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25/09/2018
Esse post é assinado por Cláudio Roberto de Souza
1 Tessalonicenses 4:16
16 Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; (ARC)
Daniel 9:24-25
24 Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e ungir o Santo dos santos.
25 Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos. (ARC)
Mateus 24:36
36 Porém daquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente meu Pai. (ARC)
Paz seja convosco!
Com muita alegria chegamos ao final de mais um trimestre, onde temos renovado o nosso conhecimento acerca da nação que o Senhor escolheu como o Seu povo; se apresentou aos patriarcas, os engradeceu, fez promessas, libertou, introduziu a Sua Palavra entre eles, cumpriu promessas, estabeleceu um reino, puniu o seu povo, enviou o Messias prometido aos judeus e por fim cumprirá as promessas finais reservadas a esta especial nação, distinta dentre todas as que existem na terra (Dt 10.15).
A história da humanidade caminha para o desfecho final. A teologia que examina e estuda este final é denominada de Escatologia; palavra de origem grega – “escathos” que significa “último”, e “logos” que é “Estudo”, “Tratado” ou ainda “conhecimento”, logo, Escatologia é o tratado ou a doutrina que estuda os últimos acontecimentos ou as últimas coisas.
Mesmo tendo Israel rejeitado o Messias, e desta forma os gentios terem tomado parte no plano redentor do Senhor; Deus não os rejeitou (Rm 11) e ainda há promessas feitas a esta nação que estão por se cumprir.
Por fim, como muitos gostam de enfatizar, Israel tornou-se para a igreja que aguarda o arrebatamento, uma espécie de relógio profético, cujas horas avançam para conclusão de tudo e o fechamento final!
Segundo H. Ray Dunning, o termo Arrebatamento se refere ao ensino de Paulo sobre o que acontecerá com os santos vivos na segunda vinda de Cristo. Em 1ª Tessalonicenses 4.14-17 explica que além da ressurreição dos justos mortos, “nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares.”
Vale ressaltar aqui, que a visão escatológica que iremos apresentar nesta lição é aquela exposta pela Escatologia Pentecostal, muitas vezes presente na confissão de fé das Assembleias de Deus. Ela possui um ponto de vista escatológico:
Dispensacionalista – Crê que a história da humanidade está dividida em sete dispensações;
Pré-Tribulacionista – Crê que a igreja será arrebatada antes da grande tribulação.
Esta visão escatológica acredita que o N.T. ensina que o crente será removido da terra por Cristo antes do derramamento da ira de Deus, que precedera a segunda vinda de Cristo para reinar sobre a terra (1Ts 4.14-17; 5.9; 1Co 15.51-53).
As expressões “o Dia de Cristo” (Fp 1.10: 2.16); “o Dia de Jesus Cristo” (Fp 1.6); “o Dia do Senhor Jesus” (1Co 5.5: 2Co 1.14); “o Dia de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 1.8), denotam o tempo da “parousia” (presença ou vinda de Cristo com os Seus santos, subsequente ao arrebatamento – 1Ts 4.16.17). Em 2Pe 1.19. esse Dia e mencionado simplesmente como “o Dia”.
O tema acerca das últimas coisas na Bíblia é recorrente.
O evangelista Leonardo Novaes, comentarista do site EBD Comentada afirma em seu texto sobre a volta de Jesus que há cerca de trezentas referências sobre a primeira vinda de Cristo na Escritura e oito vezes mais sobre a segunda vinda, ou seja, há mais de 2.400 referências sobre a segunda vinda em toda a Bíblia. Não se trata de mera repetição, mas de uma proclamação insistente e contínua de que Jesus breve virá!
O pastor Claudionor de Andrade nos explica que devemos considerar o arrebatamento da igreja em dois sentidos: etimológico e bíblico-teológico. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento encontramos várias passagens sobre essa doutrina.
1 – Sentido Etimológico: A palavra arrebatamento no contexto da escatologia bíblica significa tirar com rapidez e de forma inesperada.
Quando o Novo Testamento foi traduzido para o latim, optou-se pelo vocabulário “raptus” que se originando do verbo “raptare” comporta os seguintes significados: “tirar, arrancar, tomar das mãos alguma coisa de forma violenta”.
2 – Definição bíblico-teológico: O arrebatamento é a retirada imprevista e repentina da Igreja deste mundo pelo poder de Deus, para que, transladada às regiões celestes, esteja para sempre com o Senhor Jesus.
O Novo Testamento dedica duas passagens ao arrebatamento da igreja: 1ª carta aos Coríntios 15 e 1ª carta aos Tessalonicenses 4. Em Coríntios, Paulo descreve o rapto dos santos; em Tessalonicenses mostra como nossos corpos serão glorificados.
A teologia Escatológica Pentecostal, ensina que a segunda vinda de Cristo, ocorrerá em duas fases distintas: A primeira fase será secreta e invisível ao mundo e é chamada de Arrebatamento ou translação, enquanto a segunda será pública e vista por todos – Revelação ou simplesmente de segunda vinda (Mt 24.20; Mc 13.26).
Sobre as duas fases da segunda vinda de Cristo, o doutor J. Dwight Pentecost afirma que devemos observar várias contraposições entre o arrebatamento e a revelação de Cristo nas nuvens (segunda vinda). Elas mostrarão que os dois acontecimentos não são vistos como sinônimos nas Escrituras. A existência de dois planos separados é mais bem percebida pelas muitas contraposições encontradas nas Escrituras entre os dois acontecimentos, vejamos:
1 – O arrebatamento compreende a retirada dos crentes, enquanto o segundo advento requer o aparecimento e a manifestação do Filho;
2 – No arrebatamento os santos são levados nos ares, enquanto na segunda vinda, Cristo volta à terra;
3 – No arrebatamento Cristo vem buscar Sua noiva, enquanto na segunda vinda Ele retorna com a noiva;
4 – O arrebatamento resulta na retirada da igreja e na instauração da tribulação, enquanto na segunda vinda resulta no estabelecimento do reino milenar;
5 – O arrebatamento é iminente, enquanto a segunda vinda é precedida por uma multidão de sinais;
6 – O arrebatamento traz uma mensagem de conforto, enquanto a segunda vinda é acompanhada por uma mensagem de julgamento;
7 – O arrebatamento está relacionado ao plano para a igreja, enquanto a segunda vinda está relacionada ao plano para Israel e para o mundo;
8 – O arrebatamento é um mistério, enquanto a segunda vinda é prevista em ambos os testamentos;
9 – No arrebatamento os crentes são julgados, enquanto na segunda vinda os gentios e Israel são julgados;
10 – O arrebatamento deixa a criação intacta, enquanto a segunda vinda implica uma mudança na criação;
11 – No arrebatamento os gentios não são afetados, enquanto na segunda vinda são julgados;
12 – No arrebatamento as alianças de Israel não são cumpridas, enquanto na segunda vinda todas as alianças são cumpridas;
13 – O arrebatamento não tem relação particular com o plano de Deus para o mal, enquanto na segunda vinda o mal é julgado;
14 – É dito que o arrebatamento ocorrerá antes do dia da ira, enquanto a segunda vinda se segue a ele;
15 – O arrebatamento é apenas para os crentes, enquanto a segunda vinda tem efeito sobre todos os homens;
16 – A expectativa da igreja em relação ao arrebatamento é “perto está o Senhor” (Fp 4.5), enquanto a expectativa de Israel em relação à segunda vinda é “o reino está próximo” (Mt 24.14).
17 – A expectativa da igreja no arrebatamento é ser levada à presença do Senhor, enquanto a expectativa de Israel na segunda vinda é ser levado ao reino.
Essas e outras contraposições que poderiam ser apresentadas apoiam a alegação de que se trata de dois planos diferentes que não podem ser unificados num só.
O saudoso pastor Severino Pedro da Silva esclarece ainda que encontramos em o Novo Testamento cinco termos técnicos na língua grega que descrevem a manifestação de Cristo em suas duas fases futuras: Arrebatamento e Parousia e cada uma delas exemplificadas com passagens bíblicas:
a) Optomai (aparecer). “Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos,
aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação” (Hb 9.28).
b) Ercomai (vir). “E, se eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também” (Jo 14.3).
c) Epphanos ou epiphaneia (aparição). “Que guardes este mandamento sem mácula e repreensão, até a aparição de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Tm 6.14).
d) Apokalypsis (revelação, desvendamento). “De maneira que nenhum dom vos falta, esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co 1.7).
e) Parousia (presença ou vinda). “E então será revela- do o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda” (2 Ts 2.8).
Desta forma, o arrebatamento envolverá a igreja e a revelação envolverá Israel e quem estiver na terra.
O apóstolo Paulo afirma que a sua volta será em um momento único, ligeiro, rápido demais, comparado ao abrir e fechar de olhos.
1 Coríntios 15:52
52 num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. (ARC)
Strong explica que a palavra “momento” no texto é no grego a palavra “átomos” e quer dizer: “que não pode ser cortado em dois”, ou “dividido”, “indivisível”. Significando algo maior, isto é, este tempo indivisível será tão veloz que não haverá prazo para que o indivíduo repare os seus caminhos diante do Senhor.
Estejamos, pois, prontos para a partida, tendo os lombos cingidos, sapatos nos pés e cajado na mão!
Por Cláudio Roberto de Souza
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Equipe EBD Comentada
Postado por ebd-comentada
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