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Betel Adultos – 2º Trim. 2025 – 20-04-2025 – L3 – Participando com consciência e alegria da manutenção do serviço

18/04/2025

Evangelista Cláudio Roberto de Souza

TEXTO ÁUREO

Êxodo 35.21 

21 E veio todo homem, a quem o seu coração moveu, e todo aquele cujo espírito voluntariamente o estimulou, e trouxeram a oferta alçada ao Senhor para a obra da tenda da congregação, e para todo o seu serviço, e para os vestidos santos.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

1 CRÔNICAS 29.3-6 

3 E ainda, de minha própria vontade para a casa de meu Deus, o ouro e prata particular que tenho de mais eu dou para a casa do meu Deus, afora tudo quanto tenho preparado para a casa do santuário:

4 Três mil talentos de ouro, do ouro de Ofir, e sete mil talentos de prata purificada, para cobrir as paredes das casas;

5 Ouro para os vasos de ouro, e prata para os de prata, e para toda obra de mão dos artífices. Quem, pois, está disposto a encher a sua mão, para oferecer hoje voluntariamente ao Senhor?

6 Então os chefes dos pais, e os príncipes das tribos de Israel, e os capitães dos milhares e das centenas, e até os capitães da obra do rei, voluntariamente contribuíram.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Reconhecer que devemos cuidar da Casa de Deus; 
  • Saber que as ofertas geram bênçãos para o ofertante; 
  • Ressaltar que Deus honra os que O honram.

INTRODUÇÃO

Nesta oportunidade, estudaremos sobre o tema: Participando com consciência e alegria da manutenção do serviço.

Nesta reflexão, somos chamados a reconhecer que, conforme revelado pelas Escrituras, cada membro do povo de Deus tem o privilégio e a responsabilidade de cultivar e preservar o espaço sagrado onde a comunidade se reúne para orar, adorar e ser edificada pela Palavra; essa prática de zelo não se limita apenas a doações financeiras, mas inclui também o trabalho dedicado à manutenção física desses locais, refletindo uma atitude de fé e alegria que transcende a mera formalidade ritual, como evidenciado em diversas passagens bíblicas e reforçado por teólogos como Matthew Henry, em sua obra “Matthew Henry’s Commentary on the Whole Bible” (Crossway, 1991), e João Calvino, em “Institutes of the Christian Religion” (Baker, 2008), os quais destacam que esse serviço, realizado com entusiasmo e fidelidade, é fundamental para a continuidade da vida espiritual e comunitária, relembrando que, historicamente, a preservação dos espaços de culto era tão vital quanto a transmissão dos ensinamentos divinos, enfatizando a importância prática e simbólica de manter os instrumentos e os ambientes onde o amor de Deus é experimentado e compartilhado.

1 – A CONSTRUÇÃO DO TABERNÁCULO

Desde os primórdios, Deus demonstrou um intenso desejo de ter uma relação próxima com aqueles que o seguem, evidenciando que o contato com o divino sempre foi planejado para ser íntimo e habitual; esse relacionamento se manifesta de forma concreta quando o Senhor instruiu a construção de um espaço sagrado – o Tabernáculo –, destinado a ser o lugar onde Ele próprio escolheria habitar entre seu povo, ilustrando um compromisso mútuo de comunhão e presença.

Durante o dia, a cobertura de uma nuvem simbolizava a proteção e a proximidade divina, enquanto, à noite, a chama do fogo representava a orientação e a purificação necessárias para manter a congregação unida e firme em sua fé. Este arranjo não só refletia o cuidado especial de Deus em dirigir e cuidar das atividades comunitárias de adoração e oração, mas também demonstrava como a manifestação de Sua glória transformava um simples espaço físico em um local de encontro com o sagrado, um aspecto frequentemente ressaltado por teólogos como Matthew Henry em seu “Commentary on the Whole Bible” (Crossway, 1991) e ressaltado por João Calvino em suas “Institutes of the Christian Religion” (Baker, 2008), evidenciando que o ambiente de culto era fundamental não somente para atividades rituais, mas para a vivência diária da fé e da tradição histórica, onde o sagrado encontrava forma na interação humana e na manutenção do templo espiritual.

1.1 – Onde a glória de Deus se manifestava

Relação íntima antes da obra do Tabernáculo 

Antes mesmo do templo móvel ser erguido, Moisés já desfrutava de momentos profundos de comunhão com Deus, estabelecendo uma conexão especial na tenda de reunião, situada fora do acampamento principal. Essa tenda, embora simples em sua estrutura, simbolizava o local privilegiado onde o Senhor se permitia ser visto e ouvido, demonstrando uma intimidade singular que preparava o caminho para a futura presença divina manifestada no Tabernáculo. Tais encontros evidenciam o caráter pessoal do relacionamento entre Deus e os que O seguem, conforme destacado em Êxodo 33:7-11, que muitos estudiosos, como Matthew Henry em seu “Commentary on the Whole Bible” (Crossway, 1991), enfatizam como os momentos de diálogo direto são fundamentais para a edificação espiritual.

A construção do espaço sagrado e sua singularidade

Deus determinou que o Tabernáculo fosse erguido em meio ao deserto, um ambiente adverso que, por paradoxal, ressaltava a extraordinária presença do Senhor entre seu povo. Essa estrutura móvel foi concebida para ser um símbolo palpável da morada divina, onde a glória de Deus se revelava de forma impactante. Ao transformar um cenário de isolamento num local de encontro e adoração, o Tabernáculo não só servia como um refúgio espiritual, mas também como um lembrete constante da fidelidade de Deus em habitar no meio da comunidade, reforçando o significado de Êxodo 25:8 e sua importância para a tradição judaico-cristã, interpretada por teólogos que veem neste mandamento uma mensagem de proximidade e cuidado divino.

A resposta generosa do povo e a manifestação da glória

O esplendor e a magnificência com que a presença de Deus se revelava no Tabernáculo despertavam reações de profunda gratidão e compromisso entre os israelitas, que ofertavam tanto recursos materiais quanto sua dedicação pessoal. Essa generosidade espontânea, que ultrapassava o necessário para cumprir os requisitos da construção, demonstrava que os corações do povo estavam verdadeiramente sintonizados com a realidade do sagrado, vendo na obra a própria representação da manifestação divina. Conforme observado em Êxodo 29:43-46 e Êxodo 36:5-7, essa reação não era apenas um ato de obediência, mas também um testemunho vivo do desejo de participar ativamente na celebração e manutenção da presença de Deus.

John Gill, em seu renomado comentário “Exposition of the Old and New Testaments” (Banner of Truth Trust, 1766), reforça que a abundância das ofertas dos israelitas revelava uma fé genuína e fervorosa, sendo uma expressão tangível do amor e da gratidão pelo cumprimento das promessas divinas. Segundo Gill, a generosidade manifestada na construção do Tabernáculo funcionava como um reflexo prático da entrega total do povo à missão de conservar e honrar a presença do Senhor, ecoando o espírito de liberalidade exaltado por Bispo Abner Ferreira.

Aplicação: Atualmente, essa lição nos convida a enxergar nossa contribuição para a comunidade de fé como uma oportunidade de vivenciar e propagar a presença de Deus. Seja através de doações, do trabalho voluntário ou do simples ato de participar ativamente das atividades da igreja, cada gesto de entrega tem o potencial de transformar nosso ambiente em um espaço de comunhão e adoração. Assim como os israelitas demonstraram entusiasmo e comprometimento ao preservar o local onde Deus se manifestava, nós também podemos cultivar uma cultura de cuidado e apoio mútuo, criando ambientes que incentivem o encontro com o sagrado e fortaleçam nossa vivência espiritual.

Pergunta para Reflexão:  De que maneira podemos transformar nossas ações cotidianas em expressões sinceras de gratidão e compromisso com a presença de Deus, contribuindo para a vitalidade e o crescimento de nossa igreja?

1.2 – As ofertas voluntárias

Fundamento da Obediência e do Amor

A fé genuína se manifesta na disposição de obedecer a Deus em todos os aspectos da vida, o que não se resume a um conjunto de rituais, mas reflete um profundo compromisso de amar e seguir Seus ensinamentos. Isso nos mostra que a fidelidade a Deus exige uma integração completa de nossas atitudes e ações, conforme destacado em 1 Samuel 15:22 e reforçado por passagens como Marcos 12:30, onde o amor por Deus se torna a base de nossa obediência aos Seus mandamentos. Esse princípio está enraizado na ideia de que todo o nosso comportamento e escolhas diárias devem estar em harmonia com a vontade divina.

Generosidade na Contribuição Voluntária 

Os israelitas, ao atenderem ao chamado divino, não agiram por imposição, mas sim de forma espontânea e com um coração cheio de gratidão. Ao contribuir com recursos para a construção de um espaço sagrado, eles expressavam não apenas sua reverência, mas também o desejo de participar ativamente do projeto divino. Essa entrega voluntária, que ultrapassava as exigências mínimas, simbolizava um relacionamento íntimo com Deus, onde cada ato de doação era um reflexo do amor e da responsabilidade que sentiam de fazer parte da obra que permitia a presença contínua de Deus entre eles, como indicado em Êxodo 25:1-2.

O Excesso de Ofertas e a Reação do Povo 

A quantidade tão significativa de contribuições e doações demonstrou a exuberância da fé, a ponto de os artífices precisarem interromper o trabalho para informar a Moisés sobre a abundância dos materiais, conforme registrado em Êxodo 36:2-7. Esse episódio ilustra uma cultura em que a participação comunitária era vital para a realização de grandes empreendimentos, e também revela o quanto a comunidade se sentia honrada em colaborar para a criação de um lugar onde a presença de Deus se manifestaria de maneira tangível. Historicamente, esse nível de generosidade evidencia não só um alto grau de comprometimento espiritual, mas também a importância que se atribuía à construção de espaços de culto como centros de vida comunitária e espiritual.

John Gill, em sua obra “Exposition of the Old and New Testaments” (Banner of Truth Trust, 1766), reforça que a oferta voluntária dos israelitas era muito mais do que uma simples transação material; ela representava um verdadeiro ato de adoração e gratidão. Gill enfatiza que o coração voluntário, demonstrado ao ofertar não só o necessário, mas em abundância, era um sinal inequívoco do amor e da reverência que o povo nutria por Deus, alinhando-se perfeitamente com a observação feita pelo Pastor Cézar Roza de Melo sobre a importância da liberalidade nas ofertas para a edificação da comunidade.

Aplicação:  Em nossa vida contemporânea, somos desafiados a integrar nossa fé em cada ação e decisão, transformando nossa contribuição – seja financeira, de tempo ou habilidades – em um ato de adoração e serviço. Assim como os israelitas se sentiram honrados ao participar da construção do espaço sagrado, podemos ver em nossas comunidades de fé a oportunidade de manifestar o amor a Deus e ao próximo através de nosso comprometimento e generosidade, criando ambientes que promovem apoio mútuo e crescimento espiritual. Imagine uma igreja local onde cada membro se dedica de forma voluntária, contribuindo com o que tem de melhor, assim como os construtores do antigo Tabernáculo, fazendo da comunidade um reflexo da graça divina.

Pergunta para Reflexão: Como podemos transformar nossas contribuições, seja através de doações ou do serviço voluntário, em atos sinceros de adoração que fortalecem a comunhão e a presença de Deus em nossas igrejas?

1.3 – A alegria em contribuir

A Ordem Divina e a Compreensão do Propósito 

Moisés recebeu a orientação de Deus para erguer um santuário móvel, um espaço sagrado onde a presença divina se faria notória entre o povo. Os hebreus entenderam que esse local representaria o próprio Deus morando no meio deles, por isso, passaram a se engajar de forma espontânea e com grande entusiasmo na construção. Esse entendimento não era apenas uma formalidade, mas um reconhecimento profundo de que participar dessa obra significava estar intimamente ligado à realização do propósito de Deus para a comunidade.

A Alegria da Contribuição e o Fluxo de Ofertas 

Com a consciência de que o novo espaço era o lar de Deus, os israelitas manifestavam sua devoção trazendo generosas ofertas diariamente, demonstrando que a verdadeira fé se reflete na entrega voluntária e no amor pela obra divina. Essa prática de ofertar, motivada por gratidão e pela expectativa de ver Deus presente ali, cria um ciclo de bênçãos, onde cada contribuição fortalece a comunhão do povo e aprofunda sua relação com o Criador. Tal atitude lembra as palavras de passagens como 2 Coríntios, que apontam para os frutos positivos de um serviço ofertado com alegria.

A Abundância que Impressionava os Artesãos 

Como vimos, o fluxo tão grande de contribuições surpreendeu os responsáveis pela obra, a ponto de interromperem o trabalho para informar Moisés sobre a generosidade do povo. Esse episódio revela não só o zelo e a dedicação dos israelitas, mas também reflete a ideia de que quando a comunidade responde com fervor e sinceridade, Deus provê mais do que se imagina para cumprir Seus planos. A decisão de Moisés de barrar novas ofertas, por já haverem sido supridas as necessidades, reforça a importância de manter o equilíbrio e a ordem no cumprimento das ordens divinas.

Calvino, em sua obra “Institutes of the Christian Religion” (Baker, 2008), ressalta que a ação de ofertar com alegria não é meramente um gesto de suporte material, mas também um ato que enriquece o espírito do ofertante e fortalece os laços de comunhão entre os irmãos na fé. Segundo Calvino, essa prática demonstra que a verdadeira generosidade está enraizada em um coração grato, que experimenta a benção divina ao ver suas contribuições usadas para a obra de Deus.

Aplicação: Hoje, ao fazermos doações ou oferecermos nosso tempo e habilidades na igreja, estamos expressando nossa adoração e compromisso com Deus, assim como os israelitas fizeram ao construir o Tabernáculo. Cada ato de generosidade, quando realizado com um coração cheio de gratidão, transforma nossa comunidade em um espaço de amor e união, refletindo a presença de Deus em nossas vidas. Imagine uma comunidade onde cada membro contribui conforme suas possibilidades e com alegria, criando um ambiente onde todos se sintam valorizados e fortalecidos na fé.

Pergunta para Reflexão: De que forma nossas atitudes de contribuição, sejam elas financeiras, de tempo ou de serviço, podem se transformar em manifestações genuínas de amor a Deus e fortalecer a comunhão e a missão da nossa igreja?

2 – A RESTAURAÇÃO DO TEMPLO

Evangelista Cláudio Roberto de Souza

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Postado por ebd-comentada


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