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07/11/2019
Este post é ensinado por Mirtes Ester
“Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.” (Hb 4.12)
Lc 24.44-47
E disse-lhes: Sãoestas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nosProfetas, e nos Salmos.
Então, abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras.
E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos mortos;
e, em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém.
Queridos irmãos (ãs), Graça e Paz!
Na lição anterior, abordamos sobre as “Evidências externas da veracidade da Bíblia”, utilizando da ciência, especificamente da arqueologia, para tais comprovações.
Nesta lição, estudaremos sobre as “Evidências internas da veracidade da Bíblia”, apresentando algumas questões que comprovam a inspiração e a infalibilidade das Sagradas Escrituras.
O escritor Douglas (2006, p. 674) alude que Jesus foi diferente de qualquer mestre religioso. Ele não “ensinou primariamente verdades a respeito de Deus e da religião”. “Seu ensinamento é essencialmente a proclamação de si mesmo como o Filho de Deus e Salvador do mundo”.
“É verdade que ele não se proclamava abertamente e em todas as ocasiões como Mestre e Filho de Deus. Por causa dos preconceitos e concepções errôneas abundantes entre os judeus, a respeito do caráter e da obra do Messias, ele usava de grande cautela para não dizer demais para as multidões as quais se dirigia. Porém, um estudo cuidadoso de todos os quatro evangelhos revela que desde o próprio começo Jesus ensinava que era o Filho de Deus”. (DOUGLAS, 2006, p. 674)
E como Filho de Deus, suas obras eram autoritárias (Mt 7.29). Ele tinha autoridade sobre a natureza, sobre as enfermidades, para perdoar pecados (Lc 5.24), para expelir demônios (Mc 6.7). “A origem dessa autoridade é Deus, que enviou o Filho (João 3:17; 4:34; 5:23;’6:29)”.
“Para os primitivos discípulos, a ressurreição de Jesus foi a mais potente autenticação daquilo que Jesus dissera e fizera, e por conseguinte, do que estava escrito acerca dEle, quanto à Sua pessoa e autoridade sobre os homens”. (CHAMPLIN, 2001, p. 401)
E como autoridade, Jesus “não somente confirmou que o Antigo Testamento é a Palavra de Deus, como também prometeu o mesmo para o Novo Testamento”, ao afirmar que o Espírito Santo ensinaria e guiaria os discípulos em “todas as coisas”:
“Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito”. (João 14.26)
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O comentarista Champlin (2001, p. 478), menciona que “tanto para os escritores do Novo Testamento quanto para Jesus, o Antigo Testamento tem uma autoridade presente”.
Segundo o autor, “eles, igualmente, usaram a fórmula “está escrito” constantemente, usando verbos no tempo presente (ação contínua, no grego)”, para confirmar essa autoridade.
Jesus, em Mateus, capítulo 4, versículos 4, 7 e 10, cita:
“Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”. (v. 4)
“Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus”. (v.7)
“Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás”. (v.10)
Nestes versículos, percebe-se que Jesus, na disputa que travou com Satanás, apela para “para as Sagradas Escrituras como a fonte maior de autoridade”. (GEISLER, 2010, p. 247)
“O ponto mais fortemente frisado, nas narrativas da tentação (Mat. 4:1-11); Luc. 4:1-13) é justamente que era dever do Senhor Jesus, na qualidade de verdadeiro Homem, dar ouvidos à voz de Deus, através do Antigo Testamento e não dar ouvidos à voz de Satanás. (CHAMPLIN, 2001, p. 478)
Conforme Champlin (2001, p. 478) “Jesus nunca citou algum rabino como autoritário, mas constantemente citava as Escrituras como tais”.
“Sua fórmula constantemente reiterada, gégraptai, “está escrito”, […] poderia ser traduzido como “está permanentemente escrito”, porquanto dá a entender sua presente relevância, e não apenas que isto ou aquilo encontra-se registrado nas Escrituras do Antigo Testamento”. (CHAMPLIN, 2001, p. 478)
O comentarista também menciona que “deveríamos observar o uso do tempo presente (ação contínua), usado por Jesus, no original grego”. Conforme versículos abaixo:
“E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis e, vendo, vereis, mas não percebereis”. (Mateus 13.14)
“Visto como o mesmo Davi diz no livro dos Salmos: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita”. (Lucas 20.42)
“Não cuideis que eu vos hei de acusar para com o Pai. Há um que vos acusa, Moisés, em quem vós esperais”. (João 5.45)
Assim, “para Jesus, o Antigo Testamento era um livro que falava e continua falando com uma voz viva, dotado de autoridade permanente”. (CHAMPLIN, 2001, p. 478)
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Em Mateus, no capítulo 5, versículo 17 lemos:
“Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir”.
O comentarista Ralph (2006, p. 57) menciona que após a citação do versículo acima, “alguns dos ouvintes de Jesus sentiram que Ele era revolucionário em seu ensino”.
“Eles podem ter pensado que Ele pretendia destruir a lei ou os profetas. Isto Ele negou enfaticamente – não vim ab-rogar, mas cumprir. Nesta declaração muito significativa Ele indicou o seu relacionamento com o Antigo Testamento. Ele iria cumprir seus mandamentos e promessas, seus preceitos e profecias, seus símbolos e tipos. Isto Ele fez em sua vida e ministério, em sua morte e ressurreição. Jesus cumpriu totalmente os aspectos do Antigo Testamento”. (RALPH, 2006, p. 57-58)
De acordo com o escritor Fillion (2008, p. 226), “Jesus realizou, ponto por ponto, o ideal profético”. Ele “leu”, “ensinou” e “cumpriu” as Escrituras, como lemos no Evangelho de Lucas.
No capítulo 4, versículos 16 ao 20, Jesus “leu” as Escrituras:
“E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga e levantou-se para ler. E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor. E, cerrando o livro e tornando a dá-lo ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele”. (Lucas 4.16-20)
No capítulo 24, versículo 27, Jesus “ensinou” as Escrituras:
“E, começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras”. (Lucas 24.27)
E no capítulo 24, versículo 44, Jesus “cumpriu” as Escrituras:
“E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos”. (Lucas 24.44)
De acordo com o escritor Pfeiffer (2007, p. 974), “Jesus considerava as Escrituras, em toda a sua extensão e em todas as suas partes, como dadas por Deus e de autoridade plena”.
Mirtes Ester
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