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Central Gospel – 2 Trimestre 2020 – 19-04-2020 – Lição 3 – Não se metam com os ídolos

16/04/2020

Este post é assinado por Cláudio Roberto de Souza

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Salmos 115:1-8

​1 Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua benignidade e da tua verdade.

2 Por que dirão as nações: Onde está o seu Deus?

3 Mas o nosso Deus está nos céus e faz tudo o que lhe apraz.

4 Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens.

5 Têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não veem;

6 têm ouvidos, mas não ouvem; nariz têm, mas não cheiram.

7 Têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta.

8 Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e todos os que neles confiam. (ARC)

 

1 Coríntios 10:18-21

18 Vede a Israel segundo a carne; os que comem os sacrifícios não são, porventura, participantes do altar?

19 Mas que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa?

20 Antes, digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios.

21 Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. (ARC)

TEXTO ÁUREO

1 Coríntios 10:14

14 Portanto, meus amados, fugi da idolatria. (ARC)

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Entender que Deus proíbe todo tipo de idolatria;
  • Compreender que a idolatria é uma disposição mental capaz de atribuir poderes divinos a objetos ou pessoas;
  • Perceber que a idolatria desvia a atenção do homem de Deus e é a própria contradição da fé;

PALAVRA INTRODUTÓRIA

Paz seja convosco nobres companheiros(as) do ministério do Ensino.

Êxodo 20:4-6
4 Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
5 Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem
6 e faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos. (ARC)

O segundo mandamento, atinge a alma humana com todas as suas faculdades (em resumo: emoção, razão e vontade), mas também o espírito, isto é, o nosso homem interior. Todas e quaisquer necessidades, ânsias e intensões são produzidas no coração (Pv 4.23). A idolatria busca corresponder e atender a todos esses interesses.

O espírito humano é a parte mais interiorizada do homem e através dele nos relacionamos e comungamos com o Espírito de Deus. O espírito humano tem sede por esta relação (Sl 42.1) e por vezes busca preenchê-la com outras relações não harmoniosas e desaprovadas pelo Senhor, conforme se vê nos dois primeiros mandamentos.

Ao exigir exclusividade, o Senhor está ensinando que depositar o coração e estabelecer outras relações de culto, serviço e dedicação a outros que não seja Ele, é não ser sábio, é não compreender a sua vontade, é afrontá-lo na sua essência (Deus é espírito – Jo 4.23).

Leo G. Cox explica como o primeiro mandamento afirma a unidade de Deus e é um protesto contra o politeísmo, assim, o segundo afirma sua espiritualidade e é um protesto contra a idolatria e o materialismo.

Embora certas formas de idolatria não sejam materiais — por exemplo, a avareza (Cl 3.5) ou a sensualidade (Fp 3.19), o segundo mandamento condena primariamente a fabricação de imagens (Êx 20.4) na função de objetos de adoração. Este tipo de idolatria sempre existiu entre os povos pagãos mais simplórios do mundo. A história de Israel comprova que esta tentação é traiçoeira.

Deus estabeleceu o segundo mandamento (proibitivo) para que Israel não somente fizesse o correto, mas que se distinguisse das demais nações cujos cultos estavam corrompidos pela diversidade de deuses e suas representações esculturais. Assim, eles quebravam simultaneamente o primeiro e segundo mandamentos, não atentando para o Único e Verdadeiro Deus.

1 – O QUE É IDOLATRIA

Norman Russell Champlin defini o termo “idolatria” como sendo uma palavra que vem do grego, “eidolon”, isto é, “ídolo”, e “latreuein”, que significa “adorar”. Esse termo refere-se à adoração ou veneração a ídolos ou imagens, quando usado em seu sentido primário. Porém, em um sentido mais amplo, pode indicar a veneração ou adoração a qualquer objeto, pessoa, instituição, ambição, etc., que tome o lugar de Deus, ou que lhe diminua a honra que lhe devemos.

A idolatria consiste na adoração a algum falso deus, ou a prestação de honras divinas ao mesmo. Esse deus falso pode ser representado por algum objeto ou imagem. Esse termo usualmente inclui a ideia da dendrolatria (culto a árvores), da litolatria (culto da pedra), da necrolatria (culto aos mortos), da pirolatria (adoração ao fogo), da zoolatria (adoração aos animais, bastante cultuado no Egito e atualmente na Índia), dentre outras “latrias”.

O estado mental dos idólatras é radicalmente incompatível com a fé monoteísta. A idolatria é má porque seus devotos, em vez de depositarem sua confiança em Deus, depositam-na em algum objeto, de onde não pode provir o bem desejado; e, em vez de se submeterem a Deus, em algum sentido submetem-se às perversões de valor representadas por uma imagem esculpida.

Na idolatria há certos elementos da criação que usurpam a posição que cabe somente a Deus. Podemos fazer da autoglorificação um ídolo, como também das honrarias, do dinheiro, das altas posições sociais. Praticamente, tudo quanto se torne excessivamente importante em nossa vida pode tornar-se um ídolo para nós.

Um formato mais conhecido de idolatria nos dias hodiernos é aquele praticado dentro da própria igreja cristã evangélica. Os famosos objetos ungidos que “recebem poder” para curar enfermos, trazer prosperidade, melhorar a vida sentimental, os negócios e tantas outras benesses. O indivíduo recebe tais objetos e passa a tratá-lo como algo realmente de grande valor e estima, a ponto de substituir a sua fé em Deus. Isso é idolatria.

Por outro lado, há formas em que a idolatria não requer existência de qualquer objeto físico. Se alguém adora um deus falso, sem transformá-lo em uma imagem, ainda assim é culpado de idolatria, porquanto fez de um conceito uma falsa divindade.

Naturalmente, essa condição surge em muitos graus; e um dos principais propósitos da fé religiosa e do desenvolvimento espiritual é livrar-nos totalmente de todas as formas de idolatria.

Paulo, em Colossenses 3:5, ensina-nos que a cobiça é uma forma de idolatria. Isso posto, qualquer desejo ardente, que faça sombra ao amor a Deus, envolve alguma idolatria.

1.1 – A fabricação de ídolos

O ponto crucial do segundo mandamento parte do princípio que o Senhor ordena para que Israel NÃO fizesse imagem de escultura. Leiamos o texto:

Êxodo 20:4
4 Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. (ARC – grifo meu)

O contexto das palavras contidas neste mandamento está relacionado ao fato de haver um único Deus (v. 3) e de que Israel deveria adorar somente este único Deus, isto é, reverenciá-lo, cultuá-lo, servi-lo, prostrar-se diante dEle em adoração (v. 5). Tudo que fugisse a esta ordenança estaria fadado a receber a alcunha de idolatria.

Deus apresentou os motivos para esta proibição. Ele é Deus zeloso (Êx 20.5), no sentido de que não permite que o respeito e a reverência devidos a Ele sejam dados a outrem.

A partir do momento que uma representação do que há no céu, na terra ou água é modelado pelas mãos humanas, tendo o coração aplicado àquela imagem como sendo algo a ser reverenciado, a idolatria está instalada.

Champlin explica o significado da expressão: “Imagem de escultura.” No hebraico temos uma só palavra, “pesei”, palavra que significa “esculpir”. Originalmente, o termo significava um objeto esculpido, mas acabou significando qualquer tipo de imagem, representação de qualquer objeto, no céu ou na terra (Is 30.22; 40.19; 44.10; Jr 10.4). Havia as imagens fundidas, feitas em moldes, feitas à mão, em lugar de serem esculpidas. O primeiro e o segundo mandamentos proibiam qualquer forma de representação idólatra, e a adoração a essas formas.

No tabernáculo havia a representação de querubins. Mas a figura jamais foi adorada ou venerada pelos filhos de Israel. Se o tivesse sido, sem dúvida teria sido destruída (Êx 25.18,19). Yahweh, por sua vez, jamais foi representado entre os israelitas por meio de qualquer imagem de escultura. Tal representação teria sido um sacrilégio de primeira grandeza. E nem outros deuses foram jamais representados por meio de imagens pelos israelitas, a não ser pelos idólatras entre eles. Mas tais imagens detratavam do caráter único de Yahweh.

Os egípcios adoravam toda espécie de objetos, como aves, repteis e figuras celestes imaginárias. E não hesitavam em representar tais supostas divindades por meio de imagens. Esse tipo de atividade foi proibido aos filhos de Israel.

A tripla designação, “em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra”, para os antigos, apontavam para a criação inteira.

Não estamos afirmando que a habilidade de produzir esculturas seja pecado em si, pois desta forma estaríamos negando a própria arte em seus variados formatos, pois este é um dom concebido por Deus ao homem.

A história está recheada de grandes escultores, cujas obras são admiradas por todos como sendo verdadeira obras primas da escultura. Destacamos: Auguste Rodin (famoso pela escultura de “O Pensador” – veja a reprodução da escultura abaixo), Donatello, Aleijadinho, Leonardo Da Vinci, Salvador Dali, Michelangelo, dentre outros.

“O Pensador” – Auguste Rodin

Há pessoas que foram honradas por sua vida e obra e tiveram seus bustos ou mesmo estátuas erigidas em lugares públicos, não para serem veneradas, como sendo deuses ou possuírem algum poder divino. Eles são lembrados como grandes mestres, ou pelas grandes realizações que executaram durante a vida e suas imagens são apenas memoriais de tais fatos.

A própria Bíblia destaca os nomes de Bezalel e Aoliabe, dotados de sabedoria e habilidade refinada para trabalharem na construção do Tabernáculo (Êx 36.1-2), cuja obra, foi de grande esplendor, e como dito pelo pastor Walter Brunelli, repleta de significados espirituais.

A instrução é que nenhuma imagem (escultura) deva ser “convertida” em uma divindade a ser adorada. E infelizmente foi exatamente o que Israel fez logo após a promessa de que iriam cumprir a Lei que a eles fora entregue no Sinai – fabricaram o bezerro de ouro e o adoraram como sendo não somente um deus, mas o deus que os tirara do Egito (Êx 32.8).

Eles cometeram um alto sacrilégio, contrariando por completo o mandamento – fabricaram a imagem e fizeram dela, um ídolo!

Quando o homem fabrica uma imagem de escultura com intensões de reproduzir algo que represente a sua fé, ele automaticamente contraria a natureza espiritual, portanto invisível de Deus. A necessidade de ver para crer anula a fé, aborrece a Deus e constitui-se pecado.

Que possamos assimilar o que disse o apóstolo Pedro:

1 Pedro 1:8-9
8 ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso,
9 alcançando o fim da vossa fé, a salvação da alma. (ARC)

1.2 – Características dos ídolos

Vamos focar neste tópico aos ídolos fabricados, esculpidos com o propósito da adoração.

Um ídolo representa alguma divindade, ou então é aceito como se tivesse qualidades divinas por si mesmo. Em qualquer desses casos aquele objeto recebe adoração, portanto, um ídolo é.

Deus conhece o coração humano, e sabe que sua inclinação é continuamente má (Gn 6.5). Mesmo que a idolatria estivesse impregnada na vida e na cultura de Israel por sua convivência no Egito, o Senhor apresentou o melhor caminho, denunciou a idolatria que representa uma espiritualidade adulterada e ilegítima. Apresentou como deveria ser a verdadeira espiritualidade daquele que cultua livre de toda a idolatria e tem o Senhor como o centro da sua adoração e louvor.

O pastor Walter Brunelli destaca duas características peculiares aos ídolos.

1 – Salmos 115:8 – “Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e todos os que neles confiam.” (ARC)

Champlin explica que os fabricantes de ídolos são como os seus próprios ídolos, ou seja, insensíveis, tolos, ridículos, ignorantes e em bancarrota espiritual, e outro tanto acontece aos que fazem das imagens objetos de adoração.

Aquele que molda em ouro ou pedra alguma face sagrada, Na realidade não está fazendo um deus, e não resta ninguém de quem possa pedir alguma bênção graciosa.

Um fabricante de ídolos degrada sua inteligência e torna-se aviltado como o ídolo que ele molda.

Allen P. Ross afirma que as pessoas que fabricam ídolos e neles confiam tornam-se como eles, sem poder na presença do Senhor Deus.

2 – Isaías 44.9-11 – “Todos os artífices de imagens de escultura são vaidade, e as suas coisas mais desejáveis são de nenhum préstimo; e suas mesmas testemunhas nada veem, nem entendem, para que eles sejam confundidos. Quem forma um deus e funde uma imagem de escultura, que é de nenhum préstimo? Eis que todos os seus seguidores ficarão confundidos, pois os mesmos artífices são dentre os homens; ajuntem-se todos e levantem-se; assombrar-se-ão e serão juntamente confundidos.” (ARC)

Ross E. Price afirma que o profeta Isaías expõe a idolatria como uma insensatez do coração do homem. Ele faz uma análise franca de todo o processo de produção de deuses feitos por mãos humanas. A sátira de Isaías chega ao seu auge à medida que denuncia as tentativas humanas em retratar Deus.

É fato que as obras dos homens só podem ser inferiores aos próprios homens — nunca superiores.

Assim, a desprezível loucura da idolatria é claramente vista ao se expor a fonte ou causa básica dos seus objetos de adoração.

“Os artífices de imagens de escultura são vaidade” (v. 9). Aqui Isaías usa o termo hebraico “tohu”, que descreve o caos primitivo. O fabricante é mais vaidoso do que a imagem que ele esculpiu. Moldar imagens é um empreendimento inútil.

“As suas coisas mais desejáveis […] nada vêem, nem entendem” (v. 9) e seus artífices e adoradores são testemunhas disso. Quem é mais fútil? O ídolo sem vida que não pode ver nem entender ou o estúpido que o admira?

“Quem fabrica um deus, ou funde uma imagem, está fazendo uma coisa desprezível — de nenhum préstimo” (v. 10). “Todos os seus seguidores serão envergonhados” (v. 11). Eles são somente homens, e um homem não pode fazer um Deus. Mesmo que todos se ajuntem com toda a ciência conhecida, não poderão jamais se aproximar dos atributos pessoais de Deus. Como já dissemos no capítulo anterior: “Deus fez o homem a sua imagem e semelhança e os homens fizeram deuses, a sua imagem e semelhança.”

No entanto, a pior característica dos ídolos encontrada no texto se encontra no fato de que o homem ignorantemente rebaixa o ídolo que confeccionou a um ser manipulado pela criatura.

Lamentável e igualmente triste é saber que aqueles que permanecem na mentira do culto idólatra se tornaram como os objetos que idolatram: isto é, mortos!

2 – A IDOLATRIA NO ANTIGO TESTAMENTO

Evangelista Cláudio Roberto de Souza

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Postado por ebd-comentada


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