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Betel Adultos – 3 Trimestre 2022 – 11-09-2022 – Lição 11 – A relevância do discernimento

10/09/2022

Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira

TEXTO ÁUREO

“E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada.” Tiago 1.5

TEXTOS DE REFERÊNCIA

MATEUS 7.1-5 

1- Não julgueis, para que não sejais julgados. 

2- Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. 

3- E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? 

4- Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? 

5- Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Ensinar a discernir entre o certo e o errado. 
  • Mostrar como a hipocrisia é cega e injusta. 
  • Destacar a santidade e a riqueza do Evangelho.

INTRODUÇÃO

Uma das formas mais eficazes de compreender um assunto é estudar o significado das palavras e isto funciona para qualquer tipo de assunto.

De acordo com o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, a palavra discernimento tem os seguintes significados:

  1. Faculdade de discernir. 
  1. Critério. 
  1. Capacidade para avaliar ou julgar. = JUÍZO, TINO. 
  1. Escolha. 
  1. Distinção. 
  1. Apreciação.

Benjamin Vesch, fundador do site www.etimologia.com.br traz um comentário interessante sobre este assunto.

“A forma substantiva responde ao verbo, conjugando-se com o sufixo -mento, sobre a forma grega -mentum, atribuindo ação e efeito. Assim, observamos discernir como componente central no latim como discernĕre, entendendo a capacidade e habilidade de separar ou julgar em relação a um conjunto de coisas, formado pelo prefixo dis-, que se refere a remover uma coisa a partir de uma seleção, e o verbo cervebe, por separar, identificando-se na raiz do indo-européia em *krei- ou *skribh, segundo as teorias desenvolvidas no campo da filologia, compreendendo a ação de cortar ou traçar”.

Desta forma, compreendemos que a palavra discernir tem o sentido de saber o que é certo ou errado com base em informações previamente selecionadas.

Em se tratando da relevância do discernimento para os cristãos, o que garante que estamos acertando o alvo é a Palavra de Deus, haja vista, ser a base de todo relacionamento entre os seres humanos e o próprio Deus, deixada por Ele mesmo.

A palavra discernimento está intimamente ligada à palavra sabedoria e ambas se completam em diversas situações.

O conhecimento é a base de tudo, pois é gerado pelo acúmulo de informações sobre determinado assunto. A sabedoria é a maneira correta de utilizar este conhecimento e o discernimento é a capacidade de escolher o que é certo.

TODOS os cristãos precisam saber quais são as orientações bíblicas sobre determinado assunto para poder tomar as decisões que lhe compete e, mais uma vez, é necessário reforçarmos que devemos desenvolver o hábito de ler, meditar e compreender o que a Bíblia nos ensina (Sl 1) para que não sejamos presas de falsos profetas.

Além de nos ensinar como deve ser nosso relacionamento com o Senhor, a Bíblia também nos ensina como devemos agir para com o próximo, dando-nos o conhecimento necessário para desenvolvermos nossas relações interpessoais.

Sendo assim, a Bíblia é um livro que aborda as seguintes relações.

  • Vertical (Ser humano e o Senhor)
  • Horizontal (Entre os seres humanos)
  • Individual (A relação com o nosso ser)

1 – DISCERNINDO ENTRE O CERTO E O ERRADO

A base de qualquer decisão precisa estar pautada em uma código ou modelo de conduta.

Para os cristãos, o modelo é único e se chama Bíblia Sagrada.

A Bíblia não aborda todas as questões como erroneamente ensinam algumas, haja vista, existirem inúmeros assuntos que não haviam sido descobertos nos tempos bíblicos.

Porém, a Bíblia é poderosa para nos dar soluções para as mais diversas situações existentes.

Se nos dedicamos ao estudo e compreensão sistemáticos da Bíblia e orarmos ao Senhor pedindo sabedoria, teremos uma grande probabilidade de termos sucesso em tudo o que fizermos.

O Salmo 1 aborda exatamente este assunto.

“Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará”. (Sl 1.1-3 – ARC)

Em outra tradução:

“COMO É FELIZ o homem que não vai atrás da opinião das pessoas desligadas de Deus, que não fica à toa na companhia dos pecadores, nem participa de rodinhas onde fazem pouco caso de Deus. Mas ele faz da Lei do Senhor a fonte da sua alegria. A todo instante, de dia e de noite, ele pensa nessa Lei; fica imaginando como pode obedecer ao Senhor mais de perto. Ele é como uma árvore plantada junto à margem de um rio. Nunca deixa de dar fruto na estação própria. As suas folhas nunca murcham e ele sempre terá sucesso em todas as suas atividades”. (BV)

O capítulo 7 do Evangelho escrito por Mateus nos dá um panorama sobre como devemos nos portar diante do próximo, entendendo que próximo é todo aquele que se relaciona conosco.

A base dos ensinamentos está pautada nas críticas ou julgamentos, ou seja, na maneira como nos comportamos diante das diferenças; da autocrítica, ou seja, da importância de analisarmos nossa conduta com base na Palavra de Deus e da importância de discernirmos o valor das coisas em comparação ao valor das pessoas.

1.1 – Não julgueis

De forma simples, julgar significa formar conceito, emitir parecer, opinião sobre (alguém ou algo).

Estamos vivendo um período muito estranho onde as pessoas querem evitar a qualquer custo que emitamos opiniões sobre pessoas, afirmando que cada um tem o direito de ser ou fazer o que desejar.

A grande questão é: “Qual o propósito desta opinião?”

Precisamos compreender que TODAS as palavras ecoam por muito tempo e é possível que muitas destas palavras traga mais prejuízos do que benefícios.

O alvo das palavras proferidas por Jesus foi os fariseus, religiosos que se importavam com a aparência muito mais do que com a sinceridade e, por este motivo, foram chamados pelo próprio Jesus de hipócritas e mentirosos.

Já estudamos sobre a palavra sinceridade que está relacionada a não usar cera para tampar as imperfeições.

Por diversas vezes, o Senhor afirma que conhece a essência dos seres humanos e TODOS os seus julgamentos são emitidos com base na perfeição.

Sendo assim, precisamos nos lembrar que Deus conhece a intenção do nosso coração, sabendo quem realmente somos e deseja que nos comportemos como Ele se comportaria.

Quando Jesus encontrou-se com a mulher samaritana (Jo 4), Ele nos deixou alguns exemplos de comportamento marcantes.

  • Se interessou pela situação da mulher (Ele mudou o caminho para passar por Samaria com o intuito de salvar uma pessoa). 
  • Não se preocupou com o que as pessoas falariam dele, pois, o propósito de salvação é infinitamente superior aos dilemas religiosos). 
  • Deixou claro para a mulher que existe um padrão de conduta observado e exigido por Deus. 
  • Transformou a vida da mulher e de outras pessoas através da demonstração do amor e por proferir palavras transformadoras. 

A atitude de Jesus foi a de demonstrar, com base no amor, que Deus desejava que aquele mulher mudasse de vida.

Sendo assim, como cristãos, precisamos seguir o exemplo de Jesus em tudo que fizermos, principalmente quando desejarmos que as pessoas tornem-se discípulos Dele.

Se nos for dada a oportunidade para conversar a respeito do comportamento de alguém, nosso conduta deve ser baseada no amor e no interesse pela salvação da pessoa e não em regras de conduta religiosa.

Jesus CONDENOU a conduta dos fariseus que faziam exatamente isto, pois, demonstravam uma perfeição que não existia.

Em se tratando da ministração sobre assuntos complexos, devemos continuar seguindo o exemplo de Jesus que se pautava em transmitir o amor de Deus para com os seres humanos, demonstrando-lhes a verdade, com amor e sinceridade.

“E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina, porquanto os ensinava com autoridade e não como os escribas”. (Mt 7.28,29 – ARC)

O pastor e teólogo britânico John Stott traz um comentário importante a respeito do que distinguia Jesus dos religiosos judaicos.

“Por que isso? Qual era a causa desse desacordo entre eles? A resposta é simples: a maior preocupação dos fariseus era com eles mesmos e com um modo de manter sua própria pureza, enquanto a prioridade de Jesus Cristo eram os outros – como “buscar e salvar o que estava perdido”. A fim de explicar e defender o que fez, Jesus recorreu a uma série de imagens ou parábolas marcantes. Para começar, ele se comparou a um médico que se dedica ao cuidado de doentes e, portanto, assume o risco de se contagiar. Foi assim que ele respondeu à pergunta indignada dos fariseus sobre o motivo de comer com publicanos e pecadores: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim para chamar justos, mas pecadores”. Mais uma vez, quando os fariseus murmuraram, dizendo: “Este homem recebe pecadores e come com eles”, Cristo respondeu comparando-se com um pastor que havia perdido uma de suas cem ovelhas. Ele não abandonaria a ovelha perdida, nem aguardaria com esperança ouvir seu balido no caminho de casa. Ele preferiria abandonar as 99 que estavam seguras para sair à procura da que estava perdida e em perigo. Ele continuaria a busca até encontrá-la. Esse encontro levaria a uma alegria que ele gostaria de compartilhar com seus amigos e vizinhos. O que distinguia Jesus dos fariseus era, em uma palavra, a graça, a iniciativa divina que primeiro busca e depois salva o pecador perdido. Como explicou o estudioso judeu C. G. Montefiore, “os rabinos haviam dito que se o pecador voltar para Deus, este irá recebê-lo; eles não disseram que o amor de Deus sai à procura do pecador onde ele está. Todavia, é isso que dizem os Evangelhos”.

1.2 – Quem julga será julgado

Infelizmente, em muitas rodas de discussão cristã, os assuntos mais pautados são os julgamentos, as críticas e condenações.

Isto é comum entre os religiosos desde os primórdios do judaísmo e, por falta de vigilância, tal situação tem prejudicado o relacionamento entre muitos cristãos.

O apóstolo Tiago aborda este assunto com maestria em sua carta.

“Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão e julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz. Há só um Legislador e um Juiz, que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?” (Tg 4.11,12 – ARC)

Precisamos nos dedicar ao estudo das Escrituras Sagradas e à comunhão com o Espírito Santo para que TUDO o que falarmos esteja em consonância com o modelo apresentado por Jesus, tanto em conteúdo como em prática.

Tiago reforça este assunto com muita propriedade.

“E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não cumpridor, é semelhante ao varão que contempla ao espelho o seu rosto natural; porque se contempla a si mesmo, e foi-se, e logo se esqueceu de como era. Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito. Se alguém entre vós cuida ser religioso e não refreia a sua língua, antes, engana o seu coração, a religião desse é vã. A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo”. (Tg 1.22-27 – ARC) 

Existe um perigo que nos rodeia e faz com que nos tornemos faladores insensatos que tecem críticas ferrenhas a tudo e a todos sem notarmos que estamos pecando com tal atitude.

A Bíblia é clara quando afirma que o juiz perfeito é o Senhor e que TODAS as nossas atitudes serão julgadas por Ele.

Paulo foi categórico sobre este assunto em sua segunda carta aos coríntios, deixando claro que o Senhor conhece as intenções do nosso coração.

“Porque todos nós teremos de comparecer diante de Cristo para sermos julgados e termos as nossas vidas desnudadas – diante dele. Cada um de nós receberá o que merecer pelas coisas boas ou más que tiver feito neste corpo terreno. É por causa deste reverente temor ao Senhor, sempre presente em nossas mentes, que trabalhamos tão arduamente para ganhar os outros. Deus conhece nossos corações, sabe que eles são sinceros nesta questão; e eu espero que vocês, bem no íntimo, verdadeiramente o saibam também”. (2 Co 5.10,11 – BV) 

Em se tratando de julgamento, quais podem ser nossas intenções?

  • Demonstrar o erro.
  • Condenar o erro.
  • Auxiliar com amor aquele que está errando, salvando-o da condenação eterna. 

Será que a terceira é a que está predominando?

Em se tratando de “ajuntamento de pessoas”, o apóstolo Paulo nos orienta sobre quais devem ser os assuntos quando nos reunimos para cultuar a Deus.

“Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação”. (1 Co 14.26 – ARC)

Em outra tradução:

“Bem, meus irmãos, vamos fazer um resumo do que eu estou dizendo. Quando vocês se reúnem, alguns cantarão, outros ensinarão, outro transmitirá alguma informação especial que Deus lhe deu, ou falará numa língua desconhecida, ou explicará o que está dizendo algum outro que esteja falando na língua desconhecida; tudo que for feito, porém, precisa ser útil a todos, e edificá-los no Senhor”. (BV)

1.3 – O autocontrole no julgamento

Existe uma frase impactante, atribuída a Martinho Lutero que ilustra este assunto.

“Não podemos impedir que os pássaros voem sobre as nossas cabeças, mas podemos impedir que eles façam ninhos sobre elas. Assim também não podemos nos livrar de sermos tentados, mas podemos lutar para não cairmos em tentações”.

Por causa de estarmos em uma sociedade extremamente polarizada que enaltece as diferenças e age para que suas ideias prevaleçam em detrimento das ideias de outras pessoas, precisamos ter sabedoria para tecermos qualquer tipo de comentário.

Da mesma forma que não podemos impedir as tentações de aparecerem por serem fruto da nossa natureza pecaminosa e da ação de satanás, não podemos impedir que as pessoas façam terríveis julgamentos, porém, podemos agir sabiamente para levar tais pessoas a compreender como Jesus agiria em situações parecidas.

Podemos ouvir, mas, precisamos tomar cuidado com nossos comentários e isto deve ser feito através da ação sobrenatural do Espírito Santo, que produz em nós o Fruto do Espírito (Gl 5.22), especialmente o domínio próprio.

Se a boca profere coisas que estão em nosso coração (Lc 6.45), julgamentos odiosos demonstram que estamos distantes do Senhor.

Devemos entender que nossos julgamentos sobre outras pessoas é baseado em nossa opinião e somente isto já deveria fazer com que tivéssemos cuidado, porém, muitas pessoas não conseguem controlar sua língua.

Tiago também escreve sobre este assunto fazendo com que pensemos como tem sido nossas conversas.

“Assim também a língua é um pequeno membro e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia. A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno. Porque toda a natureza, tanto de bestas-feras como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana; mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal. Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus: de uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim. Porventura, deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa?” (Tg 3.5-11 – ARC)

A psicologia nos ensina muitas coisas a respeito das relações interpessoais, porém, a Bíblia já abordava este assunto antes da psicologia existir.

Se quisermos que as pessoas nos tratem bem, devemos tratá-las adequadamente. Se desejarmos ser tratados com amor, precisamos demonstrar este amor em nossos atos e palavras.

Sendo assim, ao invés de tecermos críticas ruins em relação ao comportamento das pessoas, devemos ajudar as pessoas a se desenvolver de acordo com os padrões elevados de Jesus, dentro das oportunidades que a vida nos oferecer.

Devemos ter certeza que as pessoas nos observam assim como as observamos e nossas atitudes falarão muito mais alto do que qualquer palavra que proferimos.

2 – DISCERNINDO A NATUREZA DAS COISAS

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

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Postado por ebd-comentada


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