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Betel Adultos – 3 Trimestre 2021 – 12-09-2021 – Lição 11 – Jesus Cristo é poderoso para solucionar problemas extremos

10/09/2021

Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira

TEXTO ÁUREO

“E sentiram um grande temor e diziam uns aos outros: Mas quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?” Marcos 4.41

TEXTOS DE REFERÊNCIA

MARCOS 4.35-39 

35 E, naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes: Passemos para a outra banda. 

36 E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco; e havia também com ele outros barquinhos. 

37 E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia. 

38 E ele estava na popa dormindo sobre uma almofada; e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não se te dá que pereçamos? 

39 E ele, despertando, repreendeu o vento, e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Apresentar o poder de Jesus sobre as forças da natureza. 
  • Apresentar o poder de Jesus sobre as forças do mal. 
  • Mostrar que Jesus não mudou.

INTRODUÇÃO

Olá, irmãos e irmãs, Paz do Senhor.

Como temos estudado, o Senhor nos ensina através de todas as experiências que vivenciamos em nossa vida e, se estivermos sensíveis ao que acontece conosco e compreendermos o que a Bíblia nos ensina sobre os mais diversas áreas existentes, teremos grande chance de vivermos uma vida de crescimento contínuo.

Infelizmente, não são todas as pessoas que desejam aprender e ser moldado pelo Senhor, pois, não pautam seu aprendizado na Palavra de Deus e sim em suas próprias experiências, se deixando levar por ensinos incorretos e, muitas vezes heréticos.

Precisamos reforçar que o cristão não deve viver de sentimentos, mas, de princípios bíblicos, pois, as experiências só nos ensinarão se conseguirmos associá-las ao que a Palavra ensina.

De que adianta sofrer e não compreender que o sofrimento é pedagógico, conforme Paulo escreveu aos Romanos (Rm 5.3-5)? De que adianta dizer que TODAS as coisas cooperam para o nosso bem (Rm 8.28) se não sabemos o motivo pelo qual isto acontece? De que adianta sabermos que o Senhor prometeu estar conosco (Mt 28.20) se não confiarmos nele?

O mundo, ou seja, as pessoas sem salvação estão em constante sofrimento e só conseguirão sair desta situação, se entrarem no barco da salvação.

A lição que estudaremos hoje, nos conta uma história marcante que envolve fé, cuidado, entrega e atitude, pois, nos mostra que o Senhor Jesus havia convidado os discípulos para entrar em um barco e atravessar o Mar da Galileia em direção a outra margem e que, durante este trajeto, sua prova foi tremendamente provada.

De forma figurada, desde o primeiro dia em que entregamos nossa vida nas mãos do Senhor e o reconhecemos como Senhor e Salvador, começamos a navegar em seu barco.

Somos passageiros convidados pela graça e pela amor de Deus a ser guiados pelo capitão do barco que é Jesus, o Cristo e pelo timoneiro, que é o Espírito Santo.

O mundo em que habitamos é o mar, que pode ser envolvo por tempestades, mas, também tem tempos de bonanças.

Todos aqueles que reconhecem o senhorio de Jesus tem o direito de subirem neste barco, que está indo para a outra margem, até que finalmente ele chegue ao destino final que é o céu, onde sairemos do barco para viver a vida eterna e permanecermos para sempre com o Senhor.

Em uma das orações mais lindas que o Senhor proferiu e que foi descrita pelo Evangelista João, Jesus pede algo especial para o Pai.

“Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra. Agora, já têm conhecido que tudo quanto me deste provém de ti, porque lhes dei as palavras que me deste; e eles as receberam, e têm verdadeiramente conhecido que saí de ti, e creram que me enviaste. Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. E todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e nisso sou glorificado. E eu já não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós. Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse. Mas, agora, vou para ti e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos. Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal”. (Jo 17.6-15 – ARC) 

Observemos que o Senhor disse ao Pai que Ele foi o responsável por transmitir a verdade de Deus aos homens que haviam sido dados por Deus a Ele (os discípulos) e que eles haviam guardado a Palavra.

Jesus deixou claro que estava orando por aqueles que haviam recebido a sua Palavra, pedindo que eles fossem unidos e deixa claro que estava voltando para o céu e faz um apelo especial para o Pai, pedindo que não os tirasse do mundo, mas, que os livrasse do mal.

Esta oração é simplesmente extraordinária e está intimamente ligada ao assunto desta lição, que é o poder de Jesus para resolver qualquer coisa que for necessária.

É de grande valia lembrarmos que o Senhor Deus todo poderoso se revelou a Moisés no episódio da sarça ardente e disse que seu nome é EU SOU O QUE SOU (traduções de Almeida), porém, quando fazemos uma análise mais apurada do termo em hebraico, aprendemos que o correto é EU SEREI e, ainda mais, EU SEREI O QUE SEREI.

Ehyeh-Asher-Ehyeh – אֶהְיֶה אֲשֶׁר אֶהְיֶה.

Traduzindo, o Deus que se revelara a Moisés seria qualquer coisa que precisa ser. Aleluia.

Precisamos apresentar este Deus ao mundo, através da pregação da Palavra, na unção do Espírito Santo, para que o maior número de pessoas possível seja alcançada por Ele.

1 – O PODER DE JESUS SOBRE AS TEMPESTADES

Se TODO PODER foi dado a Jesus, nada do que existe neste mundo ou no mundo espiritual pode contra Ele.

Outro ponto importante é que, se somos dele, nada nos alcançará se Ele não permitir.

Isto está claro para você? Será que está claro para seus alunos?

É verdade que as escolhas que fizermos determinarão nosso futuro, por isto, precisamos deixar o Senhor nos conduzir, orando e pedindo sabedoria para tomar as decisões de forma correta.

O apóstolo Tiago nos convida a pedir sabedoria ao Senhor e nos mostra que Ele está pronto para nos atender.

“E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada”. (Tg 1.5 – ARC)

Como NENHUM texto deve ser interpretado de forma isolada, precisamos compreender qual é o contexto dele, para que possamos aprender corretamente.

Do versículo 2 ao 4, o apóstolo fala sobre tribulações, em outras traduções tentações ou provações e nos mostra que a prova da nossa fé produz paciência, o que está intimamente ligado ao que Paulo escreveu aos Romanos, demonstrando que a tribulação produz paciência.

A tradução da Bíblia Viva traz o versículo 4 da seguinte forma:

“Portanto, deixem-na crescer, e não procurem desviar-se dos seus problemas. Porque quando a perseverança de vocês estiver afinal plenamente crescida, vocês estarão preparados para qualquer coisa, e serão fortes de caráter, íntegros e perfeitos”.

E conclui com o versículo 5 que nos mostra que se estivermos em situações complicadas e não soubermos como agir, DEVEMOS pedir sabedoria ao Senhor.

“Se quiserem saber o que Deus quer que vocês façam, perguntem-Lhe, e Ele alegremente lhes dirá, pois está sempre pronto a dar uma farta provisão de sabedoria a todos os que Lhe pedem; Ele não se ofenderá com isso”. (Tg 1.5 – BV)

Os discípulos estavam aprendendo com Jesus e, mesmo assim, ainda não estavam convictos de seu poder e, a passagem mencionada no texto de referência, ou seja, naquela sobre os discípulos no barco com Jesus, nos revela isto.

Quantas vezes em nossa vida cristã, nos esquecemos que o Senhor está no barco, ainda que, aparentemente ele não pareça estar?

Tire um ou dois minutos do tempo de aula para convidar os alunos para reforçarem que se em algum dia, eles tiverem dúvidas sobre a presença do Senhor em suas vidas e lembrem a eles que o Senhor habita dentro de nós.

1.1 – A ordem de Jesus

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Como Jesus era o responsável pelo chamado de TODOS os discípulos, o que ele dizia era recebido como um tipo de ordem, porém, diferentemente do que um soldado faz, simplesmente obedecendo porque é seu trabalho ou, em alguns casos, por medo de ser punido, os discípulos de Jesus o seguiam pois creram que Ele era o Messias prometido.

“André foi então procurar seu irmão Pedro e lhe disse: “Nos encontramos o Messias”! (Jo 1.41 – ARC)

Desta forma, tudo o que Jesus dizia a eles, era recebido de bom grado e muito interesse e, quando o Senhor lhes disse para entrar no barco e passar para a outra margem, não hesitaram.

Para compreendermos o que aconteceu com o barco naquele lugar, precisamos trazer à tona alguns conceitos.

De forma prática, mar é uma grande extensão de água salgada conectada com o oceano, ou, então, situada no interior do continente. O Mar da Galileia (ou Lago de Tiberíades), é considerado um mar fechado, que não apresenta comunicação alguma com o oceano, constituindo um vasto lago de águas que sofre absoluta influência das terras continentais que o circundam.

As fotos abaixo nos dão um panorama da região.

O Mar da Galileia é o maior lago de Israel e faz fronteira entre Israel, Cisjordânia e Jordânia. Tem, aproximadamente, 21 quilômetros de largura, 13 quilômetros de comprimento, situado a 212 metros abaixo do nível do Mar Mediterrâneo e tem uma profundidade máxima de 45 metros (HARTMANN, 2015). Recebe água de seu principal tributário, o rio Jordão, que é também o seu efluente a sul, drenando para o Mar Morto, formando com este o conjunto mais notável de acidentes geográficos no vale do rio Jordão. O rio Jordão nasce na encosta do Monte Hérmon, na Jordânia e o seu vale constitui um significativo trecho de fronteira entre Israel e Jordânia. Sua principal característica é a salinidade que se acentua no seu trecho a jusante, após ser efluente do Mar da Galileia até desembocar no Mar Morto. Assim como o Morto, o Mar da Galileia é uma fenda tectônica e foi formado pela separação das placas tectônicas Africana e Arábica. Consequentemente, a região encontra-se sujeita a atividade sísmica, e, no passado, também sofreu derrames vulcânicos, que é evidente na paisagem, dada a quantidade de basalto e de outras rochas ígneas que caracterizam a geologia da Galileia.

No tempo do Novo Testamento, há 2mil anos, nas proximidades do Mar da Galileia, ficavam cidades importantes politicamente e socialmente e que foram cenários de célebres passagens bíblicas e berço de importantes personagens do início do Cristianismo, como Carnafaum, Tiberíades, Magdala, Corazim, Betsaida e, também, o local da multiplicação dos pães. Portanto, essa região e o Mar da Galileia foram testemunhas ativas na história da Antiguidade e o ambiente natural dos apóstolos que Jesus convidou para pescar homens e almas.

Como existem montanhas naquela região, a velocidade do vento pode ser bem marcante.

O Comentário Bíblico Broadman nos mostra algumas particularidades a respeito daquele lugar.

“As rajadas  de vento que sobrevêm ao lago da  Galiléia  são frequentemente súbitas e fortes. Na margem leste, as montanhas se levantam abruptamente a uma altura de seiscentos metros acima da superfície  do  lago.  Quando  o  vento é canalizado, através das ravinas que descem desses píncaros,  o perigo que corre um pequeno bote de pesca superlotado é realmente  grande.  Quando isto  aconteceu aos discípulos,  eles devem ter posto em  ação  toda  a sua  perícia  e  começaram a tirar a água do barco com todas as vasilhas que encontraram, o mais depres­sa  possível,  mas  ainda assim as  altas ondas e  o vento  os  levaram às raias do desastre”.

1.2 – Jesus também estava no barco

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Esta frase pode parecer estranha, porém, a atitude dos discípulos em relação ao acontecido, nos dá a possibilidade de acreditar que eles haviam se esquecido disto, porém, o que parece ter mais sentido é que os discípulos ainda não tinham grandes experiências com o Senhor.

Biblicamente, o que produz fé é a Palavra de Deus (Rm 10.17) e as experiências servem para nos mostrar que TUDO aquilo que está escrito na Palavra é verdadeiro e pode ser utilizado em nossa vida.

As experiências não devem nortear nosso caminho e sim a Palavra de Deus. Se fizermos o contrário, corremos um sério risco de naufragar.

Fico preocupado quando algumas pessoas saem do culto e dizem não ter “sentido” nada, pois, o culto é um ato que nós fazemos ao Senhor e não está ligado a sentidos e sim a uma prática de adoração em que todos os nossos sentidos precisam participar, principalmente o cérebro.

De acordo com o desenrolar da história, a situação dos discípulos ficou insustentável.

“E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia de água”. (Mc 4.37 – ARC)

O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa define temporal da seguinte forma:

Grande agitação do ar, acompanhada geralmente de chuva e trovões. = TEMPESTADE

Definitivamente não eram somente ventos, mas, fortes ventos e muita chuva e isto fez com que as águas do mar ficassem muito agitadas e que as ondas jogassem muita água dentro do barco.

A água da chuva e as águas do mar adentravam  ao pequeno barco e, ainda que a maioria dos discípulos fossem pescadores, sua experiência de vida não os estava auxiliando.

Existem situações em nossa vida que não serão resolvidas com nosso conhecimento ou capacidade e isto nos levará a depender exclusivamente do Senhor e esta é uma das maneiras mais utilizadas para nos mostrar que não podemos fazer nada sem Ele (Jo 15.5).

Quando os discípulos viram que não conseguiriam resolver aquela situação, se lembraram que Jesus estava com eles e, provavelmente creram que poderia salvá-los.

A Bíblia nos mostra que Jesus estava dormindo e o evangelista Marcos nos presenteia com o comentário que o Mestre dormia em uma almofada, dando-nos a entender que ele dormia confortavelmente.

Enquanto os discípulos encontravam-se na proa (frente) do barco, observando o que poderiam encontrar pelo caminho, a Bíblia nos mostra que Jesus estava na popa (na parte de trás) do barco, demonstrando mais uma vez que Ele não estava preocupado com nada.

A narrativa de Marcos parece transparecer que os discípulos ficaram nervosos pelo fato de Jesus estar dormindo.

“E ele estava na popa dormindo sobre uma almofada; e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não te importa que pereçamos”? (Mc 4.38 – ARC)

Em outra tradução:

“Jesus estava dormindo na parte detrás do barco, com a cabeça numa almofada. Então os discípulos o acordaram e disseram: —Mestre! Nós vamos morrer! O senhor não se importa com isso”? (NTLH)

Transliterando de forma prática para o português, temos: “O Senhor não está prestando atenção que estamos sendo mortos”.

Esse é um grito de medo e talvez de ira e o verbo utilizado demonstra que Jesus estava demorando para despertar, se levantar e agir.

Quantas vezes temos este mesmo comportamento?

Quantas vezes oramos ao Senhor como se Ele não fosse onisciente e onipresente?

Ele sabe como estamos sentindo e tem misericórdia e amor para conosco.

1.3 – Jesus repreende o vento e o mar

Assim que o Mestre despertou, de forma imediata, ordenou ao vento e ao mar que parassem.

A Bíblia nos diz que o Senhor repreendeu o vento e disse ao mar: cala-te.

As palavras gregas utilizadas para dar esta ordem “repreender” e “fique calado”, são as mesmas que o Senhor usou em Mc 1.25, para expulsar um demônio.

“E repreendeu-o Jesus, dizendo: Cala-te e sai dele”. (ARC)

A conotação é de autoridade para fazer o que fosse necessário, pois, Ele fez com que todo o problema terminasse de forma imediata.

A Bíblia nos mostra que após a ordem, houve grande bonança.

Após este episódio o Senhor repreende os discípulos com o intuito de mostrar-lhes que não deveriam ficar com medo, pois, Ele estava no barco.

“E disse-lhes: Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé”? (Mc 4.40 – ARC)

Em outra tradução:

“Ele perguntou-lhes: “Por que vocês estavam com tanto medo? Vocês ainda não tem confiança nenhuma em Mim? ” (BV)

Esta é uma das grandes tarefas de um mestre, ou seja, um professor que demonstra como é possuidor do conhecimento e que sabe o que está fazendo.

Em outros episódios, o Senhor começou a ensiná-los sobre a importância de praticar a fé.

2 – O PODER DE JESUS SOBRE OS DEMÔNIOS

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

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Postado por ebd-comentada


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