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02/10/2020
Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira
“Porque satisfiz a alma cansada, e toda a alma entristecida saciei.” (Jr 31.25)
Sl 31.2,5,7,9,14
2 Inclina para mim os teus ouvidos, livra-me depressa; sê a minha firme rocha, uma casa fortíssima que me salve.
5 Nas tuas mãos encomendo o meu espírito; tu me remiste, SENHOR, Deus da verdade.
7 Eu me alegrarei e regozijarei na tua benignidade, pois consideraste a minha aflição; conheceste a minha alma nas angústias.
9 Tem misericórdia de mim, ó SENHOR, porque estou angustiado; consumidos estão de tristeza os meus olhos, a minha alma e o meu corpo.
14 Mas eu confiei em ti, SENHOR; e disse: Tu és o meu Deus.
Olá irmãos e irmãs, Paz do Senhor.
Chegamos a um novo trimestre e queremos desejar a todos os professores e professoras de EBD que este seja um trimestre cheio de bençãos.
O assunto abordado neste trimestre pela Editora Betel é sobre a importância da Palavra de Deus para o bem estar do ser humano de forma integral, ou seja, espírito, alma e corpo.
O mundo moderno tem dado grande importância à necessidade de estarmos bem em todas as áreas de nossa vida, seguindo o que Paulo escreve aos tessalonicenses.
“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”. (1 Ts 5.23 – ARC)
Este texto nos fala sobre a necessidade de conservarmos todo o nosso ser irrepreensível diante do Senhor para sua vida.
Quando abordamos o ser humano de forma integral, precisamos nos lembrar que somos feitos de uma parte material e outra imaterial e existem duas abordagens diferentes sobre este tema, uma que acredita que o espírito e a alma não se separam (dicotomistas) e a outra que acredita que o espírito e a alma são componentes isolados da parte imaterial (tricotomistas).
A posição das Assembleias de Deus é tricotomistas, haja vista, o texto escrito por Paulo aos tessalonicenses ser claro.
De forma simples, o espírito é a parte que nos liga com Deus, que nos proporciona capacidade de compreensão, raciocínio e interpretação; a alma é a sede das emoções e o corpo é o invólucro dos dois.
Cada uma destas áreas manifesta situações em nossa vida e todas podem ser alcançadas pelo poder da Palavra de Deus.
Ainda que alguns acreditem que não é necessário tratar os problemas da alma através de um profissional, precisamos lembrar que, da mesma forma que o corpo adoece, a alma também pode adoecer e, se existem profissionais para tratar o corpo, também existem para a alma.
A Palavra de Deus é poderosa para prover solução para qualquer tipo de problema, porém, não podemos nos esquecer que em muitos casos a ajuda de um profissional fará uma grande diferença na vida das pessoas.
Existe um texto interessante sobre a necessidade de abordarmos os problemas do espírito, alma e corpo de forma separada para que todo o ser seja alcançado, ou seja, de forma integral.
“Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma”. (3 Jo 2 – ARC)
Parece-nos que os problemas relacionados à parte imaterial afetam o ser humano como um todo, ou seja, se estamos com problemas espirituais, somos afetados na alma e no corpo, porém, o que NÃO PODEMOS esquecer é que, apesar de termos inúmeros problemas, podemos alcançar a felicidade em Cristo Jesus.
A ideia central é que, ainda que estejamos com imensos problemas, podemos tudo naquele que nos fortalece (Fp 4.13).
Jesus deixou isto claro ao falar com os discípulos sobre as tribulações.
“Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”. (Jo 16.33 – ARC)
A paz que o Senhor nos proporciona independe de qualquer circunstância, pois é plena e isto se resume ao fato de que, independentemente dos problemas que tenhamos, ainda que sejam terríveis como os de Jó, em Cristo Jesus, teremos paz.
Vale a pena nos lembrarmos que existem pessoas que não suportam os períodos de crise e se distanciam do Senhor da mesma forma que a mulher de Jó fez.
“E Jó, tomando um pedaço de telha para raspar com ele as feridas, assentou-se no meio da cinza. Então, sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus e morre. Mas ele lhe disse: Como fala qualquer doida, assim falas tu; receberemos o bem de Deus e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios”. (Jó 2.8-10 – ARC)
Jó estava sofrendo demasiadamente, mas não se esqueceu que o Senhor poderia mudar aquela situação a qualquer momento.
Estudaremos nesta lição sobre a parte imaterial do ser humano e abordaremos questões importantes sobre este assunto.
Que o Senhor lhes abençoe ricamente.
Conforme comentamos na introdução, o ser humano é um animal complexo, não se assustem com o termo “animal”, pois é exatamente o que somos.
A Bíblia nos mostra que o Senhor criou o ser humano conforme a imagem e semelhança Dele e existem algumas considerações importantes sobre este assunto e, a mais importante é que, somos seres que possuem uma natureza espiritual e, por isto, somos eternos.
“Depois disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Tenha ele domínio sobre os animais marinhos, sobre as aves, sobre os animais domésticos e sobre os répteis. Domine a terra toda! Assim Deus criou o homem à imagem do seu Criador. Deus fez o homem conforme a semelhança dele. Deus criou o homem e a mulher”. (Gn 1.26,27 – BV)
Conforme comentado na introdução, o ser humano é composto pela parte imaterial (espírito e alma) e pela parte material ou física (corpo) e, somente este ser possuí um espírito.
É importante lembrarmos que a alma só pode ser separada do espírito pela Palavra de Deus (Hb 4.12) e, em nenhum outro texto existe uma possível separação.
Através do espírito que possuímos, temos capacidade de raciocínio lógico, compreensão, interpretação e tomada de decisão com base nas experiências e no conhecimento.
Nenhum outro ser possui espírito e é muito importante lembrarmos que este não é o Espírito de Deus, recebido no momento da conversão, mas, o espírito humano.
O Senhor nos criou completos, plenos e sem pecado e, por este motivo, Adão e Eva tinham um contato diário com Deus e provavelmente o viam como é.
Isto é uma conjectura, mas, podemos pensar desta forma sem ferir o texto.
“Na tarde desse mesmo dia, ouviram o som produzido pelo Senhor Deus que passeava no jardim no frescor do dia. Os dois ficaram escondidos entre as árvores”. (Gn 3. 8 – BV)
Quando eles desobedeceram a ordem de Deus para não comer do fruto daquela árvore, a pureza que possuíam desapareceu e eles se tornaram conhecedores do bem e do mal e, sabendo que estavam nus, se esconderam do Senhor, pois tiveram vergonha da sua nudez, algo que nunca havia acontecido.
A partir deste episódio, o ser humano passou a receber em seu ser (espírito, alma e corpo), os malefícios oriundos do pecado.
O espírito não tinha condições plenas de se comunicar com o Senhor, a alma se entristeceria grandemente e o corpo seria mortal.
O Teólogo Americano Norman Champlim traz um rico comentário sobre este assunto.
“O homem não resistiu permanecer na presença de Deus. Como é óbvio, os homens precisam estar preparados para tanto. O homem perdera essa preparação ao cair no pecado. O homem perdeu o tipo de vida que tinha. Agora estava vivendo uma morte em vida. Antes ele tivera prazer não mitigado, agora ele tinha dor; antes ele desfrutara da presença de Deus, agora escondia-se Dele; antes ele gozara de comunhão, agora fugia de um encontro com o seu Criador. Esses são fatores próprios da alienação. A queda produziu uma alienação que pode ser descrita de muitos modos, visto que tem inúmeras facetas. Nossa herança é realmente pobre. A queda do homem garantiu isso. Nossas circunstâncias são lamentáveis; nascemos em um mundo deprimente. Os homens lançam a culpa de suas desgraças nos deuses e nas estrelas, transferindo as causas para outras pessoas ou para meras coisas”.
Por causa do pecado o ser humano se degrada de todas as formas possíveis e todas as áreas deste complexo ser sofrem por isto.
No passado, pouquíssimas doenças eram diagnosticadas, porém, nos dias hodiernos, a medicina evoluiu consideravelmente, trazendo vários desdobramentos para os inúmeros problemas que assolam o ser humano.
O CID 11, que é a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, em sua 11ª versão possui uma base para identificar tendências e estatísticas de saúde em todo o mundo, contém cerca de 55 mil códigos únicos para lesões, doenças e causas de morte. São 55 mil possíveis doenças relacionadas ao ser humano como um todo, descritas e categorizadas por um sistema inteligente.
As doenças mentais possuem diagnósticos diferenciados, o que auxilia no tratamento correto.
Doenças que outrora eram diagnosticadas como loucura e demência, hoje tem classificações específicas e abrangentes e isto acontece devido ao grande número de pesquisas.
Voltando a questão do pecado e sua influência no ser humano, precisamos ter sabedoria e conhecimento para compreender que existem três causas de doenças, que são:
Tudo isto acontece pelo fato de Adão e Eva terem pecado contra o Senhor.
Apesar da expectativa de vida estar aumentando, os primeiros habitantes da Terra viviam quase mil anos.
Sendo assim, faz-se necessário conhecermos as particularidades de cada parte do nosso ser para agirmos da melhor maneira, até que recebamos o corpo glorificado que o Senhor Jesus prometeu para aqueles que aguardam sua vinda.
“Tudo acontecerá num instante, num piscar de olhos, quando for tocada a última trombeta. Porque virá do céu um toque de trombeta, e todos os cristãos que já morreram, de repente voltarão à vida com novos corpos que nunca, jamais morrerão; e, então, nós que ainda estivermos vivos, também receberemos, de súbito, novos corpos. Porque os nossos corpos terrenos, os que temos agora e que são mortais, precisam ser transformados em corpos celestiais, que não podem perecer, mas viverão para todo o sempre. Quando isso acontecer, finalmente, se tornará verdadeira esta Escritura: “A morte foi tragada na vitória”. (1 Co 15.52-54 – BV)
O Teólogo Alemão, Werner de Boor traz um comentário interessante sobre este texto.
“Como isso é grandioso! No presente conhecemos apenas a existência cuja característica são a transitoriedade e a mortalidade. Karl Heim explicitou de modo singular como isso está baseado na forma da existência de todo o mundo atual. É necessária uma transformação básica, inimaginável agora, de toda essa forma de existir, para que de fato possa haver não-transitoriedade e imortalidade. Precisamos esperar por algo inteiramente novo, que ao mesmo tempo nos assusta e nos deixa felizes. Paulo está enfatizando a necessidade incondicional desse acontecimento”.
Por fim, precisamos deixar claro que existem duas posições teológicas sobre a questão dos componentes que fazem parte do ser humano, uma que acredita na tricotomia (existência de um espírito, uma alma e um corpo, e outra que acredita na dicotomia que acredita que exista uma parte espiritual e outra carnal (corpo), pois segundo esta vertente, o espírito não se separa da alma.
Na sua obra Contra as Heresias, Irineu interpreta Paulo ao dizer que “o homem perfeito é composição e união da alma que recebe o Espírito do Pai e está unida à carne” e continua a explicar que: quando, porém, este Espírito mistura-se com a alma e se une à obra modelada, pela efusão deste Espírito, realiza-se o homem espiritual e perfeito, e é este mesmo que foi feito à imagem e semelhança de Deus. Se, porém, falta o Espírito à alma, este homem será verdadeiramente psíquico e carnal, mas imperfeito, porque possuiria a imagem de Deus enquanto criatura modelada, mas não teria recebido a semelhança por meio do Espírito”.
Existem teólogos e filósofos que conceituam a alma como sendo a parte racional do ser humano, capaz de imprimir raciocínio a ele, porém, tal ensino não é prático, pois, se assim fosse, os animais teriam condição de raciocínio lógico, pois, possuem alma.
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Conforme mencionado no tópico anterior, somente o ser humano possui um espírito e é aceito que o Senhor nos deu tal componente para que pudéssemos nos comunicar com Ele e compreender tudo o que Ele nos disser.
Existem algumas particularidades que envolvem o espírito do homem e o Espírito Santo e o N.T. é repleto de ensinamentos sobre este tema, principalmente nas cartas paulinas.
Os judeus não fazem tanta distinção como os cristãos sobre a parte imaterial do ser humano, porém, Paulo nos ensina que é no espírito do homem convertido que habita o Espírito de Deus.
“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”. (Rm 8.15,16 – ARC)
Em outra tradução
“Porque o Espírito que vocês receberam de Deus não torna vocês escravos e não faz com que tenham medo. Pelo contrário, o Espírito torna vocês filhos de Deus; e pelo poder do Espírito dizemos com fervor a Deus: “Pai, meu Pai!” O Espírito de Deus se une com o nosso espírito para afirmar que somos filhos de Deus”. (NTLH)
Champlim faz o seguinte comentário sobre este texto:
“É o Espírito Santo quem produz a adoção de filhos, aquele novo e altíssimo privilégio, porquanto ele é o «álter ego» de Cristo, que atua sobre a personalidade humana, transformando-a de acordo com a imagem do nosso irmão maior, a saber, Cristo Jesus. Assim é que Vincent diz {in loc.) ׳. «Trata-se do Espírito de Deus, que produz a condição de adoção». « …adoção…» Paulo não negava aqui qualquer real transmissão de natureza de Deus para os crentes (conforme diz especificam ente o trecho de João 1:12); e nem negava que os verdadeiros crentes participam do real caráter ou natureza divina (conforme nos ensina a passagem de I Ped. 1:4). De fato, este oitavo capítulo desenvolve a ideia da participação real dos crentes na família de Deus, na qualidade de filhos, os quais se tornam tais em sua natureza íntima. No entanto, neste versículo, o apóstolo se vale de um bem conhecido costume romano, a fim de ilustrar como o Espírito Santo leva os homens à família de Deus, utilizando-se do costume da «adoção». Essa palavra, por si mesma, indica o «pôr» ou «colocar» com o filho. No presente contexto, isso deve indicar a colocação dos crentes na posição de filhos adultos, não mais filhos infantes, que ainda não chegaram à idade de entrarem na posse de sua herança, que não possam participar de todos os direitos e privilégios atinentes àqueles que pertencem à família divina. Pelo contrário, o crente entra na família de Deus com o adulto, espiritualmente falando, capaz de gozar dos plenos benefícios de sua herança, bem com o das responsabilidades de correntes dessa posição. Por conseguinte, poderíamos dizer que essa adoção de filhos produz nos crentes a « filiação adulta». Merivale (em Conversion of the Roman Empire) explica o uso que Paulo faz desse conceito romano da «adoção» , como segue : « Tratava-se do processo de adoção legal, mediante o qual um herdeiro escolhido recebia o direito não somente à reversão da propriedade à sua posse, mas também ao estado civil, em suas obrigações e direitos, daquele que o adotava , tornando-se, por assim dizer, seu outro ‘eu’, unido a ele…esse, igualmente, é um princípio romano, peculiar naquela época ao povo romano, desconhecido, segundo creio , entre os gregos, e, segundo todas as aparências indicam, também desconhecido entre os judeus, porquanto tal provisão não se pode encontrar na legislação mosaica, nem sendo mencionada em qualquer lugar onde se faz menção dos filhos da aliança. Nós mesmos fazemos apenas uma pálida ideia do que essa ilustração significaria para quem estava família rizado às práticas romanas; isso serviria para impressioná-lo com a certeza de que um filho adotivo de Deus se torna, em sentido peculiar e íntimo, unido ao seu Pai celeste». «…baseados no qual clamamos: Aba, Pai… » Um servo ou escravo, espiritualmente falando, não poderia chamar a tal por esse título, fazendo-o por direito e razão. No aramaico, o vocábulo «Aba» significa «pai». Isso nos faz lembrar que os primeiros seguidores de Jesus Cristo falavam nesse idioma, e é provável que, em suas orações e formas litúrgicas, eles tivessem preservado essa palavra como um título aplicado a Deus, paralelamente a outros vocábulos gregos e latinos. E a dupla expressão de «pai», em dois idiomas diversos, serve para fortalecer aqui a ideia de filiação e de paternidade”.
Estamos vivendo uma época estranha de “humanização” dos animais, porém, apesar dos bichinhos serem uma benção em nossa vida, o único ser que recebeu um espírito é o ser humano e, por isto, somos infinitamente superiores em importância em comparação aos outros animais.
Outro ponto importante que precisa ser mencionado é o fato de Jesus ter falado que o verdadeiro louvor é proveniente do espírito do homem.
“Mas virá o tempo, e, de fato, já chegou, em que os verdadeiros adoradores vão adorar o Pai em espírito e em verdade. Pois são esses que o Pai quer que o adorem. Deus é Espírito, e por isso os que o adoram devem adorá-lo em espírito e em verdade”. (Jo 4.23,24 – NTLH)
A verdadeira adoração só pode sair de um ser que possui o Espírito Santo em si, pois, somente este Espírito conhece a Deus e sabe o que Lhe agrada.
Werner de Boor faz um comentário interessante sobre este texto.
“A necessidade incondicional de adorar em espírito e verdade está alicerçada sobre o fato de que o próprio Deus é Espírito. Em vista da distorção profundamente enraizada em nosso pensamento, temos de nos deixar prevenir a respeito de um equívoco perigoso. A afirmação de que Deus é Espírito não significa uma ideia de Deus intelectualizada, filosófica, como Schiller expressa em suas ‘Palavras da Fé’: Muito acima do tempo e do espaço paira vivamente o pensamento mais sublime. Espírito, ‘pneuma’ é o ser invisível de Deus, sua força e divindade eternas (Rm 1.20) em contraposição à carne decadente da criatura. Até as maiores realizações intelectuais do ser humano são e permanecem sendo carne e não conduzem o ser humano a Deus (1Co 1.21). Quem pretende adorar em verdade, quem realmente deseja estar em contato com esse Deus vivo, poderá fazê-lo somente quando essa vida do próprio Deus preenche seu coração. Orar de forma aceitável, de acordo com a vontade de Deus (1Jo 5.14) pressupõe que a vontade de Deus e a maneira de Deus esteja em nossos corações por meio do Espírito. Faz parte da verdadeira adoração a Deus o amor que anseia de coração: Pai, o teu nome … o teu reino … a tua vontade…! Um amor desses, porém, é fruto do Espírito. Consequentemente, exigir que quem ora é obrigado a orar em espírito e em verdade não é uma exigência artificial e legalista. Trata-se de uma necessidade essencial, que decorre da essência do próprio Deus. Quem realmente pretende adorar e não apenas executar orações precisa fazer o caminho que Jesus apontou para Nicodemos, precisa deixar que quem está oferecendo água viva à mulher samaritana e que deseja dá-la a todos o presenteie. O que os adoradores verdadeiros precisam ter eles não podem conquistar por si mesmos. Apenas como dádiva de Jesus eles podem possui-la”.
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Alma no hebraico é ‘nephesh’ e no grego é ‘psiqué’ e ambos significam a parte imaterial que compõe o ser humano, responsável pelas emoções.
Já estudamos que existe somente uma passagem bíblica onde vemos alma e espírito ser separados.
“Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”. (Hb 4.12 – ARC)
Se observarmos o contexto veremos que a separação ocorre pelo poder da Palavra de Deus, pois ela sabe com profundidade de onde vem cada coisa, pois julga os desejos e intenções do ser humano.
A New Catholic Encyclopedia (Nova Enciclopédia Católica) diz: “Nepes [néfesh] é um termo de muito maior extensão do que nossa ‘alma’, significando vida (Êx 21.23; Dt 19.21) e suas várias manifestações vitais: respiração (Gn 35.18; Jó 41.13), sangue [Gn 9.4; Dt 12.23; Sl 140(141).8, desejo (2 Sm 3.21; Pr 23.2). A alma no Antigo Testamento significa, não uma parte do homem, mas o homem inteiro, o homem como ser vivente. Similarmente, no Novo Testamento significa vida humana: a vida duma entidade individual, consciente (Mt 2.20; 6.25; Lu 12.22-23; 14.26; Jo 10.11, 15, 17; 13.37).” 1967, Vol. XIII, p. 467. A tradução católica romana, The New American Bible (A Nova Bíblia Americana), em seu “Glossário de Termos de Teologia Bíblica” (pp. 27, 28), diz: “No Novo Testamento, ‘salvar a alma’ (Mc 8:35) não significa salvar alguma parte ‘espiritual’ do homem, em contraste com o seu ‘corpo’ (no sentido platônico), mas a inteira pessoa, com ênfase no fato de que a pessoa está viva, desejando, amando e querendo, etc., em adição a ser concreta e física.” Edição publicada por P. J. Kenedy & Sons, Nova Iorque, 1970. Néfesh evidentemente provém duma raiz que significa “respirar”, e, num sentido literal, néfesh poderia ser traduzido como “alguém que respira”. O Lexicon in Veteris Testamenti Libros (Léxico dos Livros do Velho Testamento; Leiden, 1958, p. 627), de Koehler e Baumgartner, a define como segue: “a substância respiradora, que torna o homem e o animal seres viventes Gn 1,20 , a alma (estritamente distinta da noção grega da alma), cuja sede é o sangue Gn 9,4ss Lv 17,11 Dt 12,23. alma = ser vivente, indivíduo, pessoa.” Quanto à palavra grega psykhé, os léxicos grego-inglês fornecem definições tais como “vida” e “o eu consciente ou personalidade como centro de emoções, desejos e afeições”, “um ser vivente”, e mostram que até mesmo em obras gregas não-bíblicas o termo era usado “para animais”. Naturalmente, essas fontes, que lidam primariamente com os escritos gregos clássicos, incluem todos os significados que os filósofos gregos, pagãos, davam à palavra, inclusive o de “espírito que partiu”, “a alma imaterial e imortal”, “o espírito do universo” e “o princípio imaterial do movimento e da vida”. Evidentemente, porque alguns dos filósofos pagãos ensinavam que a alma emergia do corpo na morte, o termo psykhé também era aplicado à “borboleta ou mariposa”, criaturas estas que passam por uma metamorfose, transformando-se de lagarta em criatura alada. — Greek-English Lexicon (Léxico Grego-inglês) de Liddell e Scott, revisado por H. Jones, 1968, pp. 2026, 2027; New Greek and English Lexicon (Novo Léxico Grego e inglês) de Donnegan, 1836, p. 1404. Os antigos escritores gregos aplicavam psykhé de vários modos, e não eram coerentes, suas filosofias pessoais e religiosas influenciando seu uso do termo. Sobre Platão, a cuja filosofia podem ser atribuídas as ideias comuns sobre a palavra portuguesa “alma” (como geralmente se reconhece), declara-se: “Ao passo que às vezes ele fala de uma das [supostas] três partes da alma, a ‘inteligível’, como necessariamente imortal, ao passo que as outras duas partes são mortais, ele também fala como se houvesse duas almas em um só corpo, uma imortal e divina, e a outra mortal.” — The Evangelical Quarterly (Publicação Trimestral Evangélica), Londres, 1931, Vol. III, p. 121: “Ideias Sobre a Teoria Tripartida da Natureza Humana”, de A. McCaig.
Para fecharmos uma linha de raciocínio, acreditamos que a alma expressa no corpo as emoções.
Evangelista Leonardo Novais de Oliveira
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