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19/05/2023
“E a sua mão estendida está; quem, pois a fará voltar atrás?” Isaías 14.27b
GÊNESIS 26.22-25
22 E partiu dali e cavou outro poço; e não porfiaram sobre ele. Por isso, chamou o seu nome Reobote, e disse: Porque agora nos alargou o Senhor, e crescemos nesta terra.
23 Depois subiu dali a Berseba.
24 E apareceu-lhe o Senhor naquela mesma noite, e disse: Eu sou o Deus de Abraão, teu pai; não temas, porque eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua semente por amor de Abraão, meu servo.
25 Então edificou ali um altar, e invocou o nome do Senhor, e armou ali a sua tenda; e os servos de Isaque cavaram ali um poço.
Olá, irmãos(ãs), paz do Senhor.
Como seres humanos, estamos sujeitos às mais diversas intempéries e não há nada que podemos fazer para nos livrar de vivenciar situações ruins, haja vista, elas serem causadas por nossas próprias mãos, pelo diabo e pelas situações corriqueiras da vida.
Seria maravilhoso se nossa vida não fosse invadida por tais situações, porém, após o pecado, todos estamos sujeitos a estas.
Sendo assim, precisamos aprender com tudo o que nos acontece e retirar o melhor de cada situação, fazendo com que nos tornemos melhor a cada experiência.
O apóstolo Paulo traz um ensino extraordinário a respeito deste assunto em sua carta aos romanos.
“E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado.” (Rm 5.3-5 – ARC)
Em outra tradução:
“E também nos regozijamos nas tribulações, porque sabemos que nos ensinam a persistência. Depois a persistência fortalece-nos o carácter e ajuda-nos para que a nossa esperança se torne forte. E nessa esperança não ficaremos desiludidos, pois sentimos o amor de Deus nos nossos corações pelo Espírito Santo, que ele nos deu.” (O Livro)
Paulo ensina que as situações adversas que a vida nos apresenta servem para nosso crescimento e deixa claro que precisamos ser gratos por estas, pois elas proporcionam experiências marcantes com o Senhor.
Como cristãos, precisamos compreender que o sofrimento é pedagógico e aprender a extrair o melhor de cada situação vivenciada.
A palavra tribulação pode ser associada a tudo o que nos incomoda de alguma forma.
De acordo com o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, esta palavra tem os seguintes significados.
Desde cedo, os seres humanos são desafiados pelas tribulações e isto começa assim que nascemos.
De acordo com a médica Heloisa Brudnieski, quando o bebê passa pelo canal vaginal, ocorre a compressão do polo cefálico (topo da cabeça) e do tórax. E isto é muito benéfico para o bebê. A compressão do tórax auxilia na saída de líquido que está dentro dos pulmões. “Isto leva a diversas modificações no bebê que rapidamente irão auxiliá-lo a iniciar os primeiros movimentos respiratórios”. Bebês que nascem via parto cesárea não passam por esse processo, por isso, as chances de desenvolverem problemas respiratórios após o parto é maior.
Quando o bebê está saindo da vagina, o famoso momento da coroação, é liberada uma grande quantidade de hormônios e o topo da cabeça do bebê está sendo comprimido. “Pode haver mudança na frequência cardíaca do bebê e é um momento mais delicado para ele, de mais estresse, mas sem afetar seu bem-estar”.
Assim que o bebê nasce, ocorre uma série de modificações em seu corpo, principalmente na parte circulatória e respiratória. “Essas modificações são imediatas e fazem com que o bebê comece a respirar. Ele deixa de receber toda a oxigenação pelo cordão umbilical e passará a respirar sozinho. Imediatamente após o ar entrar, inicia-se os primeiros movimentos respiratórios”.
Desde as 35 semanas de gestação, os pulmões do bebê já começam a produzir uma substância que atuará nos alvéolos pulmonares. “Eles vão impedindo que ocorra um colapso deles ao nascimento”.
Através destas informações, aprendemos que Deus faz com que cresçamos e nos desenvolvamos através das dificuldades e a história de Isaque deixa claro que o processo de desenvolvimento compreende situações ruins.
Isaque precisou aprender a vencer as tribulações e fortalecer a fé que lhe foi ensinada por Abraão.
É de extrema importância lembrarmos aos alunos que em NENHUM momento, a Bíblia nos ensina que a vida do cristão é um “mar de rosas” e Jesus deixou claro que nesse mundo nós teríamos aflições.
“Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” (Jo 16.33 – ARC)
Desde os primórdios, a esposa possuía um lugar de destaque na família.
A primeira mulher criada por Deus, Eva, foi qualificada como “ajudadora”.
“E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.” (Gn 2.7 – ARC)
Eva foi responsável por dar início à nobre tarefa de ser mãe e povoar a Terra.
A maternidade envolve um misto de honra e responsabilidade e eleva a posição da mulher a níveis altos.
O Salmo 127 nos mostra que os filhos eram considerados bençãos de Deus.
“Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre, o seu galardão. Como flechas na mão do valente, assim são os filhos da mocidade. Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.” (Sl 127.3-5 – ARC)
Esta questão é tão séria que as mulheres inférteis eram consideradas amaldiçoadas (1 Sm 1).
Ainda que, aparentemente, a sociedade judaica fosse machista, as mulheres sempre possuíram importância nesta cultura.
O link abaixo oferece algumas informações importantes sobre este assunto.
O patriarca Abraão havia conhecido Deus através de uma revelação pessoal e crescido no relacionamento com o Senhor.
Ele conhecia os povos que os cercava, pois havia sido tirado de um povo idólatra.
Sendo assim, tratou de orientar e trabalhar para que seu filho não se casasse com alguma mulher que não conhecia o Senhor.
A lei sobre este assunto só seria promulgada com Moisés, centenas de anos à frente, de acordo com o livro de Deuteronômio.
“Quando o Senhor, teu Deus, te tiver introduzido na terra, a qual passas a possuir, e tiver lançado fora muitas nações de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os ferezeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais poderosas do que tu; e o Senhor, teu Deus, as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirás; não farás com elas concerto, nem terás piedade delas; nem te aparentarás com elas; não darás tuas filhas a seus filhos e não tomarás suas filhas para teus filhos; pois elas fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do Senhor se acenderia contra vós e depressa vos consumiria.” (Dt 7.1-4 – ARC)
A tradição dos povos antigos fazia com que o casamento fosse um negócio muito importante, haja vista, envolver duas famílias e tudo o que se relacionava a elas.
Desta forma, era imprescindível escolher alguém que pudesse perpetuar o sucesso conquistado e contribuir para o desenvolvimento do povo.
Era muito comum que os jovens casados permanecessem no mesmo local de seus pais, pois isto contribuiria para o fortalecimento do grupo.
Conforme mencionado pelo bispo Abner, a preocupação de Abraão não era somente sentimental ou financeira, pois o patriarca havia recebido uma promessa de Deus, afirmando que sua geração seria bendita.
Sendo assim, como sua descendência poderia ser abençoada se não conhecessem o Deus verdadeiro?
O povo ocidental não tem hábitos sociais rígidos como os orientais, pois são resultado da miscigenação de muitos povos, porém, os orientais se preocupam com a perpetuação do povo, da família e do nome.
Se observarmos as orientações bíblicas a respeito do casamento entre cristãos, verificaremos que o conselho é para nós nos casarmos entre pessoas da mesma fé, haja vista, existirem inúmeros problemas relacionados à união entre um crente e um descrente, incluindo a separação.
“Todavia, aos casados, mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher se não aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher. Mas, aos outros, digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher descrente, e ela consente em habitar com ele, não a deixe. E se alguma mulher tem marido descrente, e ele consente em habitar com ela, não o deixe. Porque o marido descrente é santificado pela mulher, e a mulher descrente é santificada pelo marido. Doutra sorte, os vossos filhos seriam imundos; mas, agora, são santos. Mas, se o descrente se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou irmã, não está sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz.” (1 Co 7.10-15 – ARC)
O texto de 2 Co 6.14,15 fala sobre o jugo desigual reforçando este conceito.
“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; por que que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?” (ARC)
Muitos costumes relacionados à tradição judaica foram promulgados pelo próprio Senhor, por isto eles se conservaram no Cristianismo.
A professora Susan Handelman, da Universidade Ramat Gram, em Israel, comenta sobre a importância da família para o povo judeu.
“Famílias são o grande cenário de conflito espiritual; tanto naquele tempo como agora, elas são os paradigmas da conexão íntima e intensa ambivalência. Ao contrário dos heróis gregos da Antiguidade, os heróis bíblicos não adquirem identidade e glória em combate solitário longe de suas famílias; seus problemas são profundamente domésticos. Não é por acaso que o teste crítico de Avraham tenha sido exatamente o pedido de sacrificar seu filho… e não ser tentado no deserto ou ter de sacrificar a si mesmo. Pois o filho não era somente seu, e a crise não era apenas pessoal; era coletiva. O chamado de Avraham foi para ele se tornar uma grande nação; não era uma preocupação particular com uma só pessoa. O pacto não é feito somente com Avraham, mas com todos os seus descendentes, a família que cresceria até se tornar a nação que Moshê liderou no Sinai. E a revelação no Sinai foi coletiva, a um povo inteiro, não a uns poucos indivíduos de uma elite espiritualmente avançada. Será esta obsessão com a família o remanescente de tribalismo primitivo? O foco na sobrevivência é resultado das tribulações do exílio? E o que isso tudo tem a ver com nossa necessidade moderna de individualismo e autodefinição? A família é central para o Judaísmo, creio, porque é central para as ideias judaicas de Deus, criação, pacto e história. A família biológica nos lembra que nós, como o mundo, fomos criados: não somos inevitáveis, necessários, autônomos. Somos um efeito da vontade de alguém e – no melhor dos casos – do desejo de alguém se dar a outro. Temos uma história. A criação do mundo, também, é um algo a partir do nada, um ato de fé e esperança. Recusar-se a deixar nascer a próxima geração é, de certa maneira, não continuar a criação de D’us, recusar-se a viver na história, e, portanto, negar o pacto. Pois o pacto é coletivo e histórico. A Torá é um guia e herança a um povo que deveria viajar não apenas no espaço até uma Terra Prometida – mas também no tempo, através das tribulações da História. História – o conflito físico deste mundo, de suas paixões, suas tentações, seus prazeres. “A Torá”, como diz o Livro de Devarim numa famosa passagem, “não está no Céu.” “Toda descida”, diz a mística judaica, “é pelo propósito de uma subida.” A descida da alma ao desconexo mundo físico, as pessoas vagando através da história, possibilitam um grande florescer espiritual – e assim o Talmud compara o povo judeu à azeitona – somente quando espremida ela libera o azeite. Este mundo, os relacionamentos humanos diários, são o cenário da ação Divina, tanto para D’us como para Israel. O judeu está engajado em santificar o mundo físico e a hora histórica mundana. É por isso que a memória é importante para os judeus – é a santificação e conexão do passado, presente e futuro. No tempo judaico, o passado relembra o futuro. “Memória”, disse o Báal Shem Tov, “é o segredo da Redenção.” E para colocar isso de maneira simplificada – não há futuro físico, nenhuma história, sem reprodução física. A família é a unidade que cria vida e é seu mais poderoso agente de transmissão da memória coletiva e pessoal. É por isso, em parte, que há tamanha ênfase em “geração” na Torá, por que ensinar e aprender são tão valorizados – porque são atos de transmissão, e recepção e renovação pela geração seguinte… do legado, do presente. Este ato de ensino e transmissão por si mesmo também é visto como “dar à luz”, uma maneira não-biológica de ser pai. Como escreveu o grande filósofo e talmudista Maimônides (1135-1204) em seu compêndio de Lei Judaica sobre as Leis de Estudo de Torá: “Assim como uma pessoa é ordenada a honrar e respeitar seus pais, também está sob a obrigação de honrar e respeitar seu professor, ainda mais que ao seu pai; pois seu pai deu-lhe vida neste mundo, ao passo que o professor que o instrui em sabedoria, assegura vida para ele no Mundo Vindouro.” E de modo contrário, “Os Sábios disseram: ‘Que a honra dos seus discípulos lhe seja tão cara como a sua própria’ (Ética dos Pais 4:12). Uma pessoa deveria se interessar pelos seus alunos e amá-los. Pois eles são seus filhos espirituais que lhe trarão felicidade neste mundo e no mundo depois deste.” A ameaça ao pacto é que não haverá ninguém para transmiti-lo durante a história. Talvez seja este um dos significados do famoso Midrash que quando D’us estava para dar a Torá, Ele pediu garantias para mantê-la – não foi suficiente que os judeus adultos se oferecessem para guardá-la. Somente quando eles disseram: “Nossos filhos serão nossos fiadores”, foi que D’us concordou em revelá-la. Assim como os filhos foram prometidos antes que tivessem qualquer opção sobre o assunto – o ser não é uma criação isolada, autônoma, inteiramente livre. A família é um pacto. Pois na família, somos continuamente lembrados, obrigados, forçados e deleitados por – outros. Estamos num diálogo constante – mesmo se estiver furioso. Sim, alguém pode se divorciar de um marido ou mulher. Mas por mais severa que seja a alienação, o vínculo biológico de um filho com um pai é indissolúvel. Como disse certa vez Robert Frost: “O lar é um local onde, quando você precisa ir para lá, eles são obrigados a deixá-lo entrar.” Assim, relacionamentos de família são um microcosmo, um local de provas, lembrete e encenação do tempestuoso relacionamento íntimo do povo judeu com D’us. Por que, afinal, somos chamados “Os “filhos” de Israel, os “filhos” de D’us? Os Profetas, é claro, exploram todas as implicações destas metáforas. No Livro de Yirmiáhu, D’us pode iradamente “divorciar-Se do povo judeu como uma esposa infiel, mas então anseia pela redenção deles: “Retornem, ó filhos relapsos.” E a própria Cabalá descreve os vários aspectos do místico ser interior de D’us (as configurações das sefirot) em termos de metáforas familiares, “pai, mãe, filho, filha.”
Abraão foi o primeiro “crente” daquela região e as experiências vivenciadas por ele serviram de base para que os povos conhecessem o Deus verdadeiro.
Eliezer era um servo de confiança e sabia que o Deus a quem Abraão Sérvia era verdadeiro e poderoso.
Como seres sociais, temos o hábito de prestar atenção ao comportamento das pessoas que nos cercam e, apesar de uma minoria presente na sociedade moderna criticar tal comportamento, ele ainda é muito forte.
Na época de Abraão, isto era extremamente importante, pois as famílias viviam em núcleos ou clãs.
A influência de Abraão era percebida não somente por seus servos, mas por todos que habitavam naquelas terras.
Existem outras questões que precisam ser levadas em consideração para que Abraão tivesse feito o pedido a Eliezer.
Sendo assim, Abraão não poderia errar…
O diálogo de Abraão com o Senhor no capítulo 15 de Gênesis nos dá a ideia de que Eliezer era uma pessoa bem importante e próxima ao patriarca.
Alguns teólogos acreditam que ele poderia ser um parente de Abraão por causa do que o patriarca disse ao Senhor.
“Depois destas coisas veio a palavra do Senhor a Abrão em visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão. Então, disse Abrão: Senhor Jeová, que me hás de dar? Pois ando sem filhos, e o mordomo da minha casa é o damasceno Eliézer.” (Gn 15.1,2 – ARC)
O teólogo americano Norman Champlim traz um comentário interessante a respeito deste assunto.
“Ele também foi chamado de “herdeiro da minha casa”, ou seja, ele seria o possuidor da casa, das propriedades, dos animais, de tudo. Alguns supõem que o homem realmente fosse natural de Damasco e fosse parente próximo de Abraão, e não um escravo nascido em sua casa. E indagamos por que Ló não fora escolhido como herdeiro, pois era parente próximo de Abraão. Mas se Eliezer era um parente próximo, então é óbvia a razão de ele ter sido escolhido como. o herdeiro principal. Podemos envolver-nos em muitas conjecturas sem sabermos qual a verdade da questão. Há tradições, mas elas raramente ajudam. Os intérpretes judeus deram toda sorte de desinformação, como aquela que diz que ele era filho ou neto de Ninrode, ou que depois ele recebeu carta de alforria de sua escravidão e tornou-se O gue, o rei de Basã, ou que ele era Canaã, filho de Cão. Outros disseram que a cidade de Damasco foi construída por ele, e que ele chegou a ser o rei dessa cidade Tantas fantasias, porém, deixam-nos vazios da verdade dos fatos. Abraão dispunha de uma provisão legal para o seu caso. Eliezer poderia ser o seu herdeiro. Mas o plano de Deus não se ajustava a isso, e nem Abraão finalmente se apegou a essa alternativa inferior. Sempre será lindo quando Deus nos dá algo melhor do que aquilo que nós mesmos temos planejado. Herdeiro. No hebraico temos o termo benmeshek, que significa “filho da possessão” ou “herdeiro”. Em outras palavras, ele era o herdeiro potencial dos bens de Abraão. Mas esse termo hebraico tem outra interpretação, pois pode significar “aquele que corre”, de meshek, ou seja, aquele que corre para fazer a vontade de seu senhor. A palavra é similar a Damasco, dammesek. Assim, Abraão pode ter feito um jogo de palavras, cujo sentido final seria: “Este damasceno é aquele que corre para servir-me. Deve ser ele o meu herdeiro?”.
Foi provavelmente este homem (a Bíblia não menciona o nome dele) que recebeu de Abraão a incumbência de buscar uma esposa para Isaque dentre os familiares do patriarca.
Para garantir que seu servo obedeceria a sua ordem, Abraão o fez jurar, utilizando um antigo costume.
“E disse Abraão ao seu servo, o mais velho da casa, que tinha o governo sobre tudo o que possuía: Põe agora a tua mão debaixo da minha coxa, para que eu te faça jurar pelo Senhor, Deus dos céus e Deus da terra, que não tomarás para meu filho mulher das filhas dos cananeus, no meio dos quais eu habito, mas que irás à minha terra e à minha parentela e daí tomarás mulher para meu filho Isaque.” (Gn 24.2-4 – ARC)
Champlim traz um rico comentário a respeito do juramento.
“Foi um juramento feito pelos órgãos genitais, onde se concentram os poderes procriativos do homem, os quais, por sua vez, são conferidos por Deus (ou pelos deuses ou forças divinas, tudo dependendo de quem estivesse usando esse tipo de juramento). No atual contexto, esse tipo de juramento fala da continuação da linhagem de Abraão por meio de Isaque, e, quanto a essa continuação, Abraão invocou Deus. A procriação estava envolvida potencialmente, o que mostra quão apropriado foi esse tipo de juramento, nessa ocasião. Jacó requereu que José lhe jurasse, usando o mesmo tipo de juramento (Gên. 47.29). Há aqui um eufemismo. O membro sexual masculino, no caso de Abraão, o pênis circuncidado, foi tocado, juntamente com outras partes genitais. É óbvio que, nesse ato, está em pauta o pacto da circuncisão. A linhagem circuncidada precisava ser respeitada na transação em pauta. Heródoto menciona que os joelhos de uma pessoa eram abraçados por seu subordinado, e alguns eruditos pensam que isso é tudo quanto está envolvido no presente caso, o que é altamente improvável, por não concordar com o fraseado envolvido.”
A tarefa daquele servo era obedecer a ordem de Abraão e trazer e prepará-la uma esposa.
Parece-nos estranho este tipo de história, porém precisamos nos lembrar que este tipo de acontecimento fazia parte das tradições antigas e ainda faz parte em muitos países orientais.
Não podemos tomar a história de Isaque e Rebeca para escolher nossos conjugues, porém podemos ter certeza de que o Senhor tem sempre o melhor para cada um de nós e, se nos dedicarmos a orar e buscar uma direção de Deus, todas as nossas decisões serão assertivas.
Salomão, o homem mais sábio que já existiu, escreveu sobre isto no livro dos provérbios.
“Do homem são as preparações do coração, mas do Senhor, a resposta da boca. Todos os caminhos do homem são limpos aos seus olhos, mas o Senhor pesa os espíritos. Confia ao Senhor as tuas obras, e teus pensamentos serão estabelecidos.” (Pv 16.1-3 – ARC)
Em outra tradução:
“Nós podemos fazer os nossos próprios planos, mas o Senhor tem a última palavra. Ao homem parece-lhe bom tudo o que faz, mas o Senhor é quem julga as verdadeiras motivações. Entrega tudo o que fazes ao Senhor, e os teus planos irão por diante.” (O Livro)
Será que temos agido desta forma quando precisamos tomar decisões?
Oriente seus alunos sobre a importância de escolher bem uma esposa, pois todo o futuro dependerá disto.
É importante mencionarmos que os detalhes referentes ao aspecto físico de uma esposa não eram tão cortejados como acontece atualmente, porém, a Bíblia relata que Rebeca era uma linda mulher.
O que aconteceu quando o servo de Abraão chegou até a região onde os parentes do patriarca habitavam demonstra um misto de fé e ousadia.
“E disse: Ó Senhor, Deus de meu senhor Abraão, dá-me, hoje, bom encontro e faze beneficência ao meu senhor Abraão! Eis que eu estou em pé junto à fonte de água, e as filhas dos varões desta cidade saem para tirar água; Seja, pois, que a donzela a quem eu disser: abaixa agora o teu cântaro para que eu beba; e ela disser: Bebe, e darei de beber aos teus camelos, esta seja a quem designaste ao teu servo Isaque; e que eu conheça nisso que fizeste beneficência a meu senhor.” (Gn 24.12-14 – ARC)
O servo fez uma linda oração, demonstrando que estava entregando aquela questão nas mãos do Deus de Abraão.
Existem muitas pessoas que apreciam fazer provas com Deus para ter certeza de que estão seguindo a vontade de Deus, porém, existem várias formas de descobrir tal vontade e a principal é prestar atenção aos detalhes que envolvem a questão.
Alguns cristãos cometem exageros ligados a isto e, ainda que tenhamos que respeitá-los, o bom senso precisa imperar e devemos ter em mente que o Senhor não irá quebrar nenhuma lei da natureza para cumprir nossos caprichos.
Quando o servo de Abraão se encontrou com Rebeca, aconteceu tudo o que ele havia pedido ao Senhor e isto o deixou tranquilo, cheio de fé e confiante.
Como aquele encontro estava intimamente ligado as promessas de Deus para Abraão e sua posteridade, em específico Isaque, o Senhor fez com que tudo desse certo.
O Salmo 37 reforça este conceito e nos enche de esperança.
“Confia no Senhor e faze o bem; habitarás na terra e, verdadeiramente, serás alimentado. Deleita-te também no Senhor, e ele te concederá o que deseja o teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará. E ele fará sobressair a tua justiça como a luz; e o teu juízo, como o meio-dia. Descansa no Senhor e espera nele; não te indignes por causa daquele que prospera em seu caminho, por causa do homem que executa astutos intentos.” (Sl 37.3-7 – ARC)
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Equipe EBD Comentada
Postado por ebd-comentada
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