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Betel Adultos – 4º Trimestre 2020 – 18-10-2020 – Lição 3 – Os efeitos da salvação na plenitude humana

15/10/2020

TEXTO ÁUREO

“Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.” Romanos 8.6

TEXTOS DE REFERÊNCIA

EFÉSIOS 4 22-24,31,32. 

22 Que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano, 

23 E vos renoveis no espírito do vosso sentido, 

24 E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade. 

31 Toda amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia, e toda malícia sejam tiradas de entre vós. 

32 Antes, sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Apontar os mecanismos de defesa existentes. 
  • Tratar sobre a ira e o perigo do autoengano. 
  • Explicar como a graça divina atua.

INTRODUÇÃO

Olá irmãos e irmãs, Paz do Senhor.

A lição de número três abordará os conceitos relacionados à natureza caída do ser humano, que começou a existir após o pecado original, ou seja, após a desobediência de Adão e Eva.

A carta de Paulo aos Gálatas nos mostra um contraste entre as obras da carne e o fruto do Espírito, deixando claro que o homem sem Deus produz aquilo que não é de Deus e, o homem guiado pelo Espírito de Deus, produz o fruto do Espírito.

“Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei. Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus. Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança”. (Gl 5.16-22 – ARC)

Este texto nos mostra que existem comportamentos que são expressos pela carne (natureza) que não é controlada pelo Espírito Santo e estes são horríveis, porém, os seres humanos que são controlados pelo Espírito, ainda que estejam sujeitos a erros e a comportamentos carnais, possuem comportamentos antagônicos, ou seja, contrários.

O homem guiado pelo Espírito Santo manifesta ações que Jesus teve quando esteve neste mundo, desta forma, precisamos nos alimentar daquilo que é espiritual, como a leitura e meditação da Palavra de Deus, a oração, o jejum, para que nosso espírito tenha mais força que nossa carne, ou seja, que a nossa natureza pecaminosa.

NÃO EXISTEM seres humanos que não possuem a natureza carnal, pois ela faz parte de nosso ser, porém, quando o Espírito Santo tem a primazia em nossa vida, nosso comportamento é mais parecido com o que Jesus tinha.

A Bíblia é clara quando nos mostra que existe uma guerra entre a carne e o espírito e isto está descrito no versículo 17 do texto de Gálatas, capítulo 5.

O Teólogo americano Norman Champlim tem uma aplicação muito interessante a respeito deste texto.

“milita contra: Uma tradução literal do texto grego diria «…deseja contra…», «…levanta-se em protesto contra, mediante um desejo contrário…» Trata-se da mesma palavra que, em forma verbal, é empregada no versículo anterior, para indicar as «concupiscências» da carne. O Espírito e a carne humana são duas forças conflitantes, são dois reinos opostos. E o crente se vê dividido entre essas duas tendências, visto que possui em si mesmo, as duas naturezas que correspondem a essa luta, ou seja, o «velho homem» e o «novo homem». Os rabinos judeus pensavam que Deus teria dado a Adão dois desejos em conflito, requerendo dele que se apegasse a um e rejeitasse ao outro. Mas Adão teria sido reprovado nesse teste, arrastando após si toda a sua descendência. O trecho de Rom. 7:15-25 descreve a agonia da luta entre esses dois elementos no homem crente. «…são opostos entre si…» A dualidade do bem e do mal, nas regiões celestiais, no mundo, nas dimensões espirituais e até mesmo em cada ser humano, é uma grande realidade. Todos fomos apanhados nesse conflito, e fazemos parte integrante do mesmo. Não pode haver reconciliação e nem transigência. Por fim, poderá haver apenas vitória ou derrota de um ou outro desses elementos em conflito. Os rabinos pensavam que, no homem, a natureza má e o conflito disso resultante, normalmente se desperta aos nove anos de idade; mas outros opinavam pelos doze anos de idade. E recomendavam o estudo da Torah para com bater o mal que despertava. Os evangélicos de hoje em dia recomendam a mesma coisa, o «estudo», ainda que de uma coleção um tanto diferente de livros—a Bíblia Sagrada. Mas o apóstolo Paulo não aceitava esse método de combate, não o reputando o meio básico e real para a vitória. Pelo contrário, para ele existe o Espírito vivo de Deus, com quem precisamos entrar em contacto, sendo esse o nosso único meio de obter a santidade, nessa luta. O crente deve lançar mão de vários outros- meios, como o estudo das Escrituras, a meditação e a oração; mas tais coisas, desacompanhadas do poder pessoal do Espírito Santo, nunca conseguirão propiciar-nos a vitória sobre o pecado, do mesmo modo que impotente se mostrava o estudo da Torah, entre os judeus. «…para que não façais…» O sentimento aqui expresso, e que facilmente pode ser submetido a teste, faz paralelo direto com a passagem de Rom. 7:15-25, onde essa tese é examinada com abundância de pormenores. A liberdade cristã não indica a licença para pecar, e nem significa viver isento de qualquer senhor. Pelo contrário, consiste em tornar-se servo de um novo Senhor. «Lembro-me de como o doutor Staupitz costumava dizer-me: ‘Já prometi a Deus, por mil vezes, que me tornaria um homem melhor; mas nunca pude cumprir essa promessa. De agora em diante não farei mais voto semelhante. A experiência me tem ensinado que não posso cumprir tais votos. A menos que Deus seja misericordioso comigo, por amor de Cristo, e me conceda uma partida abençoada, não serei capaz de permanecer diante dele’». (Citado por Martinho Lutero, in loc.).

Sendo assim, não teremos nesta vida uma trégua nesta batalha e foi para esta batalha que o Senhor nos enviou o Espírito Santo.

1 – AS DEFESAS DA VELHA NATUREZA

Em toda guerra existem os soldados que se incumbem do combate, bem como aqueles que se posicionam na defesa, pois também serão atacados.

A vitória em qualquer guerra não depende somente do poderio militar ou da quantidade de homens envolvidos, mas também das estratégias adotadas.

O caso citado por Lutero é vivenciado diuturnamente por todos (as) aqueles (as) que desejam viver uma vida piedosa, agrando ao Senhor e a luta só terminará quando partirmos desta mundo.

Mesmo para o mais santo dos seres humanos, tal luta é enfrentada diuturnamente e nunca poderá ser desprezada.

Por este motivo o apóstolo Paulo escreve que não podemos desprezar os ardis de satanás (2 Co 2.11).

De acordo com o Dicionário Priberam, a palavra ardil tem o seguinte significado:

  1. Astúcia; manha. 
  1. Plano para enganar alguém. = ENREDO, ESTRATAGEMA, LOGRO.

De forma clara, além da nossa natureza ser pecaminosa, o diabo, inimigo mortal do ser humano, trabalha com todas as suas forças para nos destruir e utiliza nossas fraquezas para nos prejudicar.

“No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo; porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”. (Ef 6.10-12 – ARC) 

Desde que Eva deu lugar à voz mentirosa da serpente no Éden, a natureza dos seres humanos foi afetada e o fruto da desobediência, que foi a morte espiritual passou a assolar os seres humanos.

É importante lembrarmos que o acordo de Deus era com Adão, porém, pelo fato dele ter dado ouvidos à mulher, a condenação foi para ambos.

A Bíblia nos mostra que após comerem do fruto da árvore do bem e do mal, os olhos dos dois foram abertos para a existência do mal e, se analisarmos o que satanás havia dito a Eva, aparentemente ele teria dito a verdade, porém, como é mentiroso desde o princípio, precisamos ser detalhistas para compreender o que houve.

“Então, a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal. E, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela”. (Gn 3.4-6 – ARC) 

  • Satanás disse que os olhos deles se abririam e ele disse a verdade, porém, uma verdade enganadora, pois os olhos deles foram abertos para o mal e isto não estava nos planos de Deus para eles, pois ao terem os olhos abertos para o mal, passaram a ser influenciados e dominados por ele.
  • Satanás disse eles conheceriam o bem e o mal e isto era uma verdade, mas é necessário esclarecermos que eles não conheciam o mal e não sabiam o que isto era, pois possuíam uma natureza pura.

Enfim, o diabo usou uma aparente mentira para destruir a criação de Deus e continua, desde então, fazendo a mesma coisa. 

Daquele ponto em diante, a morte espiritual passou a existir, pois Adão e Eva perderam sua comunhão com o Senhor, que era perfeita e foram expulsos do paraíso, que era um lugar de alegrias na presença do Senhor.

Além disto, o mal tomou conta deles, fazendo com que desejassem coisas erradas e más e, daí para frente a situação só piorou.

A inveja de Caim para com Abel e o assassinato cometido por ele é uma das consequências do pecado.

Somos terrivelmente maus e queremos TUDO o que nos afasta do Senhor e, somente através da ação do Espírito Santo, podemos ser livres das amarras do pecado.

A natureza pecaminosa deseja permanecer como está, pecando, porém, devemos conhecer como ela age e batalhar para não deixarmos seus “tentáculos” nos sobrepujar.

De acordo com o pastor Isaqueu Mendes de Freitas, a natureza pecaminosa tem algumas maneiras de se defender da atuação sobrenatural do Espírito Santo, agindo através da mentira, da camuflagem, da negação, da ira e do autoengano.

Esta é uma linguagem nova, porém, muito interessante e nos faz pensar sobre o fato da natureza pecaminosa ter nuances próprias, que muitas vezes passam desapercebidas.

1.1 – Alguns mecanismos de defesa

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Os mecanismos de defesa podem ser terrivelmente poderosos, deixando o ser humano completamente escravo dos desejos carnais.

O apóstolo Tiago nos mostra que eu e você somos tentados por causa das nossas concupiscências e esta palavra é conceituada por desejos imoderados ou sem controle.

“Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte”. (Tg 1.13-15 – ARC)

Champlin tem uma ideia marcante sobre este texto.

“A concupiscência é personificada como uma meretriz que atrai ao homem. (Faucett, in loc.). Essa opinião provavelmente é verdadeira, considerando que o décimo quinto versículo parece dar prosseguimento à metáfora: há uma concepção ilegítima, e então há um filho ilegítimo (o pecado); c esse filho, quando maduro, traz a morte. Porém, a Concupiscência, o desejo, é algo íntimo; um homem deve ter a tendência para o pecado. Pois, de outro modo, o estímulo externo não o atingiria. A natureza intima do homem é como uma mulher sem castidade, cuja fibra moral foi destruída, se deixou dominar inteiramente por seus vícios e perversões. Assim como é verdade que para cada qual foi designado um anjo guardião. assim também cada indivíduo conta com um demônio que acompanha, mas esse demônio é a sua própria natureza pecaminosa”. 

Champlim também diz que a prostituta tivera seu filho (o pecado); e o neto é a morte. Esse é o processo da geração natural do pecado e do vício que não são dominados. Trata-se da mesma mensagem de Rom. 6:23, vazada em linguagem diferente, O salário do pecada é a morte»”.

Quando o Senhor, que passeava pela viração do dia, chamou Adão, ele sabia exatamente onde ele estava, pois é onisciente, mas queria que Adão lhe dissesse que havia pecado e se arrependesse de seu erro, porém, Adão e Eva tentaram se esconder da presença de Deus e isto está intimamente ligado às defesas da velha natureza.

“E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e escondeu-se Adão e sua mulher da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim. E chamou o SENHOR Deus a Adão e disse-lhe: Onde estás? E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me. E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses? Então, disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi. E disse o SENHOR Deus à mulher: Por que fizeste isso? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi”. (Gn 3.8-13 – ARC)

Este texto nos mostra algumas particularidades a respeito da natureza caída que são: necessidade de se esconder diante do erro; senso de engano (tentaram enganar o Senhor) e terceirização da culpa.

1.2 – Negação e mentira

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 A negação da realidade e a mentira são frutos do pecado original e habitam em nossa carne, ou seja, em nossa natureza.

De forma simples, esta natureza é o caráter do ser humano, que, sem Deus é eivado de maldade e só pode ser transformado através da ação sobrenatural do Espírito Santo, que transforma o homem pecador em uma nova criatura diante de Deus.

“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. (2 Co 5.17 – ARC)

Adão negou que havia pecado e transferiu a culpa para Eva, que também negou, transferindo a culpa para a serpente, porém, esta última não poderia transferir a culpa para ninguém, pois é a causa de todo mal.

Muitas pessoas perguntam se é possível que satanás se arrependa de seus erros, mas isto não é possível, pois o mal foi criado por ele, o desejo de suplantar a Deus nasceu de “seu coração”.

Quando Caim assassinou seu irmão Abel, o Senhor fez a ele a seguinte pergunta:

“E disse o SENHOR a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu guardador do meu irmão”? (Gn 4.9 – ARC)

Parafraseando, o Senhor utiliza o mesmo método usado para Adão, uma pergunta e, se o pecado não estivesse entronizado nos seres humanos, ele teria respondido ao Senhor com sinceridade, porém, Caim resolveu negar seu ato e mentir ao Senhor.

Vejamos o que a tradução utilizada pela Bíblia Viva nos mostra:

“Depois o Senhor perguntou a Caim: “Que é do seu irmão? Onde está Abel? ” “Como posso saber? ” retrucou Caim. E acrescentou: “Por acaso tenho de ficar tomando conta do meu irmão”? (BV)

Ele não só sabia onde estava Abel como o havia assassinado.

De forma bem clara, os atos de satanás foram impregnados nos seres humanos e sua maldade tomou conta de nós, pois perdemos a essência de Deus e passamos a ter a essência do diabo.

Pode parecer muito duro tal conceito, mas foi exatamente o que aconteceu, pois a Bíblia nos diz que TODOS pecaram, ou seja, todos os seres humanos a partir de Adão e Eva e foram destituídos da glória de Deus (Rm 3.23)

O termo “destituídos” significa literalmente retirados com força, ou seja, o pecado fez com que os seres humanos fossem retirados da presença de Deus por expulsão.

Voltando a assunto da negação, se observarmos duas criancinhas de 2 ou 3 anos brincando, veremos que vez ou outra, quando acontece algo errado, é comum que um coloque a culpa no outro, no caso de receberem uma repreensão. Quem os ensinou a fazer isto? O diabo lá no Éden.

Vejamos que toda a natureza foi afetada, pois a sentença de Deus atingiu a todos.

O vídeo abaixo; de forma cômica; nos dá uma mostra sobre o que acontece.

https://www.youtube.com/watch?v=Zds76IgToFk&ab_channel=MelhorDaNet

Quando acontece a conversão, a natureza humana é transformada, porém, o processo de melhoria só terminará com a morte, pois Cristo nos livra da condenação do pecado e não de sua ação.

1.3 – Camuflagem

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

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Postado por ebd-comentada


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