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07/05/2020
Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira
“Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus”. (Sl 51.17)
SALMO 51
Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias.
Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado.
Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava- -me, e ficarei mais alvo do que a neve.
Esconde a tua face dos meus pecados e apaga todas as minhas iniquidades.
Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto.
Torna a dar-me a alegria da tua salvação e sustém-me com um espírito voluntário.
Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores a ti se converterão.
Olá irmãos e irmãs, Paz do Senhor.
Estudaremos nesta lição um dos salmos mais lindos que Davi compôs em um momento de profundo arrependimento e anseio pela presença de Deus.
Existem dois focos que podem ser trabalhados neste salmo relacionados às atitudes de Davi, a primeira que demonstra sua fé na misericórdia do Senhor e a segunda que demonstra a necessidade de um homem que não conseguia viver sem a presença de Deus.
É importante reforçarmos que a maior parte do salmo fala sobre o arrependimento e o anseio de Davi por Deus e não sobre a condenação do pecado e vale a pena abrirmos um parêntese para lembrar que os religiosos insistem em acusar e falar sobre o pecado, porém, aqueles que se arrependeram, desejam falar de coisas que agradam a Deus e é interessante que o próprio Deus nos mostra que Ele não se lembra de nossos pecados…
“E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniquidades”. (Hb 10.17 – ARC)
Davi foi chamado pelo Senhor de “homem segundo o coração de Deus” e quando analisamos este salmo, observamos que este homem possuía três características que provavelmente fizeram com que recebesse este título, vejamos quais eram:
Os capítulos 11 e 12 do 2 livro do profeta Samuel nos mostram a história na íntegra.
Existem pessoas que se gabam de uma forma estranha, acreditando que por terem uma “vida santa”, vivem em uma posição de destaque perante o Senhor, mas Davi, que sabia que era um pecador, vivia diferentemente, demonstrando que como qualquer homem, era passível de erro, mas que, após pecar, sentiu o fardo deste acontecimento, se arrependeu verdadeiramente e clamou pela misericórdia de Deus.
A Bíblia nos mostra a história de dois homens e o juízo que Jesus fez dos mesmos, leiamos:
“E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo, a orar; um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana e dou os dízimos de tudo quanto possuo. O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado”. (Lc 18.7-14 – ARC)
É triste ver que o número de religiosos dentro dos templos continua muito grande, pois as pessoas continuam acreditando que são muito santas e que não pecam, porém, o Senhor deixou claro que a condição do homem é de pecador e que todos nós precisamos de Sua graça.
Estudaremos nesta lição algumas características de Davi que demonstram sua vontade em permanecer na presença do Senhor.
Que Ele tenha misericórdia de cada um de nós…
Davi havia se tornado o rei de toda nação de Israel e, por causa do amor de Deus para com seu povo e por causa de Sua bondade, Davi fez grandes batalhas e logrou inúmeras vitórias para o povo de Deus, porém, em um determinado momento da vida deste rei, por causa de não permanecer em vigilância, o pecado lhe afetou drasticamente.
O Salmo 51 foi escrito pelo rei durante este momento de profunda angústia e reflete o estado de um homem arrependido por seus atos contra Deus e contra Urias, que era esposo de Bateseba.
Vamos estudar este assunto com mais profundidade nos próximos tópicos.
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A história vivenciada por Davi está descrita no 2 livro do profeta Samuel, nos capítulos 11 e 12.
A Bíblia nos mostra que durante o período em que os reis saíam para a guerra, ao invés de sair em batalha com o exército, como era costume dos reis, Davi decide ficar em casa, leiamos:
“E aconteceu que, tendo decorrido um ano, no tempo em que os reis saem para a guerra, enviou Davi a Joabe, e a seus servos com ele, e a todo o Israel, para que destruíssem os filhos de Amom e cercassem Rabá; porém Davi ficou em Jerusalém”. (2 Sm 11. 1 – ARC)
A história nos mostra que existia um tempo de trégua entre os exércitos que guerreavam durante o tempo de chuvas, pois estas eram muito fortes e este é o motivo do versículo 1 começar com a frase: “No tempo em que os reis saiam a guerra…”
Era momento de batalha, pois os amonitas continuavam guerreando contra Davi e seu exército e Joabe estava na peleja, porém, Davi estava no palácio.
A Bíblia nos mostra que neste período, Davi foi tentado e cedeu a este e, de forma analógica, podemos compreender que durante os momentos em que deixamos de guerrear contra o pecado e contra o diabo, nossos maiores inimigos e ficamos sem vigiar, podemos incorrer no mesmo erro de Davi.
Vejamos:
“E aconteceu, à hora da tarde, que Davi se levantou do seu leito, e andava passeando no terraço da casa real, e viu do terraço a uma mulher que se estava lavando; e era esta mulher mui formosa à vista”. (vv. 2)
A história nos mostra que o palácio de Davi ficava em uma colina e que de lá era possível ver as casas que ficavam logo abaixo, desta forma, foi possível que ele observasse Bateseba se banhar.
Leiamos o que o Teólogo Americano Norman Champlin escreve sobre este assunto:
“O palácio de Davi ficava em uma colina, de onde ele via o restante da cidade, e daquela elevada posição podia olhar e ver os quintais de outras habitações. “O novo palácio de Davi, na colina oriental, dominava a vista das casas lá embaixo” (George B. Caird, in loc.). Se a casa de Urias fosse como as casas típicas da Palestina, então havia um pátio central em torno do qual os edifícios eram construídos. Esse pátio era aberto para o céu, e alguém que estivesse em posição elevada veria tudo quanto acontecesse dentro dele. “Uma tarde, desassossegado em seu leito, Davi levantou-se, foi para o terraço do palácio e dali observou Bate-Seba, a esposa de seu vizinho, Urias, tomando um banho ao ar livre” (Eugene H. Merrill, in loc.). É provável que Davi, no fim da tarde, tenha ido para o terraço de seu palácio para relaxar ou tomar uma sexta, e, naquele momento, presenciou o espetáculo inesperado. A mulher era de incontestável beleza física, e Davi, cansado da batalha e em um período de relaxamento, não pôde resistir à tentação”.
O problema de Davi não foi olhar aquela mulher, mas dar lugar à sua imaginação e desejá-la.
O Novo Testamento é muito mais rígido do que o Antigo, pois na época da Lei, o pecado era o adultério, porém, Jesus diz que o pecado já estaria consumado se o homem desejasse a mulher do próximo em seu coração, leiamos:
“Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela”. (Mt 5.27,28 – ARC)
O pecado nasce de nossas concupiscências, ou seja, de nossos desejos desordenados e nasce em nossa alma.
Até este ponto não cometemos o ato, porém, quando deixamos as emoções tomarem conta da nossa capacidade de raciocinar, o problema está grave e desta parte até consumarmos o pecado, falta pouco.
Davi desejou, perdeu a razão e mandou que buscassem aquela mulher, sabendo que era casada, pois o versículo três nos mostra que o rei pediu informações sobre quem era a mulher.
Dificilmente Davi a conhecesse, porém, com toda certeza conhecia Urias, pois este era um grande soldado.
Quando um homem ou uma mulher se deixam levar pelas emoções, os resultados não serão bons.
Vale a pena lembrarmos que os homens são atraídos sexualmente pela visão e, por isto, precisam vigiar com mais veemência do que as mulheres no tocante à tentação sexual.
Davi poderia ter olhado para Bateseba, que com toda certeza, era uma linda mulher e desviado seu olhar, mas, resolveu permanecer observando até colocar em prática o desejo de seu coração.
Vejamos o que Tiago escreve a este respeito:
“Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte”. (Tg 1.13-15 – ARC)
É bem provável que Davi já estivesse com sua fé abalada quando isto aconteceu, pois ele sabia que o adultério tinha um preço alto, porém, resolveu arriscar.
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Algum tempo após cometer adultério, Davi é procurado por Bateseba que lhe informa que estava grávida.
“E a mulher concebeu, e enviou, e fê-lo saber a Davi, e disse: Pejada estou”. (2 Sm 11.5 – ARC)
Provavelmente a mulher ficou grávida na primeira relação sexual, pois a Bíblia revela que ela já havia se purificado de sua imundícia e isto demorava 7 dias (Lv 15.19,20). O período fértil em uma mulher que tem seu ciclo menstrual normal com 28 dias começa no 11º dia do ciclo.
Quando Davi ficou sabendo da notícia, ele deve ter ficado transtornado. Sendo assim, mandou Joabe chamar Urias ao palácio e começou uma terrível trama para tentar encobrir seu erro.
Em primeiro lugar ele pede para Urias deixar a batalha e dormir em sua casa.
Os homens que serviam ao rei no exército em muitos casos ficavam meses fora de casa e esta seria a ocasião perfeita para que o pecado fosse encoberto, porém, Urias era um grande patriota e não quis entrar em sua casa enquanto seus amigos soldados estavam em guerra.
Leiamos o que Champlin escreve sobre isto:
“Davi ordenou que Urias fosse para casa e até “bondosamente” enviou-lhe um “presente”, que algumas traduções definem como uma provisão alimentar. Supostamente, Urias teria uma refeição romântica, à luz de velas, e então o sexo que se seguiria armaria o palco para a suposição de que ele era o pai da criança que estava a caminho. Presente. Assim dizem a Revised Standard Version e nossa versão portuguesa, embora a King Jam es Version diga uma “porção de carne”. A nossa versão portuguesa, entretanto, prefere ficar com a tradução literal, “presente”. Gên. 43.34 usa a mesma palavra que este versículo e evidentemente indica que foi enviado algum prato escolhido. Urias estava sendo honrado pelo rei. Mas a cena toda foi uma farsa. “… um prato delicioso, para comer com sua esposa antes de ir para a cama, para excitá-lo ainda mais o desejo por ela. Esse acepipe consistia, de acordo com Abarbinel, em pão, vinho e carne” (John Gill, in Ioc.). Nesse ponto do drama, Davi não tinha a intenção de m atar Urias, nem tentaria trazer Bate-Seba para seu harém. Davi simplesmente queria resolver o “problema da gravidez”.
Em segundo lugar Davi tentou embebedar Urias no palácio.
A intenção de Davi era facilitar o encontro de Urias com Bateseba, porem, aquele homem permaneceu fiel a seus propósitos e não foi para casa, mesmo estando bêbado.
Após ter falhando em sua segunda tentativa de apagar seu erro, tomou a decisão de fazer sua terceira e última investida.
A terceira tentativa resolveria seu problema, pois ele participaria de forma indireta da morte de Urias, um homem inocente.
A Bíblia nos mostra que ele envia Urias para o campo de batalha com um recado para Joabe, que deveria coloca-lo na frente de batalha, leiamos:
“Escreveu na carta, dizendo: Ponde Urias na frente da maior força da peleja; e retirai-vos de detrás dele, para que seja ferido e morra”. (2 Sm 11.15 – ARC)
Que situação lastimável… O homem segundo o coração de Deus havia dado lugar aos piores desejos de seu coração enganoso e perverso.
Um homem desviado dos caminhos do Senhor faz coisas horríveis…
Um homem dominado pela natureza carnal pode cometer atos inescrupulosos.
Precisamos vigiar constantemente para que não entremos em tentação.
Vejamos o que Jesus disse a este respeito:
“E, voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudeste vigiar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca”. (Mt 26.40,41 – ARC)
A carne representa a natureza humana após o pecado e, somente o Espírito Santo pode nos transformar em novas criaturas e possibilitar que não sejamos dominados por esta natureza.
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