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Betel Adultos – 3 Trimestre 2022 – 14-08-2022 – Lição 7 – A coerência entre a vida interior e a prática externa

10/08/2022

Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira

TEXTO ÁUREO

“E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens.” Colossenses 3.23

TEXTOS DE REFERÊNCIA

MATEUS 6.1,2,5 

1.Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus. 

2.Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. 

5.E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Ensinar que Deus sabe a intenção do nosso coração. 
  • Mostrar a pretenciosa oração dos hipócritas. 
  • Apresentar a forma correta do jejum ensinado por Jesus.

INTRODUÇÃO

Olá, irmãos. Paz do Senhor.

Infelizmente, existem pessoas que apresentam ter uma santidade extrema que não condiz com a realidade.

São aqueles que proíbem tudo e condenam quem pratique algo que para eles não é correto.

Sabemos que a Bíblia é um livro de conselhos e que existem centenas de orientações sobre os mais diversos assuntos, porém, muito do que é ensinado por alguns líderes religiosos não tem nenhuma base bíblica, ou seja, são ideias retiradas da mente de pessoas que não possuem conhecimento bíblico e que em grande parte das vezes querem exigir um comportamento desnecessário.

Nos tempos em que Jesus esteve neste mundo existiam muitas pessoas que agiam desta forma no meio do povo de Deus e o pior é que muitos acreditavam que eles realmente eram homens de Deus, que haviam sido separados para guiá-los no caminho de comunhão e adoração ao Senhor.

Por diversas vezes o Senhor encontrou-se com eles e mostrou que eles haviam se esquecido do Deus todo poderoso e estavam ensinando preceitos de homens.

Os Evangelhos mostram várias passagens sobre estes assuntos e Jesus os combateu de forma dura, mas necessária.

Os fariseus e os escribas eram considerados homens com grande conhecimento da Lei, porém, Jesus demonstrou que eles não viviam da maneira que o Senhor ensinara os hebreus e ainda faziam com que o povo pecasse.

De acordo com o Dicionário Michaels da Língua Portuguesa, a palavra hipocrisia tem os seguintes significados.

  • Ato ou efeito de fingir, de dissimular sua verdadeira personalidade, intenções ou sentimentos, em geral motivado pela busca de alcançar a realização de vantagens pessoais ou por medo de assumir a sua real identidade, expressando seus mais autênticos sentimentos; dissimulação, falsidade, fingimento: “Há assassinos que andam sãos e salvos, sem que ninguém sequer suspeite de que, sob a requintada hipocrisia dos modos delicados, esconde-se um miserável que faz emboscadas a pessoas desarmadas” (JP). 
  • Caráter ou atributo daquilo que é falta de verdade ou de sinceridade; embuste, insinceridade.

O teólogo americano Norman Champlim traz um rico comentário sobre tal palavra.

“Essa   palavra  vem   do  verbo  grego  que  significa   «replicar».   O substantivo  era  usado  para  indicar  «aquele  que  replica»  e  no  uso  e desenvolvimento  desse  vocábulo,   veio  a  assumir  o  significado  de ator,  partindo  da  idéia  de  que  os  atores  replicam  uns  aos  outros. Finalmente,  o  termo  passou  a  significar  «ator»  quanto  a  coisas  sérias,  até  adquirir  o  sentido  moderno  de  «hipócrita».  Essa  palavra  é usada  por  vinte  vezes  no  Novo  Testamento  (sempre  nos  evangelhos sinópticos),  sempre  em  mau  sentido.  Lucas  usou  a  forma  verbal  por uma  vez  (Luc. 20:20),   com   o  sentido  de   «fingir».  As  autoridades religiosas  profanavam   a  prática  religiosa,  transmutando-a  em  uma peça  de  teatro,   chegando   ao  cúmulo  de   atrair  as  multidões,   que aplaudiam   o  espetáculo  que  davam .   E  a  recompensa  delas  era  o aplauso  que  recebiam. No  Antigo  Testamento  encontram os  o  termo  hebraico hanep,  que significa  «poluído»,  «ímpio».  A  raiz  dessa  palavra, hnp,  indica  aquilo que  é  antagônico  ao  que  é  sagrado.  Em  algum as  ocorrências  dessa palavra,  a  Septuaginta traduz  por hipócrita (como  em Jó  34:20;  36:13), mas  essa  é  apenas  uma  das  traduções  possíveis,  não  sendo  o  seu uso  básico.  Em  Isaías  32:6,  segundo  a  nossa  versão  portuguesa,  o vocábulo  hebraico khoneph  é  traduzido  por  «usar  de  impiedade».  A raiz  hebraica,  acima  mencionada,  aparece  em  trechos com o Jó  13:16; 15:34;  17:8;  20:5;  27:8;  34:30;  36:13;  Pro.  11:9  e  Isa.  9:17.  A  idéia básica  é  a  de  alguém   que  usa  de  duplicidade,  mostrando-se  assim ímpio  e  insincero,  culpado  de  levar  uma  vida  fingida,  hipócrita”.

Desde os tempos antigos o ato de fingir é descrito na Bíblia como algo deflagrado pelo pecado.

Adão e Eva fingiram que estava tudo bem quando o Senhor os chamou pela viração do dia, ainda que soubessem que não estava, haja vista, terem feito roupas para tampar a nudez (Gn 3.7) e, além de tentar se esconder, tiveram um comportamento característico dos seres humanos sem Deus, a terceirização da culpa.

Adão era o responsável, haja vista, o Senhor o ter colocado como gestor de todas as coisas que existiam no Éden, e por este motivo deveria ter assumido a culpa.

Porém, disse que a culpa era da mulher que também terceirizou a culpa para a serpente (diabo).

Comportar-se de maneira hipócrita é uma tendência do homem caído e somente o Espírito Santo pode resolver esta questão.

A palavra coerência está intimamente ligada à questão da hipocrisia, porque ela sugere que os cristãos devem viver de acordo com os ensinos de Cristo, ou seja, viver aquilo que pregam.

A palavra coerência é a conformidade entre fatos e ideias, ou seja, é necessário existir verdade entre o que se apresenta e o que é.

Em termos práticos, coerência cristã é viver de forma semelhante ao que é ensinado ou proposto e foi exatamente isto que Jesus propôs aos fariseus.

1 – A JUSTIÇA OPERADA PELA FALSA MOTIVAÇÃO

Por diversas vezes observamos pessoas desempenhando suas funções de forma excelente, porém, as motivações que fazem com que isto aconteça é pessoal e difere de uma pessoa para outra.

Para alguns, o reconhecimento é mais importante que a remuneração; para outros, a segurança é o que mais importa.

O psicólogo Abraham Maslow estudou este assunto e desenvolveu a  hierarquia de necessidades de Maslow, que é uma teoria da psicologia proposta em seu artigo “A teoria da motivação humana”, publicado em 1943 na revista Psychological Review.

Na conhecida “Pirâmide de Maslow” estão descritos as principais necessidades humanas onde na base desta estão descritas as necessidades mais rudimentares e inerentes a todos os seres humanos e, à medida que vai se dirigindo ao topo, as necessidades vão mudando, passando pelas necessidades psicológicas e chegando nas necessidades de auto realização.

Maslow chegou à conclusão que cada ser humano se motiva por ordem de prioridades e norteou o estudo da Teoria Geral da Administração e da Psicologia em todo mundo.

Em se tratando da motivação que leva os cristãos a trabalharem para o Reino de Deus, ainda que sejam diferentes, a base para todas deve ser a glorificação do Senhor Jesus e a promoção do crescimento de seu reino.

Se alguma outra motivação estiver acima destas, os problemas começarão a aparecer.

Foi exatamente isto que Jesus viu ao se deparar com os religiosos fariseus, pois eles queriam ter os laureis do reconhecimento de suas obras que não tinham o propósito de glorificar a Deus.

As palavras hipocrisia e mentira estavam intimamente associadas à conduta daqueles homens.

Champlim traz um comentário importante a respeito da hipocrisia que os religiosos apresentam, demonstrando que tal comportamento é comum no meio religioso.

“É  fácil  chamarmos  outras  pessoas  de  hipócritas;  e  é  ainda  mais fácil  sermos  tão  arrogantes  que  nos  consideram os  autênticos,  enquanto  todas  as  outras  pessoas  seriam   destituídas  de  autenticidade. A  verdade  é  que  todas  as  pessoas  religiosas,  incluindo  até  mesmo as  sinceras,  e  até  mesmo  aquelas  que  buscam   diligentemente  pela autenticidade,  em  certo  grau,  são  hipócritas.  Isso  é  verdade  porque  o ideal  está  sempre  acima  de  nossa  capacidade  de realização.  Além disso,  a  nossa tendência  é  tentar apresentar diante  dos  outros  a  idéia de  que  tem os  atingido  melhor  os  ideais  de  sinceridade  e  autenticidade do  que  na  realidade  o  fizemos.   E  não  somente  isso,  mas  também conseguimos  enganar a  nós  mesmos,  pensando  que  somos  melhores do  que,  na  realidade,  o  somos.  Portanto,  não  somente  somos  hipócritas  diante  de  nossos  semelhantes,  mas  até  mesmo  diante  de  nós. Todavia,  isso não  anula  qualquer  genuína  espiritualidade.  Devemos continuar  subindo  na  direção  do  ideal.  A  hipocrisia  tem  muitos  níveis. Parte  da  inquirição  espiritual  consiste  em  ir  eliminando  a  hipocrisia, juntamente  com  muitos  outros  defeitos  de  caráter,  debilidades  e vícios. A humildade é  uma  virtude,  e  nos  ajuda  a  anular a  hipocrisia”. 

O apóstolo Paulo acreditava que a perseguição que efetuava contra os cristãos caminhava de mãos dadas com a vontade de Deus, porém, quando Jesus encontrou-se com ele, a verdade lhe foi revelada (At 9) a ponto dele considerar o que fazia como esterco e sem proveito.

“Ainda que também podia confiar na carne; se algum outro cuida que pode confiar na carne, ainda mais eu: circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu, segundo o zelo, perseguidor da igreja; segundo a justiça que há na lei, irrepreensível. Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo e seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus, pela fé; para conhecê-lo, e a virtude da sua ressurreição, e a comunicação de suas aflições, sendo feito conforme a sua morte; para ver se, de alguma maneira, eu possa chegar à ressurreição dos mortos”. (Fp 3.4-11 – ARC) 

É importante mencionarmos que, ainda que a motivação de Paulo fosse errada, ela não era falsa, o que o diferia dos fariseus da época.

1.1 – Agradando a Deus e não aos homens

Jesus utiliza o exemplo da oferta, da oração e do jejum para nos ensinar a respeito da importância de tais práticas, porém, deixa claro que a recompensa destas ações será dada por Deus e não pelos homens.

O evangelista Lucas traz um texto que elucida esta questão.

“Nenhum servo pode servir a dois senhores, porque ou há de aborrecer a um e amar ao outro ou se há de chegar a um e desprezar ao outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom. E os fariseus, que eram avarentos, ouviam todas essas coisas e zombavam dele”. (Lc 16.13,14 – ARC)

O ministro inglês Joseph Benson traz um rico comentário a respeito deste assunto.

“Os fariseus, que eram cobiçosos – De espírito muito mundano; ouviu todas essas coisas – Nomeadamente, sobre o verdadeiro uso de riquezas e a impossibilidade de os homens servirem a Deus e a Mamom ao mesmo tempo; e eles o ridicularizaram – Como um visionário, que desprezava as riquezas, honras e prazeres da vida por nenhuma outra razão senão porque ele não podia obtê-las. A Bíblia é muito enfática, e deixa claro que eles zombaram dele, por um movimento desdenhoso da boca e nariz, bem como pelo que eles falaram com ele. A palavra poderia ser traduzida corretamente, eles zombaram. “Havia uma gravidade e dignidade no discurso de nosso Senhor que, por mais insolentes que fossem, não lhes permitiam rir; mas com um ar desdenhoso eles sugeriram um ao outro seu desprezo mútuo. ” – Citando Doddridge. ‘E ele disse: Vocês são os que se justificam diante dos homens – ao afastar a companhia dos pecadores e seu cuidado com as aparências externas, você faz pretensões ilusórias de uma extraordinária santidade diante do mundo, e raramente falha em adquirir uma grande reputação por isso’. Ou, o significado pode ser: vocês se consideram justos e convencem os outros a pensarem assim. Mas Deus conhece seus corações – você não pode justificar-se diante dele, que sabe que você está tão longe de ser justo, que é muito perverso. Pois embora você possa ter coberto a sujeira de seus crimes com a capa pintada de hipocrisia e, assim adornado, tenha enganado aqueles que não olham além do exterior, para uma grande admiração de você, você não pode se esconder do detecção de Deus, cujo olho penetra em toda cobertura e que julga as coisas não pela aparência, mas segundo a verdade. Por aquilo que é altamente estimado entre os homens, etc.”.

Em consequência deste tipo de conduta, Jesus os abomina opondo-se radicalmente aos atos praticados por eles.

Jesus sabia quais eram as motivações dos fariseus e sabe exatamente o que motiva cada um de nós.

A atitude de Paulo em sua carta aos gálatas deixa claro que sua intenção era agradar a Deus e não aos homens, diferentemente daqueles que estavam ensinado a eles falsas doutrinas.

“Como já dissemos, agora repito: Se alguém lhes anuncia um evangelho diferente daquele que já receberam, que seja amaldiçoado! Acaso busco eu agora a aprovação dos homens ou a de Deus? Ou estou tentando agradar a homens? Se eu ainda estivesse procurando agradar a homens, não seria servo de Cristo”. (Gl 1.9,10 – NVI)

O ensino verdadeiro da Palavra de Deus precisa ser feito com amor e zelo para com os cristãos, com o intuito de fazê-los se desviarem de seus maus caminhos e isto deve ser responsabilidade de todos os líderes, pois, para isto foram chamados.

“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente”. (Ef  4.11-14 – ARC) 

A tendência de querer agradar aos homens em primeiro lugar faz com que deixemos de agradar a Deus e receber dele tudo o que nos foi prometido.

Isto acontece quando deixamos de praticar aquilo que está em conformidade com a Palavra para que tenhamos algum tipo de benefício, ainda que não pareça estar errado.

O que o motiva a pregar o Evangelho? O que o motiva a ensinar na EBD? O que o motiva a ofertar?

1.2 – A verdadeira e a falsa piedade

A piedade precisa fazer parte da vida de um verdadeiro cristão, pois tem o sentido de diminuir o sofrimento alheio.

Champlim traz o conceito da palavra grega para piedade e nos esclarece aspectos importantes.

“No grego é «eusebia», uma das palavras favoritas das «epístolas pastorais»,  que aparece por dez vezes na forma nominal e por duas  vezes  em forma adverbial.  Significa  «piedade»,  e  sua forma verbal significa «adorar». Em forma de adjetivo significa «devoto», «piedoso» (ver II Ped. 2:9; Atos 10:2,7 e 22:12.  Ver também I Tim.  2:2; 3:16; 4:7,8;6:3,5,6,11; II Tim. 3:5 e Tito 1:1;  quanto à forma adverbial,  ver II Tim.3:12 e Tito 2:12). Essa palavra não é utilizada nas «outras» epístolas paulinas, sendo um daqueles vocábulos distintivos das «epístolas pastorais. Nossas orações devem solicitar condições que nos permitam dar atenção estrita e devotada a uma vida piedosa, para o bem de nossas almas eternas e para o bem-estar de nossos semelhantes. Essa piedade deve ser completa, plena,  a qual cumpre-nos expressar sem defeito, exibindo todas as virtudes cristãs”.

A doação financeira, de serviço ou cuidado é uma demonstração de piedade.

Os fariseus eram avarentos e ávidos por grandes somas em oferta, faziam questão de orar nas praças levantando suas mãos para todos verem e quando estavam em jejum demonstravam o semblante descaído para que as pessoas os observassem e dissessem que eles eram verdadeiros homens de Deus, porém, Jesus disse que a recompensa ou o galardão de cada um já havia sido recebido.

“Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão”. (Mt 6.2 – ARC) 

Paulo aconselhou seu filho na fé a viver uma vida piedosa. 

“Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão. Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas”. (1 Tm 6.11,12 – ARC) 

Em outras traduções: 

Timóteo, você é um homem de Deus. Fuja de todas estas coisas nocivas e, em vez disso, trabalhe no que é direito e bom, aprendendo a confiar em Deus e amar os outros, e a ser paciente e amável. Lute por Deus. Agarre-se com firmeza à vida eterna que Deus lhe concedeu, e que você reconheceu numa confissão tão notável diante de tantas testemunhas”. (BV) 

Mas você, homem de Deus, fuja de tudo isso. Viva uma vida correta, de dedicação a Deus, de fé, de amor, de perseverança e de respeito pelos outros. Corra a boa corrida da fé e ganhe a vida eterna. Pois foi para essa vida que Deus o chamou quando você deu o seu belo testemunho de fé na presença de muitas testemunhas”. (NTLH) 

Estamos vivendo uma época estranha onde as pessoas precisam tirar fotos de tudo o que fazem com o intuito de auto promoção e chegamos ao cúmulo das pessoas filmarem seus supostos atos de piedade para publicarem nas redes sociais. 

Qual seria o interesse em agir desta forma? 

O mesmo que motivava os fariseus nos tempos de Jesus e que foi tremendamente rechaçado pelo Mestre, o reconhecimento humano ou a auto promoção.

1.3 – Ofertando em secreto

A Bíblia nos traz uma passagem no Evangelho segundo Marcos que nos mostra Jesus, em outra ocasião, censurando a atitude dos fariseus no tocante às contribuições financeiras.

Para aqueles que estão distantes do Senhor, é muito comum a valorização das pessoas que possuem muitos bens financeiros em detrimento daqueles que não o possuem.

Porém, Jesus nos ensinou que não é a quantidade, mas a qualidade, ou seja, a motivação que fez com que a pessoa ofertasse.

“Jesus estava no pátio do Templo, sentado perto da caixa das ofertas, olhando com atenção as pessoas que punham dinheiro ali. Muitos ricos davam muito dinheiro. Então chegou uma viúva pobre e pôs na caixa duas moedinhas de pouco valor. Aí Jesus chamou os discípulos e disse: —Eu afirmo a vocês que isto é verdade: esta viúva pobre deu mais do que todos. Porque os outros deram do que estava sobrando. Porém ela, que é tão pobre, deu tudo o que tinha para viver”. (Mc 12.41-44 – NTLH)

Existem líderes religiosos que privilegiam os abastados na igreja, dando-lhes cargos e recomendações, pois, suas contribuições são de grande valia para a manutenção de seus privilégios e, neste caso, somente o Senhor pode interpretar a intenção do doador e de quem administra os recursos.

No caso dos fariseus, como eles também eram responsáveis pela administração das finanças do Templo, obter o prestígio de pessoas da alta sociedade judaica lhes era muito importante.

Além deste tipo de atitude ser incoerente com a vida cristã, demonstra um nível de mesquinharia e avareza muito alto.

De acordo com o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, a palavra avareza tem os seguintes significados:

  1. Apego excessivo ou sórdido ao dinheiro para o acumular. = FORRETICE, SOVINICE. 
  1. Falta de generosidade.

A palavra mesquinhez também tem um sentido interessante, demonstrando que o mesquinho é muito apegado ao dinheiro e não gosta de o gastá-lo.

Nas igrejas cristãs existem vários tipos de ofertantes, tanto os que ofertam em grandes quantidades como os que ofertam em pequenas quantidades e, ainda que os pastores tenham um certo controle sobre estas informações, nenhum deles poderá discernir quais são as verdadeiras intenções do coração dos ofertantes.

O capítulo 5 do livro de Atos dos Apóstolos nos mostra um caso extremo de interesses escusos relacionado ao ato de ofertar.

Ananias e sua esposa Safira venderam um propriedade e mentiram sobre o valor que haviam negociado afirmando que estavam ofertando o que haviam ganho com a venda da propriedade.

A ação do Senhor foi terrível e os dois morreram e o apóstolo Pedro nos mostra que eles morreram porque mentiram a Deus.

Não existe precedente na história bíblica sobre um acontecimento deste tipo, porém, o que aprendemos é que o Senhor abomina a mentira e que aquele casal tinha interesses mesquinhos ao fazer a oferta.

Outro ponto importante relacionado a este assunto é que muitos líderes religiosos da atualidade afirmam que as bençãos do Senhor serão distribuídas de acordo com a quantidade da oferta, ou seja, do valor, porém, Jesus deixa claro que isto não é verdade.

Por que motivos as pessoas acreditam nestes supostos líderes?

2 – A PRETENCIOSA ORAÇÃO DOS HIPÓCRITAS

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

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Postado por ebd-comentada


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