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15/10/2018
Esse post é assinado por Cláudio Roberto de Souza
2 Coríntios 4:8-9
8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados;
9 perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; (ARC)
Neemias 3:1-4
1 E levantou-se Eliasibe, o sumo sacerdote, com os seus irmãos, os sacerdotes, edificaram a Porta do Gado, a qual consagraram, e levantaram as suas portas; e até a Torre de Meá consagraram e até a Torre de Hananel.
2 E, junto a ele, edificaram os homens de Jericó; também, ao seu lado, edificou Zacur, filho de Inri.
3 E a Porta do Peixe edificaram os filhos de Hassenaá, a qual emadeiraram, e levantaram as suas portas com as suas fechaduras e os seus ferrolhos.
4 E, ao seu lado, reparou Meremote, filho de Urias, filho de Coz; e, ao seu lado, reparou Mesulão, filho de Berequias, filho de Mesezabel; e, ao seu lado, reparou Zadoque, filho de Baaná. (ARC)
Paz seja convosco!
Toda obra possui seus desafios e dificuldades, porém a realização da obra de Deus impõe obstáculos ou impedimentos que vão além da esfera humana e terrena. Temos que lidar com inimigos que nos atacam por todos os ângulos e de todas as formas; que se utilizam de todos os recursos disponíveis com a intenção de nos fazer parar ou no mínimo diminuirmos a cadência em busca do objetivo.
Neemias tinha um propósito. Entre ele e a conclusão do objetivo, havia oposições, estorvos. No entanto, nele não achamos abatimento, mas resiliência e determinação para transpor os bloqueios e sair ao final da história com o seu desígnio de reconstruir os muros e portões de Jerusalém, concluídos!
Para alcançar tão grande vitória sobre os inimigos da obra de Deus, Neemias nos deixa o ensinamento de princípios que se aplicados, garantirá também a nossa vitória.
O futuro não acontece simplesmente; ele é criado por líderes de visão que estão nas mãos de Deus.
George Barna afirma que visão é uma nítida imagem mental de um futuro desejável concedida por Deus aos seus servos escolhidos, baseada numa compreensão correta de Deus, do ego e das circunstâncias.
Para Barna, a visão é “tangível” ao observador. Embora ela seja apenas um conceito ou perspectiva de uma realidade não existente, a visão existe dentro da mente de uma pessoa tão claramente que pode ser tomada como uma imagem viva. Tal visão motiva e dirige o ministério, filtra a informação, serve como catalisadora da tomada de decisão e avalia o progresso.
Já percebeu que há tantas pessoas que não sabem exatamente porque existem? São confusas e constantemente estão vivendo uma crise existencial? O motivo talvez seja que ainda não descobriram aquilo que ao desempenhar, cria nelas o brilho no olho e a satisfação no coração. Não descobriram a visão que nos movimenta com contentamento nesta vida. Quando falta visão, os desígnios não nos atendem plenamente e temos a sensação que todas as nossas realizações são imperfeitas, deficientes e inacabadas.
A visão nos move na direção dos propósitos pelos quais existimos e nos satisfazemos, mas principalmente que glorifique a Deus.
Neemias passa agora a vislumbrar o real propósito de sua existência. O motivo real e verdadeiro pelo qual nasceu. Neemias não nasceu para ser copeiro, mas para reedificar os muros e portas de Jerusalém. Esta era a visão de Deus para a sua vida, isto é, o propósito principal da sua existência.
Quando entendemos a visão pela qual existimos, somos envolvidos por ela. Ela torna-se o nosso hálito, a nossa respiração e a exalamos por onde vamos.
Somos capazes de atrair e cativar outros para a nossa visão. Jesus mesmo, passou três anos e meio de sua vida mostrando a visão do reino de Deus aos seus discípulos, inspirando-os e servindo como modelo. Após a sua morte a visão permaneceu e chegou até nós e temos replicado a outros.
Neste estudo, aprenderemos juntos, alguns princípios basilares que permitem envolver outros naquilo que o Senhor nos chamou a desenvolver. Princípios que facilitará outros a abraçarem a nossa visão.
Segundo o dicionário comum, prioridade é a condição de algo que necessita que se ocorra de maneira imediata e emergencial. Normalmente, está relacionada a algo importante que ocorre em primeiro lugar em relação aos demais, seja em tempo, ordem, dignidade.
Concordo com o pastor Adalberto Alves quando afirma que a cidade de Jerusalém estava arrasada a tempos, no entanto, ninguém tomou a decisão ou se colocou à disposição para algo fazer. Aliás, a cidade estava assolada por cerca de 150 anos, e cerca de 80 anos após o término do cativeiro babilônico que perdurou por 70 anos, ou seja, 70 anos de cativeiro + 80 anos após o cativeiro!
Neemias é o homem que se sensibiliza pela situação e decide priorizar a reconstrução dos muros e portões de Jerusalém, mesmo estando distante 1450km de Jerusalém e cativo na Pérsia. Ele estabeleceu urgência imediata para o desempenho desta tarefa. Nada poderia tomar o lugar de primazia em restabelecer a dignidade da cidade e do seu povo.
Apesar de toda agitação imposta pelos samaritanos e aliados em Jerusalém, aquele momento exigia importante exercício da tranquilidade da alma; Neemias precisava ter uma mente serena e sossegada para não se deixar contaminar pela efervescência do instante.
Quando nos deixamos ser levados pela conturbação da situação, não relacionamos ou conectamos com perfeição os pontos que precisam ser ligados para a implementação do objetivo. Gera-se confusão na mente e somos apanhados pela ansiedade.
O apóstolo Pedro com a experiência de ter convivido com o Mestre Jesus, que por diversas vezes se viu envolvido no meio da turba perseguidora (fariseus), sem, contudo, perder o alvo da cruz, fala com serenidade: “lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (1Pe 5.7).
Ansiedade é inquietação, preocupação que toma a razão; é aflição que não nos permite pensar com alguma lógica. Quando ela se instala na mente do homem, o raciocínio fica prejudicado e se perde a coerência.
Satanás é mestre em bombardear a mente humana, principalmente quando estamos sob algum tipo de pressão. São sugestões que devido a agonia do momento, muitas vezes são aceitas sem ressalvas ou ponderações.
Saul, se viu ansioso e preocupado porque os soldados se angustiaram diante do portentoso exército dos Filisteus. Eles estavam cansados e se virão fragilizados. Passaram a se esconder em cavernas, penhascos, covas e onde pudessem. Neste contexto, Samuel também se demorava e não chegava para o sacrifício (1Sm 13).
A prioridade de Saul naquele momento era motivar os seus homens e manter a esperança de que Samuel viria para o sacrifício, mas Saul teve a mente invadida pelos conselhos de Satanás e ao ver que os seus homens se afastavam, decidiu ele mesmo oferecer o sacrifício a Deus em lugar do sacerdote Samuel, trazendo para si mesmo terríveis consequências, pois aquele ato culminou na retirada do seu trono e na entrega do mesmo a Davi (1Sm 13.10-14).
Nós também estamos sujeitos a ataques semelhantes quando estamos sob tensão. Paulo nos convoca a revestirmos da armadura de Deus e entre elas, utilizarmos o capacete da salvação que nos protege a cabeça contra os dardos do inimigo, isto é, a mente contra as investidas e ataques do nosso arquirrival (Ef 6.17).
Trata-se de uma arma de vital importância para o servo de Deus, pois a falta dela, a mente é dominada e dá lugar as ações desastrosas.
Uma mente protegida permitirá tomar os melhores conselhos e fazer as melhores decisões.
Neemias aplica o principio da liderança servidora, isto é, aquele que não apenas delega as tarefas aos outros, mas que se compromete também em realiza-las em conjunto.
Este é o melhor princípio de cooperação que podemos conhecer. Jesus, na ocasião que lavou os pés dos seus discípulos, trouxe-nos uma profunda reflexão sobre a questão de servir mesmo estando em posição de destaque ou mais elevada que outros. Ele exemplificou dizendo: “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (Jo 13.15).
Precisamos encarecidamente de líderes que sirvam e de servos que liderem. De acordo com G. K. Chesterton, um homem verdadeiramente grande é aquele que faz os outros se sentirem grandes, e foi isso o que Jesus fez com seus discípulos, ensinando-os a servir.
Warren Wiersbe afirma que um cristão africano no Quênia lhe confidenciou um provérbio da sua região: “O chefe deve ser o servo de todos”.
Todavia, não basta saber essa verdade; devemos colocá-la em prática. Tiago 1.22-27 deixa claro que as bênçãos são decorrentes de fazer o que a Palavra diz, não apenas de ouvi-la. A última frase de Tiago 1:25 pode ser traduzida por: “esse homem será espiritualmente favorecido no que fizer”.
Formar uma equipe é uma habilidade, mas despertar uma equipe a cooperação mútua são para poucos.
Neemias, demonstrou essa capacidade ao reunir um grupo heterogêneo em personalidade, profissão, posições, intelecto, sexo, entre outros. O pastor Adalberto Gonçalves destaca as diferentes classes de pessoas selecionadas por Neemias e empregadas na reconstrução:
O grupo trabalhava unido (Sl 133.1), pois se percebe a dinâmica da participação de todos e assim a obra era edificada.
Ilustração:
“Quando você vir gansos voando para sul, pense na razão de sempre voarem em formação. Os cientistas imaginam que a formação de voo em “V” aumenta, no mínimo, 71% da distância de voo do bando. No entanto, esta forma de voar é encarada como um exercício cooperativo, pois trabalhando juntos, os gansos podem viajar quase duas vezes até onde qualquer um deles poderia ir sozinho!”
Há muitos líderes centralizadores, que monopolizam a obra, não identifica valores nos seus pares ministeriais e assim concentram em si mesmos todo o trabalho, gerando estafa, desgastes físicos e emocionais nele e nos outros que se sentem desmotivados e inúteis na obra.
Deus precisou intervir no esgotamento de Moisés e o aconselhou a distribuir a carga (Nm 11.11-16). Neemias a distribuiu antes mesmo de iniciar a obra: “Levantemo-nos e edifiquemos. E esforçaram as suas mãos para o bem” (Ne 2.18). Note que os verbos levantar, edificar e esforçar, estão no plural e no sentido que tanto Neemias como o povo, faziam parte da ação.
O mundo pergunta: “Quantas pessoas trabalham para você?”, mas o Senhor quer saber: “Para quantas pessoas você trabalha?”
Por Cláudio Roberto de Souza
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