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18/12/2018
Este post é assinado por Cláudio Roberto de Souza
Neemias 12:27
27 E, na dedicação dos muros de Jerusalém, buscaram os levitas de todos os seus lugares, para os trazerem, a fim de fazerem a dedicação com alegria, louvores, canto, saltérios, alaúdes e harpas. (ARC)
Neemias 12:27-30
27 E, na dedicação dos muros de Jerusalém, buscaram os levitas de todos os seus lugares, para os trazerem, a fim de fazerem a dedicação com alegria, louvores, canto, saltérios, alaúdes e harpas.
28 E se ajuntaram os filhos dos cantores, tanto da campina dos arredores de Jerusalém como das aldeias de Netofa,
29 como também da casa de Gilgal e dos campos de Gibeá e Azmavete; porque os cantores tinham edificado para si aldeias nos arredores de Jerusalém.
30 E purificaram-se os sacerdotes e os levitas; e logo purificaram o povo, e as portas, e o muro. (ARC)
Paz seja convosco!
Os triunfos que obtemos diante das diversas dificuldades que enfrentamos devem ser celebrados com o máximo entusiasmo; sempre enfocando Aquele que nos propiciou tal conquista – Deus.
No capítulo 12 do livro de Neemias, encontramos o povo eufórico, porque olhar ao redor e ver tudo aquilo que outrora era tragédia e destruição, mas agora reconstruído e belo, era orgulho e satisfação que resultou em adoração profunda e verdadeira!
Neste ponto do estudo sobre o livro de Neemias, nos deteremos a analisar com mais detalhes as lições que podem ser extraídas principalmente das portas, das três torres e do muro largo dentro de num contexto espiritual.
“Só faz festa e canta quem está alegre”. Esta verdade se aplica a qualquer indivíduo, povo ou sociedade (Sl 137.1-4).
Uma das formas de manifestarmos a nossa alegria por algo conquistado é através da comemoração, da celebração de festa que nos permite extravasar a alegria e comunicar a outros o nosso contentamento.
Na festa há três principais considerações a ser observadas:
1 – A conquista;
2 – Quem se beneficiou da conquista;
3 – Quem propiciou ou foi o agente da conquista.
Israel, celebrava a reconstrução dos muros (a conquista); e cada um deles sentiam-se abençoados (beneficiados pela conquista) e desta forma, exaltavam ao Senhor em adoração (o agente propiciador da conquista).
A apresentação da adoração de Israel a Deus naquela ocasião era autêntica, honesta e feita com um coração plenamente voltado para o Senhor. Ele era de fato, o motivo da alegria e do bem-estar que cada um deles experimentava.
Uma festa genuinamente espiritual é realizada por pessoas espirituais que evocam o verdadeiro Deus, atribuindo a Ele o seu louvor. Este povo acabara de reafirmarem o pacto com Deus, de se fazerem novamente a sua propriedade peculiar e deste modo, celebravam ao Senhor, o anfitrião e protagonista do recomeço bem sucedido de Israel.
Miseravelmente, a crise espiritual da igreja em muitos arraiais cristãos atinge a sua adoração. Por não conseguirem “tocar” o íntimo do Criador porque lhes falta um coração quebrantado e contrito, utilizam-se de expedientes terrenos, carnais e extra bíblicos. Criam uma fachada de espiritualidade, mas o que acontece nessas reuniões de “adoração” é estranho para aqueles que são de fato espirituais.
A finalidade destes encontros que pelo nome sugerem que algo do céu irá acontecer ali, são espúrios e uma fraude a verdadeira adoração. O púlpito é substituído pelo palco, o servo é substituído pela celebridade, o adorador é substituído pelo cantor, a adoração é substituída pela habilidade musical e a espontaneidade do louvor pela mecânica dos instrumentos e das vozes.
Tudo que rouba a glória e a centralidade de Deus em nossa adoração deve ser rejeitado sem consternação.
A Bíblia Sagrada contém mais música do que se imagina, mas o que seria música? Qual seria a sua essência e origem?
Jefferson Magno Costa afirma que a essência da música reside na feliz harmonia dos sons consonantes e dissonantes, e na intensidade da penetração da emoção transmitida. São considerados sons consonantes aqueles que produzem impressão agradável ao ouvido; inversamente, os sons dissonantes são aqueles que produzem sensação desagradável ao ouvido.
De acordo com o tom em que é executada – o tom maior é próprio das canções de alegria; o menor, é próprio das canções tristes e melancólicas – a música pode vibrar o nosso coração e a nossa alma. Na expressão de Mário Andrade, ela pode “mexer com a gente”, ou nos transportar as regiões eternas que nos aproximam de Deus.
Alguém chegou a dizer que a música é um pouco do céu na terra, por óbvio que este pensamento não vale para toda e qualquer música. Outros afirmam que ela é a linguagem universal dos povos e tecnicamente é composta de Melodia, Harmonia e Ritmo.
Sabe-se que o ritmo é capaz de alterar o nosso batimento cardíaco e nossas emoções; quando intensificado e realizado com maior rapidez, pode induzir o indivíduo a irritabilidade e a violência. É capaz de mexer com o corpo e afeta até a respiração, como por exemplo faz o rock.
Ao contrário, existe a música sacra que pode ser compreendida em sentido mais limitado, a música de natureza erudita inerente à tradição judaico-cristã. Ou ser percebida em seu significado mais amplo, referindo-se a toda música executada nas cerimonias de toda e qualquer religião. Geralmente ela é conceituada como musicalidade não profana, criada para animar os sentimentos humanos da natureza do sagrado e da espiritualidade.
Vale lembrar que uma canção ser composta por um autor religioso não a transforma necessariamente em uma música sacra. Assim sendo, embora toda musicalidade sacra seja de teor espiritual, nem toda composição religiosa é uma canção sacra.
A música sacra naturalmente promove calmaria e quietude no espírito humano. Para os estudiosos, não é difícil verificar-se que os Salmos são sempre melhor cantados de forma sacra.
Um autor desconhecido, apresenta algumas principais características da música sacra:
1 – Promove uma correta visão de Deus, de Sua justiça e de Seu amor;
2 – Sua letra deve comunicar uma mensagem bíblica doutrinária, de gratidão, e/ou de louvor ao Nome do nosso Criador;
3 – Não desperta sentimentos humanos do passado ou do presente, vividos em experiências alheias aos propósitos da Salvação;
4 – Impulsiona a viver por Cristo e para Cristo;
5 – Não lembra a música secular em quaisquer de suas formas;
6 – A letra deve ser uma oração, e por conta disso, todo o seu conteúdo deve ser bem claro para merecer um AMÉM no final;
7 – Os elementos musicais são subalternos aos elementos religiosos em toda sua composição;
8 – Sua forma musical deve comunicar Espiritualidade;
9 – Desenvolve no pecador, uma correta visão de si mesmo e do seu estado pecaminoso;
10 – Conscientiza o pecador da importância do sacrifício na cruz em seu favor, e desenvolve a sua fé;
11 – Desperta e desenvolve os sentimentos religiosos que motivam a reverência e a adoração ao criador.
Como disse Johannes Sebastian Bach, considerado o músico mais completo de todos os tempos: “A música deverá não ter nenhum outro alvo ou objetivo senão a glória de Deus e a recreação da alma.”
Outro aspecto a se considerar é a composição da letra que é importante na música cristã, pois ela descreve o objeto da adoração. O que se vê atualmente são canções de raso conteúdo teológico que em muitas vezes enaltecem o próprio homem ou distorcem alguma doutrina bíblica.
Neste ponto, é interessante pensar que tipo de música tem sido entoadas em nossas igrejas e fazermos uma avaliação crítica do tema, não receando a cultura da péssima musicalidade que tem se estabelecido nos arraiais cristãos. Aproveite o momento para examinar e censurar toda música com roupagem cristã e espiritual, mas que sua composição nada a ver tem com a verdadeira espiritualidade.
Jacques Stehman, historiador francês, afirmou que a música foi a primeira linguagem do homem primitivo. Durante longos séculos permaneceu como oração, utilizada na invocação à divindade. Finalmente, misturando-se com o mundo profano, tornou-se também um divertimento, e igualmente um instrumento de mensagens destruidoras.
Vale ressaltar, que não se sabe exatamente quando, nem como a música surgiu na terra. No entanto, na criação ela estava presente (Jó 38.4-7), pois as estrelas criadas por Deus cantavam (versículo 7) e a ciência já comprovou que elas emitem som – certamente este é o seu louvor ao Criador.
É coerente afirmar que a música é de origem divina, e só aquele que inspirou no homem todas as artes, sabe quando ela começou, no entanto, a Bíblia traz a primeira referência no livro de Gênesis 4.21: “E o nome do seu irmão era Jubal; este foi o pai de todos os que tocam harpa e órgão”.
Jubal aparece como o inventor dos instrumentos que em hebraico são chamados “kinnor” e “ugab”, e que alguns traduzem, respectivamente, por “harpa” e “órgão”.
O nome Jubal significa “riacho” ou “ribeiro”. Para Norman Russell Champlin, o nome dele talvez tenha algum vínculo com o “yobel”, isto é, o chifre de carneiro. Nesse caso, como músico que era, seu nome estava associado àquele instrumento musical de sopro.
Jubal foi um artista. Seu pai nos forneceu o primeiro poema da Bíblia (Gn 4.23,24). Assim, havia um talento artístico na família. É possível que a “trombeta Vibrante” (Lv 25.9) tenha sido originada por ele.
Além dos anjos, que no céu eternamente louvam o Senhor, é possível que os portentosos ruídos da criação tenham sido os componentes da grande orquestra que pela primeira vez encheu de sons o Universo.
Muitos historiadores supõem que o zumbido da corda no arco, o rumor do vento nas árvores, o cantar dos pássaros, o som das águas e até o estalar de uma folha seca quando pisada, tenham sido os responsáveis pelo despertamento da sensibilidade humana para a música.
O folclore árabe preserva a tradição de que a música começou pela linhagem cainita. Essa tradição afirma que a versatilidade e habilidade de Jubal eram tão notáveis que as feras e as aves do campo reuniam-se em volta dele quando ele tocava.
Após o dilúvio, quem primeiro referiu-se a música foi Labão, o sogro de Jacó (Gn 31.27). Os judeus comemoravam suas vitórias com cânticos de triunfo (Êx 15.1-21; Jz 5.1-32); pessoas em particular também achavam na música a fonte de expressão e gratidão a Deus (1Sm 2.1-10; Lc 1.46-55).
A música está tão presente no povo judeu e na Bíblia que o seu maior livro é dedicado aos cânticos (Livro de Salmos) que no hebraico é “tehilim” que significa “louvor” e por isso podemos realmente traduzi-lo como “O Livro dos Louvores” – Trata-se da “Harpa Crista” do povo hebreu!
Outrossim, Paulo recomenda: “A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração” (Cl 3.16), ou seja, a abundância da Palavra de Deus em nós produzirá o verdadeiro cântico espiritual que agrada e glorifica ao Senhor.
Não á toa Deus nos deixou um livro inteiro (Salmos) para que por ele pudéssemos ser orientados quanto a música e a letra que lhe agradam. Nos apoiemos em Seu conselho.
Não é raro encontrarmos na Bíblia diversos episódios de quando o seu povo ao alcançar uma vitória, se colocavam em atitude de louvor a Deus.
Após atravessarem o mar de juncos a pés enxutos e ver o exército de Faraó submergir nas águas, Moisés cantou ao Senhor exaltando os seus atributos divinos (Gn 15.1-19). Miriã animada com o louvor do seu irmão, continuou a adoração com músicas e danças (Gn 15.20-21).
Ana, ao conceber o seu filho Samuel, cantou ao Senhor e do mesmo modo de Moisés, exaltou os atributos de Deus (1Sm 2.10).
Davi, ao trazer a arca da aliança para Jerusalém, o fez sob louvor, dançando e saltando de alegria perante o Senhor. Sua esposa Mical se envergonhou da adoração que Davi prestava a Deus, desprezando-o no coração; talvez por isso tenha sido estéril ao longo de toda a sua vida (2Sm 6.23).
Quem é incapaz de louvar a Deus e não enxergar as suas benesses tem a alma estéril. coração improdutivo e lábios infrutíferos!
Note que o objeto da adoração sempre é Deus, suas características e qualidades, sua graça e virtude são exaltadas. Em nenhum momento é direcionado ao homem ou qualquer outra criatura. Adoração é um estilo de vida escolhido por aqueles que dedicam a sua existência a Deus.
Retornando ao capítulo 12 de Neemias, os judeus estavam acostumados a ter trabalhadores e vigias nos muros de Jerusalém, mas, nessa ocasião, Neemias e Esdras escolheram pessoas para adorar a Deus nos muros.
O entusiasmo do povo no culto de consagração foi tanto que seus clamores e cânticos puderam ser ouvidos “até de longe” (Ne 12.43b).
O povo já havia sido consagrado (capítulos 8 a 10); era chegada a hora de consagrar o trabalho que haviam feito. Essa é a ordem correta a seguir, pois de que adiantam muros e portas consagrados sem pessoas consagradas?
Observe que o texto enfatiza o louvor jubiloso de todo o povo. O cântico é citado oito vezes neste capítulo; as ações de graças, seis vezes; o regozijo, sete vezes; e os instrumentos musicais, três vezes.
Portanto, não economize o seu louvor ao Senhor. Se Ele te faz bem, proclame; se Ele te abençoa, divulgue; se Ele é o que é, anuncie. O que não podemos é emudecermos diante de tantas coisas que Ele tem feito por nós.
Salmos 126:3
3 Grandes coisas fez o SENHOR por nós, e, por isso, estamos alegres. (ARC)
Por Cláudio Roberto de Souza
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