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05/07/2017
Este post é assinado por: Cláudio Roberto
TEXTO ÁUREO
1 Coríntios 9:22
22 Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para, por todos os meios, chegar a salvar alguns. (ARC)
TEXTO DE REFERÊNCIA
Atos 2:46-47
46 E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,
47 louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar. (ARC)
Atos 4:4
4 Muitos, porém, dos que ouviram a palavra creram, e chegou o número desses homens a quase cinco mil. (ARC)
Atos 5:42
42 E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e de anunciar a Jesus Cristo. (ARC)
INTRODUÇÃO
O nobre comentarista das lições bíblicas deste trimestre, inicia esta lição (O comunicador e a mensagem de salvação) nos dando breve resumo do evangelismo pessoal (leia a introdução da lição).
O pastor N. Lawrence Olson, prefaciando o livro A prática do evangelismo pessoal de Antônio Gilberto, afirma que o evangelismo pessoal foi o meio básico empregado por Jesus e seus apóstolos no princípio, e tem sido um dos mais eficientes meios usados pelos crentes há quase 2000 anos para a salvação dos pecadores.
A grande realidade é que todo o tipo de evangelização tem seu valor, mas nenhum dispensa o apoio, a cooperação do evangelismo pessoal.
Anunciar o Evangelho, além de ser um tamanho privilégio é também uma tarefa de pessoas que tenham experimentado uma grande salvação em Cristo Jesus.
1 – A COMUNICAÇÃO DO EVANGELHO
Como primeira abordagem do conceito de comunicação, pode-se começar pela sua etimologia. A palavra deriva do latim communicare, que significa “partilhar algo, pôr em comum”. Portanto, a comunicação é um fenômeno inerente à relação que os seres vivos mantêm quando se encontram em grupo (dois ou mais).
http://conceito.de/comunicacao
O processo de evangelização se dá por meio da comunicação. Paulo evidencia assim: “Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?“ (Rm 10:14).
Evangelizar é comunicar ao pecador, as boas novas de Cristo.
Para que a mensagem do evangelho seja bem compreendida e aceita pelos pecadores, se faz necessário uma boa comunicação. Desta forma, é preciso que o evangelizador estabeleça através do diálogo, uma ponte de comunhão com o evangelizado, enviando-lhe uma mensagem lúcida, transparente, clara e objetiva.
O evangelizador deve estabelecer um contato onde o evangelizado tenha liberdade de dialogar e tirar suas dúvidas. Por outro lado, o evangelista deve estar preparado para responder as incertezas do outro.
O evangelista deve ser alguém apto a esclarecer as controvérsias e dúvidas do evangelizado, deve conhecer o estado do mesmo (separado de Deus por causa dos seus pecados), conhecer ao Senhor (Libertador do pecador) e a mensagem do evangelho (boas novas de salvação).
1.1 – Anunciando o Evangelho de Cristo
O tema, evangelização, foi o último assunto tratado por Jesus aos seus discípulos antes de subir ao céu, daí, extraímos conclusivamente a importância dessa questão para Deus e por extensão, também a igreja, pois ela tornou-se responsável por esta atividade na terra.
Evangelismo pessoal é a obra de falar de Cristo aos perdidos individualmente: é levá-los a Cristo, o Salvador (Jo 1.41,42; At 8.30).
Exercer esse papel, é obrigação de todos que compõe a igreja do Senhor e que experimentaram a salvação proporcionado por Jesus Cristo.
A evangelização exige empenho do evangelista, pois irá lidar com algumas barreiras no percurso, tais como:
O ganhador de almas deve necessariamente estar imbuído, revestido, alicerçado, equipado e impregnado da Palavra de Deus para que obtenha êxito na tarefa de evangelização.
O evangelista e escritor João Moreno, em seu livro ‘Evangelismo, a tarefa suprema da igreja’, editado pelo Instituto Bíblico das Assembleias de Deus (IBAD), fornece importante informação sobre a comunicação evangelística. Ele diz que uma evangelização eficaz exige uma linguagem clara, propósitos definidos e o conhecimento dos tipos de pecadores para que a mensagem evangelística seja específica. Usar uma linguagem clara, significa adequar a comunicação ao nível cultural de cada uma das pessoas que vai ser evangelizada. Cristo nos deixou esse ensinamento em todos os seus sermões. Em Mateus capítulo 13, podemos observar um desses momentos, quando Jesus, para expressar seu pensamento de uma forma adequada às pessoas que o ouviam, utilizou exemplos conhecidos e recorreu a uma linguagem que as pessoas entendiam. Ao observarmos esse capítulo, percebemos que Jesus, em algumas ocasiões, quando não utilizava palavras simples, explicava o que queria dizer com outras palavras.
Um exemplo desses momentos é encontrado em João 3, quando Nicodemos, ao não entender a metáfora utilizada por Jesus, “quem não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”, teve, da parte de Cristo, a explicação exata do termo “nascer de novo”.
Aprendemos, nessas passagens, que não devemos utilizar, na evangelização, termos que somente os evangélicos entendem, pois isso é desrespeitar o pecador, e como resultado, a comunicação evangelística será ineficaz.
1.2 – A conexão da mensagem e o mensageiro
Certa feita, Edward McKendree Bounds, piedoso servo de Deus que viveu entre os séculos dezoito e dezenove, membro do clero Sul Episcopal da Igreja Metodista americana, afirmou: “Um homem, um homem inteiro, é o que há por trás de um sermão. Pregar não é fazer uma apresentação de uma hora, mas o fluir de uma vida. Leva vinte anos para se fazer um sermão, porque leva vinte anos para se fazer um homem”.
Quantos de nós, desclassificamos algumas mensagens por simplesmente conhecer a vida daquele que ministrava?
A Palavra anunciada é de Deus, mas quando o comunicador vive as margens do que prega, é suficiente para muitos, rejeitarem a sua prédica.
Por outro lado, não se pode negar que a mensagem pregada por aquele que possui uma vida piedosa e obediente a Deus, tem peso e contornos mais relevantes, porque, como afirmou o irmão Bounds, a vida de um evangelista se apresenta primeiro que o seu próprio sermão.
Mateus 7:28-29
28 E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina,
29 porquanto os ensinava com autoridade e não como os escribas. (ARC)
Matthew Henry afirma que os escribas do tempo de Jesus não falavam como mestres do que pregavam; a palavra deles não chegava aos ouvintes com vida e força. Eles a proferiam como um aluno recita sua lição; no entanto, Cristo proferia Seu discurso como um juiz profere sua sentença.
Quanta diferença faz a mensagem daqueles que ministram exatamente o que vivem!
Paulo, na ocasião em que apresentou o evangelho pessoalmente a Félix, o governador da Judéia, disse: “E, por isso, procuro sempre ter uma consciência sem ofensa, tanto para com Deus como para com os homens” (At 24.16). Paulo demonstrava cuidado para que a sua consciência, nos seus dois lados – para com Deus e para com os homens – estivesse sempre limpa.
Pastor Antônio Gilberto indaga: “Quantos tem sido desaprovado por Deus neste quesito? Trabalham com toda força, porém não frutificam. Frustrados se dirigem a Deus com a pergunta nos lábios: “Por que não há frutos no meu trabalho?””.
As Escrituras podem responder. Considere os seguintes textos:
1 – I Pe 1.15 – Aqui a santidade é requerida em todas as maneiras de viver;
2 – Fp 1.27 – Mostra que a nossa conduta deve ser segundo o Evangelho;
3 – Rm 12.1-2 – O ensino aqui, é que não devemos ter uma vida conformada com o mundo. O povo de Deus deve caminhar o mais distante possível do mundo.
Sobre este último ponto, é como nos conta a história ilustrativa de certo patrão que estava examinando um grupo de motoristas, a fim de selecionar um deles para ficar como empregado de sua firma. A certa altura do teste, surgiu a seguinte pergunta: “Se vocês fossem por uma estrada, beirando um precipício, qual seria a menor distância a que chegariam da beira do abismo, respeitando os limites de segurança?” Os motoristas querendo demonstrar habilidade e experiência, foram dizendo: “um metro”, “menos de um metro”. Nenhuma resposta agradava ao patrão, até que um deles disse: “Eu caminharia tão longe quanto possível do precipício”. Este candidato foi aceito para o emprego .
Assim dever ser também a vida espiritual do ganhador de almas; uma vida regrada pelas Escrituras e não pelo mundo, pois o descrente não lê a Bíblia, mas lê a vida do crente, que de fato dever ser uma Bíblia aberta (II Co 3.2).
1.3 – Entender para comunicar
O dever da igreja é claro como o sol ao meio dia… Ser testemunha de Cristo!
Atos 1:8
8 Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra. (ARC).
O dicionário Strong nos dá importante informação sobre a palavra ‘testemunhas’ do versículo acima…
‘Testemunhas’ vem do grego “μαρτυς”, “martus” e tem como significado:
Testemunha:
1. Num sentido legal;
2. Num sentido histórico (Alguém que presencia algo, p. ex., uma contenda);
3. Num sentido ético; (Aqueles que por seu exemplo provaram a força e genuinidade de sua fé em Cristo por sofrer morte violenta).
Este último é um significado pouco conhecido ou comentado nas igrejas. Ser Testemunha de Cristo implica em estar apto a morrer pela verdade do Evangelho (At 7.58-60).
Durante os três anos e meio que os discípulos de Jesus estiveram com Ele, viram, ouviram, presenciaram e participaram de muitos fatos, tais como sermões, profecias, curas e milagres espetaculares que contribuíram com a missão de apresentar Jesus aos perdidos.
Os ensinamentos aprendidos diretamente e através de Jesus; as suas próprias experiências com o Messias; e o poder do Espírito Santo compunham a tríplice base para testemunhar do Salvador. Resumo abaixo cada uma delas:
1. Ensinamentos de Jesus: A fonte de toda mensagem deve ser Cristo (tópico 3.3 desta lição). Não fomos chamados para contar a nossa história, mas contar a história de Jesus que desceu do céu para cumprir o propósito de salvar toda a humanidade (Fp 2.7-11), aliás, o termo ‘Evangelho’ tem o equivalente em inglês que significa “Gospel” e quer dizer “história de Deus”. Portanto anunciamos a sua história de resgate da humanidade (Jo 3.15-16);
2. Suas próprias experiências com o Messias: Cada um dos apóstolos tinha a sua história particular com Cristo, mas todos tiveram em comum, o convívio diário com Jesus e desta maneira puderam conhecer em detalhes a vida do Filho de Deus, suas atitudes e comportamentos, seus feitos, sua doutrina. Eles mesmos experimentaram a mudança de vida operada por Cristo neles, e desta forma tinham conhecimento de causa para repassar a outros;
3. O poder do Espírito Santo: No dia de Pentecostes, Pedro foi o primeiro a ministrar o Palavra de Deus após a inauguração da Igreja, e a pregação do Evangelho realizada no poder do Espírito Santo, leva as pessoas a perguntarem: “Que faremos?” (At 2.37). A indagação das três mil almas no dia de Pentecostes foi repetida semelhantemente pelo carcereiro romano em Filipos “que farei para ser salvo?” (At 16.30). Somente capacitados pelo Espírito de Deus, nossa mensagem despertará nos homens a preocupação em saber o que devem fazer para se salvar.
Para o exercício da evangelização eficaz, é indispensável a meditação contínua e sistemática das Escrituras, bem como uma vida dedicada a constante oração. Enquanto a leitura bíblica nos fornece conhecimento e nos torna habilitados a comunicar com competência o plano de salvação de Deus aos homens, a oração irriga o conhecimento e nos abastece da graça de Deus para que sejamos achados virtuosos diante daqueles que nos ouvem.
Entender a mensagem do evangelho é de vital importância, pois esta é a única palavra que pode salvar o homem do seu desastroso futuro.
Há muitos estudiosos da Bíblia que recomendam o estudo bíblico por temas evangelísticos tais como:
1. O amor de Deus;
2. A graça de Deus;
3. O perdão de Deus;
4. A salvação proposta por Deus;
5. O arrependimento do pecador;
6. A justificação do pecador
7. A vontade de Deus para o homem e outros…
Importante ressaltar que o evangelista não deve desanimar nesse caminho em busca do conhecimento da mensagem do evangelho com finalidade de comunicá-la aos perdidos, pois com o tempo, esse conhecimento se tornará abrangente e profundo em sua vida.
2 – A MENSAGEM E O MENSAGEIRO
2 Pedro 1:5-8
5 e vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude, a ciência,
6 e à ciência, a temperança, e à temperança, a paciência, e à paciência, a piedade,
7 e à piedade, a fraternidade, e à fraternidade, o amor.
8 Porque, se em vós houver e aumentarem estas coisas, não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. (ARC)
A vontade de Deus é o nosso crescimento constante. Na vida cristã, sempre estaremos em desenvolvimento até alcançarmos o limite determinado por Deus, que é a estatura do varão perfeito – Cristo (Ef 4.13).
Efésios 4:13
13 até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, (RA)
Sobre o versículo acima, Hernandes Dias Lopes comenta que nossa meta é o crescimento espiritual. Cristo é nossa vida, nosso exemplo, nossa meta e nossa força. Devemos imitá-lo e chegar à plenitude da sua estatura. A igreja impõe aos seus membros nada menos que a meta da perfeição. Precisamos ser um reflexo do próprio Cristo, pois ele vive em nós.
Quanto maior for o nosso crescimento, maior será a visibilidade de Cristo em nossas vidas.
2.1 – O mensageiro deve ser exemplo
O servo de Deus possui uma escala moral muito mais elevada do que aquela conferida pelo mundo, ou ao menos deveria, isto porque já não possuímos o mesmo valor de outrora. Os muitos escândalos, as práticas tais como: namoro vergonhoso, sexo antes do casamento, divórcio, mentiras, subornos, avareza, corrupção e outros, infelizmente já fazem parte do nosso meio.
Nem por isso, a Bíblia deixará de clamar em cada coração que devemos ser modelo exemplar de conduta, cujo comportamento deve ser ilibado, a semelhança do que foi o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Davi não se sentiu habilitado a ensinar os caminhos do Senhor, sem antes fazer um concerto de sua vida espiritual, pois ele compreendia que o pecado é um impedimento à conversão dos pecadores (Sl 51.2-13).
Em meio a uma sociedade poluída pelo pecado, habitava um homem integro, reto, temente a Deus e que se desviava do mal (Jó 1.1,8), cuja vida foi exemplo para aqueles que o conhecera, trazendo sobre si a honra e o respeito desde o menor até os príncipes (Jó 29.2-25).
1 Coríntios 10:32,33 – 11:1
32 Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus.
33 Como também eu em tudo agrado a todos, não buscando o meu próprio proveito, mas o de muitos, para que assim se possam salvar. (ARC)
1 Coríntios 11
1 Sede meus imitadores, como também eu, de Cristo. (ARC)
O apóstolo Paulo deixa-nos uma sóbria e importante orientação no texto acima.
Norman Russel Champlin afirma que Paulo havia deixado exemplo de como se deve agir para com todos os homens, visando a salvação de todos quantos fosse possível salvar. Ele se fazia de tudo para todos, a fim de que pudesse ao menos conquistar alguns para Cristo. (Ver I Cor. 9:21,22). Ele olhava para o benefício espiritual deles; não agradava a si mesmo; pouco se importava com seu conforto físico e com sua prosperidade individual. Pelo contrário desgastava as suas energias para obter a vantagem espiritual de outros. Ora, isso é o cumprimento prático da lei do amor. Paulo dava porque amava; da mesma maneira que Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu próprio Filho unigênito. E essa atitude de Paulo é digna de ser imitada e seguida, de ser considerada como um exemplo da conduta cristã ideal. Por sua vez, o apóstolo seguia a Jesus Cristo. Esse serviço tão destituído de egoísmo não era ideia dele, de Paulo, não era invenção sua. O próprio Senhor Jesus é o exemplo supremo dessa atitude e ação de que Paulo fala aqui. (Ver João 13:12-16).
A.B. Davidson disse de certa feita a seus estudantes: “Uma vida ordinária, mas bem vivida, é o maior de todos os feitos”.
Esse autor foi um célebre comentador escocês das Sagradas Escrituras. Sim, essa forma de vida é a maior prova que existe acerca da doutrina e da teologia moral, maior que muitos volumes escritos, melhor que os mais hábeis argumentos. Esse foi o grande e real argumento daqueles pescadores simples da Galileia, como Pedro, Tiago e João. As pessoas tinham de dar atenção a eles, quando andavam pelas ruas (At 4:13), não porque fossem enumerados entre os eruditos rabinos, mas porque tinham aprendido certa sabedoria secreta, tendo estado em companhia do Senhor Jesus, e essa sabedoria havia transformado as suas vidas.
Sermos imitadores de Cristo, fará bem não somente a nós mesmos, mas a outros também, que podem ser alcançados com o nosso testemunho de vida. Tal obra de Deus em nós, pode ser tão poderosa que mesmo depois de morrermos, poderemos ainda ser referência para futuras gerações como foram os próprios apóstolos, os cristãos de Tessalônica para outros na Macedônia e Acaia (I Ts 1.6-9); Timóteo foi aconselhado por Paulo a ser exemplo dos fiéis da igreja de Éfeso (I Tm 4.12); Tito da mesma sorte a ser padrão de boas obras e a ter integridade e reverência no ensino (Tt 2.7); e aos pastores das primeiras igrejas a serem modelo do rebanho (I Pe 5.3)!
A história ainda irá nos fazer lembrar de homens que deixaram raro legado de modelo a igreja de Cristo tais como: John Wesley, George Withefield, Spurgeon, Moody, Jerônimo Savonarola, David Brainerd, Carlos Finney, João Bunyan, Hudson Taylor, Aidan Wilson Tozer, John Knox, Calvino, Pastor Hsi, Hudson Taylor, João Paton, David Livingstone, Jorge Muller, Adoniram Hudson, Christmas Evans, Guilherme Carey, Jonatas Edwards, Lutero, Pastor Bernhard Jhonson, Matthey Henry, Gunnar Vingren, Seymour, Daniel Berg, João de Oliveira, Pastor Kolenda, David Wilkerson e tantos outros…
Imagino as tantas lideranças hoje, e nós mesmos, anônimos da obra de Deus… Que modelo estamos desenvolvendo em nosso dia a dia? Somos bons exemplos para alguém ou envergonhamos o evangelho com nossas atitudes espiritualmente débeis?
Se algo está errado, faça como Davi (Sl 51) e depois enxergue você mesmo como sendo um centro que irradia a luz de Deus aos perdidos, como um farol que orienta a embarcação a se desviar dos recifes ou ainda como um mapa que mostra o caminho para o viajante cansado.
Nossa conduta é um sermão mudo, mas que não cessamos de pregar a outros.
2.2 – O mensageiro deve amadurecer espiritualmente
Gostei muito do que escreveu o comentarista deste trimestre, Bispo Oídes, quando o mesmo menciona a forma gradual que Jesus foi se revelando aos seus discípulos.
Como as lições de Cristo foram aplicadas no tempo certo e na medida exata com o propósito de que se desenvolvessem no conhecimento do Senhor e adquirissem maturidade espiritual.
Norman Russel Champlin afirma que é provável que aqui, em contraste com o uso do grego “koiné”, o artigo tenha a função de distinguir e demonstrar (como nossas palavras “este” ou “aquele”). Evidentemente o propósito do autor é distinguir Jesus de qualquer outro que pudesse ser chamado “Cristo” ou “ungido”, de qualquer outro que pudesse ser chamado de filho de Deus; e também, que “o Deus vivo”, é o Deus de Israel, aquele que, através dos profetas, deu indicações sobre a vinda e as obras do Messias. Portanto, Jesus é o único Cristo verdadeiro, o Filho de Deus (mas não como outros podem ser filhos de Deus), e que foi enviado pelo Deus de Israel, o único Deus verdadeiro e vivo, em contraste com os deuses pagãos, que não têm vida nem inteligência. O contexto mostra que Pedro recebeu completamente e sem reservas a missão messiânica de Jesus, não concordando com as opiniões populares, que declaravam ser Jesus apenas um dos profetas “redivivo”. Não é Jesus somente um dentre outros “cristos” ou “ungidos”, mas é o Cristo, o Messias, profetizado no V.T. a personagem longamente aguardada pela nação de Israel. Jesus é a própria esperança de Israel e, nesse sentido, o único Filho de Deus.
O comentário do Dr. Champlin é relevante no contexto deste tópico, porque esmiúça claramente o fato de que os discípulos (principalmente Pedro), havia alcançando a principal revelação que norteava o ministério de Jesus. Ele não era apenas um profeta, mas o profeta. Jesus foi reconhecido como o Messias anunciado e aguardado por Israel, foi reconhecido como o Salvador e, por conseguinte o Senhor de suas vidas.
A descoberta continua e Cristo passa a falar abertamente do seu sacrifício e a necessidade de cada um deles renunciarem suas vidas e negarem suas vontades a fim de conquistarem a vida eterna (Mt 16.24-28).
Com esse novo posicionamento, os discípulos entenderam que suas vidas iriam depender unicamente de Jesus e que isso seria para eles suficiente.
Tal renuncia implicaria até mesmo em morrer pela causa do Evangelho, aliás voltamos aqui a um dos conceitos da palavra testemunha de Atos 8.1 – mártir.
Essa é a maturidade espiritual que o Senhor espera que venhamos alcançar ao afirmar “Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á.” (Mt 16:25).
Estamos suficientemente maduros a ponto de até perdemos a vida por amor a Cristo e ao Evangelho?
2.3 – A grandeza da revelação divina
Qualquer homem (gênero humano) que ainda não chegou ao conhecimento da revelação de Deus, escondida em Cristo é considerado pelas Escrituras como alguém que está em estado de cegueira espiritual (II Co 4.3-4).
Pergunte a alguém totalmente cego o que ele “vê” mesmo com os olhos abertos. A resposta será: ‘Uma escuridão total!’.
Em seu ministério terreno, Jesus curou muitos cegos (Mt 12.22; Mc 8.22; 10.45-51; Jo 9.1-32) e podemos imaginar a alegria que puderam experimentar ao poder enxergar, alguns novamente, outros pela primeira vez. Saíram de um mundo completamente escuro para um mundo cheio de cores vivas!
Por isso, não é vã a afirmação do profeta Isaías e ratificada pelo evangelista Mateus, quando afirmaram acerca da manifestação de Jesus “O povo que jazia em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região e sombra da morte resplandeceu-lhes a luz”. (Mt 4.16; Is 9.2).
Jesus declaradamente afirmou: “… Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8.18).
O evangelho de Jesus Cristo causa exatamente isso na vida daqueles que o ouvem e o recebem de bom grado. Assim como aquele que é fisicamente cego e passa a enxergar e é encharcado de alegria, o indivíduo que absorve a mensagem do evangelho, é transportado de uma região escura, sem luz, onde nada se vê para uma região clara e bem iluminada, onde tudo pode ser visto e passa a experimentar a verdadeira alegria, a alegria da salvação (Sl 51.12; 116.13).
O Evangelho é esclarecedor e iluminador. O Evangelho é como uma luz que se ascende no interior do homem e este passa a enxergar as suas misérias e a necessidade de um Salvador. A mesma luz também aponta para Jesus Cristo de Nazaré (II Co 4.6).
Por mais escuras e densas trevas que alguém possa estar mergulhado, a luz do evangelho não só resplandece como também prevalece!
3 – A MENSAGEM DA SALVAÇÃO
Norman Geisler faz um breve resumo sobre as consequências do pecado na humanidade. Ele afirma que Deus criou os primeiros seres humanos em um estado de perfeição. Uma das perfeições que Deus nos concedeu foi o poder do livre-arbítrio. Adão e Eva fizeram uso desta liberdade para desobedecer a Deus. O que se seguiu a este mau uso da liberdade humana (o livre-arbítrio) foi um estado de pecaminosidade, do qual não podemos escapar e reverter sem o auxílio divino.
A desobediência do casal original trouxe a morte ao mundo.
Existem três tipos de morte: a espiritual, a física e a eterna. Adão e Eva morreram espiritualmente no momento em que pecaram. A partir dali eles também começaram a morrer fisicamente naquele mesmo dia. Caso Adão e Eva não tivessem aceitado a provisão de salvação oferecida por Deus, teriam também, em algum momento, morrido eternamente, o que significaria uma separação perpétua de Deus.
A morte é a separação de Deus, e a morte espiritual é a separação espiritual de Deus. Isaías declarou: “Mas as vossas iniqüidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Is 59.2). No instante em que Adão pecou, ele experimentou o isolamento espiritual de Deus; isto fica evidenciado pela vergonha que ele sentiu a ponto de se esconder do seu Criador.
A partir deste ponto, todos os descendentes de Adão — Toda pessoa nascida de pais naturais desde o tempo da Queda — também está espiritualmente morto.
Efésios 2:1,4,5
1 E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados,
4 Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,
5 estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), (ARC)
A consequência do pecado original cometido no Éden (Gn 3), condicionou todos os homens a um estado de separação de Deus, que somente pode ser revertido através da expiação do pecado – No Antigo Testamento (Lv 4.13-21) e agora no Novo Testamento (Hb 2.14-18; 9.23-28).
O ganhador de almas deverá ter esse conceito muito bem definido em sua mente e coração, a fim de expor aos perdidos a sua real condição diante do criador, “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.” (Rm 5:12), e mais, deverá também apontar a ele a solução – Cristo! “Porque, se, pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça e do dom da justiça reinarão em vida por um só, Jesus Cristo” (Rm 5:17).
3.1 – O vazio da alma do homem
Parte da ciência acredita que o homem seja unitarianista, ou seja, que o ser humano é apenas um todo, isto é, não existe uma outra parte no homem, que após a sua morte, continuará vivendo.
A Teologia diverge que o homem seja um ser dicotômico (mais aceito no campo filosófico do que na teologia) ou tricotômico (amplamente aceito no campo teológico e boa parte do filosófico). Vamos resumir isso:
Dicotomia: É a divisão de um elemento em duas partes;
Tricotomia: É a divisão de um elemento em três partes.
No âmbito da teologia, os “dicotomistas” acreditam que o ser humano é dividido em duas partes: corpo e alma (sendo que para eles, alma e espírito são sinônimos). Por outro lado, os “tricotomistas” contemplam o ser humano em três vertentes: corpo, alma e espírito (I Ts 5.23; Hb 4.12).
Severino Pedro da Silva afirma que Deus é trino e o homem é tríplice!
O pastor Silas Daniel, conceitua tanto a alma como o espírito de forma bem simples e de fácil entendimento.
Ele diz que o espírito é imaterial e também é a faceta do homem interior que tem a capacidade de se relacionar responsavelmente com Deus e conhecê-lo. Mas por que? Porque nela reside a consciência e a fé.
A consciência é o “tribunal” que há dentro de cada um de nós, que condena ou aprova nossas ações, motivadas e instigadas pela alma, e que pode ser cauterizada ou arrefecida pela prática constante do pecado, bem como pode vir à tona pelo toque inconfundível do Espírito Santo.
Ele diz que a alma é a outra parte da substância imaterial do ser humano que mais se relaciona com o meio, com tudo encontrado ao alcance dos cinco sentidos e o faz conhecer a si mesmo.
Com o espírito, relacionamos com Deus e através da alma, comunicamo-nos com o mundo à volta e com nós mesmos.
A alma é a janela do homem interior aberta para o relacionamento com a vida neste mundo. O espírito é a outra janela do homem interior e que está aberta com o relacionamento com o Criador.
Silas Daniel ainda afirma que as faculdades da alma são conhecidas como sendo: vontade, emoção e intelecto, sendo essas duas últimas presididas pela primeira.
O intelecto: Também chamado de razão. É nela que se desenvolve o nosso raciocínio, as ideias e opiniões.
A emoção: Também conhecido como o coração do homem. Está relacionado aos sentimentos. Não é à toa que Myer Pearlman bem disse que o coração é a “sede das nossas emoções”. O coração é o lugar onde é trabalhado tudo quanto de bom e de ruim existe no nosso homem interior. Ele é a oficina da alma, por isso, Salomão afirmou: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida” (Pv 4.23).
A vontade: Está inserida entre o intelecto e as emoções e por muitas vezes muda de partido. As emoções e o intelecto substancializam a alma e a vontade os administra. Os sentimentos são qualificados ou desqualificados pela vontade. É ela que reprime ou dá evasão aos sentimentos.
O comentarista da lição menciona que o vazio se instala na alma do homem, sugerindo que a mesma se dá no interior do ser humano, cuja vontade pecaminosa prevalece sobre o dever de fazer o bem ou aquilo que é correto diante de Deus, haja vista que seu coração (emoções) está dominado por sentimentos perversos e carnais que o afasta cada vez mais de Deus devido a um intelecto poluído por filosofias vãs, doutrinas de demônios e ideologias contaminadas pelo pecado.
Sabemos que somente o poder do evangelho de Jesus Cristo, pode trazer saciedade para uma alma cansada (Mt 11.28), no entanto o homem busca preencher tal vazio com diversões, lazer, ocupações e até com obras e religiosidade como disse o comentarista deste trimestre. A busca desenfreada os levam a cisternas rotas e poços sujos, porém Jesus possui a água viva (Jo 7.37) que pode matar esta sede da alma e fartar o exausto homem sobrecarregado pelo fardo do pecado.
3.2 – O plano de Deus para a salvação do homem
Apocalipse 13:8
8 E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. (ARC)
Champlin nos informa que a expiação de Cristo, neste versículo, é referida como algo determinado. Não foi algum pensamento tardio de Deus, e o pecado não o tomou de surpresa, sem qualquer provisão para o mesmo.
Charles argumenta em favor da ideia de que o princípio de sacrifício e redenção é mais antigo que o mundo, pois, na realidade, pertence à essência mesma da deidade. Nesse caso, é algo inteiramente intemporal (imutável).
Quando ocorreu a primeira desobediência humana no Éden, Deus não foi pego de forma imprevista e assim teve que rabiscar uma forma de concertar o estrago causado pelo homem e restabelecer a sua comunhão com ele novamente – Não, de forma alguma! Havia um plano antes de tudo existir!
1 Pedro 1:19-20
19 mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,
20 o qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado, nestes últimos tempos, por amor de vós; (ARC)
Este versículo coloca tudo no lugar… O propósito da morte do Cordeiro já era conhecido desde a fundação do mundo, e antes da fundação do mundo, Cristo foi preordenado como o Cordeiro que haveria de morrer, mas isso não aconteceu até que chegasse a sua hora (Jo 2.4; 12.27).
Ao ganhador de almas, compete saber que existe um plano de salvação que foi arquitetado por Deus e este plano tem como objetivo, resgatar o homem da perdição.
A salvação do homem é uma providência Divina (Ef 2.8), pois ele deu seu Bendito Filho como sacrifício pelo pecado (Jo 3.16; I Jo 2.1).
O plano é simples porque Deus afastou todas as dificuldades. Ele fez tudo em lugar do pecador. A parte cabível ao pecador, é apenas aceitar a salvação consumada (Jo 19.30). É como está escrito na parábola das bodas: “Tudo já está preparado; vinde as bodas” (Mt 22.4).
O pastor Antônio Gilberto faz um belo resumo do plano de salvação proposto por Deus. “A palavra de Deus afirma que todos pecaram e destituídos ficaram da glória de Deus (Rm 3.23). Deus, porém, na sua misericórdia, não quer que ninguém pereça (I Tm 2.4; II Pe 3.9), e proveu salvação a todos que quiserem. Jesus morreu em lugar do pecador., levando sobre si o pecado do mundo (Is 53.6b; Jo 1.29; II Co 5.21; I Pe 2.24). Quem quiser pode agora ser salvo mediante o Senhor Jesus Cristo (Mt 1.21; Lc 2.10,11; 19.10; Jo 3.16; At 10.43; Rm 10.13; Ap 22.17). O castigo do pecado, que era para morte (Ez 18.4), o Senhor Jesus levou em seu corpo no Calvário”.
Moody ainda falava dos três “Rs” da pregação evangelística:
1. Ruína em consequência da queda;
2. Redenção por meio de Cristo e;
3. Regeneração por meio do Espírito Santo.
Eis o cerne da pregação evangelística!
3.3 – Jesus, o tema central
Uma rápida olhadela ao nosso redor, perceberemos que Jesus é o centro de tudo na humanidade – sempre foi.
Toda a história veterotestamentária apontava para a sua manifestação.
Tal resumo foi definido desta forma pelo Pastor Antônio Gilberto em seu livro A Bíblia Através dos Séculos:
1 – O Antigo Testamento foi a PREPARAÇÃO para a manifestação de Cristo;
2 – Os Evangelhos foi a MANIFESTAÇÃO de Cristo;
3 – Atos dos apóstolos foi a PROPAGAÇÃO da mensagem de Cristo;
4 – As cartas correspondem a EXPLANAÇÃO da mensagem de Cristo;
5 – Apocalipse é a CONSUMAÇÃO revelada por Cristo.
A própria história secular é dividida em Antes de Cristo (a.C.) e Depois de Cristo (d.C.). A história de todo homem que o recebe como Senhor e Salvador de sua vida, também passa por esse crivo, ou seja, antes da experiência da salvação proporcionada por Cristo e depois.
Romanos 11:36
36 Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém! (ARC)
Se tudo é Dele, por Ele e para Ele, porque a pregação do Evangelho não deveria ser em torno Dele? Porque Jesus não deveria ser o centro?
1 Pedro 1:25
25 mas a palavra do Senhor permanece para sempre. E esta é a palavra que entre vós foi evangelizada. (ARC)
A mensagem do evangelho que conquistou e convenceu os pecadores nos tempos da igreja primitiva foi a mensagem de arrependimento e rendição ao sacrifício de Jesus para redenção do pecador… “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (At 2:38).
Bispo Oídes relaciona alguns belos exemplos:
1. Paulo pregou a Cristo Jesus aos Coríntios (II Co 4.5);
2. Filipe pregou a Cristo aos Samaritanos (At 8.5);
3. O mesmo Filipe anunciou o Cristo ao eunuco etíope (At 8.35);
4. Pedro inaugurou a pregação da igreja primitiva, anunciando Jesus Cristo (At 2.22,38; 3.19,20).
Deste modo, a velha mensagem do Evangelho continua sendo as “boas novas de Cristo” e não há porque mudar, como muitos estão a fazer. Não se contentam com a simplicidade do Evangelho exposto na Bíblia e tentam inovar, criar um evangelho paralelo, sofisticado, por vezes complicado e na maioria das vezes, adulterado.
Certa feita, o maior evangelista vivo deste tempo, Billy Graham, foi pregar em uma capital europeia e na ocasião, leu o evangelho de Lucas 19.1-10 e passou a discorrer sobre o encontro de Jesus e Zaqueu… Acontece que sua mensagem para muitos pregadores modernos poderia ser considerada até medíocre, pois Billy simplesmente mencionou o encontro tal qual está registrado na Bíblia e aplicou a mensagem aos milhares de ouvintes apinhados naquele estádio de futebol dizendo: “Desça da árvore do orgulho, da árvore da prostituição, do vício das drogas, das bebidas, desça da árvore da mentira e do roubo, pois Jesus quer pousar em sua casa; Jesus quer fazer morada em sua vida e lhe conceder uma eternidade bem aventurada…”
Bom…, ele falou algo desse tipo e pode parecer realmente uma mensagem bem aquém dos “padrões que hoje são exigidos”, no entanto, enquanto Billy pronunciava tais palavras, milhares e milhares de pessoas, crianças, jovens, adultos e velhos, desciam até o centro do gramado em meio as lágrimas, tocadas, sensibilizadas, persuadidas, mas principalmente convencidas pelo Terno Espírito Santo de Deus de seus pecados.
Atualmente, os pregadores querem apresentar a “sua mensagem”, diferente e jamais vista com o intuito de serem admirados pelos seus ouvintes. Desejam ocupar o lugar de primazia no culto e na pregação. Estes o próprio orgulho os arruinará (Pv 16.8).
O Evangelho puro e simples, produz resultados surpreendentes e apresenta somente Jesus Cristo, e este ressuscitado!
CONCLUSÃO
Ricardo Gondim certa feita disse: “Você pode ser perito em religião, conhecer a Bíblia em sua totalidade, ser diplomado em Teologia, mas se não tem o desejo de compartilhar Cristo com as pessoas ao seu redor, deve questionar a validade de sua experiência”.
O desejo de comunicar o Evangelho, deve pulsar dentro de cada crente como o coração pulsa dentro de cada peito.
Que nos muitos diálogos que participamos durante o nosso dia, a mensagem salvadora do Evangelho que anuncia Jesus, possa de alguma forma, fazer parte…
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Bíblia Eletrônica Olive Tree – Versão Revista e Corrigida / Revista e Atualizada / NVI;
Dicionário da língua portuguesa;
A prática do evangelismo pessoal – Antônio Gilberto – CPAD;
Evangelismo, a tarefa suprema da igreja – João Moreno – IBAD;
Dicionário Bíblico Strong – James Strong – Sociedade Bíblica do Brasil;
Efésios – Comentário Expositivo – Hernandes Dias Lopes – Editora Hagnos;
Bíblia de Estudo Matthew Henry – Central Gospel;
Comentário NT – Jeremias – Norman Champlin – Editora Hagnos;
Teologia Sistemática – Volume 2 – Norman Geisler – CPAD;
Reflexões sobre a alma e o tempo – Silas Daniel – CPAD;
O homem, corpo, alma e espírito – Severino Pedro da Silva – CPAD
Artesão de uma nova história – Ricardo Gondim – Editora Candeia;
Site da internet mencionado quando citado no texto;
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Por Cláudio Roberto
Postado por ebd-comentada
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