Buscar no blog
15/07/2021
Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira
“Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam.” Hebreus 11.6
MARCOS 5.25-29,34
25 E certa mulher, que havia doze anos tinha um fluxo de sangue,
26 E que havia padecido muito com muitos médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo a pior,
27 Ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou no seu vestido.
28 Porque dizia: Se tão-somente tocar nos seus vestidos, sararei.
29 E logo se lhe secou a fonte do seu sangue, e sentiu no seu corpo estar já curada daquele mal.
34 E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai em paz e sê curada deste teu mal.
Olá, irmãos e irmãs, Paz do Senhor.
O texto que estudaremos nos traz a história de uma mulher desconhecida que marca profundamente a vida de todos aqueles (as) que a conhecem, através da Bíblia Sagrada.
A sociedade judaica, bem como a maioria das sociedades orientais, é extremamente machista e esta é uma questão cultural.
No Japão, em tempos antigos, as mulheres não podiam caminhar ao lado dos homens, devendo fazê-lo a um passo de distância.
Ainda que estejamos em tempos modernos, existem algumas questões que precisam ser aclaradas, pois, não servem para os cristãos.
Nos tempos bíblicos do A.T., a mulher menstruada deveria ficar isolada por 7 dias até que o sangramento passasse e, após isto, deveria esperar mais 7 dias para poder se apresentar no Tabernáculo.
O homem que tivesse algum tipo de fluxo, como secreções seminais ou algum tipo de sangramento também deveria ficar isolado. Provavelmente este tipo de fluxo era o resultado de uma vida sexual promíscua e, acredita-se que seja consequência de uma gonorreia.
Muitos religiosos utilizam os textos associados à impureza da mulher e do homem, citadas no capítulo 15 de Levítico, justificar o celibato, ou seja, a total separação sexual, como é o caso dos sacerdotes católicos.
É importante que o (a) professor (a) conheça o texto deste capítulo e explique em sala, que aquela era uma obrigação para os judeus. Estas leis faziam parte de sua história e eram respeitadas cabalmente.
Infelizmente, existem líderes religiosos com pouca sabedoria e baixíssimo nível de conhecimento que proíbem mulheres menstruadas de participar da Ceia do Senhor.
A mulher da história, conhecida como “mulher do fluxo de sangue” não teve sua identidade revelada, porém, nos ensina muito a respeito da fé, coragem e perseverança. Fé porque acreditou no poder do Messias, coragem para romper as tradições judaicas, independentemente das consequências e perseverança para tocar em Jesus.
A Bíblia nos mostra que esta mulher tinha uma hemorragia que durava 12 anos e, por isto, ela era tida como imunda e não poderia estar nos lugares públicos, pois, qualquer um que a tocasse, automaticamente seria impuro.
Não sabemos o motivo pelo qual esta patologia perdurada por tanto tempo, porém, precisamos compreender que foram 12 anos de profundo sofrimento.
Existem muitas críticas a respeito do sofrimento humano, porém, biblicamente, eles acontecem por no mínimo 3 causas.
O sangramento daquela mulher pode ter sido causado por um problema uterino, um tumor e outras coisas.
Também pode ter sido causado por deficiência de alguma substância, por problemas emocionais que foram somatizados, ou seja, passaram a existir de forma física e também pode ter sido causado pelo próprio demônio, pois, existem doenças que são causadas por ele, como é o caso descrito por Mateus.
“Trouxeram-lhe, então, um endemoninhado cego e mudo; e, de tal modo o curou, que o cego e mudo falava e via”. (Mt 12.22 – ARC)
O homem desta passagem era cego e mudo porque um demônio o possuía.
Independentemente da causa, Jesus a curou.
Como professores (as) de Bíblia na escola dominical, precisamos ser críticos e racionais para abordar aspectos onde não existem textos explícitos como é o caso desta doença.
Muitas pessoas, principalmente aquelas que gostam de pregar a Palavra, se enveredam em questões de pouca importância, tentando provar uma teoria absurda.
Isto acontece com grande frequência e deve ser extirpado do meio cristão.
Existe uma frase que diz: Texto sem contexto é pretexto para heresia.
Se o texto não diz ou a resposta não está no contexto ou em outro texto paralelo, não podemos afirmar e, para supor, precisamos ser cuidadosos.
Precisamos ensinar aos alunos que TODAS as pessoas estão sujeitas a problemas físicos, emocionais ou espirituais e que cada um deles pode ser curado por Jesus.
É de suma importância reforçarmos que os médicos existem para cuidar dos doentes e que o Senhor pode curar alguém enquanto está sendo acompanhado por estes profissionais, porém, não podemos nem devemos nos furtar de consultar a medicina quando for necessário.
Proibida a cópia parcial ou total deste material – Sujeito a penas legais https://ebdcomentada.com
A Lei dizia que a mulher era impura e ponto final. Desta forma, ela não poderia permanecer no mesmo lugar de outras pessoas, pois, estas pessoas poderiam encostar nela e ficarem impuros também.
Não podemos afirmar de onde era esta mulher, mas, o texto bíblico nos mostra que ela era judia, pois, era considerada imunda.
É importante comentarmos que o encontro de Jesus com esta mulher poderia ter sido uma coincidência, pois, quando Jesus saiu de Gadara e atravessou o Mar da Galiléia para a outra margem, a Bíblia nos mostra que Jairo o interpelou e lhe contou que sua filha estava muito doente.
Jairo era um principal da sinagoga e a cidade de Cafarnaum daquela época possuía várias sinagogas.
Jesus o ouviu e começou a trajetória até a cidade de Cafarnaum para visitar a casa de Jairo.
O encontro deve ter acontecido próximo a cidade de Cafarnaum, pois, Jesus saiu de Gadara em direção a esta cidade, conforme mapa abaixo.
O teólogo alemão Adolf Pohl nos traz um rico comentário a respeito do mal padecido por ela.
“Hemorragia. Pode ter-se tratado de uma menstruação anormalmente forte, ou de um sangramento crônico do útero. Faltam, porém, detalhes clínicos. Em lugar destes, ouvem-se ecos de termos técnicos de Lv 15.25-29, o que deixa bem claro que a mulher era judia: “[Ela está] imunda. […] Toda cama sobre que se deitar durante os dias do seu fluxo […] e toda coisa sobre que se assentar será imunda. […] Quem tocar estas (portanto também seu marido, se não se afastar totalmente dela) será imundo.” No mesmo contexto fala-se da lepra, por isso, veja para impuro = profano opr 2 a 1.41-45. Nos v. 29,34 do nosso texto o fluxo é considerado um “mal”, um “flagelo”. A referência pode ser, também como no caso da lepra (Lv 13.2s,9,20,25,27), ao sentido original de castigo. Por esta razão, também, a mulher que tinha hemorragia e foi curada tinha de trazer uma “oferta pelo pecado” (Lv 15.30). Bill. I, 594 atesta também a opinião dos rabinos de que antigamente, quando Israel ainda obedecia a Iavé, não existia este mal. Nos tempos messiânicos esperava-se a restauração deste estado original. No Talmude as prescrições sobre o fluxo ocupam um artigo inteiro. Enumeram-se onze antídotos bizarros – o que espelha a perplexidade e o sofrimento”.
Os problemas desta mulher a impediam de estar na sinagoga, de viver junto de seus parentes e, consequentemente comer com eles e com isto, sua vida deveria ter uma péssima qualidade.
A mulher precisava de tratamento, porém, até aquele momento, ninguém havia conseguido resolver sua situação.
Existem muitas pessoas com situações parecidas com a descrita no texto bíblico em relação à mulher com o fluxo de sangue, não somente parecidas com a doença, mas, como algum tipo de problema insolúvel.
As pessoas que sofrem com males aparentemente insolúveis merecem todo o tempo e atenção dos cristãos, pois, estão frágeis e abatidas.
Você conhece os problemas dos seus alunos? Tem acompanhados suas lutas e dificuldades ou simplesmente ministra a aula e vai para sua casa?
O cuidado com os alunos também é tarefa de um (a) professor (a ) de EBD.
Proibida a cópia parcial ou total deste material – Sujeito a penas legais https://ebdcomentada.com
O texto bíblico nos mostra que aquela mulher havia gastado seus recursos com a intenção de resolver seus problemas, porém, nada lhe trouxe a cura.
Existem inúmeros casos deste tipo e milhares de pessoas desesperadas a procura de refrigério para seu sofrimento.
Muitas doenças permanecem sem cura, ainda que as pesquisas científicas estejam aceleradas. Doenças como o câncer, a AIDS e muitas outras permanecem ceifando vidas e muitos fazem como a mulher do texto, gastam tudo o que conquistaram em vida para tentar a cura.
“E certa mulher, que havia doze anos tinha um fluxo de sangue, e que havia padecido muito com muitos médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo a pior”. (Mc 5.25,26 – ARC)
Além de gastar seus recursos, a mulher piorou…
Não sabemos e em alguns casos, nunca saberemos o motivo pelo qual algumas pessoas sofrem tanto nesta vida, pois, somente o doador da vida nos pode dar esta resposta.
Quando Paulo escreveu sua segunda carta a Timóteo, ele diz que havia deixado um colega de ministério doente na cidade de Mileto.
“Erasto ficou em Corinto, e deixei Trófimo doente em Mileto”. (2 Tm 4.20 – ARC)
Será que Trófimo buscou auxílio médico para ser curado? Será que a fé de Trófimo e até mesmo de Paulo não foi suficiente para tal cura?
Nunca saberemos, porém, isto acontece.
Existe um tipo de ensino herético conhecido como “Teologia da Prosperidade” que afirma que o verdadeiro cristão não fica doente, não sofre e não vivencia problemas financeiros, porém, não existe nenhum embasamento bíblico para tal afirmação.
Algumas igrejas pentecostais foram afetadas por esta heresia e pastores “renomados” afirmam que um crente não pode sofrer com uma doença incurável.
A mulher do fluxo de sangue cria em Deus, pois era judia, Trófimo era discípulo de Jesus, Paulo; o apóstolo; foi um dos homens mais próximos de Deus de todo o Novo Testamento e, mesmo assim, não foi livre do espinho na carne.
Sabendo que as pessoas sofrem e continuarão sofrendo, precisamos ter cautela com certas afirmações.
Vale a pena mencionarmos outra situação em que pessoas sofrem e não recebem sua cura, que é o falso curandeirismo, ou seja, supostos pastores que possuem dons de cura, que oram e as pessoas não são curadas.
Falsas campanhas de cura que tem como principal objetivo a arrecadação financeira também têm produzido grandes prejuízos para as pessoas.
Infelizmente existem situações destas no meio cristão e isto envergonha o Evangelho de Cristo.
Aquela mulher foi uma pessoa que havia sofrido muito tempo que encontrou Jesus no caminho para Cafarnaum.
Evangelista Leonardo Novais de Oliveira
Para continuar lendo esse esboço CLIQUE AQUI e escolha um dos nossos planos!
É com muita alegria que nos dirigimos a você informando que a EBD Comentada já está disponibilizando os planos de assinaturas para que você possa continuar a usufruir dos nossos conteúdos com a qualidade já conhecida e garantida.
Informamos também que apoiamos o seguinte trabalho evangelístico:
CLIQUE AQUI para ser nosso parceiro missionário e continuar estudando a lição conosco…
Deus lhe abençoe ricamente!!!
Equipe EBD Comentada
Postado por ebd-comentada
Acesse os esboços por categorias