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Central Gospel – 1º Trimestre 2020 – 08-03-2020 – Lição 10 – O Espírito Santo e a edificação da Igreja

05/03/2020

Este post é assinado por Cláudio Roberto de Souza

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Efésios 4:1-13

1 Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados,

2 com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,

3 procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz:

4 há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação;

5 um só Senhor, uma só fé, um só batismo;

6 um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos.

7 Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo.

8 Pelo que diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens.

9 Ora, isto — ele subiu — que é, senão que também, antes, tinha descido às partes mais baixas da terra?

10 Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas.

11 E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,

12 querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo,

13 até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, (ARC)

TEXTO ÁUREO

Atos 13:52

52 E os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo. (ARC)

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Reconhecer a ação do Espírito Santo no início da Igreja;
  • Entender que o Espírito Santo promove a unidade da Igreja;
  • Perceber que o Espírito Santo é quem mantém a Igreja;

PALAVRA INTRODUTÓRIA

Paz seja convosco nobres companheiros(as) do ministério do Ensino.

Já vimos em lições anteriores que Jesus Cristo fez menção da Igreja em Mateus 16.18, aliás, esta é a primeira vez que o termo “igreja” aparece explicitamente nas Escrituras (veremos mais detalhes do termo adiante). Mas é no livro de Atos dos apóstolos que ela é inaugurada (At 2.1-4).

Interessante observar que a sua inauguração se dá na mesma ocasião em que o Espírito Santo desce para revestir os discípulos do poder de Deus.

Atos 2:4

4 E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. (ARC – grifo meu)

A igreja está intimamente ligada ao Espírito Santo e sem este, ela não tem vida e nem o poder necessário para o cumprimento de suas obrigações nesta terra (At 1.8). A igreja é dependente do Espírito Santo!

João Calvino salientou o humilde início da igreja: “E isso foi providencialmente apropriado para estimular seus discípulos a perseverar, no sentido de que, embora a fé deles fosse pouco conhecida e pouco estimada, ainda assim eles haviam sido escolhidos pelo Senhor como Suas primícias, para que desse começo pudesse surgir um novo povo, a Igreja, que provaria a vitória sobre todas as maquinações do inferno.”

F.F. Bruce, escrevendo sobre a ascensão e o progresso do cristianismo desde seus primórdios até a conversão dos ingleses, escolheu a analogia de uma chama propagadora. A igreja saiu de Jerusalém e em um período relativamente curto encampou o mundo conhecido como um “fogo grego” global.”

Esta igreja, como Calvino e outros a descreveram, avançou pelo mundo. Sua trajetória eventualmente explodiu em Roma e dali, tal como fogo sobre uma planície, espalhou-se por todo o mundo romano então conhecido.

As igrejas dos tempos apostólicos eram bastante diferentes dos modelos atuais, pois mesmo que os apóstolos pregassem nos templos e sinagogas (At 5.42, 13.14-15), as reuniões se davam em casas simples de irmãos que abraçaram a fé da mensagem cristológica (At 20.20). Não havia templos suntuosos como hoje, mas havia plenitude do poder de Deus, singeleza de coração e amor fraternal entre os irmãos.

O Espírito Santo atuava livre e poderosamente na vida da igreja primitiva, formando-a, estabelecendo-a e orientando-a segundo a vontade de Deus.

Que possamos atentar para este modelo primitivo e permitir que tal qual como antes, o Espírito encontre a liberdade necessária para conduzir a igreja sempre triunfantemente.

1 – O ESPÍRITO SANTO E A IGREJA

A palavra “kryiakos” aparece apenas duas vezes no Novo Testamento (1Co 11.20; Ap 1.10).

Ed Hayes afirma que na primeira ocorrência, a palavra é usada com referência à reunião dos crentes para a Ceia do Senhor. Na segunda, é um sinônimo para o Dia do Senhor.

Uma doutrina bíblica da igreja, entretanto, não pode ser edificada sobre uma única palavra que aparece apenas duas vezes no Novo Testamento. O termo grego mais abrangente e ativo é “ekklesia”, que significa “assembleia” precisa ser compreendido então.

“Ekklesia” vem de duas palavras que juntas significam “chamar para fora”. Primeiramente usada na antiguidade para referir-se a uma assembleia de cidadãos de uma cidade. A palavra é usada no Novo Testamento em alusão à igreja.

Na Septuaginta, a tradução grega do Antigo Testamento, a palavra “ekklesia” aparece cerca de 100 vezes. Foi utilizada para traduzir o termo hebraico “qábal”. O termo “sinagóg”, entretanto, foi usado com maior frequência para traduzir “gábal”.

No Antigo Testamento “ekklesia” indica uma assembleia (Dt 9.10; 23.33; Mq 2.5) ou um agrupamento político (Ed 10.8, 12; Ne 8.2, 17) Em 2 Crônicas 6.3 refere-se à reunião dos israelitas para a consagração do templo.

A partir do termo propriamente dito, nenhuma afirmação pode ser feita quanto à existência da igreja no Antigo Testamento.

O teólogo L. Coenen afirma que “ekklesia” descreveu quase exclusivamente a igreja após a época dos relatos que os evangelhos fazem sobre a vida de Jesus. Ele afirma que uma pessoa pode dizer com certeza, que todos os escritores dos primórdios do cristianismo usaram “ekklesia” somente para aquelas congregações que vieram a existir após a crucificação e ressurreição de Jesus.

Enquanto em Atos 7.38 se refere à assembleia ou congregação (ekklesia) dos israelitas no deserto, o uso que Mateus (Mt 16.18) faz do termo, designa uma nova sociedade, independente das raízes do Antigo Testamento.

Outro teólogo, Ryrie afirma que este novo ajuntamento pode representar a continuidade no sentido de uma reunião da mesma forma que Israel era uma assembleia, mas a similaridade termina aí. Jesus pretendia engajar-se num novo empreendimento, em que os crentes unidos creriam em obediência aos ensinos dos apóstolos com relação ao evangelho da salvação exclusivamente em Cristo. A igreja deveria tornar-se a verdadeira congregação ou comunidade dos redimidos.

Foi no dia de Pentecostes em que houve o derramamento do Espírito Santo predito pelo próprio Senhor Jesus (At 1.5), estabelecendo a igreja, isto é, os chamados para fora deste mundo para viverem uma vida para Deus.

1.1 – O Espírito Santo ampliava o alcance da Igreja

A descida do Espírito Santo se deu em Jerusalém no dia de Pentecostes. Nesta ocasião, cada cristão reunido no cenáculo foi cheio do Espírito Santo e a partir de então iniciaram uma obra ímpar na história.

Deus usa os homens no exercício de sua obra, mas não são os homens, os protagonistas dos acontecimentos. Até podemos nos lembrar de cada um deles, citar os seus nomes e discorrer sobre as suas virtudes, mas em se tratando da igreja, é o Espírito Santo o personagem principal da história, tanto que o livro de Atos, que descreve o princípio da igreja, a expansão do reino de Deus nesta terra em seus primeiros anos, é também chamado de Atos do Espírito Santo, pois nada do que os apóstolos realizaram poderia ser feito sem a ação do Espírito Santo. Retire o Espírito de Deus do contexto de qualquer narrativa do livro de Atos, e tudo desaparece, pois Ele é a pessoa mais importante de tudo que participa; é nEle que se cumpre as palavras de Cristo “sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15.5) e Ele é quem glorifica a Cristo (Jo 16.14).

A obra de salvação registrada no livro de Atos é de autoria do Espírito Santo.

Atos 2:41
41 De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas. (ARC)

Atos 2:44
44 Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. (ARC)

Atos 2:47
47 louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar. (ARC)

Cada alma acrescida ao rebanho e posta no aprisco do Senhor, era na verdade, o Espírito Santo atuando poderosamente no convencimento do homem acerca dos seus pecados, da justiça efetuada por Cristo no Calvário e do juízo que virá para todos os pecadores (Jo 16.8).

A igreja primitiva foi unificada (At 2.44), exaltada (At 2.47a), vislumbrava sinais e maravilhas (At 2.43) e foi multiplicada (At 2.47b) pela presença e poder do Espírito Santo.

O Espírito Santo ainda, segundo o pastor Geziel Nunes Gomes, é o responsável direto pelo avanço da igreja para fora dos limites de Jerusalém.

A perseguição imposta sobre os judeus convertidos ao cristianismo em Jerusalém, os fizeram sair para outros lugares, conforme se lê:

Atos 8:1,4

1 E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judeia e da Samaria, exceto os apóstolos.

4 Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra. (ARC)

O movimento de dispersão fez que eles levassem a palavra para outros cantos e a mensagem que ardia no coração de cada um deles era pregada com o fervor do Espírito Santo.

O fogo que se iniciou em Pentecostes continuava a queimar dentro de cada crente e a mensagem era confirmada pelo poder de Deus mediante a ação do Espírito Santo.

Ed Haynes afirma que a história do avanço do evangelho é uma história de fogo – o fogo de Deus sobre a terra. Na realidade, a fundação da igreja é uma história do poder do Espírito Santo em plena ação – o poder do Espírito Santo para trazer convicção, transformar, batizar e encher os crentes. Nossas tentativas de compreender essa chama que se espalha e de formar uma doutrina da igreja precisam levar em conta as questões de poder que destacam a igreja de qualquer outra instituição humana. O que distingue a igreja de uma mera organização é a vida e o testemunho do Espírito Santo ao mundo.

Jesus primeiramente instruiu os seus discípulos “não saiam de Jerusalém, até que o Espírito Santo venha” (Lc 24.49), mas após a descida do Espírito Santo, o mesmo Jesus, muda a instrução “Saiam de Jerusalém e testemunhem até os confins da terra” (At 1.8).

As palavras de Jesus só terão sentido quando compreendemos que o Espírito Santo é quem patrocina o avanço da igreja. Ele é quem amplia o alcance da igreja, fazendo-a seguir adiante!

1.2 – O Espírito Santo animava os santos

A igreja primitiva experimentou muitos sinais e maravilhas. Mesmo possuindo a constante presença do Espírito Santo e gozando da mais íntima comunhão com Deus, ela também sofria devido as intensas e violentas perseguições.

Os algozes da igreja do primeiro século pretendiam aniquilar os primeiros irmãos e o mínimo que requeriam era que os discípulos negassem a Cristo e os seus ensinamentos. Somente um sólido fundamento permitiria que eles permanecessem firmes e inabaláveis na fé inicial.

Ao contrário do que pensavam, as tribulações impostas, ao invés de esmorecerem a fé dos servos de Deus, produziram neles contentamento e maior esperança em Deus. Paulo falou sobre isso:

Romanos 5:3-4

3 E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência;

4 e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança. (ARC)

Sobre o texto acima, Warren W. Wiersbe afirma que para o cristão, as tribulações trabalham em seu favor, não contra ele. Não há sofrimento que nos separe de Deus (Rm 8:35-39); antes, as provações nos aproximam do Senhor e nos tornam mais semelhantes a ele. O sofrimento constrói o caráter cristão.

O termo “experiência”, em Romanos 5.4, significa “o caráter que foi provado”. A sequência é: tribulação – paciência – caráter provado – esperança.

Nosso termo “tribulação” vem do latim “tríbulum”. No tempo de Paulo, o “tribulum” era um pedaço pesado de madeira com cravos de metal usado para debulhar cereais. Ao ser arrastado sobre os cereais, o “tribulum” separava o grão da palha. Ao passarmos por tribulações e dependermos da graça de Deus, as dificuldades nos purificam e nos ajudam a eliminar a palha.

Essa graça é proveniente do Espírito Santo. A medida com que as tribulações se intensificam, mais a presença do Espírito Santo opera no cristão, a fim de torná-lo cada vez mais parecido com Cristo e fazê-lo avançar no trabalho missionário, não com lamentos, mas com grande alegria, conforme se lê:

Atos 13:52

52 E os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo. (ARC)

O versículo 50 do capítulo 13 de Atos menciona que os judeus habitantes de Antioquia incitaram que mulheres piedosas e honradas, bem como os mais importantes daquela cidade, perseguissem a Paulo e a Barnabé e assim foram lançados para fora da cidade.

Após um episódio como este, muitos de nós ficaríamos extremamente aborrecidos, mas o versículo transcrito (At 13.52), demonstra exatamente o contrário. Mesmo diante de uma situação de desprezo, repulsa, hostilidade e desinteresse pela palavra da salvação, aqueles servos de Deus, estavam profundamente felizes.

Os missionários não desanimaram, pois, a presença do Espírito Santo não permitiu. Para que permaneçamos firmes, constantes e perseverantes na obra do Senhor, é imprescindível que estejamos cheios do Espírito de Deus!

2 – O ESPÍRITO SANTO PROPORCIONA UNIÃO

Evangelista Cláudio Roberto de Souza

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Postado por ebd-comentada


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