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Betel Adultos – 3º Trimestre 2024 – 11-08-2024 – Lição 6 – A relevância da Igreja cumprir o seu papel na integração e discipulado agregador

08/08/2024

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

TEXTO ÁUREO

“Portanto, recebei-vos uns aos outros, como também Cristo nos recebeu para glória de Deus.” (Romanos 15.7)

TEXTOS DE REFERÊNCIA

EFÉSIO 4.1-6

1 Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados,

2 Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, apoiando-vos uns aos outros em amor,

3 Procurando salvar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.

4 Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da sua vocação;

5 Um só Senhor, uma só fé, um só batismo;

6 Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Apresentar a necessidade de integração à Igreja. 
  • Explicar a funcionalidade da integração na Igreja. 
  • Expor sobre o envolvimento da Igreja na integração.

INTRODUÇÃO

Olá, irmãos(ãs), paz do Senhor.

Quando Jesus foi elevado ao céu, deixou orientações claras a respeito do trabalho de evangelização e discipulado.

“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu tenho mandado; e é que eu estou convocando todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém!” (Mt 28.19,20 – ARCO)

Tenho observado que muitas ofertas se dedicam veementemente à tarefa de evangelização, mas são pouco eficientes na integração dos novos convertidos.

Desta forma, a retenção dos novos convertidos torna-se pequena e a igreja não cresce.

Sendo assim, no tocante à vida prática da Igreja, esta lição é a mais importante desta revista, pelos seguintes motivos.

1) A Igreja deve fazer a integração de uma pessoa que foi salva por Jesus e iniciou um processo de santificação. 

2) O novo convertido não possui conhecimento sobre como uma igreja funciona e precisa de ajuda para obter as informações corretas. 

3) O novo convertido não conhece as doutrinas básicas do cristianismo e as necessidades de alguém para acompanhá-lo na jornada de aprendizado. 

4) O novo convertido não tem hábito de frequentar uma igreja e precisa de alguém para informá-lo a respeito de tudo o que acontece. 

5) Uma grande parte dos novos convertidos não possui amizades na igreja e precisa de pessoas que se dispõe e cuidar deles.

Como professores de EBD, precisamos capacitar e acompanhar pessoas para este importante trabalho.

1 – A IMPORTÂNCIA DA INTEGRAÇÃO

No início da Igreja, o número de convertidos era muito grande e existiam poucos obreiros para acompanhar tudo o que acontecia. Desta forma, foi necessário dividir as tarefas para que cada um exerça seu ministério da melhor forma possível.

Logo após a conversão, os novos convertidos foram integrados à vida da comunidade cristã e aprenderam a compartilhar tudo o que possuíam.

“De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas. E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade. E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.” (At 2.41-47 – ARC)

Como já estudamos sobre como se deu o processo de organização da Igreja, não nos ateremos a este ponto nesta lição. Porém, é de extrema importância que conscientizemos os alunos sobre a nobre tarefa de integrar os novos convertidos, fazendo-os participantes das atividades da igreja.

Outro ponto que precisamos elucidar é o fato de que existem pessoas que possuem grande facilidade para integrar-se a novos ambientes, como foi o caso de Paulo, porém, nem todos são assim.

“E, quando Saulo chegou a Jerusalém, procurava ajuntar-se aos discípulos, mas todos o temiam, não crendo que fosse discípulo. Então, Barnabé, tomando-o consigo, o trouxe aos apóstolos e lhes contou como no caminho ele vira ao Senhor, e este lhe falara, e como em Damasco falara ousadamente no nome de Jesus. E andava com eles em Jerusalém, entrando e saindo. E falava ousadamente no nome de Jesus. Falava e disputava também contra os gregos, mas eles procuravam matá-lo. Sabendo-o, porém, os irmãos, o acompanharam até Cesareia e o enviaram a Tarso.” (At 9.26-30 – ARC)

Paulo era um homem importante naquela sociedade, além de ser poliglota e conhecedor de várias áreas.

As pessoas que possuem perfis parecidos com o de Paulo rapidamente serão integrados e poderão auxiliar no cuidado dos novos convertidos, principalmente se tiverem experimentado uma boa acolhida.

1.1 – Gerar um ambiente receptivo aos visitantes

Antes de começarmos este tópico, quero lhe fazer uma pergunta:

A igreja em que você congrega possui um departamento de integração?

Se a resposta for não, aconselho-te a procurar seu pastor e conversar abertamente sobre a importância de investir na criação deste.

Criar um ambiente receptivo nas igrejas requer um esforço conjunto de hospitalidade, comunicação clara, cultos inclusivos, conexões pessoais, um ambiente físico acolhedor, atenção às necessidades específicas e oração constante.

Ao implementar essas práticas, as igrejas podem garantir que os visitantes se sintam bem-vindos e valorizados, facilitando seu engajamento contínuo na comunidade de fé.

Os tópicos abaixo servirão como base para você criar o departamento de integração bem como aperfeiçoar este departamento na igreja em que você congrega.

Hospitalidade Cristã 

Treine uma equipe de recepção para saudar os visitantes de maneira calorosa e amigável. Eles devem ser capazes de fornecer informações sobre a igreja, responder perguntas e ajudar os visitantes a se sentirem à vontade. 

Os textos abaixo abordam este assunto.

“Socorrei os santos nas suas necessidades. Procurai ser hospitaleiros.”   (Rm 12.13 – AS21)

“O amor fraternal seja contínuo. Não vos esqueçais da hospitalidade, pois, fazendo isso, mesmo sem saber, alguns hospedaram anjos.” (Hb 13.1,2 – ARC)

Áreas de Convivência

Crie espaços na igreja onde as pessoas possam se reunir antes e depois dos cultos para conversar e se conhecerem melhor. Isto pode ser feito em forma de café da manhã, almoços, jantares ou algo relacionado a isto.

Escale pessoas para as áreas de recepção e acomodação que possuam um bom nível de comunicação e tenham uma personalidade amigável, pois a chegada ao templo precisa ser acolhedora.

Podemos utilizar o texto de Paulo aos colossenses para exemplificar este assunto.

“A vossa palavra seja sempre amável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um.” (Cl 4.6 – AS21)

Assegure-se de que a sinalização dentro da igreja seja clara e fácil de entender. Mapas e direções podem ajudar os visitantes a se orientarem.

Boletins e Anúncios

Distribua boletins ou folhetos com informações sobre a programação, ministérios e eventos da igreja. Faça anúncios claros e concisos durante os cultos.

Trabalhe insistentemente para que o culto em sua congregação seja acolhedor e promova a participação de todos no momento do louvor.

“Irmãos, que fazer, então? Quando vos reunis, cada um de vós tem um hino, tem uma palavra de instrução, tem uma revelação, tem uma palavra em língua, tem interpretação. Tudo deve ser feito visando à edificação.” (1 Co 14.26 – AS21)

Grupos de Conexão

Crie pequenos grupos ou células onde os visitantes possam conhecer outras pessoas e se conectar em um nível mais pessoal.

Treine pessoas para acompanhar os novos convertidos e lembre-se que seu pastor não possui condições de fazer tudo.

Sempre tenho observado que os irmãos cuidam da aparência interna da congregação e isto é importante, pois isto proporciona um ambiente acolhedor.

Acessibilidade

Certifique-se de que a igreja seja acessível para pessoas com deficiência, incluindo rampas, assentos especiais e banheiros acessíveis.

Ofereça programas para todos os tipos de público, tais como crianças, adolescentes, jovens, adultos e anciãos.

Se for possível, crie serviços multilíngues.

O pastor Eber Jamil traz algumas orientações importantes para que este serviço seja feito com excelência.

“Alguns aspectos práticos são telefonemas, e-mails, cartas, literatura, visitas, que devem ser enviadas e feitas a pessoa que se decide por Cristo. No contato inicial deve se verificar se a pessoa entendeu a decisão que tomou ao lado de Cristo. Para isto um acompanhamento através do discipulado é fundamental e também o encaminhamento para a escola Bíblica Dominical para o novo crente. O discipulador precisa ser um crente amadurecido, que já foi discipulado, e ligado à Igreja local para que faça com eficiência e sem prejuízo ao corpo da Igreja. No início é importante que o novo crente receba uma bíblia, indicação de livros e cds pertinentes ao início da carreira cristã para fortalecimento e descobrimento da nova vida com Deus. Outro recurso valioso é a realização de um retiro para os novos membros da Igreja. Onde se passará toda a visão bíblica acerca da Nova Vida com Cristo, da importância da Igreja Local e as doutrinas básicas da fé. Algo importante é que o Pastor da Igreja esteja presente neste trabalho de integração do novo membro e dele participe, pois o novo membro precisa entender e conhecer o pastor da Igreja. O trabalho de integração é até que o membro seja um membro atuante, desenvolvendo seu ministério e ganhando outras pessoas para Cristo. O cuidado deve continuar até que o novo crente alcance esses objetivos. Ao membro se encaixar em um ministério local o líder de ministério e o ministério pastoral dará continuidade ao cuidado que será permanente.”

1.2 – A relevância bíblica da integração

A Bíblia é o livro base para o desenvolvimento de qualquer comunidade cristã e a fonte primária de conhecimento e orientação para a vida cristã.

Nenhuma igreja conseguirá prosperar sem a base proporcionada pela Palavra de Deus e, ainda que existam inúmeras matérias importantes a respeito do desenvolvimento humano, não existe cristianismo sem Bíblia.

Tenho me preocupado com o baixo nível dos estudos bíblicos e das pregações nas igrejas pentecostais, haja vista, uma grande parte dos novos obreiros não conseguir equilibrar o conhecimento bíblico com a vida de oração, preferindo o “poder” ao conhecimento.

Precisamos compreender que não existe crescimento espiritual sem conhecimento bíblico, mas também não existe crescimento espiritual sem uma vida de oração.

A integração dos novos convertidos precisa ser pautada no equilíbrio entre estas duas áreas.

O teólogo inglês Arthur W. Pink, em seu livro “Um Guia para o Desenvolvimento de Novos Convertidos”, nos traz algumas orientações importantes sobre a importância dos novos convertidos se dedicarem ao estudo sistemático da Bíblia.

“É de suma importância que os novos convertidos se familiarizem rapidamente com a Palavra de Deus. A Bíblia é a nossa luz e lâmpada em um mundo de trevas (Salmos 119:105). É o nosso alimento espiritual, essencial para o crescimento e fortalecimento da nossa alma (1 Pedro 2:2). Sem um conhecimento profundo e constante das Escrituras, o crente será como uma planta sem raízes profundas, facilmente derrubada pelas tempestades da vida. A Bíblia é também nossa arma contra as tentações do diabo (Efésios 6:17). Portanto, exorto cada novo crente a dedicar tempo diário ao estudo diligente da Palavra de Deus, buscando compreender e aplicar seus preceitos em suas vidas diárias.” 

Pink aborda os seguintes pontos:

Alimento Espiritual: Assim como o corpo físico precisa de alimento para crescer, a alma precisa do alimento espiritual fornecido pela Palavra de Deus (Mateus 4:4).

Discernimento Espiritual: O estudo bíblico ajuda os crentes a discernirem a verdade do erro e a desenvolver uma compreensão sólida das doutrinas cristãs (2 Timóteo 2:15).

Aplicação Prática: Pink incentiva os novos crentes a aplicarem os ensinamentos bíblicos em suas vidas diárias, promovendo uma transformação contínua de caráter (Tiago 1:22-25).

Pink também fala sobre a importância da vida de oração.

“A oração é o alicerce da vida cristã. Sem uma vida de oração ativa, o crente não pode esperar manter uma relação íntima com Deus. A oração é o meio pelo qual expressamos nossa dependência de Deus e buscamos Sua orientação e auxílio (Filipenses 4:6-7). A oração nos fortalece espiritualmente, nos dá paz em meio às tribulações e nos capacita a resistir às tentações (Mateus 26:41). Através da oração, alinhamos nossa vontade com a vontade de Deus e recebemos a graça necessária para viver uma vida que Lhe agrada. Portanto, encorajo cada novo convertido a fazer da oração uma prioridade diária, buscando fervorosamente a presença e a direção de Deus em todas as áreas de suas vidas.” 

Ele aborda alguns tópicos essenciais sobre a oração:

Comunicação com Deus: A oração é o meio pelo qual os crentes se comunicam com Deus, expressando suas necessidades, gratidão e louvor (Filipenses 4:6).

Dependência de Deus: Pink ensina que a oração reflete uma dependência contínua de Deus para força, sabedoria e provisão em todas as áreas da vida (1 Tessalonicenses 5:17).

Crescimento Espiritual: A prática regular da oração contribui para o crescimento espiritual, fortalecendo a fé e a confiança em Deus (Colossenses 4:2).

1.3 – É importante porque segura os frutos do evangelismo

Estamos vivendo um tempo em que a desinformação e as informações incorretas têm prejudicado consideravelmente a vida em sociedade.

Sendo assim, gostaria de exortá-los a não divulgar nenhuma estatística sem que você tenha certeza do que está falando e tenha as fontes de pesquisa utilizadas, pois elas são úteis e proporcionam confiança.

Quando leio que alguém criou dados estatísticos relacionados ao cristianismo eu me preocupo, pois na maioria das vezes, não passa de opiniões infundadas.

Tomei a liberdade de escrever sobre isto, pois, ainda que o número de pessoas que permanecem na igreja seja muito menor do que o número daquelas que aparentemente se converteram, não temos exatidão para afirmar o que o autor da revista mencionou.

As pesquisas abaixo possuem referencial e podem auxiliar nosso trabalho, ainda que tenham sido realizadas em outros países.

Estudos mostram que muitas vezes a retenção de convertidos após eventos evangelísticos de grande escala é bastante baixa.

De acordo com a Christianity Stack Exchange, uma campanha de cruzada relatou que menos de 5% dos que responderam a um apelo permaneciam vivendo uma vida cristã um ano depois​.

A pesquisa de Flavil Yeakley, demonstrada no livro “Por que eles foram embora”, aponta que convertidos que desenvolvem amizades dentro da igreja antes e depois de sua conversão têm maior probabilidade de permanecer ativos.

Este estudo destacou que novos convertidos que visualizam suas conversões como não manipulativas e desenvolvem amizades dentro da igreja são mais propensos a permanecer. Convertidos que sentem que suas conversões foram manipulativas tendem a abandonar a igreja rapidamente. A pesquisa também mostrou que novos convertidos que fazem em média sete amigos na igreja tendem a ficar, enquanto aqueles que fazem apenas dois amigos tendem a sair​ (Biola University)​.

Convertidos que fazem amigos na igreja tendem a se sentir mais conectados e integrados na comunidade​ (Biola University)​.

Entre os jovens adultos, a taxa de abandono é alta. Dados do Barna Group indicam que quase dois terços dos jovens de 18 a 29 anos que cresceram na igreja se afastaram dela na fase adulta​ (Barna Group)​. As razões incluem percepções de que a igreja é hostil à ciência, tem posições simplistas e julgadoras sobre sexualidade e não lida bem com dúvidas e questionamentos​ (Barna Group)​.

Outra pesquisa, realizada pela Pew Research Center, nos EUA, revelou que 57% dos adultos que foram criados como batistas continuam se identificando como tal na vida adulta. No entanto, outras denominações protestantes como metodistas e episcopais têm taxas de retenção significativamente mais baixas, em torno de 40% e 39%, respectivamente. A pesquisa também apontou que a taxa de retenção dos “nones” (aqueles sem afiliação religiosa) é de 53%, sendo uma das mais baixas entre as tradições religiosas, embora esse grupo tenha crescido devido à conversão de pessoas anteriormente afiliadas a religiões​ (Pew Research Center)​.

Independentemente dos termos específicos brasileiros, todos os pontos indicados podem ser usados ​​em nossas roupas, pois no Brasil também vivenciamos este tipo de problemas.

2 – A INTEGRAÇÃO PLENA DO NOVO CONVERTIDO

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

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Equipe EBD Comentada

Postado por ebd-comentada


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