Buscar no blog

Betel Adultos – 3º Trim. 2025 – 06-07-2025 – L1 – João, o Discípulo Amado de Cristo

30/06/2025

Evangelista Cláudio Roberto de Souza

TEXTO ÁUREO

João 13:23

23  Ora, um de seus discípulos, aquele a quem Jesus amava, estava reclinado no seio de Jesus. (ARC)

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Mateus 4:21-22

21  E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com Zebedeu, seu pai, consertando as redes; e chamou-os.

22  Eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no. (ARC) 

João 19:26-27

26  Ora, Jesus, vendo ali sua mãe e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse à sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho.

 27  Depois, disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa. (ARC) 

João 21:7

7  Então, aquele discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: É o Senhor. E, quando Simão Pedro ouviu que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se ao mar. (ARC)

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Saber que seguir a Jesus gera transformação de caráter; 
  • Ressaltar a fidelidade de João como discípulo de Jesus; 
  • Reconhecer que a caminhada com Jesus gera maturidade em amor.

INTRODUÇÃO

Nesta oportunidade, estudaremos sobre o tema: “João, o discípulo amado de Cristo”.

Neste estudo, exploraremos a fascinante metamorfose de João, o apóstolo. Partiremos de sua identidade inicial como um pescador galileu de temperamento impetuoso — apelidado de “Filho do Trovão” por Jesus — para entendermos como a profunda intimidade com o Mestre o esculpiu no “discípulo amado” e, finalmente, no teólogo do amor (agápe). Analisaremos como sua jornada, que culminou com as visões apocalípticas em Patmos, não apenas marcou sua biografia, mas também solidificou os pilares da fé cristã, oferecendo à Igreja um testemunho ocular da divindade, humanidade e do amor sacrificial de Cristo.

1 – O JOVEM JOÃO, FILHO DE ZEBEDEU

Este tópico explora o momento disruptivo em que a autoridade soberana de Jesus invade a rotina de uma empresa familiar de pesca. O chamado não é um convite negociável, mas uma convocação que exige uma renúncia imediata e total — de carreira, segurança financeira e laços familiares — para uma nova identidade e propósito encontrados unicamente no seguimento do Mestre.

O chamado de João e Tiago transcende a simples narrativa de uma mudança de carreira; é um poderoso ato de soberania divina que invade e reconfigura a ordem natural da vida. O cenário não é um templo ou uma sinagoga, mas o epicentro de sua identidade econômica e social: o barco de pesca da família no Mar da Galileia. O detalhe de que estavam “reparando as redes” é teologicamente rico. Eles não estavam ociosos, mas engajados no ciclo previsível e essencial de seu sustento, consertando o que se rompeu para garantir a pesca do dia seguinte. A chegada de Jesus representa a interrupção do eterno no temporal. O chamado não foi uma sugestão, mas um comando criativo — o mesmo poder que disse “Haja luz” agora dizia “Sigam-me”. A resposta imediata, “deixando tudo”, é a evidência da autoridade irresistível que eles perceberam em Cristo. Deixar o pai, Zebedeu, em uma cultura patriarcal, não foi apenas um ato de independência, mas uma declaração radical de que o Reino de Deus estabelece uma nova hierarquia de lealdades. Eles abandonaram as redes, o instrumento de seu antigo ofício, para abraçar uma nova vocação: de pescadores de peixes para pescadores de homens, trocando a ferramenta que aprisiona por uma mensagem que liberta.

1.1 – Dois jovens impetuosos

Boanerges: A Revelação por Trás do Apelido

A impetuosidade de João e Tiago não foi um lapso momentâneo, mas uma característica tão central que Jesus lhes deu um apelido: “Boanerges”, que em aramaico significa “Filhos do Trovão” (Marcos 3:17). Esse apelido não era um xingamento, mas um diagnóstico preciso da matéria-prima com a qual Jesus iria trabalhar. O “trovão” deles era uma energia bruta, uma paixão zelosa pela honra de Deus que, sem o devido polimento, manifestava-se como uma fúria justiceira. A reação em Samaria é a personificação desse apelido em ação. Eles viram a rejeição a Jesus não como uma ofensa pessoal, mas como uma afronta direta ao Messias, e sua solução foi a mais drástica que conheciam, espelhando-se nos grandes profetas do passado.

O Perigo da Devoção Mal Direcionada

Ao sugerir invocar fogo do céu, os irmãos citam explicitamente o profeta Elias (2 Reis 1:9-12). Este ato revela uma profunda, porém perigosa, erudição bíblica. Eles conheciam as Escrituras, mas ainda não compreendiam plenamente o coração do Evangelho que Jesus personificava. O erro deles não foi o zelo, mas a aplicação. Elias agiu em um contexto de idolatria nacional e confronto direto com um rei apóstata de Israel. João e Tiago, por outro lado, reagiam a uma hostilidade social e histórica, motivados por um senso de honra ferida. Jesus os repreende não por sua lealdade, mas por sua incompreensão da missão: o Filho do Homem não veio para replicar os juízos do Antigo Testamento, mas para inaugurar uma nova aliança de graça, cujo propósito é “salvar as almas” (Lucas 9:56).

Samaria: O Campo Missionário Inesperado

A escolha de Jesus de atravessar Samaria já era, em si, uma quebra de paradigma. Muitos judeus devotos preferiam a rota mais longa, a leste do Jordão, para evitar contato com os samaritanos. A rejeição que encontraram, embora dolorosa, serviu como um prólogo para um dos maiores atos de redenção do ministério apostólico. Anos mais tarde, após a ascensão de Cristo, foi para esta mesma Samaria que o Evangelho se expandiu poderosamente (Atos 8:4-8). E quem o Espírito Santo envia de Jerusalém para confirmar e solidificar esta obra? O próprio João, acompanhado de Pedro (Atos 8:14-17). O mesmo apóstolo que um dia quis consumir Samaria com fogo, mais tarde retorna para lhes conferir o dom do Espírito Santo, demonstrando a profunda transformação que Cristo operou em seu coração.

A Correção do Mestre: Uma Perspectiva Teológica

Complementando a análise histórica de F.F. Bruce, o teólogo D.A. Carson ressalta que a repreensão de Jesus vai além de uma simples lição de paciência. Representa uma mudança fundamental na história da redenção. Carson argumenta que os discípulos ainda operavam sob uma “teologia da glória” do Antigo Testamento, onde o poder de Deus era frequentemente demonstrado por meio de julgamentos imediatos e visíveis. A repreensão de Jesus (Lucas 9:55-56) os reorienta para a “teologia da cruz”, onde o poder de Deus se manifesta no sofrimento, no serviço e na busca pelo perdido. Ao dizer que “o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las”, Jesus está redefinindo o que significa ser um representante de Deus na nova aliança. O zelo não deve mais ser um trovão de juízo, mas uma força motriz para a salvação. (D.A. Carson, The Expositor’s Bible Commentary: Luke, Zondervan, 1984).

Aplicação: Em nosso mundo polarizado, a tentação de ser um “Filho do Trovão” é constante. Quando nossa fé, nossos valores ou nosso Senhor são rejeitados ou ridicularizados, nossa primeira reação pode ser invocar “fogo”—seja através de palavras ásperas nas redes sociais, rompendo relacionamentos ou desejando o mal àqueles que se opõem a nós. A lição de João nos ensina que a maturidade cristã transforma o trovão da indignação na chuva mansa da graça. Nossa missão não é vencer debates ou aniquilar oponentes, mas refletir um Salvador que, mesmo diante da rejeição, focou em salvar, não em destruir.

Pergunta para Reflexão: Em quais “Samarias” de nossa vida—lugares de oposição, mal-entendido ou rejeição—somos tentados a invocar “fogo”, em vez de plantar as sementes da graça, confiando que o próprio Cristo pode transformar um solo hostil em um campo de colheita?

1.2 – Filhos do trovão

Desvendando o Apelido: Mais que Impulsividade, Potencial

O epíteto “Filhos do trovão” (em aramaico, Boanerges), atribuído por Jesus a Tiago e João, transcende a simples descrição de um temperamento explosivo. Na cultura judaica, o trovão era frequentemente associado à voz de Deus (Jó 37.4-5; Sl 29.3), um símbolo de poder, autoridade e anúncio divino. Ao nomeá-los assim, Jesus não estava apenas apontando uma falha de caráter, mas identificando uma matéria-prima de imenso potencial: uma paixão avassaladora e um zelo ardente que, se mal direcionados, poderiam ser destrutivos — como visto no episódio em que desejaram invocar fogo do céu sobre uma vila samaritana (Lc 9.54). Contudo, se canalizados pelo Espírito Santo, poderiam se tornar uma força retumbante para a proclamação do Evangelho. Jesus viu neles não a fúria do momento, mas a futura coragem para enfrentar o Sinédrio e proclamar a ressurreição.

O Oleiro Divino e a Argila Impetuosa

A escolha de João e Tiago ilustra um princípio fundamental do Reino: Deus não recruta os perfeitos, mas aperfeiçoa os escolhidos. A afirmação de que “para se conquistar o Reino de Deus é preciso empregar força” (Mt 11.12) ganha aqui uma nova dimensão. A “força” (em grego, biastai) não se refere à violência pecaminosa, mas a uma intensidade, uma paixão e uma determinação fervorosa. João possuía essa energia em estado bruto. A tarefa de Jesus, como o Oleiro divino descrito em Jeremias 18.6, não era quebrar o vaso por sua impetuosidade, mas colocá-lo na roda da vida e do discipulado para moldar sua forma. A convivência diária com o Mestre, observando Sua paciência, Seu serviço e Seu amor sacrificial, foi o processo que gradualmente transformou o trovão da ira na força da convicção e da graça. O teólogo William Barclay, em seu comentário sobre Marcos, observa que este apelido era “tanto um veredito sobre o que eles eram quanto uma profecia sobre o que poderiam se tornar” (Comentário do Novo Testamento, Hagnos, 2021). Jesus não os chamou apesar de serem “filhos do trovão”, mas porque viu que essa energia poderia ser redimida.

A Metamorfose do Zelote: Do Trovão à Plenitude do Amor

A jornada de João é a prova viva da transformação que o Evangelho opera. O mesmo homem que, por ambição, buscou um lugar de honra ao lado de Cristo (Mc 10.35-37), mais tarde se tornaria o discípulo que se reclinou sobre o peito de Jesus na Última Ceia (Jo 13.23), em um gesto de intimidade e submissão total. O “filho do trovão” tornou-se o “apóstolo do amor”, autor de passagens que são o cume da teologia do amor cristão (Jo 3.16; 1 Jo 4.7-8). Sua energia não desapareceu; foi rebatizada. O zelo que antes queria consumir os inimigos foi redirecionado para defender a verdade do Evangelho e cuidar das ovelhas de Cristo, como vemos em suas epístolas, onde combate ferozmente as heresias gnósticas, mas com uma argumentação fundamentada no amor e na verdade. Ele aprendeu que o verdadeiro poder não está em fazer descer fogo do céu, mas em manifestar o amor que se entrega na cruz (Jo 15.13).

Complementando a perspectiva da revista, o renomado estudioso do Novo Testamento F. F. Bruce sugere que a nomeação dos “Filhos do trovão” pode ter sido um ato de “humor divino e insight penetrante”. Ele argumenta que “Jesus viu nesses dois irmãos, com seu zelo impetuoso e talvez um toque de fanatismo, o tipo de material que, uma vez refinado e disciplinado, produziria os mais valentes pioneiros do Reino de Deus. O trovão seria ouvido, não em explosões de julgamento precipitado, mas na proclamação poderosa da boa-nova.” (F. F. Bruce, The Hard Sayings of Jesus, InterVarsity Press, 1983). Essa visão reforça que Jesus não apenas tolera nossas falhas, mas as enxerga como potencial para a glória futura.

Aplicação: Muitas vezes, consideramos nossas características mais intensas — nossa paixão, nossa teimosia, nossa energia inquieta — como defeitos a serem suprimidos. A história de João nos ensina o contrário. Deus nos convida a entregar a Ele nossa “argila” exatamente como ela é. Um rio selvagem e sem controle pode causar inundações e destruição. No entanto, quando suas águas são canalizadas por uma represa, essa mesma força poderosa pode gerar eletricidade e iluminar uma cidade inteira. Da mesma forma, nosso temperamento, quando entregue ao controle do Espírito Santo, pode se tornar a maior ferramenta para edificar a Igreja e glorificar a Cristo.

Pergunta para Reflexão: Quais “trovões” em sua personalidade você tem considerado um obstáculo para sua vida espiritual, quando, na verdade, podem ser a matéria-prima que Cristo deseja usar para um propósito grandioso?

1.3 – O perigo de se achar superior

O Zelo Exclusivista e a Cultura do “Nosso Grupo”

A reação de João, embora pareça um excesso de zelo, estava profundamente enraizada na cultura da época. No mundo greco-romano e judaico, a relação mestre-discípulo era exclusiva e definia a identidade do grupo. Seguir um rabi específico significava pertencer à sua “escola” e não a outra. A expressão grega usada por João, ouk akolouthei hēmin (“não nos segue”), revela que o problema não era teológico, mas de afiliação. Ele não questionou a eficácia do exorcismo nem a autoridade do nome de Jesus, mas o fato de que o homem não fazia parte do “círculo íntimo” dos Doze. Este incidente serve como um espelho para o perigo do partidarismo, um eco da advertência de Paulo à igreja de Corinto que se dividia em facções dizendo “Eu sou de Paulo”, “eu de Apolo”, “eu de Cefas” (1Co 1.12). A questão não era a fidelidade a Cristo, mas a lealdade a um grupo humano.

O Princípio do Reino: Mais Amplo que a Instituição

Jesus, com Sua resposta, eleva a perspectiva dos discípulos do nível organizacional para o do Reino de Deus. O teólogo D.A. Carson, em sua obra “O Comentário de Marcos” (Editora Vida Nova, 2018), destaca que a lógica de Jesus subverte a mentalidade de clube fechado. Carson argumenta que o critério de Jesus não é a afiliação formal, mas a ação eficaz em Seu nome. O fato de o homem estar “expulsando demônios em meu nome” era a prova de que o poder de Deus estava com ele, tornando irrelevante sua ausência na comitiva apostólica. Este princípio encontra um paralelo notável no Antigo Testamento, em Números 11:26-29, quando Josué, com um zelo semelhante ao de João, pede a Moisés que proíba Eldade e Medade de profetizarem fora do tabernáculo. A resposta de Moisés é um prenúncio da de Cristo: “Tens tu ciúmes por mim? Quem dera que todo o povo do SENHOR fosse profeta!”.

“Quem não é contra nós, é por nós”

A declaração de Jesus, “pois quem não é contra nós é por nós” (Mc 9.40), estabelece um princípio fundamental para a cooperação cristã, mas que exige discernimento. Não se trata de um sincretismo ingênuo que aceita qualquer manifestação espiritual. O contexto é crucial: a pessoa estava agindo em nome de Jesus e produzindo frutos consistentes com o ministério de Cristo (libertação). Essa frase parece contrastar com a de Mateus 12.30, “Quem não é por mim é contra mim”. Contudo, elas se aplicam a contextos distintos. Em Mateus, Jesus se dirige aos fariseus que o acusam de operar por Belzebu, exigindo uma aliança fundamental e indivisível com Ele. Em Marcos, Jesus ensina Seus discípulos a terem uma visão generosa sobre outros que, embora não estejam em seu grupo imediato, estão claramente do mesmo lado na batalha espiritual, promovendo o mesmo Reino e honrando o mesmo Rei.

Complementando a perspectiva de Matthew Henry, o teólogo John Stott em “A Mensagem de Marcos: O Servo de Deus” (ABU Editora, 2008), enfatiza que a atitude de João nasce de uma mistura de orgulho e insegurança. Stott observa que o exclusivismo é, muitas vezes, uma tentativa de proteger o próprio status e a importância do seu grupo. Ao proibir o outro, os discípulos estavam, inconscientemente, afirmando: “Nós somos os únicos autorizados. O poder de Jesus flui exclusivamente através de nós”. A resposta de Jesus é um golpe nesse orgulho corporativo, lembrando-os de que o Espírito de Deus não pode ser encaixotado em estruturas humanas e que a glória pertence ao nome de Jesus, e não aos seus seguidores, independentemente de quão próximos a Ele possam estar.

Aplicação: Em nossos dias, a tentação do exclusivismo se manifesta de formas sutis e diretas: na crítica depreciativa a outra denominação, no desprezo por ministérios online que não têm nossa “chancela”, ou na arrogância de achar que nossa igreja ou nossa linha teológica é a única verdadeiramente fiel. A lição de Jesus nos convida a lutar em um exército com muitos batalhões. Embora usemos uniformes diferentes e sigamos líderes de pelotão distintos, lutamos pelo mesmo Rei contra o mesmo inimigo. Celebrar a vitória de outro batalhão não diminui a nossa; pelo contrário, contribui para o avanço do mesmo Reino. O verdadeiro teste não é “ele anda comigo?”, mas “ele age em nome de Jesus e produz frutos para a glória de Deus?”.

Pergunta para Reflexão: Será que, em nosso zelo por nossa “placa” denominacional ou nosso grupo, estamos proibindo, com nossas críticas e indiferença, o trabalho que Deus está claramente abençoando em outros arraiais do Seu Reino?

2 – O DISCÍPULO AMADO

Evangelista Cláudio Roberto de Souza

Para continuar lendo isso, clique em CLIQUE AQUI e escolha um dos nossos planos!  

É com muita alegria que nos dirigimos a você informando que a EBD Comentada já está disponibilizando os planos de assinaturas para que você possa continuar a usufruir de nossos conteúdos com a qualidade já conhecida e garantida.

Informamos também que apoiamos o seguinte trabalho evangelístico:

  • SENAMI (Secretária Nacional de Missões)  – Por meio de parceria auxiliamos o pastor/missionário Osvair Braga, família e sua equipe de missões na Venezuela;

CLIQUE AQUI  para ser nossa parceria e continuar consultando a lição conosco…

Deus lhe abençoe ricamente!!!

Equipe EBD Comentada

Postado por ebd-comentada


Acesse os esboços por categorias


Copyright Março 2017 © EBD Comentada