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11/07/2019
Por Leonardo Novais
“E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder”. (Lc 24.49)
Lc 11.9-13
“E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; porque qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate, abrir-se-lhe-á. E qual o pai dentre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? Ou também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Pois, se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?
Caros irmãos (ãs), Paz do Senhor.
Estudaremos nesta lição sobre a ação do Espírito Santo na vida de Jesus, descrita por Lucas, o médico amado.
Ainda que Jesus seja Deus, quando esteve entre os seres humanos, Ele o fez na forma de um homem e, por isto, precisava ser cheio do Espírito Santo para fazer a obra que lhe estava destinada.
Jesus nos ensina com isto, que todos os homens precisam ser cheios do Espírito Santo para fazer a obra que o Senhor tem para cada um de nós.
Sigamos o exemplo do Mestre.
Cerca de 700 anos antes do nascimento de Jesus, o Cristo, o profeta Isaías, inspirado pelo Espírito Santo profetiza a respeito de Seu nascimento. Leiamos o texto:
“Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel. Manteiga e mel comerá, até que ele saiba rejeitar o mal e escolher o bem”. (Is 7.14,15 – ARC)
É aceito que este texto faz menção ao nascimento de Jesus, que se deu exatamente como descrito pelo profeta Isaías.
Vejamos outro texto:
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Do incremento deste principado e da paz, não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto”. (Is 9.6,7 – ARC)
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A palavra “concepção” vem de conceber, que, de acordo com o Dicionário Priberam, significa “ficar grávida”.
O processo de concepção humano só é possível quando se tem um espermatozoide (homem) e um óvulo (mulher) e o problema era que Maria era virgem e estava noiva de José.
Os judeus eram rigorosos com os costumes e a castidade era considerada valorosa para uma mulher que deveria se casar virgem.
Desta forma, quando o anjo apareceu a Maria e disse que ela daria à luz ao salvador do mundo, ela não entendeu como isto poderia acontecer, leiamos o texto:
“E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. E, entrando o anjo onde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres. E, vendo-o ela, turbou-se muito com aquelas palavras e considerava que saudação seria esta. Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus, E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e opor-lhe-ás o nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim. E disse Maria ao anjo: Como se fará isso, visto que não conheço varão? E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus. E eis que também Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhice; e é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril. Porque para Deus nada é impossível. Disse, então, Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela”. (Lc 1.26-38 – ARC)
O sexto mês que o texto diz, refere-se a gravidez de Isabel, que seria mãe de João, o batista.
Leiamos o versículo 26 e 27 em outra tradução:
“Quando Isabel estava no sexto mês de gravidez, Deus enviou o anjo Gabriel a uma cidade da Galileia chamada Nazaré. O anjo levava uma mensagem para uma virgem que tinha casamento contratado com um homem chamado José, descendente do rei Davi. Ela se chamava Maria”. (NTLH)
Assim como Isaías havia profetizado, uma virgem daria à luz ao salvador do mundo.
O contexto é tão marcante que quando José, o noivo de Maria ficou sabendo que ela estava grávida, tomou a decisão de separar-se dela, pois o contrato de noivado previa o casamento e, se a gravidez de Maria fosse descoberta, ela seria apedrejada, pois na mente de José ela havia se deitado com outro homem.
Vejamos o que a Bíblia nos diz:
“Se uma virgem estiver noiva de um homem, e outro homem a encontrar na cidade e se deitar com ela, então vocês devem levar ambos para fora, ao portão daquela cidade, e apedrejá-los até a morte; a moça, por não ter gritado na cidade, e o homem, por ter humilhado a esposa do seu próximo. Assim, elimine o mal do seu meio”. (Dt 22.23,24 – ARC)
Desta forma, José planeja fugir, mas o anjo do Senhor aparece a ele e confirma as palavras que Maria provavelmente lhe havia dito, leiamos:
“O nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, a sua mãe, ia casar-se com José. Mas antes do casamento ela ficou grávida pelo Espírito Santo. José, com quem Maria ia casar-se, era um homem que sempre fazia o que era direito. Ele não queria difamar Maria e por isso resolveu desmanchar o contrato de casamento sem ninguém saber. Enquanto José estava pensando nisso, um anjo do Senhor apareceu a ele num sonho e disse: —José, descendente de Davi, não tenha medo de receber Maria como sua esposa, pois ela está grávida pelo Espírito Santo. Ela terá um menino, e você porá nele o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos pecados deles. Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito por meio do profeta: “A virgem ficará grávida e terá um filho que receberá o nome de Emanuel.” (Emanuel quer dizer “Deus está conosco”.) Quando José acordou, fez o que o anjo do Senhor havia mandado e se casou com Maria. Porém não teve relações com ela até que a criança nasceu. E José pôs no menino o nome de Jesus”. (Mt 1.18.25 – NTLH)
Observe que Mateus descreve o que aconteceu citando a profecia de Isaías.
De forma prática, o Espírito Santo foi o responsável por fecundar o óvulo de Maria. Somente acreditamos nisto pela fé, pois cientificamente é impossível que uma mulher engravide sem a presença de um espermatozoide unindo-se a seu óvulo.
Sendo assim, fica evidente que o cumprimento da profecia se deu na vida de Maria que estava desposada (noiva) de José e que o Senhor preparou todas as coisas para que nenhuma das pessoas relacionadas com a situação tivesse problemas.
A ICAR (Igreja Católica Apostólica Romana) ensina que Maria permaneceu virgem, mas a Bíblia é clara quando mostra que Jesus teve irmãos (Mt 1.55,56)
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Todo o plano relacionado ao nascimento do Messias teve a ação miraculosa do Senhor.
A profecia de Miquéias dizia que o salvador nasceria em Belém, vejamos:
“E tu, Belém Ereta, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. (Mq 5.2 – ARC)
José residia na cidade de Nazaré e, por decreto do imperador César Augusto, o império faria um censo e todos os homens deveriam se alistar na cidade de origem e a cidade de origem dele era Belém.
Como é bom saber que o Senhor está no controle de TODAS as coisas.
Leiamos um texto sobre este assunto:
“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto”. (Rm 8.28 – ARC)
Voltado para Belém com Maria que estava grávida, Jesus nasce na cidade de Belém.
Glória a Deus!
Leiamos o que o Teólogo Alemão Fritz Rienecker escreve:
“A inserção do nascimento de Jesus no contexto histórico do governo do imperador Augusto tem meramente a finalidade de mostrar que em última análise os mais poderosos desta terra não passam de instrumentos para a concretização da vontade de Deus! O texto original de Lucas diz: Aconteceu… que saiu uma ordem (um dogma) de César Augusto. Onde diz decreto (ordem), consta no grego “dogma”. A expressão “dogma” possui diversos significados no NT. No lugar de “recensear-se” o texto original traz apographesthai. Isso significa “o registro do nome de cada cidadão, de sua idade, posição social, do nome da esposa e dos filhos, do patrimônio e da renda no cadastro oficial com o objetivo de calcular os impostos”. O resultado do recenseamento de César Augusto foi de 60 milhões de pessoas. Isso significava: um imenso reino, uma enorme potência. O resultado da contagem divina significa: “Um pobre gênero humano, um mundo perdido!” Também no decreto de César e na obediência do judeu José ao gentio Augusto, que governa de modo absoluto, se explicita que unicamente a mão de Deus governa, precisamente pelo fato de que Jesus nasceu em Belém para cumprir a Escritura e para que se cumprisse a vontade de Deus. No v. 4 consta enfaticamente: José foi a partir da Galileia (mais precisamente da cidade de Nazaré) subindo para a Judéia (tradução do autor). Nazaré está situada a 525 metros acima do nível do mar, e Belém a 777 metros acima do nível do mar. Em cerca de cinco dias de caminhada era possível chegar a Belém partindo de Nazaré! A distância entre Nazaré e Belém era de 170 km. No tempo de Maria e José, Belém era uma localidade consideravelmente miserável. Setecentos anos antes o profeta Miquéias já designara Belém de pequena. Contudo, Lucas não cita Belém como “local de cumprimento” de profecias do AT, simplesmente como a cidade de Davi. A cidade de Davi não é a cidade em que Davi governava, mas aquela na qual ele nascera (cf. 1Sm 16.1, 17.12)”.
Evangelista Leonardo Novais de Oliveira
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