Buscar no blog

Betel Adultos – 4º Trimestre 2023 – 19-11-2023 – Lição 8 – O verdadeiro discípulo, servo cuidadoso, exemplar e fiel ao Sumo Pastor

19/11/2023

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

TEXTO ÁUREO

“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” (2 Tm 2.15)

TEXTOS DE REFERÊNCIA

1 Pe 5.1-4 

1 Aos presbíteros que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar: 

2 apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; 

3 nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.  

4 E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Ensinar que não se faz nada sozinho.
  • Mostrar os deveres do discipulador.
  • Motivar o discipulador a ser exemplo.

INTRODUÇÃO

Olá, irmãos(ãs), paz do Senhor.

A lição deste domingo abordará um assunto muito importante e interessante que é o trabalho do cristão.

Jesus veio a este mundo para nos ensinar como devemos viver, deixando-nos inúmeros exemplos.

Se analisarmos as três vertentes do relacionamento existente, chegaremos à conclusão de que o Senhor as desenvolveu com maestria, produzindo um legado digno de louvor.

Estas vertentes estão baseadas no principal dos mandamentos, descrito por Jesus.

“E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Desses dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.” (Mt 22.37-40 – ARC)

Os seres humanos precisam se relacionar com Deus, com ele mesmo e com o próximo e isto é inegociável e serve de base para uma vida verdadeiramente frutífera.

Aqueles que decidem viver isolados, com a desculpa de que deseja viver uma vida voltada exclusivamente para Deus, caem em um erro gritante, pois se esquecem de que o cristianismo é uma religião voltada para o próximo.

Aqueles que querem viver uma vida voltada para a satisfação de suas próprias necessidades, caem no engano do egoísmo e deixam de agradar ao Senhor.

Por último, aqueles que querem viver exclusivamente para o próximo, com a suposta intenção de servir, podem cair no erro de não buscar ao Senhor em primeiro lugar, acreditando que o trabalho voltado ao próximo, pode garantir-lhe um lugar no paraíso.

O cerne do Kardecismo é exatamente esse, sendo que sua frase mais importante demonstra isso.

Sem caridade não há salvação – Alan Kardec. 

Jesus não só agradou a Deus, mas viveu uma vida de cuidado para si e dedicou-se a alcançar as pessoas para a salvação que apresentava.

Para isso, escolheu 12 apóstolos e trabalhou arduamente com eles durante três anos e meio, deixando-nos o importante exemplo do trabalho em equipe, do cuidado para com os outros e da excelência do serviço cristão.

Estes apóstolos seriam os primeiros pastores da Igreja e deveriam cuidar do rebanho do Senhor como Jesus cuidou deles.

A lição volta a utilizar o exemplo de Diótrefes, que desejava a primazia na Igreja, ou seja, o lugar mais importante ou de maior destaque e, ao invés de seguir o exemplo de Jesus e dos apóstolos, tratava de retirar do cenário todos aqueles que poderiam representar perigo para seus ambiciosos planos.

A Bíblia utiliza os exemplos para nos mostrar como fazer e também como não fazer.

1 – TRABALHAR EM EQUIPE

Você já se perguntou por quais motivos Jesus montou uma equipe de trabalho?

Existem vários motivos, mas vamos listar os mais importantes.

  • Demonstrar que somos melhores quando trabalhamos juntos, pois ninguém é perfeito. 
  • Deixar claro que verdadeiramente precisamos uns dos outros. 
  • Extrair experiências distintas dos participantes da equipe. 
  • Somar o potencial de cada um para que o trabalho seja mais assertivo. 
  • Demonstrar que cada pessoa possui um potencial a ser explorado e desenvolvido. 
  • Demonstrar que o trabalho em equipe favorece a empatia e a demonstração de amor.

O escritor brasileiro Kiko Campos coaduna com nosso pensamento e traz um comentário interessante sobre este assunto.

“Trabalhar em equipe é uma das formas mais eficazes de alcançar resultados de maneira eficiente. Quando os membros de uma organização atuam juntos, eles passam a compartilhar não só as tarefas, mas também as possibilidades que o pensamento diverso traz. A diversidade de opiniões e maneiras de ver as situações ajuda a identificar problemas e soluções com mais rapidez e qualidade. Além de aumentar as chances de surgirem ideias inovadoras. E se o clima organizacional for propício, os resultados podem ser ainda melhores. A integração entre membros de uma mesma equipe favorece o compartilhamento de habilidades, de conhecimentos e a empatia. Tudo isso melhora a produtividade e o engajamento. O aprendizado se torna mútuo e favorece o desenvolvimento da empresa e também dos funcionários de forma individual. Isso agrega valor tanto na carreira profissional, quanto na vida pessoal. Quando a empresa tem uma equipe coesa, outras áreas também melhoram: A comunicação se torna mais eficaz; a divisão de tarefas é feita mais facilmente; aumenta a motivação e a satisfação no trabalho; os conflitos são resolvidos de forma mais efetiva e empática; colaboradores e gestores aprendem a compreender a importância da diversidade; o diálogo possibilita decisões mais assertivas; a união das pessoas e a divisão de responsabilidades melhora os resultados.”

Se observarmos as particularidades de cada um dos discípulos, talvez não os teríamos escolhido para compor nossa equipe de trabalho, porém o Senhor viu neles algo que não conseguimos enxergar, pois foram responsáveis pelos primeiros passos da Igreja em todo mundo.

Isso nos lembra a escolha de Davi e a experiência que Samuel teve ao escolher pela aparência.

Cada um de nós tem algo a oferecer e um enorme talento a ser desenvolvido e é isso que o Espírito Santo faz, à medida que nos entregamos a Ele.

1.1 – Discipuladores saudáveis

O capítulo 5 da primeira carta de Pedro começa com um texto marcante, demonstrando a proximidade que o apóstolo tinha com seus liderados, sua humildade e seu enorme poder de trabalhar em equipe.

Pedro era um dos doze apóstolos e somente por isso teria uma preeminência sobre todos os outros.

É verdade que ele deixa isso claro no texto, pois a responsabilidade pelo trabalho era dele, ainda que tivesse uma equipe bem formada.

A tradução utilizada na Bíblia Viva utiliza a palavra “ancião” no lugar de presbítero.

“E AGORA, uma palavra a vocês, os anciãos da igreja. Eu também sou um ancião; com os meus próprios olhos vi, Cristo morrer na cruz; e eu também participarei da sua glória e da sua honra quando Ele voltar. Colegas anciãos, este é o, meu apelo a vocês…” (1 Pe 5.1 – BV)

A ARA também.

“Aos anciãos, pois, que há entre vós, rogo eu, que sou ancião com eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e participante da glória que se há de revelar…”

O teólogo americano Norman Champlim traz um rico comentário sobre esse assunto.

“Em tempos de sofrimento, os anciãos ou líderes da igreja, recebem uma responsabilidade especial. Devem continuar praticando, com toda a diligência, aquilo que concorda com seus deveres de subpastores, sob as ordens, do Supremo Pastor. «O rebanho precisará mais do que nunca de vosso cuidado e proteção. Mais do que nunca devereis prover isso livre e generosamente, e não a fim de tirardes lucro. Não deveis ceder a tentação de serdes ditadores, como se fósseis pequenos deuses na igreja, mas deveis dar exemplo do que Cristo pode fazer por um homem, nesta vida. Se assim agirdes, o Pastor Supremo, ao retomar, certamente vos dará a coroa de glória, que nunca se resseca. Promovei entre os irmãos um espírito de respeito mútuo—e de submissão, porquanto Deus resiste aos orgulhosos, mas dá graça aos humildes.” 

Pedro, assim como os outros apóstolos, era um tipo de ancião chefe, ou chefe dos anciãos, sendo que algumas traduções utilizam o termo bispo para designar estas posições eclesiásticas.

Precisamos deixar claro que cada um de nós possui uma personalidade e isso, em associação com o caráter, determina nosso comportamento.

Pedro possuía uma personalidade marcante e impulsiva e tais características foram extremamente úteis para Jesus e o Evangelho.

Ele foi o primeiro apóstolo a pregar e ganhar quase 3 mil almas no evento pós Pentecostes (At 2.14).

A Bíblia nos mostra que através de sua vida muitas pessoas eram curadas (At 3.1-10; 5.12-16).

Foi Pedro quem disciplinou Ananias e Safira (At 5.1-11) e é muito importante que lembremos que Pedro estava entre os discípulos mais próximos a Jesus.

Esta proximidade fez com que Pedro aprendesse muito com o Mestre e, após ser cheio do Espírito Santo, pudesse colocar em prática tudo o que aprendera.

Ainda que Pedro fosse humilde e se colocasse na mesma posição que os outros anciãos, a Bíblia deixa claro que sempre que era necessário, o apóstolo lembrava que ele possuía um grau de responsabilidade maior, pelo fato de ter sido um dos que aprenderam diretamente de Jesus.

Isso nos ensina que a humildade deve ser praticada pelos líderes cristãos, mas que a posição de autoridade que nos for concedida por Deus, quando necessário, deve ser exercida.

Outro ponto importante a respeito do ministério de Pedro é que, por causa de sua personalidade marcante, ele teve experiências ruins com o Senhor, como no episódio onde negou o Mestre, como fora predito (Mt 26.31-35).

O Evangelho escrito por Marcos é o único que relata com veemência o que havia acontecido com Pedro, pois nele, o anjo orienta as mulheres a chamarem os discípulos, colocando Pedro como alguém que estava separado.

“Porém ele disse-lhes: Não vos assusteis; buscais a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado; já ressuscitou, não está aqui; eis aqui o lugar onde o puseram. Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vai adiante de vós para a Galileia; ali o vereis, como ele vos disse.” (Mc 16.6,7 – ARC)

Este texto deixa claro que Pedro estava afastado dos outros discípulos, provavelmente sentindo uma culpa muito grande por ter negado a Jesus.

Quando Jesus aparece aos discípulos, ele a Pedro sobre a importância da humilhação e da entrega e isso deve ter contribuído fortemente para o desenvolvimento de seu ministério, fazendo com que se tornasse um grande exemplo a ser seguido.

“E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros. Tornou a dizer-lhe segunda vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Disse-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas. Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas. Na verdade, na verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias: mas, quando já fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde tu não queiras. E disse isso significando com que morte havia ele de glorificar a Deus. E, dito isso, disse-lhe: Segue-me.” (Jo 21.15-19 – ARC)

As características de Pedro eram completamente contrárias às de Diótrefes.

1.2 – Discipuladores produtivos

Como mencionamos, existe um fator extremamente positivo na formação de equipes, que é a pluralidade de pensamentos e comportamentos.

Ainda que estas diferenças sejam extremamente positivas, existe um problema associada a esta questão, que é a possibilidade de existir competição entre os membros da equipe.

Isso acontece por vários fatores, como por exemplo: personalidade com traços fortes de competitividade, ganância, desejo de ser reconhecido e ter a primazia, dentre outros.

Diótrefes poderia ter somado suas habilidades e contribuído com o desenvolvimento do corpo ministerial, mas preferiu deixar-se ser dominado pela ganância e pela necessidade de reconhecimento.

O líder precisa saber lidar com tal comportamento e extrair o melhor de cada liderado, assim como Jesus fez.

Precisamos lembrar aos alunos que Pedro teve este tipo de comportamento enquanto estava com Jesus neste mundo.

“Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular a um alto monte. E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele. E Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, façamos aqui três tabernáculos, um para ti, um para Moisés e um para Elias. E, estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu. E da nuvem saiu uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; escutai-o. E os discípulos, ouvindo isso, caíram sobre seu rosto e tiveram grande medo. E, aproximando-se Jesus, tocou-lhes e disse: Levantai-vos e não tenhais medo.” (Mt 17.1-7 – ARC)

A personalidade de Pedro fez com que ele quisesse ficar naquele lugar e estivessem separados dos outros discípulos, pois aparentemente estavam em um grau mais elevado.

O capítulo 19 do Evangelho segundo Mateus também mostra um pouco das fraquezas de Pedro ao questionar Jesus a respeito do que eles receberiam por ter deixado tudo para segui-lo.

Após ser transformado pelo Espírito Santo, Pedro começa a frutificar e a manifestar o Fruto do Espírito e é exatamente este o comportamento que ele apresenta enquanto líder da Igreja.

Pedro não se preocupava em ter pessoas com mais habilidade que ele e isso não era difícil de encontrar, haja vista, ser um simples pescador, sem muita escolaridade.

Precisamos deixar claro que Pedro, como qualquer ser humano, não era perfeito e teve momentos de dificuldade, como o que fora narrado por Paulo em sua carta aos gálatas.

“E, chegando Pedro à Antioquia, lhe resisti na cara, porque era repreensível. Porque, antes que alguns tivessem chegado da parte de Tiago, comia com os gentios; mas, depois que chegaram, se foi retirando e se apartou deles, temendo os que eram da circuncisão. E os outros judeus também dissimulavam com ele, de maneira que até Barnabé se deixou levar pela sua dissimulação. Mas, quando vi que não andavam bem e direitamente conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?” (Gl 2.11-14 – ARC)

A Bíblia não nos mostra, mas é provável que Pedro tenha reconhecido que havia errado e aceitado a exortação de Paulo, demonstrando que realmente era um homem convertido e guiado pelo Espírito Santo.

Trazendo para nossa realidade, é necessário que aprendamos com Pedro e sejamos humildes se formos repreendidos em alguma falha.

Será que temos agido desta forma?

Será que os líderes eclesiásticos de sua igreja estão agindo desta forma?

Leia o Salmo 51 e verifique as características de Davi como um homem segundo o coração de Deus.

  • Reconhecia quando estava errado.
  • Aceitava a correção do Senhor.
  • Não conseguia viver longe da presença de Deus.

1.3 – Discipuladores confiáveis

A confiabilidade é uma característica presente nas pessoas que são dignas de confiança.

Paulo escreve aos filipenses e nos ensina as características que devem estar presentes na vida dos cristãos.

“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.” (Fp 4.8 – ARC)

Estas virtudes devem fazer parte da vida de todos os cristãos, pois são parte do Fruto do Espírito.

O aparecimento das tais é conquistado mediante uma vida de busca pelo Senhor, através da oração e leitura da Palavra.

Infelizmente, muitos cristãos investem tempo na busca dos dons espirituais, mas não fazem o mesmo investimento na busca pelo desenvolvimento do caráter e na manifestação do Fruto do Espírito.

Isso faz com que tenhamos crentes que não possuem o mesmo comportamento que Jesus teve.

Sem essas virtudes, o ideal cristão não pode concretizar-se na vida de uma pessoa.

Por tratar-se de conceitos importantes, deixaremos a explicação de Champlim para cada uma das virtudes apresentadas por Paulo.

«…verdadeiro…» No original grego temos o termo «alethe».Deus é a norma de toda a verdade, como também seu padrão e fonte originária. Nas páginas do N.T., a «verdade» é frequentemente sinônimo do «evangelho», a verdade conforme ela é revelada em Cristo; e Cristo é a verdade personificada (ver João 14:6). Aquelas coisas que concordam com a natureza de Deus, na pessoa de Cristo, são «verdadeiras», em contraste com a falsidade e a hipocrisia. Aquilo que não se assemelha inerentemente a Deus, necessariamente é falso. O oposto de Deus são as coisas «insinceras», «hipócritas», «pretenciosas» ou «falsas» (não podendo elas representar a verdade objetiva de Deus em qualquer sentido, espiritual ou não). «…respeitável…» No grego é «semna», que significa «honroso», «reverenciável», «venerável». A forma verbal é «sebo», que quer dizer «adorar» ou «reverenciar». Dos diáconos se pede que tenham essa qualidade (ver I Tim. 3:8); mas aqui essa mesma virtude é requerida de todos os crentes. Os crentes devem «exibir uma dignidade que se deriva da salvação moral, assim convidando o respeito. Nos escritos clássicos, esse é um dos epítetos dos deuses» (Vincent, in loc.). «Nobres e sérios, em oposição da kouphos, que significa a quem falta seriedade intelectual» (Matthew Arnold, in loc.). «Há muita coisa nos códigos de honra que é estúpido e artificial; mas existem modos de agir que sabemos ser corretos, segundo nossos mais profundos instintos. Agir contrariamente a isso é ofender a Deus». (Scott, in . loc.). Essa palavra se encontra no N.T., somente aqui e nos trechos de I Tim. 3:8,11 e Tito 2:2. «…justo…» No original grego temos a palavra «dikaia», que significa «equitativo», satisfatório em todas as obrigações para com Deus, para com nossos semelhantes e para conosco mesmos. Essa é a forma adjetivada da «retidão salvadora», que nos é dada pela fé, a saber, a própria retidão de Deus (ver Rom. 3:21),a qual é lançada na conta dos homens, e realmente é também formada pelo Espírito Santo no homem interior. Todas as nossas ações devem concordar com essa nossa natureza inata. «…puro…» No grego é «agna», que significa «puro», em sentido moral. A pureza de motivos e nas ações está aqui em foco. Originalmente, a raiz era «agos», palavra que indicava qualquer questão que envolve «respeito» religioso. E essa palavra veio eventualmente a significar, especificamente, um «sacrifício expiatório» a ser oferecido aos deuses. Daí o termo veio indicar «algo separado para os deuses». Então, visto que os deuses supostamente seriam santos, surgiu a idéia de «santidade», de «pureza». Assim, pois, aquilo que é «puro» é aquilo que foi consagrado a Deus, que não está maculado pelo pecado. Tal palavra também significava, frequentemente, «castidade» ou «inculpabilidade moral». (Ver Fil. 1:17, onde a forma adverbial é usada para indicar a pregação do evangelho, por motivos sinceros e incorruptos. Na Septuaginta (tradução do original hebraico do A.T. para o grego) essa palavra indicava pureza «cerimonial», com a idéia de purificação. E esse sentido também é preservado nas páginas do N.T. Nas passagens de Tia. 4:8; I Ped. 1:22 e 1 João 3:3, o termo indica a purificação espiritual do coração e da alma. Pensamentos puros, palavras e ações puras, provenientes de uma alma pura, são aqui indicados. «…amável…» No grego temos o vocábulo «prosphile», que significa «digno de amor», indicando aquilo para o que somos atraídos, devido à sua beleza de caráter. Esse termo é usado exclusivamente aqui, em todo o N.T., indicando aquilo que, por sua própria beleza, atrai o amor e se toma caro para alguém. Deus é o grande magneto da bondade, que atrai o amor; por conseguinte, essa qualidade realmente é algo de Deus, insuflado em algo ou em alguém, para que esse algo ou esse alguém possua encantamento. Mas essa palavra também era usada com o sentido de «amigável», de «agradável». Platão, em seu diálogo Simpósio, assevera que aquilo que nos atrai, nas pessoas ou nas coisas, é a «beleza», porquanto amamos ao belo; mas que, em última análise, esse amor à beleza é, realmente, amor a Deus, pois ele é o clímax de toda a beleza, como seu grande modelo e fonte originária. Por isso mesmo é que o Senhor Jesus disse que se ele fosse levantado da terra, atrairia a si mesmo todos os homens; e isso mostra até que ponto ele possuía a beleza divina. Trata-se de uma feliz condição a do homem para quem são atraídos outros homens, por ter ele, em si mesmo, algo da beleza de Deus, o que merece amor. «…de boa fama…» No grego é «euphema», palavra usada somente aqui em todo o N.T., e que significa, literalmente, «que soa bem», ou seja, «conquistador», «gracioso». Também podia indicar aquilo que é «louvado com palavras», sendo assim que alguns intérpretes entendem esse vocábulo. Também pode significar «digno de louvor», «atrativo». Assim, pois, o crente deve buscar aquelas coisas que criam, para ele, a boa «reputação», aquilo que é «digno de louvor» aos olhos dos outros homens e aos olhos de Deus.”

Se você ministra em uma classe para obreiros, vale a pena comentar sobre o que eu chamo de “segredo ministerial”, que é a capacidade do obreiro guardar o segredo que lhe é compartilhado no momento de confissão de pecados.

É triste saber que muitas pessoas são expostas após confessarem suas fraquezas a um obreiro e isso tem trazido terríveis prejuízos para a obra do Senhor, destruindo famílias e impedindo a restauração daqueles que confessam.

É inaceitável que um obreiro aja desta forma, haja vista, ter sido escolhido para ouvir a respeito de um problema que aflige alguém.

O segredo ministerial deve ser levado para o túmulo juntamente com o corpo do obreiro e em nenhuma hipótese pode ser revelada, ainda que seja para a esposa.

Precisamos resolver esta questão e a melhor maneira é através do ensino bíblico.

Um verdadeiro discípulo de Cristo possui tais características e consequentemente e uma pessoa confiável.

2 – APASCENTAR O REBANHO

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

Para continuar lendo esse esboço CLIQUE AQUI e escolha um dos nossos planos!

É com muita alegria que nos dirigimos a você informando que a EBD Comentada já está disponibilizando os planos de assinaturas para que você possa continuar a usufruir dos nossos conteúdos com a qualidade já conhecida e garantida.

Informamos também que apoiamos o seguinte trabalho evangelístico:

  • SENAMI (Secretária Nacional de Missões) – Através de parceria auxiliamos o pastor/missionário Osvair Braga, família e sua equipe de missionários na Venezuela;

CLIQUE AQUI para ser nosso parceiro missionário e continuar estudando a lição conosco…

Deus lhe abençoe ricamente!!!

Equipe EBD Comentada

Postado por ebd-comentada


Acesse os esboços por categorias


Copyright Março 2017 © EBD Comentada