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Betel Adultos – 3 Trimestre 2022 – 21-08-2022 – Lição 8 – O ensino de Jesus sobre a oração

17/08/2022

Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira

TEXTO ÁUREO

“E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que, por muito falarem, serão ouvidos.” Mateus 6.7

TEXTOS DE REFERÊNCIA

MATEUS 6.9-13 

9 Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 

10 Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; 

11 O pão nosso de cada dia nos dá hoje; 

12 E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; 

13 E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém. 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Apresentar o modelo da oração do Pai Nosso. 
  • Explicar a primeira parte da oração: Deus e Sua glória. 
  • Mostrar as nossas necessidades e carências.

INTRODUÇÃO

Olá, irmãos. Paz do Senhor.

Interpretar textos é uma capacidade que deve ser buscada com veemência, pois e desenvolve a análise crítica e dificulta a manipulação.

A história da Igreja passou por dificuldades nesta área, haja vista, a ICAR (Igreja Católica Apostólica Romana) ter proibido o uso da Bíblia pelos leigos adotando o latim como língua oficial nos cultos.

Somente com a Reforma Protestante este grilhão do inferno foi quebrado.

Por não possuir a capacidade de interpretar um texto da forma correta, muitas pessoas são facilmente levadas ao engano e os prejuízos envolvem toda a sociedade.

Ainda que a realidade esteja mudando, os cristãos pentecostais têm um histórico de não gostar de estudar e isto lhes prejudicou sobremaneira.

Até pouco tempo, o estudo era considerado desnecessário pelo fato da volta de Jesus ser iminente, porém, precisamos lembrar que ninguém sabe o momento em que Jesus voltará e, ainda que este retorno esteja próximo, precisamos compreender que ainda estamos neste mundo e precisamos influenciá-lo.

Além do estudo convencional ou secular, muitos líderes pentecostais chegaram ao absurdo de proibir os crentes de estudar Teologia por interpretarem os textos bíblicos de forma incorreta e acreditarem que aqueles que se dedicam ao estudo teológico se desviam dos caminhos do Senhor.

A questão é que muito do que é considerado doutrina por estes líderes não passa de conjecturas ou doutrinas humanas.

A palavra doutrina deriva-se do latim doctrina, cuja forma verbal é docere que significa ensino; etimologicamente significa algo que é ensinado de forma sistemática.

No contexto bíblico a doutrina significa qualquer ensino extraído da Bíblia a carta magna dos cristãos, contudo infelizmente são poucos os crentes que conhecem verdadeiramente as doutrinas bíblicas, poucos a estudam e poucos a amam de forma verdadeira.

Existem pelo menos três formas de doutrinas:

  • A doutrina de Deus (Pv 4:2; Mt 7:28)
  • A doutrina de homens (Jr 23:16; Mt 15:9)
  • A doutrina de demônios( I Tm 4:1; I Jo 4:1)

Precisamos nos esforçar para estudar e obtermos a capacidade de interpretar corretamente qualquer tipo de texto.

Infelizmente, o Brasil figura entre os países com um maior percentual de analfabetos funcionais, que são aqueles que sabem ler e escrever, mas não conseguem interpretar um simples texto.

Os dados da alfabetização no Brasil estão longe de serem ideais. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua Educação de 2019, do IBGE, são 11 milhões de brasileiros analfabetos. Mas os dados preocupam mais ainda quando se fala em analfabetismo funcional – a incapacidade de, mesmo sabendo ler, compreender e interpretar textos e ideias e fazer operações matemáticas. Estudos estimam que até 29% da população brasileira seja analfabeta funcional – pessoas que encontram dificuldades em encontrar emprego, se qualificar na carreira e até mesmo em organizar a vida e as finanças pessoais.

Quando abordamos este tema em associação com o modelo de oração ensinado por Jesus, verificamos que uma grande parte dos cristãos, em especial os católicos, não conseguem compreender o que foi que o Mestre ensinou ao deixar tal modelo.

A proposta não era criar um padrão de oração, mas, deixar um guia de como ela deve ser feita, observando pontos importantes.

O texto de Mateus 6 explica claramente isto.

“E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que, por muito falarem, serão ouvidos”. (Mt 6.7 – ARC) 

O link abaixo traz dicas muito interessantes sobre o processo de oração.

https://blog.doxabox.com.br/habito-de-orar/#:~:text=Planeje%2Dse&text=Sendo%20assim%2C%20%C3%A9%20fundamental%20reservarmos,mais%20%C3%ADntimo%20com%20nosso%20Pai

1 – A ORAÇÃO MODELO DOS DISCÍPULOS DE CRISTO

O que foi proposto por Jesus é um guia que demonstra quais devem ser as etapas de uma oração.

Se utilizarmos este modelo como base para todas as nossas conversas com o Senhor, teremos êxito no processo de comunicação.

É de suma importância que TODOS os cristãos conheçam as particularidades que envolvem a oração, pois, além de facilitar a comunicação, nos auxilia a trabalhar com alvos corretos.

Nenhum relacionamento sobrevive sem comunicação. Somente por meio dela é possível criarmos intimidade com o Senhor.

Deus fala conosco de diversas formas, sendo que a mais importante é feita através da Bíblia Sagrada.

Sendo assim, nossa comunicação não pode ser unilateral, ou seja, feita somente de um lado e para que isto não aconteça, é fundamental mantermos o hábito de orar.

Jesus dedicou-se tanto à oração que os discípulos pediram para que fossem ensinados a orar. Se quisermos ser semelhantes a Jesus, se desejamos ter ouvidos que ouçam a voz de Deus, é preciso segui-lo principalmente nessas duas atitudes: orar incessantemente e conhecer a Palavra, “porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os Seus ouvidos, atentos às suas orações” (1 Pe 3.12).

O teólogo brasileiro Daniel Conegero nos traz uma rica contribuição sobre este tema.

“A oração não deve ser um evento extraordinário em sua vida, mas deve ser algo constante. No texto em que Jesus ensina seus seguidores sobre como se deve orar, Ele diz: “E, quando orardes…” (Mateus 6:5). Perceba que Ele não diz “se um dia vocês orarem”, mas diz “quando orardes”. Isso significa que Ele considera que a vida de seus seguidores é uma vida caracterizada pelo exercício da oração. Muitas pessoas que buscam aprender como orar procuram alguma orientação acerca de qual deve ser a frequência da prática da oração, ou qual deve ser sua duração ou ainda qual o melhor horário para orar. A quem busque saber também qual é a postura correta ao orar; se de olhos fechados ou abertos, se de joelhos ou em pé etc. Mas a Bíblia não normatiza esse tipo de coisa. A Bíblia se concentra em dizer que os crentes verdadeiros devem orar em todo tempo e nunca devem deixar de lado o exercício da oração (Efésios 6:18; 1 Tessalonicenses 5:17). Mas como é possível orar em todo tempo? O que significa orar sem cessar? Obviamente isso não significa abandonar todas as suas responsabilidades e passar o dia todo literalmente proclamando orações. É claro que o crente deve dedicar um período diário para orar a Deus. Mas orar em todo tempo é manter um espírito de oração constante; é reconhecer o controle de Deus em cada circunstância de sua vida e estar em contato direto com Ele o tempo todo”.

1.1 – Ensina-nos a orar

O ministério terreno de Jesus foi pautado no ensino desde o primeiro instante.

“Desde então, começou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus. E Jesus, andando junto ao mar da Galiléia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens”. (Mt 4.17-19 – ARC)

Seu propósito foi ensinar 12 homens e fazer deles seus discípulos.

Daniel Reid, em seu Dicionário Teólogico do Novo Testamento nos traz uma rica contribuição sobre este assunto.

“Os  quatro  Evangelhos  dão  testemunho  unânime quanto ao  núcleo constituído pelos Doze,  os quais  foram  designados  por  Jesus  para  ter  um relacionamento  especial com  ele.  Embora  sejam discípulos,  exemplos do  que  significa  ser crente em  Jesus,  eles  também  são  chamados  “apóstolos”.  Na  introdução  da  lista  dos  Doze,  Lucas afirma que Jesus “chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais também chamou de apóstolos” (Lc 5.13). Essa é uma indicação do papel dos  Doze:  eles  são  não  apenas  discípulos de Jesus  (seguidores comprometidos),  mas também  estão  em  treinamento  para  ser  seus  apóstolos  (representantes  comissionados).  Embora Atos e as cartas paulinas demonstrem usos mais específicos do termo “apóstolo”, nos Evangelhos “apóstolo” e “discípulo” são aplicados aos Doze. Como “discípulos”, os Doze são separados como exemplo do que Jesus realiza  em seus seguidores; como apóstolos, são separados como líderes dentro do movimento que está para nascer”.

Desta forma, os discípulos foram chamados e preparados para perpetuarem os ensinos de Jesus por todos os cantos deste mundo.

No A.T., os judeus eram o povo exclusivo de Deus, começando por Abrão e se concretizando com as 12 tribos de Israel.

Sendo assim, os judeus não tinha hábitos evangelísticos e não se preocupavam com isto.

A Bíblia deixa claro que Jesus se manifestou para os seus (judeus) porém, estes não o reconheceram como Messias (Jo 1.11,12). Desta forma, a salvação começou a ser apresentada para TODOS.

Os fariseus eram extremamente rígidos com padrões de oração, mas Jesus disse que eles estavam distantes de Deus.

Acredita-se que pelo fato dos líderes religiosos judaicos terem afastado o povo de Deus com suas tradições, muitos não se consideravam dignos de falar com o Senhor em oração e isto é percebido na frase onde os discípulos pedem ao Mestre para lhes ensinar a orar.

“E aconteceu que, estando ele a orar num certo lugar, quando acabou, lhe disse um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos”. (Lc 11.1 – ARC)

É triste saber que os condutores espirituais de Israel havia afastado o povo do seu Deus, porém, isto continua acontecendo nos dias atuais, haja vista, muitos líderes religiosos colocarem barreiras para que o Senhor responda a oração do povo, tais como proibir as pessoas de orar sem uma roupa adequada (terno e gravata), afirmar que não podemos orar em qualquer local, chegando ao absurdo de dizer que os crentes só podem orar de joelhos.

A ignorância é amiga da prosperidade e ainda existem pessoas que acreditam nestes falsos líderes.

Com a oração do Pai Nosso, Jesus simplificou o processo de comunicação entre o povo e Deus e deu a eles um guia, demonstrando que o caminho estava aberto.

“Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno”. (Hb 4.14-16 – ARC)

1.2 – A oração e sua ordem

Desde os primórdios do judaísmo, o Senhor deixa claro que deveria ser buscado com todas as forças humanas que existem em cada pessoa e que Ele deve ser a prioridade da vida de seu povo (Dt 6).

No N.T. este ensino foi reafirmado, nos ensinando que a prioridade de todo cristão deve ser o Senhor.

“Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento”. (Mt 22.37 – ARC)

Após ensinar o modelo de oração que os cristãos deveriam adotar, o Mestre reafirma este conceito.

“Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas”. (Mt 6.33 – ARC)

Desta forma, o modelo de oração proposto por Jesus leva em consideração as prioridades.

Logo após os discípulos pedirem ao Mestre para lhes ensinar a orar, Ele traz o modelo perfeito para tal prática.

“Ele lhes disse: Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino; dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano; perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a qualquer que nos deve; e não nos conduzas em tentação, mas livra-nos do mal”. (Lc 11.2-4 – ARC)

Este modelo traz as seguintes partes:

  1. Reverenciar e glorificar a Deus: “Pai, santificado seja o teu nome”. Grandes orações de grandes homens e mulheres são sempre proferidas com grande respeito a Deus. Quando Moisés, Ana, Davi, Daniel, Neemias e outras importantes personagens da era do Velho Testamento oraram, começaram com declarações de genuína reverência a Deus, como criador e comandante do universo.

 

  1. Buscar a vontade de Deus: “Venha o teu reino”. A oração não é um instrumento para manipular Deus para que faça nossa vontade. Aqui, Jesus orou pelo reino de Deus, sabendo que esse reino só poderia vir com todo o seu poder através de sua própria morte. Assim como aconteceu na oração agonizante no Getsêmani, Jesus colocou a vontade do Pai acima de seus próprios interesses: “Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres” (Mt 26.39). Quando vemos a oração como nada mais do que uma oportunidade de fazer pedidos a Deus, colocamos a vontade do servo indevidamente acima da vontade do Senhor. Deveremos sempre procurar fazer a vontade de Deus.
  1. Reconhecer nossa dependência de Deus para as necessidades físicas: “O pão nosso cotidiano dá-nos de dia em dia”. Esta não é uma exigência de abundância e riqueza. Jesus nem praticou, nem ensinou a noção materialista de que o discípulo pode “dizer e exigir” o que quer na oração. Diferentemente das orações de certas pessoas hoje em dia, que se aproximam de Deus como pirralhos mal criados exigindo tudo o que querem, Jesus mostrou aqui uma dependência de Deus para as necessidades básicas da existência diária. Precisamos de Deus todos os dias.

 

  1. Reconhecer nossa dependência de Deus para as bênçãos espirituais: “Perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo o que nos deve. E não nos deixeis cair em tentação”. Encontramos algumas lições valiosas no versículo 4. Primeiro, precisamos do perdão. As palavras de Jo 8.7 e Rm 3.23 nos recordam nossa culpa. Pecamos. Necessitamos do perdão. Só Deus tem o direito e o poder para perdoar (Mc 2.7). Segundo, precisamos perdoar. Nossa comunhão com Deus é condicionada a várias coisas, incluindo-se como tratamos as outras pessoas. Quem se recusa a perdoar outro ser humano simplesmente não será perdoado por Deus (Mt 6.14-15; 18.15-35). Terceiro, precisamos do auxílio de Deus para que não pequemos. Deus não é apenas um guarda-livros registrando os pecados cometidos e apagando-os depois. Ele tem poder para nos auxiliar a derrotar o inimigo. Paulo garantiu que há um jeito de escapar de cada tentação (1 Co 10.13). Jesus “é poderoso para socorrer os que são tentados” (Hb 2.18). Ele nos deixou um exemplo perfeito de obediência para encorajar nossa fidelidade (1 Pe 2.21-24). Na hora de sua mais difícil tentação, Jesus voltou-se para seu Pai em oração fervorosa. Depois daquelas orações ele saiu do Getsêmani preparado para suportar o poder das trevas, e sofreu o ridículo e a morte para cumprir a vontade de seu Pai. Jesus encontrou o auxílio necessário quando apelou para seu Pai, em oração.

1.3 – Do Pai para os filhos

A relação de paternidade apresentada por Jesus não era algo comum para os judeus.

No A.T. a palavra “pai” em associação a Deus é utilizada pouquíssimas vezes e todas no sentido de criador, mas no N.T. ela é utilizado centenas de vezes.

Para compreendermos esta relação, é necessário conhecermos o conceito de Trindade, apresentado por Jesus.

Também é importante reforçarmos o fato de que a palavra trindade não aparece na Bíblia, mas é respaldada por vários textos bíblicos.

O significado do termo Trindade, que vem do latim trinitas, procura transmitir um sentido de “três que é um”. Esse termo foi aplicado pela primeira vez por Tertuliano, um dos pais da Igreja Antiga, para se referir à natureza triuna de Deus revelada nas Escrituras.

O evangelista Lucas escreve um texto muito importante e esclarecedor sobre este assunto.

“E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus”. (Lc 1.35 – ARC)

Em outra tradução:

“O anjo respondeu: “O Espírito Santo virá sobre você e o poder de Deus a cobrirá com a sua sombra; por isso a criança que vai nascer de você será completamente santa – o Filho de Deus”. (BV)

O apóstolo João deixa claro que aqueles que reconhecerem que Jesus é o filho de Deus serão chamados filhos de Deus.

“Ele veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, ou seja, aos que creem no seu Nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”. (Jo 1.11-13 – KJA) 

Em sua primeira carta, ele reforça este conceito. 

“Vede que imenso amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos tratados como filhos de Deus; e, em realidade, somos filhos de Deus! Por esse motivo, o mundo não nos conhece, porquanto não conheceu a Ele mesmo. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, todavia, sabemos que quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, pois o veremos como Ele é”. (1 Jo 3.1,2 – KJA)

É inegável que o Senhor sempre desejou ser próximo a seu povo e não existe nada mais próximo para um filho do que seu pai.

A palavra aramaica “Abba” é utilizada pelos evangelistas e também por Paulo tem um significado marcante (Mc 14:36; Rm 8:15; Gl 4:6).

Daniel Conegero nos traz uma explicação mais aprofundada sobre este assunto.

“Ela uma palavra aramaica coloquial que significa simplesmente “pai”, e que expressa um sentido íntimo do relacionamento entre pai e filho, onde a ternura, a confiança e o amor são combinados em uma única expressão, talvez algo próximo do nosso português “papai”. Logo, “Aba Pai” se trata de uma dupla expressão, isto é, Aba Pai significa literalmente “Pai, Pai”. Portanto, a palavra “pai”, da raiz grega pater, colocada após o “Aba”, aparece simplesmente como tradução do termo aramaico. Essa palavra, transliterada para o hebraico, era comum, sendo usada inclusive no Talmude Babilônico por um filho ainda infante dirigindo-se ao pai. A palavra Aba também passou a ser aplicada frequentemente como um tipo de título honorífico atribuído aos rabinos da época”.

O conceito apresentado por Jesus deixa claro que podemos e devemos nos referir a Deus como pai e isto nos ensina a verdadeira relação que existe entre o Senhor e seus filhos.

Como filhos, devemos orar a Deus crendo que Ele ouve nossas orações e está pronto para nos atender. 

2 – DEUS E SUA GLÓRIA

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

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Equipe EBD Comentada

Postado por ebd-comentada


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