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Betel Adultos – 3º Trimestre 2024 – 25-08-2024 – Lição 8 – A relevância e importância da doutrina pentecostal para manter a Igreja viva

23/08/2024

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

TEXTO ÁUREO

“E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedeu que falassem.” Atos 2.4

TEXTOS DE REFERÊNCIA

ATOS 2.1-4 

1 E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; 

2 E, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. 

3 E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. 

4 E todos estavam cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedeu que falassem.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Corrigir os erros doutrinários sobre o batismo no Espírito Santo. 
  • Expor sobre o Pentecostes verdadeiramente bíblico. 
  • Assegurar a identidade pentecostal da Igreja.

INTRODUÇÃO

Olá, irmãos(ãs), paz do Senhor.

A Teologia Pentecostal é uma corrente dentro do cristianismo que enfatiza a experiência direta e pessoal com Deus através do Espírito Santo.

Essa teologia é central ao movimento pentecostal, que surgiu no início do século XX e é caracterizada por práticas como o falar em línguas (glossolalia), profecia, cura divina e outras manifestações carismáticas.

A teologia pentecostal é distintiva por sua ênfase no batismo no Espírito Santo, uma experiência que, confere poder espiritual adicional para o testemunho cristão e vida piedosa, de acordo com a orientação de Jesus aos seus discípulos (Lc 24.49).

Os principais Conceitos da Teologia Pentecostal são:

1) Batismo no Espírito Santo : É visto como uma experiência distinta e subsequente à conversão, evidenciada geralmente pelo falar em línguas. Esse batismo é entendido como uma capacitação para o serviço e a vida cristã.

2) Glossolalia (Falar em Línguas): Considerado o sinal inicial e físico do batismo no Espírito Santo, embora não seja o único dom espiritual.  

3) Experiência Pessoal e Direta: A teologia pentecostal dá grande importância à experiência direta com Deus, acreditando que cada crente pode ter uma relação íntima e pessoal com o Espírito Santo.

4) Escatologia: O movimento pentecostal possui uma forte expectativa escatológica, com ênfase na iminência do retorno de Cristo. Isso se reflete em uma vida prática externa para a santidade e a evangelização.

5) Prática Cristã: Envolva o uso regular dos dons do Espírito, não apenas no culto, mas também na vida diária dos crentes. Isso inclui expectativa de milagres, sinais e prodígios como parte do viver cristão.

Sua origem e desenvolvimento estão ligados ao evento ocorrido nos EUA, especificamente em Los Angeles, conhecido como “Avivamento do Rua Azuza”.

Este movimento começou em 1906, liderado por William J. Seymour, um pastor afro-americano e foi marcado por experiências intensas de glossolalia, profecia e outros dons espirituais, e rapidamente se espalhou pelo mundo, dando origem a diversas denominações pentecostais.

O movimento pentecostal, no entanto, tem raízes mais profundas, remontando a vários avivamentos anteriores, incluindo o Movimento de Santidade do século XIX, que enfatizava a santificação e a perfeição cristã.

O pentecostalismo também se inspira nos movimentos de renovação espiritual e na busca por uma experiência cristã mais vibrante e intensa.

Alguns personagens marcaram este movimento e influenciaram a Teologia Pentecostal.

  • Charles Fox Parham (1873-1929): Considerado por muitos como o pai do movimento pentecostal. Foi ele quem primeiro ensinou que o falar em línguas era o sinal inicial do batismo no Espírito Santo.
  • William J. Seymour (1870-1922): Um dos principais líderes do Avivamento da Rua Azusa, que é considerado o catalisador do movimento pentecostal global.
  • Aimee Semple McPherson (1890-1944): Fundadora da Igreja Internacional do Evangelho Quadrangular, ela foi uma evangelista carismática e uma das figuras mais conhecidas do pentecostalismo no século XX.
  • David du Plessis (1905-1987): Conhecido como “Mr. Pentecost”, desempenhou um papel crucial em levar o pentecostalismo ao diálogo ecumênico, especialmente no movimento carismático dentro das igrejas tradicionais.
  • Oral Roberts (1918-2009): Um influente pregador e televangelista, fundador da Oral Roberts University, que popularizou o pentecostalismo na mídia e ajudou a moldar o movimento carismático.

Conhecer as origens do Movimento Pentecostal é fundamental para compreender a teologia vinculada a ele.

Também é importante compreendermos os conceitos de Pentecostalismo e Movimento Pentecostal.

O pentecostalismo refere-se à corrente teológica e prática religiosa dentro do cristianismo que se concentra na experiência pessoal e direta com o Espírito Santo, especialmente através do batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais, como o falar em línguas, profecia e cura.

Ele abrange as crenças, doutrinas, práticas e a espiritualidade que caracterizam essa forma de cristianismo.

Em resumo, o pentecostalismo é a doutrina e a prática religiosa que definem o que é ser pentecostal.

O movimento pentecostal, por sua vez, se refere ao desenvolvimento histórico e ao crescimento global das igrejas, denominações e grupos que adotam as crenças e práticas do pentecostalismo.

Ele inclui o surgimento, expansão e impacto do pentecostalismo ao longo do tempo, bem como as diversas ondas e avivamentos que contribuíram para sua disseminação.

1 – O PENTECOSTES BÍBLICO

O Dia do Pentecostes é conhecido como o dia em que o Senhor começou a cumprir a promessa proferida através do profeta Joel, 400 anos antes do nascimento de Jesus.

“E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito.” (Jl 2.28,29 – ARC)

Quando Jesus ressuscitou dentre os mortos, apareceu aos discípulos por um intervalo de 40 dias e disse para ficarem em Jerusalém, até que do alto fossem revestidos de poder.

“E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.” (Lc 24.49 – ARC)

Os discípulos permaneceram orando por 10 dias, até que no quinquagésimo dia, o Espírito Santo foi derramado.

“Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” (At 2.1-4 – ARC)

A palavra “Pentecostes” vem de cinquenta e faz alusão à descida do Espírito Santo, 50 dias após a Páscoa.

Quando o Espírito Santo foi derramado, Pedro pregou para uma multidão de pessoas e quase 3 mil pessoas foram salvas e seu sermão tratou de explicar o motivo pelo qual aquilo havia acontecido.

“Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras. Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo esta a terceira hora do dia. Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos; e também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e minhas servas, naqueles dias, e profetizarão; e farei aparecer prodígios em cima no céu e sinais em baixo na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes de chegar o grande e glorioso Dia do Senhor; e acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (At 2.14-21 – ARC) 

A questão das manifestações dos dons espirituais ao longo da história da Igreja, especialmente entre o período do Novo Testamento e a Reforma Protestante, é complexa e envolve diferentes interpretações históricas e teológicas, sendo muito importante conhecer as fontes corretas para compreendermos o que aconteceu do período apostólico até a Reforma Protestante.

  1. Período Apostólico (1º século):

Novo Testamento: O livro de Atos dos Apóstolos e as epístolas de Paulo fornecem relatos claros e diretos sobre a manifestação dos dons espirituais, como a profecia, a cura, o falar em línguas e a interpretação de línguas. Essas manifestações eram comuns e esperadas entre os primeiros cristãos, considerados sinais da presença ativa do Espírito Santo na Igreja.

  1. Pós-Apostólico (2º ao 3º século):

Pais da Igreja: Escritos de líderes como Irineu de Lyon, Justino Mártir e Tertuliano sugerem que os dons espirituais, como profecia e cura, continuaram a ser evidentes na igreja primitiva.

Irineu de Lyon (c. 130-202): Em sua obra “Contra as Heresias”, Irineu menciona a ocorrência de milagres, incluindo ressurreições e curas, que eram atribuídos ao poder do Espírito Santo.

  1. Período Patrístico (4º ao 5º século): 

Agostinho de Hipona (354-430): Inicialmente cético quanto à continuidade dos dons espirituais, Agostinho mudou de posição mais tarde em sua vida, relatando milagres e curas em sua obra “A Cidade de Deus”. No entanto, ele não relata o fenômeno de glossolalia, que parece ter diminuído em frequência nesse período.

João Crisóstomo (c. 349-407): Considerava os dons como algo que estava em declínio ou já não ocorria na mesma intensidade dos tempos apostólicos.

  1. Idade Média (6º ao 15º século):

Sinais e Milagres: Embora a glossolalia quase não seja mencionada, outras manifestações espirituais, como visões, curas e experiências místicas, são relatadas por santos, místicos e teólogos. Exemplos incluem São Francisco de Assis, Hildegarda de Bingen e Catarina de Siena.

  1. Pré-Reforma (14º ao 16º século):

Movimentos Dissidentes: Grupos como os valdenses e os hussitas, que antecederam a Reforma, também relataram manifestações espirituais. Embora perseguidos, esses grupos muitas vezes afirmavam experiências de revelação e milagres.

Após a Reforma Protestante, homens como John Wesley, Phoebe Palmer, Charles Finney,D.L. Moody e outros, foram expoentes mundiais sobre o Pentecostalismo, atestando que o Espírito Santo continuava agindo com poder sobre os que criam.

Estes representantes permaneceram até o grande avivamento da Rua Azuza.

1.1 – O Espírito prometido

A promessa do derramamento do Espírito Santo é uma das mais significativas no contexto bíblico, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.

Essa promessa indica a vinda de uma era em que Deus derramaria Seu Espírito sobre toda a humanidade, permitindo uma renovação espiritual profunda e a capacitação dos crentes para viverem de acordo com Sua vontade.

No Antigo Testamento, os judeus obedeciam ao Senhor por meio de regras que puniam aqueles que as desobedeciam, porém, Deus disse que haveria um tempo em que colocaria seu Espírito dentro de seu povo e lhes daria um novo coração.

É importante lembrarmos que o coração, no A.T. era tido como o centro dos seres humanos, o lugar mais importante, o amago do ser e o lugar de onde saiam as decisões.

“E vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei um coração de carne. Porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis.” (Ez 36.26,27 – ARC)

Por este motivo, o salmista escreve: “Escondi a sua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti.” (Sl 119.11).

Como já mencionamos, a promessa do derramamento do Espírito é claramente anunciada em várias passagens do Antigo Testamento.

A profecia de Joel fala de uma ação divina que não seria limitada a um grupo específico, mas que seria abrangente, incluindo pessoas de todas as idades, classes e gêneros.

1.2 – O Espírito derramado

No Novo Testamento, a promessa do derramamento do Espírito é confirmada e cumprida com a vinda do Espírito Santo no Dia de Pentecostes, conforme mencionamos.

A confirmação de Pedro ocorreu na mensagem do dia do Pentecostes.

“Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel: ‘E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne.” (At 2.16-17 – ARA)

O cumprimento da promessa é também destacado em outras passagens do Novo Testamento, como em João 14, onde Jesus promete o Consolador, o Espírito Santo, que estaria com os crentes para sempre.

O teólogo americano Craig S. Keener, em seu comentário exegético do livro de Atos, traz uma análise bem interessante.

“O derramamento do Espírito no Dia de Pentecostes marca o início da nova era escatológica anunciada pelos profetas do Antigo Testamento. Ele argumenta que o evento não foi apenas uma experiência única, mas inaugurou uma nova dinâmica da presença do Espírito na vida dos crentes, disponível para toda a igreja.”

Outro teólogo americano chamado Gordon D. Fee, também traz uma rica contribuição sobre este assunto.

“A continuidade entre a promessa do Antigo Testamento e seu cumprimento no Novo Testamento. Ele argumenta que Paulo vê o derramamento do Espírito como a realização das promessas escatológicas de Deus, que incluem tanto a renovação individual quanto a corporativa, formando uma nova comunidade de crentes capacitada pelo Espírito Santo para viver em conformidade com a vontade de Deus.” 

Como sabemos, no A.T. o Espírito Santo não habitava na vida dos judeus, mas agia em determinadas ocasiões com propósitos bem específicos, como no caso da capacitação de reis, sacerdotes e profetas, porém, no N.T., a promessa se cumpre na vida de todos os que creem em Jesus.

Aproveite para diferenciar em sala de aula sobre as duas manifestações relacionadas ao Espírito Santo e o cristão, sendo a primeira no ato da conversão e a segunda com o batismo no Espírito Santo.

1.3 – O resultado do derramamento do Espírito Santo

Ao tratar do batismo no Espírito Santo, precisamos compreender que o propósito principal é a capacitação espiritual do cristão para cumprir o ide do Senhor.

Isto está claramente explicado no capítulo 1 do livro de Atos.

“Mas recebais a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.” (At 1.8 – ARC – grifo nosso) 

Antes de explicar sobre este texto, pergunte a seus alunos qual é o propósito do batismo no Espírito Santo.

Infelizmente, muitos acreditam que o batismo tem como propósito o falar em línguas estranhas…

Ao analisarmos os textos do NT a respeito do cumprimento da promessa do derramamento do Espírito Santo, aprendemos que existem algumas implicações teológicas e práticas.

1) Inauguração da Nova Aliança: O derramamento do Espírito marca o início da Nova Aliança, onde a lei de Deus não é apenas escrita em tábuas de pedra, mas nos corações dos crentes, através do Espírito (cf. Hebreus 8:10-12 ).

2) Universalidade do Evangelho: A experiência de Pentecostes, onde o Evangelho foi proclamado em várias línguas, simboliza a universalidade da mensagem cristã. O Espírito capacita os crentes a testemunhar para todas as nações, cumprindo a missão global da Igreja.

3) Capacitação Espiritual: O Espírito Santo dota os crentes com dons espirituais (1 Coríntios 12) e os capacita para o serviço, o testemunho e a vida cristã. A presença do Espírito é vista como essencial para a santificação e a eficácia no ministério.

4) Presença Contínua do Espírito: Diferente das demonstrações temporárias do Espírito no Antigo Testamento, no Novo Testamento o Espírito é dado permanentemente aos crentes, como um selo e garantia da herança futura (Efésios 1:13-14).

2 – A IDENTIDADE PENTECOSTAL DA IGREJA

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

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Postado por ebd-comentada


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