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02/05/2019
Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira
“Ouvi, SENHOR, a tua palavra e temi; aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia”. (Hc 3.2)
2 Cr 7.12-15
12 E o SENHOR apareceu de noite a Salomão e disse-lhe: Ouvi tua oração e escolhi para mim este lugar para casa de sacrifício.
13 Se eu cerrar os céus, e não houver chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar a peste entre o meu povo;
14 e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.
15 Agora, estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração deste lugar.
Caros irmãos (ãs), Paz do Senhor.
Para o público cristão brasileiro, em especial para os pentecostais, a palavra avivamento é utilizada fora do contexto, trazendo incompreensão e muitas vezes confusão.
Tal palavra não está escrita na Bíblia em nenhuma das traduções para o português, porém, o texto utilizado pelo escritor da revista, encontrado no livro do profeta Habacuque, utiliza a expressão “aviva a tua obra” e o mesmo pode ser utilizado para exemplificar o que o Senhor pode trazer através da Sua Palavra, que é trazer vida àquilo que estava inerte ou sem vida.
Habacuque foi profeta para a nação do Sul, Judá, que tinha como capital a cidade de Jerusalém. O reino do norte profetizado por ele, faz menção da Babilônia que futuramente destruiria a cidade e levaria o povo cativo.
A nação vivia um tempo de frieza e apostasia espiritual sem medida e o profeta pergunta para o Senhor se Ele não interveria na situação e recebe de Deus a mensagem de que sim, Ele interveria, trazendo juízo do norte.
Não é nossa tarefa falar sobre este juízo, mas sim, sobre a oração que Habacuque fez quando se deu conta do terrível juízo de Deus sobre o povo de Judá. Tal oração serve de modelo para cada um de nós, pois traz uma expressão muito marcante, solicitando a Deus que torne a dar vida àqueles que já haviam experimentado suas maravilhas, mas que naquele momento estavam em declínio espiritual.
O Pr. Russell Shedd escreveu: “Avivamento tem suas raízes no arrependimento. Onde não há arrependimento, não haverá avivamento”.
Nos dias atuais, as igrejas estão cheias de pessoas que já tiveram experiências grandiosas com Deus, tendo experimentado milagres e ações maravilhosas, porém, mesmo tendo vivenciado tais experiências, encontram-se perdidos, sem vida, necessitados da ação do Senhor.
Veremos nos próximos tópicos qual é o significado da palavra avivamento e como podemos experimentar tal acontecimento.
Que o Senhor nos abençoe.
Todas as grandes atuações de Deus na Bíblia aconteceram após um interesse genuíno dos homens pela Palavra de Deus e TODOS foram seguidos de um quebrantamento extraordinário.
Vejamos alguns exemplos:
“E sucedeu que, no terceiro ano de Oséias, filho de Elá, rei de Israel, começou a reinar Ezequias, filho de Acaz, rei de Judá. Tinha vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar e vinte e nove anos reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Abi, filha de Zacarias. E fez o que era reto aos olhos do SENHOR, conforme tudo o que fizera Davi, seu pai. Este tirou os altos, e quebrou as estátuas, e deitou abaixo os bosques, e fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera, porquanto até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso e lhe chamavam Neustã. No SENHOR, Deus de Israel, confiou, de maneira que, depois dele, não houve seu semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele. Porque se chegou ao SENHOR, não se apartou de após ele e guardou os mandamentos que o SENHOR tinha dado a Moisés. Assim, foi o SENHOR com ele; para onde quer que saía, se conduzia com prudência; e se revoltou contra o rei da Assíria e não o serviu. (2 Rs 18.1-7 – grifo nosso).
Este texto nos mostra a história do rei Ezequias, que começou a reinar com apenas 25 anos e viveu dias de grandes milagres do Senhor.
É nesta história que o Senhor envia um anjo que destrói 185 mil soldados assírios (2 Rs 19.35), por causa da oração que Ezequias fez, seguido de um admirável quebrantamento.
Outro texto marcante no A.T. nos conta a história do Rei Josias, vejamos:
“Tinha Josias oito anos de idade quando começou a reinar e reinou trinta e um anos em Jerusalém; e era o nome de sua mãe, Jedida, filha de Adaías, de Bozcate. E fez o que era reto aos olhos do SENHOR; e andou em todo o caminho de Davi, seu pai, e não se apartou dele nem para a direita nem para a esquerda. Sucedeu, pois, que, no ano décimo oitavo do rei Josias, o rei mandou o escrivão Safã, filho de Azalias, filho de Mesulão, à Casa do SENHOR, dizendo: Sobe a Hilquias, o sumo sacerdote, para que tome o dinheiro que se trouxe à Casa do SENHOR, o qual os guardas do umbral da porta ajuntaram do povo. E que o dêem na mão dos que têm o cargo da obra e estão encarregados da Casa do SENHOR; para que o dêem àqueles que fazem a obra que há na Casa do SENHOR, para repararem as fendas da casa: aos carpinteiros, e aos edificadores, e aos pedreiros; e para comprar madeira e pedras lavradas, para repararem a casa. Porém com eles se não fez conta do dinheiro que se lhes entregara nas suas mãos, porquanto procediam com fidelidade. Então, disse o sumo sacerdote Hilquias ao escrivão Safã: Achei o livro da Lei na Casa do SENHOR. E Hilquias deu o livro a Safã, e ele o leu. Então, o escrivão Safã veio ao rei, e referiu ao rei a resposta, e disse: Teus servos ajuntaram o dinheiro que se achou na casa e o entregaram na mão dos que têm o cargo da obra, que estão encarregados da Casa do SENHOR. Também Safã, o escrivão, fez saber ao rei dizendo: O sacerdote Hilquias me deu um livro. E Safã o leu diante do rei. Sucedeu, pois, que, ouvindo o rei as palavras do livro da Lei, rasgou as suas vestes”. (2 Rs 22.1.-11 – grifo nosso).
O jovem rei Josias trilhou um caminho de fidelidade ao Senhor e experimentou algo maravilhoso.
Josias mandou reparar a Casa do Senhor que não estava recebendo o cuidado que lhe era devido, pois o povo havia se esquecido de Deus por diversas vezes.
Ao reparar o Templo, o profeta Hilquias encontrou uma cópia da Lei do Senhor guardada em seu interior e isto foi motivo de tremenda alegria, porém, ao levá-lo ao conhecimento do rei, acontece algo marcante, porém, comum a um servo verdadeiro. Josias fica extremamente preocupado, pois tudo aquilo que o Senhor havia proibido seu povo de fazer, eles haviam feito. Desta forma, Josias se enchendo de arrependimento pelo povo, rasgou suas vestes.
O ato de rasgar as vestes era um sinal máximo de humilhação, bem como, o de vestir roupas feitas de pano de saco e colocar cinzas na cabeça.
Josias estava contrito pois conhecia o Senhor e sabia que a nação precisava se voltar para Ele.
O mais importante em nosso raciocínio é mostrar que tudo isto aconteceu por causa da Palavra e do que ela dizia.
Leiamos o que o Teólogo Americano Norman Champlin diz sobre o assunto:
“Quando a Bíblia é redescoberta por um indivíduo ou por uma nação, as coisas mudam. O divino entra no humano. Coisas inesperadas acontecem. Essa é uma das lições do texto que temos à frente. A grande reforma de Josias foi edificada sobre a redescoberta de uma porção da Bíblia. Tinha sido um livro perdido, e as coisas estavam ficando cada vez piores. As nuvens da tempestade estavam juntando-se. Periodicamente a Bíblia tem sido redescoberta, como se deu no caso de Wycliffe (a Bíblia inglesa) e de Lutero (a Bíblia alemã), ou mesmo no decreto do papa Paulo VI, que encorajou os católicos romanos a ler a Bíblia, revertendo assim a norma da Igreja Católica Romana, que antes até queimou muitas Bíblias e dizia que a leitura das Escrituras deveria ser vedada aos leigos”.
O texto tomado como base para este estudo (Hb 3.2) nos mostra que o profeta havia ouvido a voz do Senhor e estava com profundo temor e, logo após isto, ora e pedi que Deus avive a Sua obra.
Os avivamentos na Bíblia estão ligados ao interesse pela Palavra e isto nos ensina que se os homens estiverem interessados em ouvir aquilo que Deus fala, as coisas mudarão.
Estudaremos o conceito de avivamento no tópico abaixo.
Proibida a cópia parcial ou total deste material – Sujeito a penas legais – https://ebdcomentada.com
O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa conceitua a palavra avivamento da seguinte forma:
O conceito é exatamente aquele proposto pelo profeta Habacuque que queria que o Senhor, através da Sua Palavra visitasse o povo judeu e transformasse a vida dos mesmos, pois, apesar de estarem vivos fisicamente, espiritualmente estavam mortos.
Tal transformação faria com que o povo reconhecesse que sem o Senhor não poderiam fazer nada e mudassem de direção, ou seja, se voltassem para Deus.
Esta palavra não existe na Bíblia, conforme já mencionamos, mas existem palavras tanto no hebraico como no grego que estão intimamente associadas ao significado que estamos estudando.
Vejamos algumas:
1 – Anakainoó: ana-“para trás” ou “de novo”, e kainos-“novo”, não recente mas diferente), “renovar”, é usado na voz passiva em 2 Co 4.16, acerca da renovação diária do “homem interior” (em contraste com a estrutura física), isto é, a renovação do poder espiritual; em Cl 3.10. do “novo homem” (em contraste com a velha natureza não regenerada), o qual se renova para o conhecimento” (cf. o n° 3 em Ef 4.23), isto é, para o verdadeiro conhecimento em Cristo, ao invés dos ensinos heréticos.
2 – Ananeoó: “renovar, tomar jovem” (formado de ana como no n° 1, e neos- “recente”, não diferente), é usado em Ef 4.23. “vos renoveis no espírito do vosso sentido (mente)”. A “renovação” aqui mencionada não é a da mente em si em suas faculdades naturais da memória, julgamento e percepção, mas ‘o espírito da mente”, que, sob o poder controlador do permanente Espírito Santo, orienta sua inclinação e energias em direção a Deus no prazer da “comunhão com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo” (1 Jo 1.3), e da realização da vontade de Deus.
Como falamos na introdução, existe muita confusão envolvida com a palavra avivamento, pois as pessoas acreditam que algumas “manifestações espirituais” são o que conhecemos como avivamento, porém, precisamos deixar claro que não o são.
É patente que TODOS os avivamentos produziram um arrependimento em massa, envolvendo confissão de pecados, reconhecimento do estado de miséria e aceitação da total dependência do Senhor.
Desta forma eu lhes pergunto: O que as pessoas chamam de avivamento está relacionado a este conceito?
Após as supostas manifestações de Deus que acontecem em algumas igrejas, há um quebrantamento geral? As pessoas sentem uma profunda necessidade de se “derreter” na presença do Senhor? Hábitos como a fofoca, maledicência, mentira, mesquinharia, avareza, dentre outros, são abandonados?
Se a resposta for negativa, esqueça, não é avivamento, mas simplesmente uma manifestação que não sabemos sequer se é de Deus, do homem ou do diabo.
É importante reforçarmos que falar em línguas, profetizar, pular, dançar ou qualquer outra coisa aparentemente espiritual, pode até estar presente em um avivamento espiritual, mas são apenas sinais e não o avivamento em si.
Precisamos abrir os nossos olhos, enxergar e aceitar que NÃO ESTAMOS VIVENDO AVIVAMENTOS EM NOSSAS IGREJAS, pois se estivéssemos, existiram dezenas, centenas ou milhares de almas se rendendo aos pés de Jesus.
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Conforme já mostramos, existiram grandes avivamentos descritos na Bíblia Sagrada e neste tópico iremos mencionar mais um.
A Bíblia nos mostra no N.T. mas especificamente no Livro dos Atos dos Apóstolos um dos maiores avivamentos que já existiram, leiamos:
“Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, varões irmãos? E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar. E com muitas outras palavras isto testificava e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa. De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas. E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade. E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar”. (At 2.37-47 – ARC – grifo nosso).
O texto acima nos mostra o que aconteceu após o derramamento do Espírito Santo profetizado por Joel (Jl 2) e pelo Cristo (Lc 24.49).
Após o acontecimento descrito em At 2, Pedro, que por pouco não naufragou na fé, agora cheio do Espírito Santo começa a pregar a Palavra de Deus, mostrando a todos aqueles que estavam em Jerusalém por ocasião da Festa de Pentecostes, que era necessário arrependerem-se de seus pecados, reconhecer Jesus como sendo o Cristo e ter a vida transformada pelo Espírito do Senhor.
A Bíblia nos mostra que após a pregação da Palavra, aqueles que ouviram disseram para Pedro: “Que faremos varões irmãos?”
Vejamos o que o Teólogo Polonês, Werner de Boor comenta sobre este acontecimento:
“Foi observado que os discursos de Pedro em Atos dos Apóstolos são estruturados todos da mesma maneira. Isso se deve à causa defendida. E apesar disso, num ponto essencial o sermão de Pentecostes se destaca dos discursos posteriores: ele não contém nenhuma oferta de graça, nenhum convite à ação dirigido aos ouvintes, nenhum apelo ao coração e aos sentimentos. Apesar disso, pelo impacto de seus fatos, atinge certeiramente o “coração” dos ouvintes. “Ouvindo eles estas coisas, seu coração foi perfurado.” Diante desse sermão os ouvintes não estão nem “entusiasmados” nem “edificados”. Todas as categorias com que costumamos descrever os efeitos de uma pregação fracassam aqui. O tiro foi certeiro, e o projétil parou no meio do coração.
É óbvio que com isso o desfecho da questão ainda não estava decidido. Sempre que a palavra nos atinge, revelando nossa culpa, acontece algo que divide as águas. Será que agora nos curvaremos sob nossa culpa e nos quebrantaremos intimamente, ou será que nos insurgiremos e justamente, como “golpeados”, golpearemos o mensageiro que nos vulnerou assim com a palavra? (grifo nosso).
A palavra “compungiram-se” tem a conotação de desespero e é traduzida na tradução NVI como “aflição” e na KJA como “agoniados”.
Trazendo para nossa realidade, é como se os ouvintes de Pedro tivessem demonstrado que o peso de seus pecados era desesperador e que sabiam que morreriam. Assim, de forma aflita e agoniante, perguntaram para Pedro o que eles deveriam fazer, e Pedro, tremendamente usado pelo Espírito Santo disse:
“Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Cristo, para perdão dos vossos pecados…”
O propósito principal da ministração da Palavra é a salvação de almas e, da mesma forma, o foco do avivamento também o é.
Por Leonardo Novais de Oliveira
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