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Betel Adultos – 3 Trimestre 2022 – 03-07-2022 – Aula 1 – O Sermão da Montanha e sua essência

01/07/2022

Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira

TEXTO ÁUREO

“Inclinai os ouvidos, ó céus, e falarei; e ouça a terra as palavras da minha boca”. (Dt 32.1)

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Mateus 5.1-8 

1 Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; 

2 e, abrindo a boca, os ensinava, dizendo: 

3 Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus; 

4 bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados; 

5 bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; 

6 bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; 

7 bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; 

8 bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Ensinar acerca do Sermão do Monte 
  • Destacar a conduta cristã e o combate à falsa moralidade 
  • Mostrar a natureza inversa do Reino de Deus

INTRODUÇÃO

Olá, irmãos. Paz do Senhor.

Chegamos ao 3 trimestre do ano 2022 com a graça e a misericórdia do Senhor nos alcançando.

Ao longo da história da humanidade, existiram grandes homens que influenciaram multidões, promovendo caminhos para o lado bom e outros para o mal.

Alguns foram hábeis escritores e outros profusos comunicadores.

Muitos foram poderosos líderes e ilustres cientistas que transformaram o mundo que viviam e contribuíram para o desenvolvimento da sociedade mundial.

Dentre os muitos que já existiram, podemos destacar alguns.

 

Isaac Newton, uma das maiores mentes na história que nasceu em dezembro de 1642, em Woolsthorpe, Lincolnshire, Inglaterra e morreu em março de 1726, na Inglaterra aos 84 anos de idade, tornando-se um dos maiores matemáticos do mundo, e físico reconhecido como um dos cientistas mais influentes de todos os tempos. Além disso, é a figura chave na revolução científica.

Aristóteles, considerado um dos maiores filósofos do mundo, tendo escrito várias obras e ensinado Alexandre, o Grande enquanto jovem.

Maomé, árabe fundador do Islamismo, uma das religiões que mais crescem no mundo.

Albert Einstein, físico alemão de origem judaica que criou a Teoria da Relatividade.

Muitos lograram esta posição por imposição ou usurpação e outros por uma sublime capacidade de influenciar e liderar.

TODOS foram notáveis e contribuíram grandemente para o desenvolvimento do planeta, porém, NENHUM destes teve tamanha participação na história mundial como JESUS, o CRISTO, um homem simples, proveniente de um lugar mais simples ainda, que influenciou milhões de pessoas mostrando a eles que existe um sentimento maior do que todos os outros, chamado amor e que por este amor, o Deus criador do Céu e da Terra o havia enviado para que todos aqueles que Nele crescem tivessem o direito de serem chamados filhos de Deus, declarando que a necessidade de nos voltarmos para Deus era real e nos mostrando que o desejo de Deus é ser o centro de toda a adoração.

Este homem, chamado Jesus Cristo, o Nazareno, foi o único que conseguiu mudar a natureza pecaminosa que fora implantada pelo pecado original deste complexo ser, chamado homem.

Jesus Cristo, o filho de Deus, influenciou e continua influenciando milhões de pessoas em todas as nações da terra, mudando-lhes a vida, transformando-lhes em uma nova criatura e fazendo-os aceitáveis diante de Deus.

“Porque Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas. Glória, pois, a Ele eternamente” (Rm 11.36 – ARC).

Neste trimestre, estudaremos sobre o Sermão da Montanha, base dos ensinamentos de Jesus para que os seres humanos vivam uma vida plena na presença de Deus.

Jesus, o Cristo tem influenciado milhões de pessoas ao longo dos últimos 2000 anos e é o fundador da religião que possui mais adeptos pelo mundo.

Jesus veio para os judeus como salvador e, após ser rejeitado por estes, abriu a porta da salvação para TODOS os que crerem nele.

“Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome” (Jo 1.11,12 – ARC)

Ele nunca obrigou ninguém a mudar, mas, trabalha diuturnamente; através do Espírito Santo; para convencer o homem sobre a necessidade de se aproximar de Deus através da confissão de que somos pecadores e não merecemos ser alcançados por Ele.

“E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo: do pecado, porque não creem em mim; da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado”. (Jo 16.8-11 – ARC)

A mudança que os seguidores de Jesus apresentam tem feito com que o cristianismo seja a religião que mais tem contribuído para o desenvolvimento da sociedade mundial, atuando em todas as áreas existentes.

Por causa do crescimento do Cristianismo, a educação teve um salto ornamental e isto contribuiu fortemente para o progresso socio econômico mundial.

O Sermão da Montanha nos apresenta alguns comportamentos praticados e ensinados por Jesus que tem o poder de transformar a sociedade.

1 – CONHECENDO O SERMÃO DA MONTANHA

O Sermão da Montanha foi o primeiro discurso que Jesus fez para todos os seus seguidores, começando pelos 12 discípulos que sempre estiveram com ele e terminando com a multidão que o seguia.

Não sabemos exatamente onde é o lugar onde o sermão foi proferido, porém, a maioria dos teólogos acredita que tenha sido em alguma região próximo a Cafarnaum.

A Bíblia nos diz que Jesus subiu a um monte, mas, não declara qual é.

Subir a um monte era uma forma de estar em evidência para poder se expressar às pessoas que ouviriam. As pessoas precisavam ouvir e compreender o que o Mestre falaria e isto exigiria muita atenção por parte dos ouvintes.

Os judeus estavam acostumados a cumprir princípios por medo ou obrigação e isto não estava associado a uma mudança de vida ou de conduta.

O Cristo deixou isto bem claro ao confrontar o modo de vida dos judeus; tidos como O POVO DE DEUS; e propor uma conversão.

O discurso do Mestre foi completamente diferente daquele que os judeus estavam acostumados a ouvir dos doutores da Lei.

“E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina, porquanto os ensinava com autoridade e não como os escribas”. (Mt 7.28,29 – ARC)

Desta forma, o Sermão da Montanha traz orientações sobre como os seguidores de Cristo devem se comportar diante de algumas situações complexas envolvendo os relacionamentos interpessoais.

1.1 – O caráter do sermão

Para compreendermos o caráter do Sermão da Montanha, precisamos fazer uma leitura reversa do capítulo 5, começando do último versículo.

“Portanto, sejam perfeitos em amor, assim como é perfeito o Pai de vocês, que está no céu”. (Mt 5.48 – NTLH)

A maioria das traduções traz a palavra perfeição para o texto, porém, o grego utiliza esta palavra em associação aos deuses ficando bem distante do comportamento praticado pelos seres humanos, porém, quando estudamos as propostas de Jesus no Sermão da Montanha, aprendemos que o propósito do Senhor para conosco é de nos tornar pessoas melhores por causa da presença dele em nossa vida, ou seja, de nos tornarmos “imagem e semelhança dele”.

Ele deixa isto bem claro quando contrasta as atitudes e comportamentos dos fariseus; considerados homens de Deus; com aqueles que deveriam existir na vida de seus seguidores.

“Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus”. (Mt 5.20 – ARC)

Em outra tradução:

“Pois eu afirmo a vocês que só entrarão no Reino do Céu se forem mais fiéis em fazer a vontade de Deus do que os mestres da Lei e os fariseus”. (NTLH)

O teólogo americano Norman Champlim traz uma contribuição importante a respeito deste assunto.

“Ainda  que  o vocábulo «perfeito» seja usado para indicar perfeição relativa ou qualidades de maturidade,  provavelmente,  neste caso, Jesus quis indicar a completa perfeição de Deus como alvo a ser alcançado pelos discípulos, a despeito das especulações sobre a possibilidade do homem atingir essa perfeição.  Pela doutrina da transformação do crente, à  imagem  de  Cristo, sabemos  que essa perfeição não somente é possível, mas também resulta do processo da «salvação»,  uma vez terminado.  A perfeição deve incluir os princípios da mensagem de Jesus neste sermão, isto é, santidade (Lev.  11:44) e amor. O versículo não diz se a perfeição pode ou deve ser alcançada nesta vida, mas é claro que esse alvo deve ser visado por todo discípulo de Jesus. Pelas Escrituras, sabemos que ninguém alcança totalmente esse alvo na existência terrena, como não o alcançaram o grande apóstolo Paulo (Fil. 3:12), nem João e outros crentes do passado H  João 1:8); mas também é erro não reconhecer que o plano do evangelho é exatamente esse, a perfeição do ser humano,  segundo  a  imagem  de  Cristo,  portanto,  participação  na Divindade, (II Ped.  1:4; II Cor. 3:18; Col. 2:10). Ê enfático no grego, e forma uma antítese com os gentios e publicanos, mencionados nos versículos anteriores. Ê importante notar que o clímax da experiência humana,  na  imitação  de  Deus,  é  o  amor.  Jesus mesmo ensinou isso:  «O meu mandamento  é este,  que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei» (João 15:12). Paulo expressa a idéia destes versículos da seguinte maneira:  «O amor não pratica o mal contra o próximo;  de sorte que o cumprimento da lei é o amor» (Rom.  13:10).  O amor, portanto, é o caminho mais rápido para Deus. Na literatura grega com frequência se encontra a palavra perfeito usada para  descrever os  «deuses»  em  contraste  com  a  situação  humana.  Esse vocábulo pode incluir as ideias de «plenamente desenvolvido» (como em Efé. 4:13),  «reto» ou «retilíneo»,  isto é,  honesto e não de dupla personalidade (como em Gên. 6:9; Jó 1:1; Tia.  1:4 e Deut.  18:13),  e,  portanto,  correto, sincero, integro. Todas essas propriedades pertencem a Deus, mas também devem  ser  nossas  no  sentido  absoluto,  quando  somos  transformados  à imagem  de  Deus,  paulatinamente,  pelo  que,  desde  agora,  compete-nos servir de padrão da conduta moral”.

1.2 – O conteúdo do sermão

O que Jesus apresentou para os judeus e chegou até os gentios (que somos nós), é a necessidade de mudarmos de vida, deixando os velhos hábitos que nos foram apresentados pela religião.

Notemos que existe um grande contraste entre a obrigação imposta pela Lei e a mudança de vida proposta pelo Evangelho.

Literalmente, o conteúdo do sermão aborda a necessidade de mudança de vida ou de conversão e esta proposta é apresentada pelo Evangelho de Jesus Cristo.

O testemunho de milhões de pessoas ao redor do mundo desde o surgimento do Cristianismo é exatamente este. Aquele que roubava deixa de roubar, o que matava deixa de matar porque o amor de Deus lhe foi apresentado e houve uma transformação.

A religiosidade ou a prática desordenada dos princípios religiosos traz fanatismo, hipocrisia, arrogância e prepotência, porém, os ensinamentos de Jesus, baseados no amor de Deus para conosco, produzem uma verdadeira conversão.

John Stott, teólogo e escritor, nos traz uma rica contribuição a respeito do conteúdo do sermão.

“A essência do Sermão da Montanha foi o apelo de Cristo aos seus seguidores para serem diferentes de todos os demais. “Não sejam iguais a eles”, disse Jesus (Mt 6.8). O reino que Cristo proclamou deve ser uma contracultura, exibindo todo um conjunto de valores e padrões distintos. Desse modo, ele fala de justiça, influência, piedade, confiança e ambição, e conclui com um desafio radical para que se escolha o caminho Dele”. 

A proposta do Sermão da Montanha é contrária ao que tem se tornado muito comum dentro das igrejas cristãs baseada no “meu direito em primeiro lugar” e nos mostra que a maneira de Jesus agir em determinadas situações é completamente antagônica à maneira que a sociedade age, buscando sempre o próprio benefício.

O apóstolo Tiago escreveu sobre isto quando estava falando sobre a oração não respondida.

“Donde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura, não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam? Cobiçais e nada tendes; sois invejosos e cobiçosos e não podeis alcançar; combateis e guerreais e nada tendes, porque não pedis. Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites”. (Tg 4.1-3 – ARC)

Os pobres de espírito, os que choram, os mansos, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os limpos de coração, os pacificadores, os que sofrem perseguição por causa da justiça serão bem aventurados não por brigarem por seus direitos, mas, pelo fato de sofrerem estes revezes e decidirem agir com base no que Jesus faria.

“… bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós”. (Mt 5.11,12 – ARC)

Será que a nossa justiça tem excedido a dos fariseus? Será que nosso comportamento é baseado no amor a Deus e no desejo de lhe ser fiel ou estamos mais interessados em demonstrar algo que sabemos ser impossível de praticar com nossas próprias forças?

1.3 – O local do sermão

O apóstolo Tiago nos mostra que toda boa dádiva vem do alto, lugar onde o Senhor está.

“Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação”. (Tg 1.17 – ARC)

Por algumas vezes o Senhor pediu que seus servos subissem em montes ou montanhas e revelou-se a eles naquele lugar.

Sem nenhum romantismo, parece que estes lugares nos fazem estar mais pertos do Senhor, haja vista, não sofrermos as diversas interferências que o solo nos apresenta.

Quanto mais distantes dos problemas da vida e da influência da sociedade, mais perto poderemos ficar do Senhor.

Quando o Senhor deu a Moisés as tábuas com os 10 mandamentos, aquele homem estava separado das atribuições diárias por 40 dias.

“Então, disse o SENHOR a Moisés: Sobe a mim, ao monte, e fica lá; e dar-te-ei tábuas de pedra, e a lei, e os mandamentos que tenho escrito, para os ensinares. E habitava a glória do SENHOR sobre o monte Sinai, e a nuvem o cobriu por seis dias; e, ao sétimo dia, chamou o SENHOR a Moisés do meio da nuvem. E o aspecto da glória do SENHOR era como um fogo consumidor no cume do monte aos olhos dos filhos de Israel. E Moisés entrou no meio da nuvem, depois que subiu o monte; e Moisés esteve no monte quarenta dias e quarenta noites. (Ex 24.12,16-18 – ARC)

Quando Jesus queria ter uma conversa importante com os discípulos, Ele os levava para um local separado para que a atenção fosse redobrada e tivessem uma condição de compreensão maior.

Não sabemos fielmente onde foi o lugar que Jesus utilizou para ministrar o Sermão da Montanha, porém, sabemos que foi necessário que o lugar fosse um pouco distante da multidão para que houvesse mais atenção.

Em vários momentos de nossa vida é necessário deixarmos a correria da vida e as atribuições diárias e ficarmos separados de tudo para conseguirmos ouvir a voz do Senhor claramente.

2 – O SERMÃO EM RELAÇÃO À VIDA PRÁTICA

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

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Postado por ebd-comentada


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