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Betel Adultos – 2º Trim. 2025 – 04-05-2025 – L5 – Compaixão, atitude de quem ama a Deus

02/05/2025

Evangelista Cláudio Roberto de Souza

TEXTO ÁUREO

Provérbios 19.17 

17 Ao Senhor empresta o que se compadece do pobre, e ele lhe pagará o seu benefício”

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Isaías 58.7-10 

7 Porventura não é também que repartes o teu pão com o faminto e recolhas em casa os pobres desterrados? E, vendo o nu, o cubras e não te escondas da tua carne?
8 Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante da tua face, e a glória do Senhor será a tua retaguarda.
9 Então clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui; se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo e o falar vaidade;
10 E se abrires a tua alma ao faminto e fartares a alma aflita; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Reconhecer a importância da benevolência; 
  • Ressaltar que socorrer o próximo é um princípio do amor cristão; 
  • Saber que a compaixão atrai as bênçãos de Deus.

INTRODUÇÃO

Nesta oportunidade, estudaremos sobre a compaixão, atitude de quem ama a Deus.

Este estudo parte de três passagens que nos desafiam a viver o amor de Deus de forma prática:

Em Efésios 2.10 entendemos que, por sermos obra feita à mão por Cristo, somos chamados não apenas à fé, mas a agir com generosidade e serviço ao próximo, conforme ressalta John Stott em The Message of Ephesians (InterVarsity Press, 1994);

Em Romanos 12.14, Paulo nos ensina a abençoar até aqueles que nos prejudicam, rompendo com a lógica greco-romana de reciprocidade e revelando o caráter radical do amor cristão (comentarista Douglas Moo, The Epistle to the Romans, Eerdmans, 1996);

Finalmente, em Gálatas 6.9, somos exortados a não desistir de semear o bem, confiantes de que, no tempo certo, colheremos frutos — uma perseverança que se tornava visível na Igreja Primitiva, que mantinha obras de assistência mesmo sob perseguição. Ao unir essas ideias, formamos uma trilogia de ação movida pelo amor a Deus e ao próximo, mostrando aos nossos alunos como a compaixão cristã transcende épocas e culturas.

1 – A BENEVOLÊNCIA DE DEUS

No Salmo 34.6, aprendemos que Deus não permanece indiferente ao clamor dos aflitos, mas se aproxima imediatamente para resgatá-los, o que nos mostra que ignorar quem sofre é, na prática, desrespeitar o próprio Senhor, que Se identifica com os necessitados (Sl 34.6; Kidner, Salmos 1–72, Editora Vida, 1991). Ao contrário do sistema mundano que exalta os ricos, Provérbios 14.31 nos ensina que demonstrar compaixão pelos pobres é uma forma viva de adorar a Deus, pois quem honra o fraco honra o Criador (Longman, Provérbios, Editora Cultura Cristã, 2008). O Salmo 82.3‑4 reforça esse chamado à justiça ao denunciar a exploração dos oprimidos, um alerta de que o verdadeiro culto a Deus inclui defender os vulneráveis, numa cultura antiga onde o poder dispensava favores apenas aos poderosos (Brueggemann, Salmos, Editora Sinodal, 1995). Por fim, Provérbios 19.17 revela que cada gesto de bondade em favor do pobre equivale a emprestar ao próprio Senhor, que retribui de forma generosa a quem investe no cuidado dos menos afortunados (Hubbard & Barker, Provérbios, Eclesiastes e Cantares, Editora Vida Nova, 2005).

1.1 – Deus abençoa o abençoador

Obediência e prática de bênçãos 

Em João 14.21, Jesus afirma que quem genuinamente o ama demonstra esse amor guardando seus ensinamentos, de modo que a obediência se torna expressão prática de afeto divino; em contraste, o Salmo 37.21 retrata o ímpio como alguém indiferente ao bem do próximo, revelando um coração endurecido que rejeita a compaixão. Na cultura judaica do Primeiro Século, cumprir a Lei era sinal de aliança com Deus, e ao chamar seus seguidores a abençoar o necessitado – compartilhando comida, abrigo e palavra de conforto –, Jesus recria o costume mediterrâneo de hospitalidade como marca de quem habita no Reino de Deus (Carson, The Gospel according to John, Eerdmans, 1991).

Esperança de recompensa celestial 

Em Lucas 14.13–14, o Senhor instrui a convidar à refeição aqueles que não podem retribuir – viúvas, órfãos e estrangeiros –, garantindo que sua recompensa virá na ressurreição dos justos, quando Ele mesmo honrará cada gesto generoso. No contexto do Judaísmo do Segundo Templo, a ideia de ressurreição carregava a promessa de restauração completa da comunidade e do indivíduo diante de Deus, ressaltando que nosso serviço ao próximo antecipa e reflete a glória vindoura que aguarda os que praticam o bem (Schnackenburg, Das Evangelium nach Lukas, Herder, 1992).

Amor ativo e provisão divina 

O apóstolo João, em 1 João 3.17, ensina que a fé sem obras é vazia: quem possui bens materiais e fecha o coração ao irmão em necessidade demonstra um amor que não procede de Deus, pois Ele Se identifica com os pobres; o Salmo 41.1 reforça que “bem‑aventurado” é aquele que socorre o aflito, recebendo livramento no dia de adversidade. Na sociedade israelita antiga, a administração dos recursos era vista como responsabilidade sagrada, e comentaristas como Miller destacam que a misericórdia aos vulneráveis era critério de bênção e sinal de justiça divina (Miller, The Psalms, Westminster John Knox, 1994). 

Concordando com Bispo Abner Ferreira, John MacArthur observa que a riqueza, em si mesma, é neutra, porém torna‑se abençoada quando direcionada ao avanço do evangelho, ao cuidado das famílias e aos projetos sociais que refletem o caráter de Cristo, pois investir nossos bens na obra de Deus revela um coração alinhado à vontade do Senhor (The MacArthur New Testament Commentary: The Letters to Timothy and Titus, Moody Publishers, 2007).

Aplicação: Hoje, podemos traduzir esses princípios organizando mutirões de doação em nossas comunidades, apoiando escolas públicas com livros e materiais, ou criando grupos de acolhimento para pessoas em situação de rua; imagine, por exemplo, um professor que nota colegas em dificuldade financeira e mobiliza a escola para arrecadar mantimentos, demonstrando o amor de Cristo através de gestos concretos e inspirando seus alunos a valorizar a solidariedade como forma de adorar a Deus.

Pergunta para Reflexão: Como podemos alinhar nosso uso de tempo, talentos e recursos para que cada ato de generosidade seja uma expressão de amor a Deus e um testemunho vivo do evangelho em nosso cotidiano?

1.2 – Socorrendo o aflito

Benevolência como expressão de amor 

Benevolência, no contexto bíblico, traduz-se em uma disposição de coração para enxergar e agir em favor dos necessitados, não como um mero dever moral, mas como fruto do amor que Deus nos concedeu. Provérbios 22.9, mostra que “o benevolente será abençoado”, indicando que Deus orienta e fortalece o caminho de quem compartilha o pouco que tem com o pobre, numa sociedade israelita em que as bordas das plantações eram deixadas para os mais frágeis (Kidner, Proverbs 1–20, InterVarsity Press, 1976). Já Provérbios 19.17 compara a generosidade a um empréstimo ao Senhor, reforçando que cada ato de cuidado se torna um investimento eterno nos propósitos divinos (Longman, Proverbs, Eerdmans, 2006).

Generosidade e retorno garantido 

Quando o texto desafia “Será que temos sido generosos aos olhos de Deus?”, ele convoca o cristão a um exame de consciência fundamentado no princípio de Provérbios 11.25: “A alma generosa prosperará; quem dá de beber será reanimado”. Numa cultura árida em que a água representava vida, regar alguém simbolizava restaurar forças e esperança. Essa promessa também ecoa no Novo Testamento, onde Jesus afirma que quem semeia em misericórdia recebe colheita abundante (Lc 6.38), mostrando que nossa compaixão ativa desperta a fidelidade do Pai.

O princípio da semeadura multiplicada 

O Comentário de John MacArthur destaca que a forma como usamos nossos recursos gera um retorno proporcional: quem dá com alegria experimenta as bênçãos de Deus, enquanto a avareza conduz à escassez (Sl 112.9; Ec 11.1; At 20.35; 2Co 9.6‑9). Essa “lei da semeadura” não é um cálculo mecânico, mas reflete a generosidade divina que opera em corações dispostos, perpetuando um ciclo de solidariedade na comunidade cristã, assim como os antigos judeus aprendiam a praticar o cuidado mútuo em suas assembleias locais.

Matthew Henry afirma que “a maneira e a medida de semear determinam a colheita que teremos: plantar com liberalidade atrai a provisão abundante de Deus, pois Ele honra quem confia em Sua justiça” (Matthew Henry’s Commentary on the Whole Bible, Hendrickson, 1996).

Aplicação: Hoje, podemos traduzir esses princípios em projetos práticos, como um mutirão de limpeza e distribuição de kits de higiene em bairros carentes ou na compra de ingredientes para preparar refeições que professores levem às famílias com dificuldades. Imagine uma escola onde os próprios alunos são desafiados a organizar uma “semana da bondade”, arrecadando alimentos e ajudando vizinhos idosos a pequenas reformas em casa — assim, exercitamos nossa fé e ensinamos os jovens a viver o amor de Cristo.

Pergunta para Reflexão: De que maneiras podemos ajustar nosso estilo de vida para que cada gesto de generosidade seja, ao mesmo tempo, um ato de adoração a Deus e um testemunho vivo da esperança que temos em Cristo?

1.3 – Deus não se esquece dos que socorrem o próximo

O cuidado divino para com os aflitos 

No Salmo 9.18, o salmista afirma que o Senhor não deixa de lado quem clama por socorro, revelando que Deus mantém viva a lembrança das aflições de seu povo e levanta-se em defesa dos vulneráveis. Na cultura israelita antiga, os cantores do templo registravam em cânticos não só vitórias militares, mas também o cuidado contínuo de Javé com os oprimidos, assegurando à comunidade que suas dores não caem no esquecimento do Altíssimo (Kidner, Psalms 1–72, InterVarsity Press, 1973).

A justiça de Deus que valoriza o amor em ação 

Ao escrever aos cristãos em Hebreus 6.10, o autor garante que Deus, em Sua perfeita retidão, não ignora as boas obras nem o afeto demonstrado aos irmãos em Cristo. No ambiente do Império Romano, onde patronos eram justamente lembrados por favores, o apóstolo eleva esse princípio ao plano espiritual: nosso serviço ao Corpo de Cristo recebe o mesmo reconhecimento fiel de Deus, sem risco de ser esquecido (Morris, The Epistle to the Hebrews, Eerdmans, 1983).

A imagem materna que supera qualquer esquecimento 

Isaías 49.15 utiliza a ternura de uma mãe para ilustrar o cuidado eterno de Deus: mesmo que o laço humano falhe, o Senhor guarda Seus filhos com zelo inviolável, gravando-os como selo em Suas mãos—a prática do selo na antiguidade simbolizava propriedade e lembrança constante. Isso mostra que o zelo divino não depende de nossa fidelidade, mas de Sua compaixão infalível (Motyer, The Prophecy of Isaiah, InterVarsity Press, 1993).

Jamieson, Fausset e Brown destacam que Deus, ao marcar Seu povo como selo em Seu braço, expressa um compromisso inquebrantável: Ele não apenas relembra nossos atos de amor, mas Se identifica tão intimamente conosco que nossa história pessoal está eternamente registrada em Seu cuidado (Jamieson, Fausset & Brown’s Commentary on the Whole Bible, Hendrickson, 2010).

Aplicação: Nos dias de hoje, podemos viver essa confiança organizando pequenas equipes de voluntários que visitem lares de idosos, ligando regularmente para quem mora sozinho ou coordenando campanhas de apoio a vítimas de desastres naturais. Imagine uma família que, ao receber uma doação de cobertores para o inverno, decide repassar parte da ajuda a vizinhos em necessidade—assim, colocamos em prática o princípio de que Deus não esquece quem lembra dos aflitos.

Pergunta para Reflexão: De que forma o fato de saber que Deus nunca esquece nossas atitudes de amor inspira você a manter viva a chama da compaixão em gestos simples do dia a dia?

2 – ABENÇOANDO PARA SER ABENÇOADO

Evangelista Cláudio Roberto de Souza

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Postado por ebd-comentada


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