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Betel Adultos – 3 Trimestre 2021 – 05-09-2021 – Lição 10 – As adversidades não impedem o crescimento do cristão

02/09/2021

Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira

TEXTO ÁUREO

“Antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora como no dia da eternidade. Amém.” 2 Pedro 3.18

TEXTOS DE REFERÊNCIA

1TESSALONICENSES 1.7-10 

7 De maneira que fostes exemplo para todos os fiéis na Macedônia e Acaia. 

8 Porque por vós soou a palavra do Senhor, não somente na Macedônia e Acaia, mas também em todos os lugares a vossa fé para com Deus se espalhou, de tal maneira que já dela não temos necessidade de falar coisa alguma; 

9 Porque eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos para convosco, e como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir ao Deus vivo e verdadeiro 

10 E esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Explicar o contexto de Paulo em Tessalônica. 
  • Apresentar as ações de Deus em meio às adversidades. 
  • Ensinar que o crescimento espiritual vem com as adversidades.

INTRODUÇÃO

Olá, irmãos e irmãs, Paz do Senhor.

Dando continuidade à belíssima sequência proporcionada pela Editora Betel nesta revista, estudaremos sobre o fato de as adversidades não impedirem os cristãos de continuarem crescendo.

Na lição 8, estudamos a respeito das lutas travadas pelos cristãos e das armas espirituais disponibilizadas pelo Senhor para seus filhos. Na 9ª lição, estudamos a respeito da suficiência de Cristo em meio às tribulações e, nesta lição, estuaremos sobre o fato da existência das tribulações em nossa vida e delas não terem o poder de impedir o desenvolvimento da nossa vida.

Existe um texto no A.T., especificamente no livro de Neemias, muito propício para este momento.

“Sucedeu mais que, ouvindo Sambalate, Tobias, Gesém, o arábio, e o resto dos nossos inimigos que eu tinha edificado o muro e que nele já não havia brecha alguma, ainda que até este tempo não tinha posto as portas nos portais, Sambalate e Gesém enviaram a dizer: Vem, e congreguemo-nos juntamente nas aldeias, no vale de Ono. Porém intentavam fazer-me mal. E enviei-lhes mensageiros a dizer: Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco”? (Ne 6.1-3 – ARC)

Neste texto, Neemias havia terminado de edificar o muro que protegia a cidade de Jerusalém e só faltavam as portas para que a cidade ficasse protegida novamente, porém, antes do término, aparecem homens perversos que não queriam que esta obra fossem concluída e que, desde o início tentaram atrapalhar sua construção.

Se aplicarmos uma interpretação prática ao texto, veremos que as dificuldades sempre existirão, porém, não podemos “dar vazão” a elas e, ainda que sejam situações bem complicadas, precisamos continuar a carreira que nos está proposta, até que cheguemos ao céu, onde teremos nosso merecido descanso.

O escritor aos hebreus nos traz um panorama mais marcante sobre as dificuldades que temos neste mundo.

“Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus. Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos”. (Hb 12.1-3 – ARC)

Neste texto, o autor nos exorta a permanecermos firmes em Cristo, deixando tudo aquilo que nos atrapalha a viver uma vida em sua presença e nos mostra que Jesus sofreu muitas tentações e perseguições e permaneceu fiel, olhando para o alvo que lhe esperava, sendo nosso maior exemplo.

Em se tratando de lutas, os cristãos têm duas áreas distintas, as tentações que são situações impostas pela natureza carnal, pelo mundo e pelo diabo; e as tribulações que podemos ser sofrimentos, dificuldades, perseguições, dentre outros.

Já aprendemos em outras lições que o sofrimento é pedagógico e o apóstolo Paulo abordou este assunto em algumas de suas cartas, especialmente na que escreveu aos romanos.

“E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado”. (Rm 5.3-5 – ARC)

Em outra tradução:

“E também nos alegramos nos sofrimentos, pois sabemos que os sofrimentos produzem a paciência, a paciência traz a aprovação de Deus, e essa aprovação cria a esperança. Essa esperança não nos deixa decepcionados, pois Deus derramou o seu amor no nosso coração, por meio do Espírito Santo, que ele nos deu”. (NTLH)

Se interpretarmos corretamente este texto, chegaremos à conclusão de que o sofrimento é pedagógico, pois, produz em nós preciosas lições.

Se as tribulações ou o sofrimento produz estas consequências, devemos ser gratos pela oportunidade de aprender e seguir o exemplo de Cristo e dos apóstolos que permaneceram fiéis até a morte.

Quando Paulo estava prestes a morrer, ele escreve a segunda carta a Timóteo e traz um dos textos mais marcantes a respeito de permanecermos fiéis até o fim.

“Fiz o melhor que pude na corrida, cheguei até o fim, conservei a fé. E agora está me esperando o prêmio da vitória, que é dado para quem vive uma vida correta, o prêmio que o Senhor, o justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos os que esperam, com amor, a sua vinda. Venha me ver logo que puder”. (2 Tm 4.7-9 – NTLH)

Será que os sofrimentos de Paulo foram fáceis? A resposta para esta pergunta não é simples, pois, cada um de nós tem uma percepção diferente a respeito do sofrimento e, por isto, NÃO DEVEMOS julgar o comportamento das pessoas, porém, tais sofrimentos foram intensos se comparados com o que a maioria de nós presencia.

A conclusão que ele chegou está no texto escrito aos filipenses, no capítulo 4.

“Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece”. (Fp 4.11-13 – ARC) 

Quando Paulo escreveu o terceiro capítulo da carta aos filipenses ele lembra àquele povo que tinha muito o que gloriar na Lei por ter sido um exemplo, porém, ele não mais vivia de acordo com a Lei, mas, de acordo com a graça de Deus e considerava tudo o que havia feito, ou seja, seu trabalho como judeu, como esterco. 

“Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo e seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus, pela fé; para conhecê-lo, e a virtude da sua ressurreição, e a comunicação de suas aflições, sendo feito conforme a sua morte; para ver se, de alguma maneira, eu possa chegar à ressurreição dos mortos. Não que já a tenha alcançado ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”. (Fp 3.7-14 – ARC) 

Decidir e permanecer feliz e agradecido pelo que temos é uma das grandes provas da maturidade cristã.

Desta forma, devemos continuar firmes até o dia em que formos morar com o Senhor.

O comportamento dos membros da Igreja que estava em Tessalônica foi digno de nota por parte de Paulo, que tratou de elogiá-los no primeiro capítulo desta.

“…porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza, como bem sabeis quais fomos entre vós, por amor de vós. E vós fostes feitos nossos imitadores e do Senhor, recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo, de maneira que fostes exemplo para todos os fiéis na Macedônia e Acaia”. (1 Ts 1.5-7 – ARC)

1 – A CHEGADA DO EVANGELHO A TESSALÔNICA

A história da fundação da comunidade cristã de Tessalônica se acha em Atos 17.1-14. 

Paulo fundou aquela igreja durante sua segunda viagem missionária, tendo  partido  precipitadamente  de  Tessalônica,  talvez  no verão do ano 50 D.C.,  após ter conquistado certo número de convertidos.

Em Tessalônica, Paulo, Timóteo e Silas sofreram severas perseguições da parte dos judeus incrédulos e, debaixo de pressão,  foram  forçados  a  abandonar  a  cidade.  Dali partiram para  Beréia;  depois,  para Atenas.  Mas  a  retirada precipitada dos obreiros do evangelho deixou os membros da igreja  de  Tessalônica  um  tanto  menos  alicerçados  nos ensinamentos  cristãos,  especialmente  no  que  concerne  às questões escatológicas, o que não podia satisfazer ao apóstolo dos gentios. 

Desde o dia em que Paulo se converteu a Jesus, no caminho de Damasco (At 9), ele não parou de trabalhar para o reino e de sofrer por este motivo, porém, é notório que, apesar destes sofrimentos, o resultado de seu trabalho foi maravilhoso.

Os judeus que habitavam naquele lugar perseguiram de forma implacável a Paulo e ao Evangelho e não deram trégua para ele enquanto esteve por lá.

A história nos mostra que, apesar da cidade ser grande e ter uma população bem alta, aquele período foi de profundas lutas financeiras.

O teólogo americano Norman Champlim nos dá um panorama sobre este assunto.

“Durante o período de evangelização em Tessalônica, o grupo se sustentou através de um trabalho manual árduo (ver I Tes. 2:9 e II Tes. 3:7b-8).  (No tocante ao ofício manual de Paulo, como fabricante de  tendas,  ver  as  notas  expositivas  sobre Atos  18:3).  Aquela  área  não gozava de economia  tranquila, tendo  a  sua  população  passado  por  um  período  recente  de fome; e a vida ali não era fácil.  Mas Paulo não exigiu dos convertidos, como também nunca exigiu de quaisquer outros, o sustento financeiro, embora seja esse o direito dos ministros do evangelho  (ver  I  Cor.  9:7-12,14).  Todavia,  Paulo  e  seus companheiros foram ajudados, em duas ocasiões, enquanto se encontravam em Tessalônica (ver Fil. 4:16); e a nossa epístola aos Filipenses é, essencialmente, uma carta de agradecimento por isso.  Tessalônica ficava acerca  de  cento  e  sessenta quilômetros de distância de Filipos, na Via Inácia,  que corria diretamente  para oeste, de Tessalônica para Pela, a capital e cidade provincial da terceira divisão daquele província, o que significa que as comunicações entre esses  dois  centros  eram boas”. 

Apesar de algumas pessoas utilizarem a passagem sobre o trabalho que Paulo realizava para afirmar que ele era um rico empresário, não existe NENHUM respaldo para isto, pois, ele precisou das ofertas dos irmãos para continuar seu trabalho evangelístico.

Quando olhamos para o passado e trazemos à nossa memória todas as experiências que vivenciamos; quer sejam as positivas ou as negativas; chegaremos à conclusão de que elas nos fizeram bem de alguma forma.

A grande questão não é se teremos dificuldades ou não, mas, como reagiremos diante destas.

Paulo poderia ter desistido, mas, não o fez.

1.1 – Oportunidade e adversidade

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Independentemente de sermos cristãos ou não, a vida é repleta de oportunidades, bem como, de adversidades.

A palavra adversa pode ser traduzida como sorte adversa ou infortúnio, ou seja, algo ruim.

Se realizássemos uma pesquisa com algumas pessoas sobre como foram os anos de suas vidas, teríamos diferentes respostas, pois, isto depende da maneira como cada um reage às situações propostas, porém, TODOS diriam que vivenciaram situações boas e também ruins.

Não podemos mudar isto, pois, faz parte da condição dos seres humanos desde que o pecado passou a existir.

As consequências da desobediência de Adão e Eva foram e continuam sendo terríveis.

“E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos e cardos também te produzirá; e comerás a erva do campo. No suor do teu rosto, comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado, porquanto és pó e em pó te tornarás”. (Gn 3.17-19 – ARC)

A terra tornou-se maldita, existiriam doenças, pragas, dores e dificuldades para viver.

Dentro do Jardim do Éden reinava a perfeição e a harmonia do Senhor, porém, fora daquele lugar, a situação era completamente diferente.

Desta forma, como estamos fora do “jardim” e só retomaremos aquela vida quando estivermos com Cristo na glória, também sofremos as consequências do pecado.

A tarefa de Paulo e sua equipe missionária era pregar o Evangelho a toda criatura e, Jesus já havia lhe mostrado que tal tarefa não seria fácil.

Isto aconteceria por alguns motivos, sendo que o principal era a oposição de satanás.

Paulo escreveu um texto marcante aos coríntios sobre este assunto.

“Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto, nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos, por amor de Jesus”. (2 Co 4.3-5 – ARC)

O trabalho do diabo vai de encontro, observe que escrevi “de” e não “ao”, pois o inimigo trabalha contra o Senhor, como se fosse passar por cima de tudo o que leva seu nome.

Imaginemos uma carreta que vem “de encontro” ao nosso caminho. Se não sairmos ela passará por cima.

Quando algo ou alguém vem “ao encontro”, está se dirigindo em nossa direção com o intuito de encontrar-se e não destruir.

Aproveitem este momento para trazer à memória dos alunos as diversas vezes que desistimos de algo por causa das adversidades e compare a vida de Paulo e dos apóstolos com a nossa.

Deixe um aluno falar e peça ao Espírito Santo que renove o interesse que outrora existia pelo crescimento da obra, mas, que foi massacrado pelas adversidades.

1.2 – Esforço e providência

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O que é uma pessoa esforçada?

De acordo com o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, a palavra esforçar tem os seguintes significados:

  1. Dar alento a, animar; reforçar. 
  1. Tornar-se forte; fazer esforço; animar-se. 
  1. Empregar todos os meios. = EMPENHAR-SE.

O texto referência para compreendermos este subtópico encontra-se na carta de Paulo aos tessalonicenses, no capítulo 2.

“E não buscamos glória dos homens, nem de vós, nem de outros, ainda que pudéssemos, como apóstolos de Cristo, ser-vos pesados; antes, fomos brandos entre vós, como a ama que cria seus filhos. Assim nós, sendo-vos tão afeiçoados, de boa vontade quiséramos comunicar-vos, não somente o evangelho de Deus, mas ainda a nossa própria alma; porquanto nos éreis muito queridos. Porque bem vos lembrais, irmãos, do nosso trabalho e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho de Deus. Vós e Deus sois testemunhas de quão santa, justa e irrepreensivelmente nos houvemos para convosco, os que crestes”. (1 Ts 2.6-10 – ARC) 

Como já dissemos, Paulo não era um rico empresário, mas, sabia como obter recursos financeiros se houvesse necessidade e, ainda que não precisasse trabalhar secularmente (de forma não eclesiástica), pois vivia para a obra de Deus e poderia retirar seu sustento desta, decidiu não ser pesado à Igreja.

Champlim nos dá um panorama a respeito deste assunto.

“E não buscamos glória dos homens, nem de vós, nem de outros, ainda que pudéssemos, como apóstolos de Cristo, ser-vos pesados; antes, fomos brandos entre vós, como a ama que cria seus filhos. Assim nós, sendo-vos tão afeiçoados, de boa vontade quiséramos comunicar-vos, não somente o evangelho de Deus, mas ainda a nossa própria alma; porquanto nos éreis muito queridos. Porque bem vos lembrais, irmãos, do nosso trabalho e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho de Deus. Vós e Deus sois testemunhas de quão santa, justa e irrepreensivelmente nos houvemos para convosco, os que crestes. A palavra «…labor…» é tradução do termo grego «kopos»,  que significa «dificuldade», «tribulação», mas que aqui é usada com o sentido de «labor», de «labuta». Sua forma verbal significa «cansar-se», «trabalhar até à fadiga». Paulo se referia aqui ao trabalho árduo.«.. .fadiga…» No grego é «mochthos», «esforço duro». Esse vocábulo difere de «ponos»,  por exemplo,  porque usualmente significa «aflição»  ou «dureza». Os termos «ponos» e «kopos» podem subentender, simplesmente, trabalho, sem quaisquer ideias negativas. O termo básico, «mogos», originalmente  significava  «batalha»,  o  «ruído  de  batalha».  E  a  palavra «mogostokos»  indicava  a  ajuda  prestada  a  uma  mulher  que  estava  em trabalho de parto.  Por conseguinte,  Paulo quis  dizer  que labutava  até  à exaustão; e que sua vida também envolvia conflitos e dificuldades, porque ele  se  preocupava  profundamente  em  obter  o  próprio  sustento,  jamais querendo tornar-se uma carga para a igreja.«…noite e dia…» Essas palavras indicam que o apóstolo se levanta para trabalhar antes do raiar do sol, e que nesse labor ficava até bem depois de desaparecer o sol. Mas, além disso, havia o trabalho do evangelismo, o que, a julgar por  tudo  quanto ele fez naquela região,  deve ter ocupado considerável porção de seu tempo. Paulo tomava conta de dois empregos de tempo integral.  (Quanto  aos  temas  sugeridos  por  este  versículo,  ver  os seguintes pontos:  1. O ofício de Paulo,  que era o de fabricante de tendas, em Atos 18:3; 2. o motivo pelo qual e como ele ganhava o próprio sustento, em Atos 18:3; 3. o valor do trabalho físico para os ministros do evangelho, em Atos 18:3; 4. a honra de tal trabalho, por parte dos ministros, em Atos 18:3; 5. a recomendação ao trabalho árduo, em Rom. 16:1; e 6. os labores extraordinários de Paulo, no evangelho, em I Cor. 15:10)”. 

Diferentemente de Paulo, existem supostos missionários, pregadores, ministros itinerantes, pastores e evangelistas, que são extremamente pesados para o povo de Deus, exigindo que sejam sustentados por estarem trabalhando para o reino.

O assunto deste subtópico não é se alguém que milita em 100% do tempo em prol da causa do Evangelho deve ser sustentado pela Igreja, até porque a Bíblia é clara que o obreiro é digno do seu sustento (1 Tm 5.18), porém, existem lobos em pele de cordeiro que devem ser extirpados do nosso meio.

O amor que Paulo tinha pelas almas e pelo Evangelho fez com que ele se doasse pela obra de todas as formas possíveis, inclusive trabalhando “de sol a sol”.

É importante abrirmos um pequeno espaço para abordar esta questão, pois, existem muitas pessoas que; afirmando que o Senhor os chamou para uma “grande obra”, são pesados para a Igreja.

1.3 – As tribulações não impedem o agir de Deus

A história do início da Igreja em Tessalônica é desafiador para alguns e frustrante para outros, porém, para Paulo e sua equipe missionária, ainda que houvesse terríveis desafios, eles permaneceram firmes, até que a Igreja se estruturasse naquela cidade.

A história nos mostra que os grandes avivamentos vieram após períodos de grande perseguição, a começar pela perseguição promovida pelo imperador Tito aos cristãos no ano 70 da era cristã.

O Senhor permitiu tal acontecimento, pois precisava que os crentes saíssem de Jerusalém e fossem para os confins da Terra (At 1.8) para pregar o Evangelho.

O link abaixo nos conta de forma rica como foi este acontecimento.

https://www.a12.com/redacaoa12/historia-da-igreja/tropas-romanas-do-general-tito-tomam-a-cidade-de-jerusalem

Definitivamente, TUDO está no controle do Senhor e nenhum de seus planos pode ser impedido (Jó 42.2).

No século 18, quando aparentemente a Igreja estava corrompida, o Senhor levanta um homem chamado Martinho Lutero para que começasse um grande avivamento, porém, aquele homem sofreu muito para que algo acontecesse.

É necessário reforçarmos que não estamos lutando contra a carne e o sangue, mas, contra os principados e potestades (Ef 6.12).

Após o aparecimento de Lutero e de seu magnífico trabalho para o Reino de Deus, outros homens e mulheres surgiram; inspirados por Jesus, seus discípulos e por Lutero; para fazer uma grande diferença neste mundo.

O site portas abertas nos mostra um excelente panorama sobre a perseguição dos cristãos ao redor do mundo.

https://portasabertas.org.br/

O site nos fornece algumas informações a respeito do resultado do trabalho de Lutero no mundo.

“Quarenta anos após Lutero ter fixado suas 95 teses na porta da igreja de Wittenberg, na Alemanha, John Fox publicou “O livro dos mártires”, uma das publicações mais influentes a aparecer na Inglaterra ao longo de um período de 200 anos. Na era elizabetana (período entre 1558 e 1603), toda casa tinha a Versão Autorizada da Bíblia e um exemplar da obra de Fox. Fox documentou a vida dos que haviam sido perseguidos e morrido por sua crença ao longo dos anos, como precursores da Reforma Protestante: Wycliffe e Huss, Jerônimo de Praga, Tyndale e John Hooper, Ridley, Latimer e Cranmer. A popularidade do livro é uma prova de que a perseguição era parte do preço que muitos cristãos esperavam pagar por sua fé naqueles tempos tumultuados. A história ainda apresenta a nós vários outros exemplos de intolerância à religião cristã. Na Europa continental, os anabatistas – que desenvolveram ideias tidas como radicais tanto no âmbito religioso quanto no social – tiveram seus próprios mártires e sofreram 25 anos de amarga perseguição. Na Inglaterra, os cristãos puritanos tiveram de deixar o país no século 17 em busca de liberdade religiosa nas colônias norte-americanas. Na França, dez mil protestantes franceses foram massacrados na noite de São Bartolomeu. Mesmo após o Edito de Nantes – decreto promulgado em 1598 pelo rei Henrique 4 que concedia liberdade religiosa aos protestantes –, os huguenotes continuariam a ser perseguidos no país. Jean Crespin (1520-1572), um advogado, registrou a realidade enfrentada pelos protestantes franceses em seu livro “The Martyrologe”, um testemunho do sofrimento dos huguenotes e dos valdenses, assim como da condenação de centenas de cristãos às galés, navios movidos a remos. Durante cerca de 300 anos, os cristãos reformados (e, em certo grau, os católicos em países protestantes) sofreram violenta perseguição”.

NADA pode impedir os planos de Deus, independentemente da proporção que alcance, pois, o Senhor é o Deus todo poderoso.

2 – CUMPRIR A MISSÃO EM MEIO ÀS ADVERSIDADES

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

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Postado por ebd-comentada


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