de Esaú. A arqueologia tem demonstrado habitações pré-iduméias na terra. Os descendentes de Esaú migraram para esse território e tornaram-se o poder dominante na região, — embora não o único agrupamento humano (Gn 14.6).
Após o cativeiro de Judá em 586 a.C., Edom tomou o sul da terra dos judeus, fazendo de Hebrom a sua cidade principal.
O fato que veremos adiante, e pesa grandemente contra os edomitas, foi quando Israel em sua marcha rumo a terra prometida, foram impedidos de atravessar o território de seus “meio-irmãos”, ainda que Moisés tivesse anunciado que um anjo havia sido enviado pelo próprio Deus para tirá-los das mãos escravizadora dos Egípcios, mas isso não compungiu o coração de Edom. Moisés também ofereceu pagamento pela água que beberiam de suas fontes, mas também não foram convencidos a deixar passar. A recusa dos edomitas em permitir Israel passar pelos seus campos, os obrigou a retornar e tomar outro trajeto mais longo (Nm 20.14.22).
Tudo mostrava que os edomitas possuíam antipatia pelos israelitas, os viam como adversários e nutria ódio pelo povo escolhido de Deus. Aquele que conhece os corações levantou profetas para adverti-los e tal hostilidade perdurou até os dias de Malaquias.
Mesmo habitando em terras pouco férteis, devido à escassez das chuvas, ainda assim, os edomitas se empenharam no cultivo da terra em algumas partes do seu território. Estudiosos afirmam que plantavam e cultivavam o trigo, a uva (videira), o figo (figueira), a romã e a azeitona (oliveira).
Champlin afirma que os edomitas, em certas partes da Arabá, possuíam ricos depósitos de ferro e minas de cobre, o que era uma das principais fontes de riqueza dos idumeus.
No entanto, os descendentes de Esaú se destacavam pela vocação comercial. Eram até mesmo conhecidos entre os demais povos pela grande sabedoria com que comerciavam os produtos, no entanto, tal sabedoria seria removida do povo quando o Senhor viesse para executar o seu juízo (Ob 1.7-8).
Armor D. Peisker afirma que por ser um povo inteligente, os edomitas desenvolveram uma civilização muito superior às tribos que vagavam pelos desertos circunvizinhos. De suas casas no alto, controlavam as rotas comerciais de Aqaba e do Egito. Este comércio lhes dava acesso a mercadorias e riquezas desconhecidas por seus vizinhos. Em consequência disso, ficaram orgulhosos, arrogantes e hostis.
Petra tornou-se um centro das caravanas, desenvolvendo um comércio em quatro direções. As rotas comerciais que ligavam a região com a Mesopotâmia e com o Egito, passavam na extremidade sul de Arabá, e isso também contribuía positivamente para a economia dos idumeus.
O sucesso econômico dos edomitas, portanto, se garantia principalmente no seu comércio e na topografia rochosa de seu território, já que a entrada e a saída na cidade comercial se davam unicamente pela fenda que havia entre as rochas, favorecendo a administração de tudo o que era comercializado.
Os edomitas eram conhecidos por sua crueldade. Hernandes Dias Lopes afirma que os pecados de Edom foram o orgulho e a crueldade!
Tratava-se de um povo sempre pronto para guerra. Não eram em nada diplomáticos e nem faziam questão de ser.
Daniel Conegero relata importantes ocasiões em que os edomitas se mostraram belicosos contra Israel:
“Quando Josué fez a distribuição do território da Terra Prometida entre as tribos de Israel, a terra dos edomitas não foi invadida (Josué 15:1,21). Séculos mais tarde, durante suas campanhas militares Saul chegou a lutar contra os edomitas (1 Samuel 14:47). Mas também durante o próprio reino de Saul tinha um edomita entre seus servos (1 Samuel 21:7).
Durante o reinado do rei Davi, os edomitas foram subjugados por Israel (2 Samuel 8:13,14). Durante esse processo de conquista, muitos edomitas foram mortos. A Bíblia diz que Joabe, capitão de Davi, ficou em Edom durante seis meses até que destruiu a todo homem edomita. Mas alguns deles conseguiram escapar e encontraram refúgio no Egito. Depois, eles se tornaram um problema para o rei Salomão durante seu reinado (1 Reis 11:14-25).
Mas os edomitas conseguiram sua independência novamente apenas depois da divisão do reino de Israel após a morte de Salomão. No tempo do rei Josafá, eles até se reuniram com os amonitas e os moabitas numa ofensiva contra Judá, mas acabaram lutando uns contra os outros (2 Crônicas 20:1-23). Mas também nesse mesmo tempo os edomitas se unirão a uma coalizão formada por Israel e Judá para lutar contra os moabitas (2 Reis 3:4-27).
Tempos depois, o rei Amazias lutou, suprimiu uma revolta de Edom e matou milhares de edomitas (2 Reis 14:7; 2 Crônicas 25:11,12). Os edomitas então ficaram enfraquecidos durante muitos anos, até que no reinado de Acaz, eles se aproveitaram de uma situação militar delicada dos judeus e conseguiram invadir Judá e até levar alguns prisioneiros (2 Crônicas 28:17).”
Evangelista Cláudio Roberto de Souza
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