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Betel Adultos – 2º Trimestre 2024 – 14/04-2024 – Lição 2 – Ordenança para participar da Ceia do Senhor

13/04/2024

Evangelista Cláudio Roberto de Souza

TEXTO ÁUREO

1 Coríntios 11:28 

28 Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão, e beba deste cálice. (ARC)

TEXTOS DE REFERÊNCIA

1 Coríntios 11:23-26 

23 Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão;

24 e, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.

25 Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.

26 Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha. (ARC) 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Mostrar os direcionamentos da Ceia do Senhor; 
  • Ressaltar a importância da Ceia do Senhor; 
  • Falar sobre a relevância da Ceia do Senhor para a Igreja.

INTRODUÇÃO

Olá, irmãos(ãs), paz do Senhor.

Vimos na lição anterior que o batismo em águas se caracteriza por ser uma ordenança do Senhor. Com alegria, convidamos vocês a embarcarem em um estudo aprofundado sobre a Ceia do Senhor, também conhecida como Eucaristia ou Comunhão e se caracteriza por ser a segunda ordenança. Mais do que um simples ritual religioso, a Ceia do Senhor é uma ordenança bíblica deixada por Jesus Cristo, carregada de significado e simbolismo. Através dela, recordamos o sacrifício vicário de Cristo na cruz, celebramos a nossa união com Ele e experimentamos a comunhão com a comunidade de fé.

Nosso estudo nos levará a explorar os ricos significados por trás desta prática sagrada, examinando as palavras de Paulo aos Coríntios e buscando compreender como a Ceia do Senhor nos aproxima da presença de Deus e fortalece nossa comunhão com os irmãos na fé. Vamos juntos descobrir os preciosos ensinamentos e implicações espirituais que esta ordenança tem para nós como seguidores de Cristo.

1 – OS DIRECIONAMENTOS DA CEIA DO SENHOR

A Ceia do Senhor é muito mais do que um simples ritual mecânico; é um momento de profundo significado espiritual e comunhão com Cristo e com os irmãos na fé. Ela transcende o material e o humano porque está enraizada no sacrifício redentor de Jesus Cristo na cruz, um evento que tem implicações eternas e celestiais. Quando participamos da Ceia do Senhor, não estamos apenas recordando um evento histórico, mas estamos nos conectando espiritualmente com o próprio Cristo, cujo sacrifício é o cerne e o objetivo de nossa adoração.

Paulo, ao escrever sobre a Ceia do Senhor em 1 Coríntios 11, enfatiza que recebeu diretamente do Senhor o que transmitiu aos Coríntios e, por extensão, a nós. Ele instrui sobre a maneira correta e agradável a Deus de participarmos dessa ordenança sagrada. Essa transmissão direta de autoridade e ensinamento divino destaca a seriedade e a importância da prática da Ceia do Senhor.

Paulo demonstra uma preocupação particular em destacar a maneira correta de participar da Ceia do Senhor, não apenas observando os elementos materiais, mas também considerando nosso envolvimento espiritual com Cristo e as consequências de participar de forma indigna. Ele adverte sobre a necessidade de examinarmos a nós mesmos, de nos arrependermos de nossos pecados e de nos aproximarmos da mesa do Senhor com corações puros e consciências limpas (1 Coríntios 11:27-32).

A Ceia do Senhor possui um papel fundamental na edificação, exortação e consolo da igreja:

Edificação: A Ceia fortalece a fé dos cristãos, nutrindo-os com a Palavra de Deus e com a presença real de Cristo.

Exortação: A Ceia do Senhor nos desafia a examinar nossas vidas, a nos arrependermos de nossos pecados e a renovarmos nosso compromisso com Cristo e com a sua causa, a fim de vivermos em santidade.

Consolo: A Ceia nos garante o perdão dos pecados e a vida eterna, oferecendo esperança e consolo em meio às dificuldades da vida.

Ao participarmos da Ceia do Senhor com fé e reverência, experimentamos a Sua graça transformadora, somos edificados na fé, exortados à santidade e consolados em nossas dores.

Portanto, ao participar da Ceia do Senhor, os cristãos reafirmam sua fé em Cristo e lembram-se do seu sacrifício redentor. Ela nos lembra do amor incomparável de Deus por nós, manifestado através da entrega de seu Filho unigênito para a reconciliação da humanidade consigo mesma.

1.1 – Direciona para Jesus no passado

A palavra “lembrar” tem sua origem no latim “lembrare”, que significa “trazer à mente”, “recordar” ou “ter em mente”. A partir dessa raiz, desenvolveu-se na língua portuguesa o verbo “lembrar”, que é usado para descrever o ato de evocar na mente algo que aconteceu no passado, trazendo à memória eventos, pessoas ou experiências.

Na Ceia do Senhor, Jesus instruiu seus discípulos a fazerem algo em sua memória, como está registrado em Lucas 22:19: “E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isso em memória de mim”. Da mesma forma, em 1 Co 11:24-25, Paulo relata as palavras de Jesus durante a Última Ceia: “fazei isso em memória de mim.” (1 Co 11:24-25).

1 Coríntios 11:24
24 […] fazei isto em memória de mim. (ARC)        

1 Coríntios 11:25
25 […] fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim. (ARC)        

O pão repartido nos lembra o corpo de Cristo dado por nós; o cálice representa seu sangue derramado. É impressionante o desejo de Jesus de que seus seguidores se lembrem de sua morte. A maioria de nós procura esquecer os detalhes sobre a morte de nossos entes queridos, mas Jesus deseja que lembremos como ele morreu. Isso porque sua morte é o cerne de tudo o que temos como cristãos.

Devemos lembrar o fato de haver morrido, pois sua morte faz parte da mensagem do evangelho: 

1 Coríntios 15:3-4
3 Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras,
4 e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, (ARC)        

Não é a vida de Cristo nem seus ensinamentos que salvam os pecadores, mas sua morte. Portanto, devemos nos lembrar do motivo de Ele ter morrido: Cristo morreu por nossos pecados; foi nosso substituto (Is 53:6; 1 Pe 2:24), quitando uma dívida que jamais poderíamos pagar.

Salmos 48
6 Aqueles que confiam na sua fazenda e se gloriam na multidão das suas riquezas,
7 nenhum deles, de modo algum, pode remir a seu irmão ou dar a Deus o resgate dele
8 (pois a redenção da sua alma é caríssima, e seus recursos se esgotariam antes);

A palavra resgate no original é “kosher” e significa preço de uma vida. Reunir fortunas de todo o mundo não seria suficiente para resgatar uma única alma.

Também devemos lembrar como ele morreu: voluntária e mansamente, demonstrando seu amor por nós (Rm 5:8). Entregou o corpo nas mãos de homens perversos e levou sobre si os pecados do mundo.

A MORTE DE CRISTO – Voluntária. Os estudiosos que afirmam que Jesus deitou-se na cruz voluntariamente, para que se cumprisse que o bom pastor, dá a sua vida pelas ovelhas.        

João 10:11
11 Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. (ARC)
        

No entanto, essa “memória” não é apenas uma lembrança dos fatos históricos. Também é uma participação de realidades espirituais. Quando celebramos a Ceia do Senhor, não caminhamos ao redor de um monumento e o admiramos a distância. Temos comunhão com o Salvador vivo, do qual nos aproximamos pela fé.

A Ceia é um memorial que nos permite:

Recordar o amor de Deus: A Ceia nos leva a recordar o imenso amor de Deus, que enviou Seu único Filho para morrer em nosso lugar.

Agradecer pelo perdão dos pecados: Ao celebrarmos a Ceia, reconhecemos que o sacrifício de Jesus nos garante o perdão dos nossos pecados e a vida eterna.

Proclamar a morte e ressurreição de Cristo: A Ceia é um momento para proclamarmos a fé na morte e ressurreição de Jesus, anunciando a Sua vitória sobre o pecado e a morte.

Renovar nossa fé e compromisso: Ao participarmos da Ceia, renovamos nossa fé em Jesus Cristo e nosso compromisso de segui-Lo.

Portanto, a Ceia do Senhor é uma ordenança que nos leva a lembrar, a recordar o sacrifício de Jesus Cristo na cruz em nosso lugar. Ao participarmos da Ceia, somos convidados a trazer à mente a obra redentora de Cristo, seu amor incondicional demonstrado através de sua morte sacrificial e sua ressurreição gloriosa. Este ato de recordação não é apenas uma reminiscência superficial, mas uma lembrança viva e significativa do que Cristo realizou por nós, convidando-nos a renovar nossa fé nele, a nos arrependermos de nossos pecados e a nos comprometermos novamente com Ele como nosso Senhor e Salvador. Assim, a Ceia do Senhor não é apenas um ritual formal, mas um momento sagrado de comunhão com Cristo e de renovação espiritual para os crentes.

1.2 – Direciona para Jesus no presente

A Ceia do Senhor não é apenas um memorial do passado, mas também um sinal de presença e comunhão no presente. Ao celebrarmos a Ceia, experimentamos a companhia real de Cristo em nossas vidas e nos unimos a Ele e a igreja.

Ao instituir a Ceia do Senhor, Jesus instruiu seus discípulos: “fazei isso todas as vezes que beberdes, em memória de mim” (1 Co 11:25). Essa ordem demonstra que a Ceia não era um evento isolado, mas sim uma prática regular que deveria ser realizada pela igreja, ou seja, a expressão “todas as vezes” enfatiza a continuidade e a regularidade da prática da Ceia do Senhor na vida da comunidade cristã.

Na Ceia, anunciamos a nossa fé na morte do Senhor. Expressamos nossa comunhão uns com os outros. Na ceia, o crente anuncia a sua fé na morte do Senhor (1 Co 11.26). Diante de Deus, diante de seus irmãos, diante do mundo e até diante de Satanás, o crente testifica, através da sua participação na ceia, que crê de coração em Jesus. A ceia não é, dessa maneira, um ato de tristeza e lamentação, mas de alegria, porque Jesus, cuja morte aí comemoramos, vive e está presente. O poder de Deus para a cura dos doentes se manifesta na ceia, porque o cálice que abençoamos simboliza o sangue de Jesus e a Bíblia diz: “Pelas suas pisaduras, fomos sarados” (Is 53.5).

Vale ressaltar que a liturgia da maioria das igrejas protestantes, no tocante a cerimônia da Ceia do Senhor é simples, pois se lê os textos de 1 Coríntios11.23.34, em especial os versículos 24 e 25 que diz:

1 Coríntios 11:24-25
24 e, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.
25 Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim. (ARC)        

Nesta liturgia, é feita as orações de gratidão por cada um dos elementos (o pão e depois o vinho) reconhecendo o sacrifício de Cristo no Calvário, o qual teve o seu corpo ferido (Is 53.4-5) e seu sangue vertido por amor de nós.  Desta forma a igreja, isto é, o corpo de Cristo, participa primeiramente do pão (isto é o Seu corpo) e depois do vinho (isto é, o Seu sangue).

A oração apenas consagra os elementos e não os torna de fato o corpo e o sangue de Jesus como afirmam os Católicos Romanos (doutrina da transubstanciação), tão pouco Cristo se faz presente no corpo e no sangue nos elementos da Ceia, como cria Lutero (doutrina da consubstanciação).

Vamos introduzir nesta parte do estudo sobre a Ceia do Senhor outros termos acerca da Ceia e que são utilizados pela Igreja Católica. São eles:

1 – Eucaristia: Significa reconhecimento, ação de graças, em grego. É uma celebração da Igreja Católica, para lembrar da morte e ressurreição de Jesus Cristo, é também chamada de comunhão. https://www.significados.com.br/eucaristia/        

2 – Hóstia: É o termo usado para o pão consagrado pelo sacerdote ordenado, o presbítero ou bispo. Na etimologia significa ‘hostiam’, que significa ‘vítima’. Jesus, a vítima de nós mesmos, seres humanos, para a remissão dos nossos pecados. https://pt.wikipedia.org/wiki/H%C3%B3stia        

3 – Catecismo: Do latim tardio ‘catechismus’, por sua vez originado do termo grego κατηχισμός, (‘katecheo’) derivado do verbo κατηχέω que significa ‘instruir a viva voz’. É uma instrução religiosa, ou seja, o ensino oral da religião cristã, dos seus mistérios, princípios e código moral. A catequese é normalmente feita por um ministro autorizado pela Igreja, que também pode ser leigo, como preparação de crianças para a confissão e à primeira comunhão. https://pt.wikipedia.org/wiki/Catecismo        

Como foi citado acima e agora iremos pormenorizar, o Catolicismo Romano também acredita que os elementos da Ceia do Senhor (a hóstia e o vinho), após a oração de consagração, são literalmente transformados no corpo e no sangue de Jesus; ensinamento chamado de transubstanciação.

Veja abaixo a explicação sobre o que diz o Catecismo da Igreja Católica:

O que significa transubstanciação?

Transubstanciação significa a conversão de toda a substância do pão na substância do Corpo de Cristo e de toda a substância do vinho na substância do Seu Sangue. Essa conversão se realiza na oração eucarística, mediante a eficácia da Palavra de Cristo e da ação do Espírito Santo. Todavia, as características sensíveis do pão e do vinho, ou seja, as “espécies eucarísticas”, permanecem inalteradas. https://formacao.cancaonova.com/igreja/catequese/o-que-diz-o-catecismo-da-igreja-catolica-sobre-a-eucaristia/

Tal doutrina se baseia no versículo de Mt 26.26-27 no qual Jesus diz:

Mateus 26:26-28
26 Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.
27 E, tomando o cálice e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos.
28 Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados. (ARC)          

Foi no 19° Concílio ecumênico realizado na cidade de Trento na Itália, entre os anos de 1545 e 1563 que se prescreveu a doutrina da transubstanciação.

Eles afirmam que a Palavra de Jesus é criadora e assim, as expressões: “Isto é o meu corpo” e “isto é o meu sangue” faz com que toda a substância do pão (hóstia) e do vinho (cálice) ceda lugar ao corpo e ao sangue de Jesus Cristo.

É um engano, pois as afirmações de Cristo, apenas demonstram o significado simbólico de cada elemento e não há um único versículo na Bíblia que apoie a tese da transubstanciação.

O pastor Raimundo F. de Oliveira traz no quadro sobre a história da paganização da Igreja Católica, que no ano de 1220 foi introduzida a adoração a hóstia (já que ela se transforma em Cristo que é digno de adoração, ela também pode ser adorada).

A cerimônia da Eucaristia praticada pelos Católicos Romanos possui algumas curiosidades:

1 – Os participantes não precisam ter necessariamente uma vida de comunhão com Deus, antes, basta ter sido batizado quando nasceu (deixou de ser pagão e “ingressou no Corpo de Cristo”);        

2 – Ter feito a Catecismo; ensinado nas doutrinas e dogmas católicos – profissão de fé);        

3 – Somente o ministro da Missa participa do pão e do vinho, os demais participam apenas do pão (hóstia), contrariando a ordenança bíblica (1 Co 11.28). Para eles, como o pão “se transformou” em Cristo, dispensa-se a entrega do cálice por considerar que o Cristo inteiro é recebido pelo restante da igreja sob as características do pão!

O corpo de Cristo hoje na terra não é o pão e o vinho usados na celebração da Ceia, mas a sua igreja conforme se pode ler em:

1 Coríntios 10:16-17
16 Porventura, o cálice de bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é, porventura, a comunhão do corpo de Cristo?
17 Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo; porque todos participamos do mesmo pão. (ARC)        

1 Coríntios 12:27
27 Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular. (ARC)        

Efésios 1:22-23
22 E sujeitou todas as coisas a seus pés e, sobre todas as coisas, o constituiu como cabeça da igreja,
23 que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos. (ARC)        

Efésios 4:15-16
15 Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,
16 do qual todo o corpo, bem ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor. (ARC)        

Efésios 5:30
30 porque somos membros do seu corpo. (ARC)

Portanto, a Ceia do Senhor que nos direciona ao Cristo presente, é um convite à reflexão, à gratidão e ao compromisso com o Senhor. Que cada celebração da Ceia seja um momento de profunda comunhão, fé e transformação em sua vida.

1.3 – Direciona para Jesus no futuro

A Ceia do Senhor não se limita ao passado e ao presente, mas também aponta para o futuro. Ao celebrarmos a Ceia, anunciamos a morte do Senhor “até que Ele venha” (1 Co 11:26). Essa declaração ressalta que a prática da Ceia do Senhor continua até a segunda vinda de Cristo, indicando assim uma orientação escatológica.

A palavra “escatologia” refere-se ao estudo das últimas coisas, ou seja, dos eventos finais da história e do destino final da humanidade e do cosmos, conforme revelado nas Escrituras. A Ceia do Senhor está intrinsecamente ligada a esse aspecto da escatologia cristã, pois nos lembra não apenas da morte passada de Cristo, mas também da promessa de sua volta em glória para estabelecer plenamente o seu Reino.

Ao participarmos da Ceia, estamos antecipando e aguardando a consumação do Reino de Deus, quando Cristo retornará para restaurar todas as coisas e para reinar para sempre. Essa esperança futura da segunda vinda de Cristo é central para a fé cristã e é celebrada e proclamada na prática da Ceia do Senhor.

Paulo disse que, na ceia, anunciamos a morte do Senhor até que venha (cf. 1 Co 11.26). Em cada ceia encontramos também a mensagem de que o dia se aproxima! Jesus virá e então haveremos de participar da grande ceia nos céus (cf. Mt 26.29).

Hernandes Dias Lopes afirma:

“A Ceia nos aponta para a segunda vinda de Cristo. A eucaristia aponta para a parousia. Há um clima de expectativa em toda celebração da Ceia do Senhor (Lc 22.16,18). A segunda vinda de Cristo é a grande esperança do cristão num mundo onde o mal tem feito tantos estragos. Atrás, aponta para a sua morte; à frente, aponta para a sua volta. William MacDonald, citando Godett, afirma: “A Ceia do Senhor é o elo entre Suas duas vindas, o monumento de uma, a garantia de outra”.

Portanto, a Ceia do Senhor não é apenas uma lembrança do passado ou uma experiência presente de comunhão com Cristo, mas também uma expressão de nossa fé na promessa do futuro retorno de Cristo e na realização final de seu Reino. Ela nos une como povo de Deus em antecipação e expectativa da plenitude da salvação que será revelada quando Jesus voltar. Ao celebrarmos a Ceia, somos lembrados de que Cristo está conosco e que Ele voltará para nos levar para estarmos com Ele eternamente – Aleluia!

2 – A IMPORTÂNCIA DA CEIA PARA O CRISTÃO

Evangelista Cláudio Roberto de Souza

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Equipe EBD Comentada

Postado por ebd-comentada


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