Buscar no blog

Betel Adultos – 3 Trimestre 2021 – 15-08-2021 – Lição 7 – É fundamental cultivarmos uma vida de oração

12/08/2021

Este post é assinado por Cláudio Roberto de Souza

TEXTO ÁUREO

Isaías 55:6

6 Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. (ARC)

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Atos 12:1-5,11

1 Por aquele mesmo tempo, o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja para os maltratar;

2 e matou à espada Tiago, irmão de João.

3 E, vendo que isso agradara aos judeus, continuou,

mandando prender também a Pedro. E eram os dias dos asmos.

4 E, havendo-o prendido, o encerrou na prisão, entregando-o a quatro quaternos de soldados, para que o guardassem, querendo apresentá-lo ao povo depois da Páscoa.

5 Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus.

11 E Pedro, tornando a si, disse: Agora, sei, verdadeiramente, que o Senhor enviou o seu anjo e me livrou da mão de Herodes e de tudo o que o povo dos judeus esperava. (ARC)

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Ensinar a importância de uma vida de oração. 
  • Mostrar o que acontece quando a igreja ora. 
  • Apresentar os resultados de uma vida de oração.

NOTA

Reforçamos que a EBD Comentada abriu um grupo no WhatsApp para que todos(as) os(as) professores(as) possam trocar informações sobre os diversos temas que envolvem a aula da semana ou dúvidas a respeito. Neste canal postaremos vídeos, texto de reflexão, dicas de leitura ou mesmo algum material que visa orientá-los em suas aulas.

Como política do grupo, pedimos a todos(as) que se reservem em apenas escrever neste grupo temas pertinentes as aulas. Parece ser áspero, mas pedimos que evitem envio de mensagens e figurinhas de bom dia, boa tarde, boa noite, salvo quando iniciará algum comentário, textos, vídeos ou áudios que nada a ver tenham com os temas das aulas. A ideia é que o grupo se restrinja apenas ao seu propósito inicial.

Segue abaixo o link para que faça parte e participe e seja muito bem-vindo(a). Te esperamos lá!

https://chat.whatsapp.com/BQgs04aUvYy9jDq22AxGXe

INTRODUÇÃO

Paz do Senhor a todos(as).

Em caráter de exceção, escrevo o esboço desta semana. Desejo a todos(as) professores(as) e vocacionados(as) um bom estudo e excelente aula no próximo domingo.

Iniciamos por dizer que o estudo deste tópico traz em seu título o termo “FUNDAMENTAL”. Lemos nele que: “É fundamental cultivarmos uma vida de oração”.  A palavra “fundamental” significa aquilo que é essencial, primordial, extremamente importante ou principal! Portanto, a oração é uma prática crucial para uma vida cristã ditosa e abençoada.

Mas o que é a oração?

Biblicamente, a oração é uma comunicação entre o ser criado e o Criador. Trata-se de um diálogo, uma conversação, um canal de interlocução estabelecido pelo próprio a Deus (Gn 3.8), a fim de que pudéssemos simplesmente falar com Ele. Além disso, a oração é a expressão de nossa comunhão com Deus.

A quem diga que através das Escrituras, ouvimos Deus falar conosco e na oração, falamos com Deus, no entanto tal expressão não é limitadora, pois mesmo na oração, podemos ouvir a voz de Deus (Jr 33.3). Sim, mesmo Ele, sendo Eterno Criador do universo, o Deus Todo Poderoso, Soberano e sobre tudo e todos, se dispôs a se importar e ouvir homens pecadores e limitados como eu e você. Em seu grande amor, bondade e misericórdia, ouve as nossas orações (1Re 9.3; Sl 4.3; 5.3; 1Jo 5.14).

O texto áureo deste tópico cita a ocasião em que Herodes prendeu e mandou matar a Tiago, irmão de Jesus e ao perceber que tal atitude lhe dera prestígio político junto aos judeus, deu sequência a sua tática de angariar crédito junto à comunidade judaica contrária aos cristãos. Desta forma, ordenou que prendesse também a Pedro, que era um dos principais líderes (senão o principal) da igreja primitiva.

Os planos de Herodes com Pedro era dar-lhe um destino semelhante ao de Tiago e intencionava fazê-lo tão logo se encerrasse a Páscoa. Porém, em meio a este drama, a igreja em Jerusalém, se colocou em oração, aliás, esta era uma prática comum da igreja primitiva. Mesmo cientes que Tiago havia sido morto ao fio da espada e que Herodes representava a autoridade máxima na província, oraram incessantemente para que o Senhor intervisse.

Da mesma forma que os primeiros irmãos enfrentaram as suas lutas, nós enfrentamos as nossas. Muda-se a época, mas as tribulações atingem a todos indistintamente. No entanto, a arma para enfrentar as dificuldades que nos são impostas é a mesma – a oração.

Para aqueles irmãos, naquela circunstância, a oração constituía a sua principal fonte de socorro em tempos de aflições. Eles oravam para que o Senhor atuasse providenciando o livramento necessário a Pedro.

A igreja primitiva é para nós, exemplo inspirador para que também oremos para obtermos vitórias semelhantes. O cristão que entende que a oração deve ser priorizada em sua vida, alcançará experiências tão impactantes como aquelas experimentadas pelos irmãos primitivos.

1 – A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO

O que faz a oração ser tão necessária e indispensável na vida do servo de Deus?

A oração é fundamental ou imprescindível porque ela indica e defini a nossa relação com Deus. Nela ou através dela desenvolvemos a nossa comunhão com o Criador; nos aproximamos dEle, ampliamos o nosso conhecimento acerca do nosso Senhor, demonstramos confiança e gratidão ao Altíssimo.

O teólogo Gordon disse que os grandes da terra hoje, sãos os que oram. Ele não se referia aos que falam a respeito da oração, nem aos que dizem que creem no poder da oração, nem mesmo aos que sabem explicar os méritos da oração. Ele se referia as pessoas que simplesmente separavam o seu precioso tempo para orar e oravam. Tais pessoas, normalmente não possuem tempo disponível. O tempo deve ser subtraído de outra atividade qualquer. Esta atividade qualquer pode ser importante e urgente, contudo, não tão importante e nem tão urgente quanto a oração.

O cristão na Bíblia é comparado a um soldado que combate o bom combate da fé (2Tm 4.7) em um campo de batalha minado por ideologias, filosofias, teologias, tradições e outros tantos inimigos, além do próprio diabo e seus asseclas. Para que saiamos vitoriosos é necessário nos equiparmos de armas incomuns e só conhecidas pelos servos do Senhor. A oração é uma dessas armas. Trata-se de um armamento tão poderoso que segundo o apóstolo Paulo, é capaz de destruir fortalezas (2Co 10.4).

Algo interessante vem a memória sobre a oração ser mais poderosa do que qualquer outra arma convencional. Diz-se que rainha da Inglaterra falou sobre John Wesley, um grande evangelista: “Eu tenho mais medo da oração de John Wesley do que do exército da França fortemente armado”. 

Semelhantemente, Maria, rainha da Escócia disse sobre as orações do evangelista John Knox, pois suas orações continham tal poder que toda a Escócia foi despertada. “Eu temo mais as orações de John Knox do que os exércitos de 10 mil homens contra nós”.

Para os primeiros cristãos, a arma da oração estava posta como algo espiritualmente relevante; oravam continuamente (At 12.5) e criam que suas orações poderiam ser respondidas.

Pergunte a sua classe: E a oração para nós? Temos valorizado como deveria?

1.1 – O nosso cotidiano

Proibida a cópia parcial ou total deste material – Sujeito a penas legais https://ebdcomentada.com 

Para a igreja primitiva, a oração estava tão impregnada no seu dia a dia como a necessidade de comer. Do mesmo modo que eles praticavam a comunhão, o dividir o pão, a perseverança na doutrina dos apóstolos, eles persistiam e conservavam a oração (At 2.42). Aliás, a igreja primitiva nasceu em oração, conforme se lê:

Atos 1:13-14
13 E, entrando, subiram ao cenáculo, onde habitavam Pedro e Tiago, João e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, filho de Tiago.
14 Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com seus irmãos. (ARC)

A história da igreja primitiva revelada em Atos mostra a oração como exercício incorporado ao seu viver diário. Aqueles primeiros irmãos se espelhavam na boa prática da oração dos antigos servos de Deus do passado. E isto pode ser exemplificado em Atos 3.1. Leiamos:

Atos 3:1
​1 Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona. (ARC)

Nota-se que esses irmãos mantinham um compromisso essencial com a oração demonstrado no fato de separarem um período do dia para se dedicarem exclusivamente a esta atividade. O dia judeu começa às 6 da manhã e termina às 6 da tarde. Para os judeus devotos, havia três turnos de oração por dia: às 9 da manhã, ao meio-dia e às 3 da tarde. A tradição judaica diz que Abraão institui a primeira oração às 09:00, Isaque a segunda às 12:00 e Jacó a terceira às 15 horas da tarde. Pedro e João não jogaram fora a tradição de orar em três turnos por dia no templo. Os apóstolos mantiveram este costume. Eles se dedicaram a uma nova fé, mas não a utilizaram como desculpa para violar a tradição. Sabiam que a nova fé e a velha disciplina podiam andar juntas neste caso. 

Pare por alguns minutos agora para refletir como é o seu dia a dia… Pensou? Um dia tem 24 horas e como mordomos somos responsáveis por administrar esse tempo, priorizando as atividades, elencando as que mais valorizamos primeiro e obviamente, executando-as. Em sua reflexão sobre o seu cotidiano, a oração teve relevância? Sejamos sinceros conosco mesmo! Separamos um tempo de qualidade para nos dedicarmos a oração? 

Durante a aula faça esta pausa junto com a classe e repita as perguntas acima e ponha a reflexão em discussão. 

Infelizmente, a oração não tem ocupado lugar de destaque no cotidiano de grande parte dos nossos irmãos e irmãs. Tem faltado sabedoria do céu para elencar as prioridades. O coração humano tem se dedicado a tantas outras coisas que certamente têm a sua relevância, contudo, nada poderá ser mais importante do que a nossa vida de oração. É ela que garantirá o sucesso de todo o resto. 

Robert L. Brandt e Zenas J. Bicket falam algo bastante interessante sobre esse assunto. Leiamos: 

A oração é a expressão mais íntima da vida cristã, o ponto alto de toda experiência religiosa genuinamente espiritual. Por que, então, permanece tão negligenciada (para não dizer ignorada)? Vivemos numa época em que os indivíduos evitam a intimidade e os relacionamentos pessoais. O receio de expor seus sentimentos e desenvolver amizades profundas afeta tanto as relações espirituais como as sociais, erguendo barreiras dentro da própria família e dividindo comunidades. Inconscientes de que esse modismo entrou na igreja e por ele influenciados, alguns cristãos sentem-se nada confortáveis quando se chegam próximos demais a Deus. O resultado imediato e a falta de oração — não querem intimidade! Além disso, também estamos muito ocupados. Vivemos para realizar, e não para ser. Admiramos a vida ativa mais do que o caráter e os relacionamentos. O sucesso é medido por nossas realizações; portanto, corremos, corremos, corremos — tentando fazer tudo quanto podemos em nossas horas ativas. Mais preocupados em fazer do que em ser, recusamo-nos a aceitar a realidade bíblica de que as realizações humanas são temporárias e fugazes. Somente a obra do Espírito é permanente e eterna. A falta de oração nos impede de alcançar aquilo que tão desesperadamente ansiamos.”

Gostaria de pontuar alguns vilões que tem distraído o cristão da oração, além do cansaço, da inquietude interior, da pressa e do desânimo – o entretenimento exagerado das redes sociais e as programações por streaming.

As redes sociais se tornaram um vício para muitos e inclusive já passível de tratamentos com psicólogos. Infelizmente muitos cristãos estão sendo dominados por essas redes. A facilidade de acessar através do aparelho celular expande a capacidade de conexão de onde o indivíduo estiver (em casa, no banheiro, no trabalho, na condução, etc). O problema é o descontrole; a ansiedade por ficar longe do aparelho e consequentemente das redes sociais. Este excesso “saqueia” o tempo da oração; esfria a comunhão com Deus até que não exista mais. 

John Piper disse recentemente que uma das maiores utilidades do Twitter e do Facebook será provar no último dia que a falta de oração não era por falta de tempo, ou seja, as redes sociais servirão de testemunhas de acusação contra aqueles que alegarão falta tempo para orar. 

As sucessivas e intermináveis séries disponíveis por streaming também “roubam” um tempo absurdo da oração, pois o indivíduo se assenta em frente a uma TV e faz as chamadas “maratonas” que se iniciam as sextas feiras e se estendem até aos domingos; consumindo todo o final de semana que poderia ter sido mais bem aproveitado com períodos de oração.

Não estou afirmando que se deve orar o final de semana inteiro, mas que é necessário dosar, equilibrar e principalmente priorizar a saúde espiritual através da oração, pois como bem já disseram: “a oração é a respiração da alma”.

1.2 – Deus sempre está atento as nossas orações

Proibida a cópia parcial ou total deste material – Sujeito a penas legais https://ebdcomentada.com 

Provérbios 16:1
1 O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do SENHOR. (Almeida Revista e Atualizada)

Outra tradução o texto aparece ainda mais claro:

Provérbios 16:1
1 O homem mortal faz planos elaborados para a vida, mas é o Eterno que tem a última palavra. (Bíblia A Mensagem)

Não esqueçamos que o Deus é o Criador, portanto é soberano sobre todas as coisas, inclusive na história. É ele quem controla a ascensão e a queda dos governantes e nações inteiras (Dn 4.17,34,35; At 17.22-28). É Deus quem determina o fim – os propósitos – também determina os meios para alcançar esse fim.

Hernandes Dias Lopes afirma:

“Cremos que Deus está no controle do universo. Ele é o Senhor da história e tem nas mãos as rédeas dos acontecimentos. Nosso coração faz muitos planos, porém não é a nossa vontade que prevalece, mas o propósito de Deus. Não é a nossa palavra que permanece de pé, mas a resposta certa que vem dos lábios do Senhor. Nem sempre o que planejamos acontece. Somos limitados e não conseguimos discernir todos os fatos que se escondem nas dobras do futuro, mas Deus conhece o futuro em seu eterno agora. Deus vê o que se esconde nos corredores escuros do porvir. Para ele, luz e trevas são a mesma coisa. Nada escapa ao seu conhecimento. Ele domina sobre tudo e sobre todos. O controle remoto do universo está em suas onipotentes mãos. E Deus quem tem a última palavra.”

Herodes Agripa I era homem cruel e trazia em seu DNA a malignidade de seus parentes. Este Herodes era neto de Herodes, o Grande, o rei desumano que mandou matar as crianças de Belém, e sobrinho de Herodes Antipas, aquele que matou João Batista e escarneceu de Jesus. Era um homem politicamente bastante astuto.

Ele havia mandado matar o apóstolo Tiago e o próximo da fila, segundo os seus intentos, era Pedro. Como disse Salomão em Provérbio 16.1 citado acima, Herodes fez os seus planos como qualquer outro homem natural e alheio a vontade divina faz, porém, o Senhor tinha outros propósitos para Pedro e eram bastante diferentes do que Herodes planejara.

Jerusalém estava em polvorosa. De um lado os judeus tradicionais, “filhos de Abraão” e do outro os judeus cristianizados pela mensagem de Jesus e perseguidos pelos primeiros. Herodes não tinha intenções de fazer do martírio de Pedro um gesto de justiça em favor dos judeus tradicionais, antes, o seu real propósito era manter o apoio político desses judeus. Ele tinha laços muito fortes com eles, conforme revela Hernandes Dias Lopes:

“Por intermédio de sua avó Mariane, Herodes Agripa I poderia alegar ascendência judaica. Ele observava escrupulosamente a lei e a tradição judaicas. Oferecia diariamente sacrifícios no templo. Durante a Festa dos Tabernáculos, as autoridades judaicas lhe concediam a honra de ler, em público, uma passagem da lei. Em suma, os judeus aceitavam o rei como um dos seus. Herodes Agripa I estava decidido a permanecer nas boas graças dos súditos judeus – fato que o levou a perseguir os cristãos. Justo González destaca que, enquanto Herodes, o Grande, vivia constantemente em conflito com os judeus, Herodes Agripa I sabia como obter o favor dos líderes e dos principais sacerdotes e, por essa razão, contava com a colaboração deles.”

As suas intenções de matar a Pedro foram completamente frustradas, pois enquanto colocou o apóstolo na antessala da morte, a igreja estava de joelhos dobrados clamando a Deus para que o apóstolo fosse libertado.

Notem que não havia absolutamente nada que a igreja pudesse fazer por Pedro naquele instante. Não havia influência política para quem sabe tentar conversar e negociar a soltura. Não havia advogados de defesa para argumentar que a prisão foi realizada de forma injusta e que a pena de morte era uma punição exagerada. Não tinham como apelar para um gesto humanitário por parte de Herodes, já que este não possuía características de alguém que pudesse ser movido de compaixão. A situação era de fato dramática e terrível.

Os gregos e os romanos tinham um provérbio dizendo que quando as coisas vão para o lugar do desespero, então o povo lança a questão “aos deuses, em oração”. Norman Russel Champlin explica que muitas pessoas tratam a oração dessa maneira, como se fora 0 último recurso, um esforço final, depois de todas as demais tentativas terem fracassado.

A narrativa, nos versículos doze e seguintes, mostra-nos que muitos devem ter orado dessa maneira, isto é, em desespero de causa, sem esperar, realmente, que houvesse resposta dos céus, porquanto ficaram surpresos e até mesmo disseram à jovem que veio atender a Pedro, no portão da casa da mãe de João Marcos, quando ele batera à porta, e que voltara dizendo estar Pedro vivo: “Estas fora de ti…”  (At 12.15).

Champlin explica que “não obstante a situação tão desoladora, os crentes, no caso de Pedro, oravam “…incessantemente…”. No original grego, essa palavra é o mesmo termo usado para expressar a intensidade da oração feita pelo Senhor Jesus, no jardim do Getsêmani (Lc 22.44- «ektenos» – ver também 1Pe 4.8). Que chance tem a oração contra uma masmorra? Com igual eficácia poder-se-ia lançar uma nuvem de fumaça contra um trator, ou esperar que uma brisa derrubasse um arranha-céu? Assim parece. Mas a oração é um poder invisível, como a eletricidade. Pode atravessar muralhas e ultrapassar obstáculos. Pode mover homens e montanhas. Jamais se diga, quando um homem está prostrado, que nada mais se pode fazer em favor dele. Pode-se orar por ele! Quem conhece o poder da oração, feita por aqueles correm perigo? Quem já mediu a influência da oração sobre as muralhas das prisões? Certamente aqueles que têm estado por detrás dos muros de pedra, e que foram miraculosamente libertados, são aqueles que mais seguramente podem dizer que há um poder invisível, mais poderoso que os muros das prisões, muros esses que parecem desafiar a Deus e aos homens.”

Lutero dizia que preferia ter um exército lutando contra ele do que alguns homens e mulheres a orarem…

Champlin diz que a oração pode fazer pelo menos duas coisas: pode reunir Deus e um homem intimamente, e pode fazer acontecer coisas que, de outro modo, jamais sucederiam. A primeira coisa é a mais importante, mas a oração, na realidade, faz coisas inimagináveis acontecerem.

E foi exatamente isso que ocorreu naqueles dias. A oração provocou o impossível. 

Pedro, estava preso em um presídio de segurança máxima chamada de Fortaleza de Antônia. Hernandes Dias Lopes afirma que todas as precauções foram tomadas para que Pedro não escapasse dessa prisão. Por isso, ele foi lançado no cárcere, algemado a dois soldados, um de cada lado, e guardado por quatro escoltas, de quatro soldados cada uma. Havia dezesseis soldados tomando conta de Pedro dia e noite. Na mente de Herodes era impossível Pedro fugir daquela prisão. Herodes sabia que Pedro já havia escapado duas vezes da prisão do Sinédrio (At 4.3; 5.18). E sabia o que Pedro e João disseram acerca dele depois de terem saído da segunda prisão (At 4.23-28). Sabia ainda que Pedro fora libertado da segunda prisão por um anjo de Deus (At 5.19). Agora, queria certificar-se de que isso não iria repetir-se.

Ledo engano, pois quando a igreja ora e nossas petições estão alinhadas com a vontade divina, Deus traz a resposta àquilo que necessitamos. Não importa se leis naturais previamente estabelecidas por Ele mesmo estão em curso, Ele simplesmente as ignora e o impossível se torna possível.

Pergunte a classe quem tem um testemunho onde a oração resolveu algo improvável. Discutam.

1.3 – Uma prática de vida

A oração era um hábito constante dos primeiros irmãos. Os discípulos conviveram com Jesus por três anos e meio e presenciaram as particularidades e a intimidade do Mestre. Dentre tantos exemplos vividos junto a Jesus, destacamos a oração.

Na condição divina, Jesus não precisa orar, mas como homem sim. Ele orava em diversas ocasiões e períodos, Ele orava de madrugada, conforme se lê:

Marcos 1:35
35 E, levantando-se de manhã muito cedo, estando ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava. (ARC)

Um período de oração em seu ministério durou cerca de nove horas (Mt 4.22-25); do cair da tarde até a quarta vigília da noite.

Muitas vezes, o lugar escolhido para orar a Deus, era secreto. Leiamos:

Lucas 5:16
16 Porém ele retirava-se para os desertos e ali orava. (ARC)

Noites inteiras foram passadas em oração:

Lucas 6:12
12 E aconteceu que, naqueles dias, subiu ao monte a orar e passou a noite em oração a Deus. (ARC)

Foi em momento de oração que Jesus teve o seu rosto transfigurado:

Lucas 9:29
29 E, estando ele orando, transfigurou-se a aparência do seu rosto, e as suas vestes ficaram brancas e mui resplandecentes. (ARC)

Jesus os levava para a oração (Lc 22.46); ensinou sobre o dever de orar para não caírem em tentação (Lc 22.40); estimulou para que orassem até mesmo pelos que os maltratava e perseguia (Mt 5.44). Contou uma parábola sobre o dever de orar sempre (Lc 18.1); ao final do seu ministério fez a célebre oração sacerdotal, onde intercedeu pelos discípulos e por todos que creriam nEle (Jo 17) e por fim, orou no jardim do Getsêmani antes de padecer todo o sofrimento em favor da humanidade (Mt 26.36).

Jesus, portanto, foi o Mestre e uma fonte genuína de inspiração completa de oração; e quando os discípulos lhe pediram para que os ensinasse a orar, eles demonstraram humildade e queriam de fato aprender de que se compunha a oração e qual o padrão que ela deveria alcançar. Então, Jesus apresentou a oração do Pai Nosso (Mt 6.9-13; Lc 11.2-4). Esta oração se compõe de seis petições, sendo três para a honra de Deus e três para as nossas necessidades. Nosso Senhor e Salvador tinha a oração como prática de vida.

O exemplo de Jesus a respeito da oração foi decisivo na vida da igreja primitiva. Ele indicou o fundamento da oração e o cuidado providencial de Deus para com os seus. Logo, os nossos primeiros irmãos também tinham a oração como prática de vida em razão do exemplo e dos ensinamentos deixados por Jesus.

Eles iniciaram em oração (At 1.14) e perseveram nela (At 2.42).

A prisão de Pedro revelou que aquela igreja não era indiferente com os sofrimentos alheios. Ela deu sentido e significado prático do que é sermos o Corpo de Cristo. “Se um membro padece, todos os membros padecem com ele” (1Co 12.26).

A igreja que tem a oração como exercício prático, exerce compaixão por outros; ora com a esperança de que o Senhor irá interferir na causa e isso eles fizeram quando Pedro estava preso e próximo da morte. A igreja ora e o anjo age!

Pergunte a classe se hoje a igreja é modelo de oração para a futura geração.

2 – O QUE ACONTECE QUANDO A IGREJA ORA

Evangelista Cláudio Roberto de Souza

Para continuar lendo esse esboço CLIQUE AQUI e escolha um dos nossos planos!

É com muita alegria que nos dirigimos a você informando que a EBD Comentada já está disponibilizando os planos de assinaturas para que você possa continuar a usufruir dos nossos conteúdos com a qualidade já conhecida e garantida.

Informamos também que apoiamos o seguinte trabalho evangelístico:

  • SENAMI (Secretária Nacional de Missões) – Através de parceria auxiliamos o pastor/missionário Osvair Braga, família e sua equipe de missionários na Venezuela;

CLIQUE AQUI para ser nosso parceiro missionário e continuar estudando a lição conosco…

Deus lhe abençoe ricamente!!!

Equipe EBD Comentada

Postado por ebd-comentada


Acesse os esboços por categorias


Copyright Março 2017 © EBD Comentada